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*LRCA Defense Consulting - 18/04/2026
A imprensa internacional está repercutindo a decisão portuguesa de pausar as negociações para a aquisição do caça do quinta geração americano Lockheed Martin F-35 e voltar sua atenção para o caça sueco Saab JAS-39 Gripen, caracterizado como de geração 4,5.
O excelente artigo de Bulgarian Military detalha o assunto e levanta a possibilidade de os Gripen portugueses, caso seja fechado o negócio, serem produzidos pela OGMA, uma gigante aeroespacial portuguesa que tem a Embraer como a principal acionista.
Assim, além de vir a produzir os Gripen do Brasil, da Colômbia (e, provavelmente, do Peru) em sua sede no Brasil, a Embraer também teria uma forte participação na produção das aeronaves suecas destinadas a Portugal e, por que não, a outros países europeus e não europeus, haja vista que, com isso, a fabricante sueca diversificaria as unidades produtivas e agilizaria seus prazos de entrega, obtendo mais um trunfo sobre a concorrência.
Em outra reportagem, o ministro da Defesa de Portugal afirmou à mídia portuguesa ECO: "Temos de produzir mais na Europa e comprar mais na Europa. As opções têm de ser as europeias e Portugal tem de estar no ciclo produtivo. Não quer dizer que esteja de A a Z, mas na produção de componentes ou manutenção”. Esta e outras declarações do ministro português reforçam a hipótese de seu país optar pelo Gripen e fazer todo o esforço para que as aeronaves sejam produzidas pela OGMA, total ou parcialmente.
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A ousada mudança de Portugal para o Gripen choca os apoiadores do F-35 na OTAN
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Bulgarian Military, por Boyko Nikolov - 17/04/2025Em 6 de abril de 2025, Micael Johansson, CEO da gigante aeroespacial sueca Saab, confirmou que a empresa está em negociações com Portugal para potencialmente fornecer caças JAS 39 Gripen, uma medida que pode reformular a estratégia de defesa aérea do país europeu.
O anúncio, feito em uma entrevista ao jornal sueco Dagens Industri , sinaliza a ambição da Saab de expandir sua presença no mercado aeroespacial da OTAN em um momento em que Portugal, um membro de longa data da aliança, busca modernizar sua frota envelhecida de aeronaves F-16.
Este desenvolvimento ocorre em meio a tensões geopolíticas crescentes na Europa e a um debate mais amplo sobre a dependência do continente em equipamentos militares de fabricação americana. Enquanto Portugal avalia suas opções, o Gripen surge como uma alternativa econômica e versátil a plataformas mais caras como o Lockheed Martin F-35, levantando questões sobre as tendências futuras de aquisição da OTAN e as implicações estratégicas para a cooperação transatlântica em defesa.
Resposta pragmática às necessidades de defesa
O interesse de Portugal no Gripen reflete uma resposta pragmática às suas necessidades de defesa e restrições orçamentárias. Com um orçamento de defesa de aproximadamente US$ 4 bilhões anuais, segundo um estudo de 2024 do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, Portugal não está entre os pesos pesados da OTAN.
A sua força aérea opera atualmente 24 jatos F-16AM e quatro F-16BM, muitos dos quais estão perto do fim da sua vida útil. Durante anos, a Força Aérea Portuguesa manifestou o desejo de adquirir caças stealth F-35 de quinta geração, preferência reiterada pela sua liderança em 2019.
No entanto, os altos custos de aquisição e manutenção do F-35, somados às recentes mudanças na política externa dos EUA, levaram Lisboa a explorar alternativas.
Em março de 2025, o então Ministro da Defesa português, Nuno Melo, declarou ao jornal Público que o país estava reconsiderando seus planos para o F-35, citando preocupações com a imprevisibilidade geopolítica e a necessidade de avaliar as opções europeias. O Gripen da Saab, conhecido por sua acessibilidade e flexibilidade operacional, preencheu essa lacuna, posicionando-se como um concorrente viável.
O JAS 39 Gripen E/F, a mais recente versão do caça multifuncional da Saab, está no centro dessas discussões. Projetado para combater ameaças avançadas em campos de batalha modernos, o Gripen E/F é um jato leve e monomotor que combina tecnologia de ponta com eficiência de custos.
Equipado com o motor General Electric F414G, ele atinge velocidade máxima de Mach 2 e um raio de combate de aproximadamente 800 km. O radar de varredura eletrônica ativa Leonardo ES-05 Raven e o sensor infravermelho de busca e rastreamento Skyward G proporcionam robusta consciência situacional, enquanto seu avançado conjunto de guerra eletrônica, incluindo um sistema de alerta de aproximação de mísseis de 360 graus, aumenta a capacidade de sobrevivência em ambientes contestados.
