*Business Insider, por ygi - 19/04/2025
A empresa brasileira de aviação Embraer apresentou à Polônia uma oferta abrangente de cooperação industrial, que visa convencer os poloneses a escolherem a fabricante brasileira. No caso de uma oferta civil, isso seria às custas da Airbus, que também está competindo pelo contrato. A decisão é esperada para dentro de algumas semanas (a previsão era no primeiro trimestre de 2025).
A parceria proposta pela Embraer excederia significativamente a escala atual de sua presença na Polônia. Segundo estimativas da empresa, atualmente ela gera cerca de US$ 80 milhões. e fornece 1.350 empregos na indústria da aviação nacional. — A parceria que oferecemos pode contribuir para fortalecer a posição da economia polonesa, gerando um valor de US$ 3 bilhões nos próximos 10 anos. e criar 5 mil novos empregos — enfatiza Luis Carlos Alonso, vice-presidente da empresa.
A fabricante brasileira quer se concentrar em duas áreas estratégicas de cooperação: o programa de aeronaves civis de passageiros E2 para a LOT e o programa de transporte militar KC-390 Millennium.
— Além disso, outros US$ 3 bilhões. pode vir dos futuros programas de desenvolvimento de novas aeronaves da Embraer, embora este seja um cenário para um futuro mais distante, acrescenta Luis Carlos Alonso em resposta às perguntas do Business Insider.
Uma oferta abrangente para o setor de defesa
A proposta para o setor de defesa polonês foi avaliada em quase US$ 1 bilhão e prevê o estabelecimento de uma linha de montagem final para a aeronave de transporte KC-390 Millennium na Polônia. Se o Ministério da Defesa Nacional decidir comprar aeronaves. — A Polônia é um parceiro ideal para a Embraer cooperar na criação de tecnologias de defesa modernas e empregos altamente qualificados — disse Francisco Gomes Neto, chefe do Grupo Embraer, anteriormente em Varsóvia.
De acordo com a oferta apresentada, a Polônia poderá se tornar membro do ecossistema europeu KC-390, que já foi adotado pelas forças armadas da Holanda, República Tcheca, Portugal, Hungria, Áustria e Coreia do Sul. A oferta também inclui a polonização de sistemas de bordo, criação de suporte técnico e reparos, e um Centro Europeu de Treinamento Tático para o KC-390.
Vale lembrar que, durante sua visita a Varsóvia, o CEO da Embraer se encontrou com o vice-ministro da Defesa Nacional, Paweł Bejda, discutindo possíveis áreas de cooperação.
Planos para a aviação civil
A oferta civil, no caso das entregas acima mencionadas à LOT, foi avaliada em mais de US$ 2 bilhões. Inclui a produção de segmentos de fuselagem para aeronaves da família E2, a criação do maior centro de manutenção e reparo (MRO) do mundo para essa família de aeronaves, a construção de um centro de revisão de trens de pouso e o lançamento de um programa para converter aeronaves E190 mais antigas de passageiros para cargueiros.
— A Polônia poderia — por meio da LOTAMS — se tornar a maior base de MRO do mundo para E2 . Este é um projeto ambicioso que fortaleceria significativamente a posição da Polônia no mercado global de serviços de aviação, explicou o vice-presidente Alonso.
A empresa brasileira coopera com o setor de aviação polonês há mais de 25 anos. Atualmente, as fábricas polonesas produzem componentes para aeronaves E2 – unidades auxiliares de energia (APU), componentes para motores e assentos Pratt & Whitney. Além disso, a frota da LOT Polish Airlines inclui 47 aeronaves Embraer, incluindo três E195-E2s.
A Embraer assinou recentemente um acordo de cooperação com o Instituto de Aviação da Rede de Pesquisa Łukasiewicz (iLOT). O acordo abrange trabalho de pesquisa e desenvolvimento na área de engenharia de materiais, soluções técnicas futuras para aviação e futuros processos de manutenção.
Realização imediata
Representantes da Embraer ressaltam que os investimentos propostos poderão ser implementados no curto e médio prazo, desde que a oferta da empresa seja selecionada pelas autoridades polonesas. — Estamos prontos para aprofundar a cooperação com a Polônia em dois programas principais. Nossas propostas foram calculadas em detalhes e podem ser implementadas quase imediatamente após a decisão ser tomada, observa Luis Carlos Alonso em resposta à pergunta do Business Insider.
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