Com 10 pontos de fixação, o Gripen E/F pode transportar até sete mísseis ar-ar MBDA Meteor além do alcance visual, além de mísseis de curto alcance IRIS-T e munições guiadas de precisão para missões ar-solo. Sua arquitetura aviônica modular permite atualizações rápidas de software, permitindo que os operadores integrem novos recursos sem grandes revisões de hardware.
A Saab enfatiza a capacidade do jato de operar a partir de bases austeras, uma característica enraizada na doutrina sueca de operações dispersas da época da Guerra Fria, o que pode atender à necessidade de Portugal de implantação flexível na região do Atlântico.
Comparado aos seus concorrentes, o Gripen E/F oferece vantagens distintas para uma nação como Portugal. O Lockheed Martin F-35A, embora incomparável em furtividade e fusão de sensores, tem um custo unitário superior a US$ 80 milhões e despesas anuais de manutenção que podem sobrecarregar orçamentos menores de defesa.

Um relatório de 2023 do Escritório de Prestação de Contas do Governo dos EUA (GCO) observou que apenas 55% dos F-35 americanos estavam aptos a operar em missões em determinado momento, destacando a complexidade logística da plataforma. O Eurofighter Typhoon, outra opção europeia, oferece desempenho formidável, mas a um preço mais alto que o Gripen, com custos operacionais estimados em US$ 18.000 por hora de voo, em comparação com os US$ 7.000 do Gripen, de acordo com uma análise da Jane's de 2020.
O F-16V modernizado, produzido pela Lockheed Martin, continua sendo um forte concorrente devido à infraestrutura existente do F-16 em Portugal, mas sua falta de recursos de quinta geração pode limitar sua viabilidade a longo prazo.
O Gripen, por outro lado, encontra um equilíbrio entre tecnologia avançada e acessibilidade, com um custo de voo de cerca de US$ 40 milhões por unidade e um design que minimiza o tempo de inatividade para manutenção. Sua capacidade de conduzir missões ar-ar, ar-solo e de reconhecimento o torna uma plataforma versátil e adequada às necessidades multifacetadas de defesa de Portugal.
OGMA/Embraer
A proposta da Saab para Portugal vai além da aeronave em si, enfatizando benefícios industriais e econômicos que poderiam repercutir em Lisboa. A empresa tem um histórico de oferecer transferência de tecnologia e acordos de produção local, como demonstrado em seu acordo de US$ 5,4 bilhões com o Brasil em 2014, que incluiu a instalação de uma linha de produção do Gripen E em Gavião Peixoto, São Paulo.
Em um comunicado à imprensa de 9 de maio de 2023, a Saab observou que a unidade emprega 200 trabalhadores e fortaleceu a indústria aeroespacial brasileira, um modelo que poderia ser atraente para o governo português em sua busca por impulsionar sua economia. Tais acordos poderiam envolver empresas portuguesas como a OGMA, uma empresa de manutenção e fabricação parcialmente controlada pela brasileira Embraer, que já colaborou com a Saab no passado.
Ao integrar Portugal à cadeia de suprimentos do Gripen, a Saab poderia criar empregos e promover parcerias industriais de longo prazo, uma perspectiva que tem peso político em um país que se recupera dos desafios fiscais da última década.
Além disso, a disposição da Saab em personalizar pacotes de suporte, incluindo treinamento e manutenção, pode garantir alta disponibilidade operacional para a força aérea portuguesa, um fator crítico dados os recursos limitados do país.
Portugal desempenha um papel vital nas operações atlânticas da OTAN
O momento dessas negociações é significativo, visto que a Europa enfrenta a evolução da dinâmica de segurança e a busca por maior autonomia de defesa. A agressão contínua da Rússia na Ucrânia, aliada ao seu reforço militar no Ártico, intensificou o foco da OTAN na superioridade aérea e na capacidade de resposta rápida.
Portugal, embora geograficamente distante da Europa Oriental, desempenha um papel vital nas operações atlânticas da aliança, incluindo patrulha marítima e policiamento aéreo sobre os Açores, um arquipélago estratégico que serve como centro de logística militar transatlântica.
A capacidade do Gripen de operar em pistas curtas e sua compatibilidade com a rede de compartilhamento de dados Link 16 da OTAN o tornam ideal para essas missões. Além disso, a recente entrada da Suécia na OTAN em 2024 fortaleceu a credibilidade da Saab como fornecedora para os membros da aliança, posicionando o Gripen como um símbolo da colaboração europeia.
Estratégia mais ampla da Saab
Como Micael Johansson disse ao Dagens Industri, a Saab também está em negociações com o Canadá e vários países latino-americanos, sugerindo uma estratégia mais ampla para desafiar o domínio dos EUA no mercado global de caças.
Historicamente, o Gripen obteve sucesso em países menores da OTAN com orçamentos limitados, o que constitui um estudo de caso para a potencial decisão de Portugal. A República Tcheca, que alugou 14 jatos Gripen C/D em 2004, recentemente estendeu seu contrato com a Saab até 2035, avaliado em US$ 675 milhões, para cobrir a lacuna até o início das entregas do F-35 em 2031.
A Hungria, outra operadora do Gripen, expandiu sua frota com quatro modelos C/D adicionais em fevereiro de 2024, elevando o total para 18 aeronaves. Ambas as nações elogiaram a confiabilidade e os baixos custos operacionais do Gripen, com a Hungria utilizando os jatos para policiamento aéreo sobre a Eslovênia desde 2014. Esses exemplos reforçam o apelo do Gripen para países que buscam equilibrar os compromissos da OTAN com a responsabilidade fiscal.
No entanto, a decisão de Portugal pode ter implicações mais amplas, especialmente à luz das recentes mudanças na política americana. A ênfase do governo Trump no comércio recíproco e a imposição de tarifas sobre produtos europeus, conforme noticiado pela Reuters em 4 de março de 2025, têm tensionado as relações transatlânticas, levando alguns membros da OTAN a diversificar seus fornecedores de defesa.
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Desafio
Um desafio para a Saab reside na dependência do Gripen de componentes fabricados nos EUA, notadamente o motor F414G, que exige licenças de exportação e suporte de manutenção de empresas americanas. O Defense Express noticiou em 12 de abril de 2025 que essa dependência poderia complicar os esforços da Saab para comercializar o Gripen como uma alternativa totalmente autônoma às plataformas americanas.
Em meados da década de 2010, a Saab avaliou a substituição do F414G por uma variante produzida localmente do motor EJ200 do Eurofighter Typhoon, mas o projeto foi paralisado. Embora essa questão não tenha prejudicado as vendas anteriores do Gripen, pode gerar preocupações em Portugal, especialmente se as tensões comerciais entre EUA e Europa aumentarem.
Para atenuar esse problema, a Saab enfatizou a arquitetura aberta do jato, que permite aos clientes desenvolver seu próprio software e integrar sistemas não americanos, conforme observado em um comunicado de imprensa da Saab de 2021. Para Portugal, essa flexibilidade poderia permitir a colaboração com empresas de defesa europeias, reduzindo a dependência das cadeias de suprimentos americanas ao longo do tempo.
Mudança nas tendências de aquisição da OTAN para alternativa europeia
As ramificações geopolíticas de um possível acordo para o Gripen estendem-se além das fronteiras de Portugal. A decisão de escolher a Saab em vez da Lockheed Martin pode sinalizar uma mudança nas tendências de aquisição da OTAN, incentivando outros membros a priorizar custo e interoperabilidade em detrimento de plataformas centradas em stealth.
Polônia e Noruega, ambas compradoras do F-35, enfrentaram atrasos nas entregas, com os primeiros jatos poloneses não esperados antes de 2026, de acordo com um relatório militar búlgaro de 9 de abril de 2025. Esses contratempos alimentaram o interesse em soluções provisórias como o Gripen, que oferece prazos de entrega mais rápidos e custos de ciclo de vida mais baixos.
Além disso, a compra do Gripen por Portugal poderia reforçar o papel da Suécia como líder em defesa na Europa, reforçando a necessidade de projetos colaborativos como o Future Combat Air System, um programa de caças de última geração envolvendo França, Alemanha e Espanha. Por outro lado, os EUA poderiam encarar tal movimento como um desafio ao seu domínio aeroespacial, potencialmente prejudicando os laços bilaterais com Portugal, um membro fundador da OTAN.
As negociações também destacam o debate mais amplo sobre a autonomia de defesa europeia, um tópico que vem ganhando força desde que o conflito na Ucrânia se intensificou em 2022. O Gripen, juntamente com o Rafale da França e o Eurofighter Typhoon, representa uma alternativa construída na Europa aos sistemas dos EUA, alinhando-se aos apelos por maior autossuficiência.
Em um comentário de 2025 no site Opex360, analistas de defesa franceses argumentaram que a consideração de Portugal pelo Gripen reflete uma abordagem pragmática para equilibrar as obrigações da OTAN com os interesses nacionais. No entanto, a decisão não é isenta de riscos.
Riscos
Optar pelo Gripen pode limitar o acesso de Portugal aos recursos avançados de compartilhamento de dados do F-35, essenciais para operações conjuntas com aliados como os EUA e a Holanda. Além disso, a instabilidade política em Portugal, com eleições parlamentares antecipadas marcadas para 18 de maio de 2025, pode atrasar qualquer decisão final, já que o próximo governo terá a palavra final.
Confiabilidade, potencial em combate e opção atraente
Do ponto de vista operacional, o desempenho do Gripen E/F em exercícios e implantações em situações reais oferece um vislumbre do seu potencial valor para Portugal. Em um exercício Red Flag de 2006 no Alasca, os jatos Gripen C abateram 10 caças F-16, Eurofighters e F-15 sem perdas, demonstrando sua agilidade e eficácia em combate, conforme documentado em uma entrada da Wikipédia de 2025 sobre o Gripen.
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Mais recentemente, os F-39 Gripens do Brasil passaram por testes climáticos em 2024, operando em temperaturas de 35°C e 85% de umidade, condições semelhantes ao clima costeiro de Portugal. Esses testes, detalhados em um comunicado à imprensa da Saab de 26 de março de 2025, confirmaram a confiabilidade do jato em diversos ambientes, um fator fundamental para as missões portuguesas focadas no Atlântico.
A capacidade do Gripen de realizar reabastecimento em condições adversas e manobras rápidas, com substituições de motor concluídas em menos de uma hora, aumenta ainda mais seu apelo para uma pequena força aérea que prioriza a eficiência.
À medida que Portugal avança na aquisição de caças, a combinação de preço acessível, versatilidade e origem europeia do Gripen o posiciona como uma opção atraente. No entanto, a decisão depende de mais do que especificações técnicas ou custo.
Vontade política, incentivos industriais e dinâmicas de alianças moldarão o resultado, com implicações para a coesão da OTAN e o cenário de defesa da Europa. A persistência da Saab em mercados como Canadá, Colômbia e agora Portugal sugere um esforço calculado para interromper o domínio do F-35, mas o sucesso está longe de ser garantido.
O destino do Gripen em Lisboa dependerá se Portugal o verá como uma ferramenta prática para modernização ou uma declaração ousada de independência estratégica.
Poderá este acordo marcar o início de uma mudança mais ampla na Europa, afastando-se dos sistemas americanos, ou permanecerá uma exceção em um mercado ainda dominado por gigantes americanos? Só o tempo dirá, mas a conversa em si destaca um momento crítico na evolução do poder aéreo global.
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“Portugal tem de estar no ciclo produtivo” da defesa europeia, diz Nuno Melo

*ECO, por Mariana Bandeira - 17/04/2025
Portugal deve ‘pressionar o gatilho’ das linhas de produção de maquinaria e componentes para a defesa. É esta a mensagem do ministro Nuno Melo, que acredita que o país tem uma nova oportunidade de reindustrialização perante os desafios que a segurança europeia enfrenta.
“Temos de produzir mais na Europa e comprar mais na Europa. As opções têm de ser as europeias e Portugal tem de estar no ciclo produtivo. Não quer dizer que esteja de A a Z, mas na produção de componentes ou manutenção”, apelou esta quinta-feira o ministro da Defesa, na conferência “Relatório Draghi” sobre segurança e defesa, organizada pelo ECO.
As aquisições da União Europeia (UE) na área da defesa, a maioria provinda de países extra-UE, também são uma preocupação do atual Governo, que considera Portugal uma nação com capacidade exportadora neste setor. “Cerca de 80% das aquisições da UE vêm de fora da UE, portanto há uma margem brutal. E têm de ser nossas também”, disse.
O ministro da Defesa referia-se a aquisições no âmbito da Lei de Programação Militar (LPM) e fora deste quadro legislativo, nomeadamente de aeronaves de instrução, simuladores, bombardeiros para combate aos fogos, sistema de artilharia, viaturas blindadas e não blindadas, drones ou navios reabastecedores.
“Fabricam-se em Portugal alguns dos melhores drones que se produzem no mundo inteiro, para contextos de guerra ou de paz. Devemos encarar as fragilidades nas indústrias da defesa na União Europeia como uma oportunidade. Não a podemos perder. Portugal não pode ficar à margem da dinâmica de um processo que não volta atrás”, advertiu o governante.
Segundo Nuno Melo, o investimento nacional na defesa – atualmente de 3,1 mil milhões de euros – não requer retirar verbas de outros setores nem “se compara com outras áreas da soberania”, como a educação, para onde estão alocados mais de sete mil milhões de euros, anualmente. “Queremos gerar retorno para a economia e não retirar dinheiro do Orçamento do Estado”, reiterou.
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“Cada KC vendido são 10 milhões para o Estado”
E deu como exemplo da recente aquisição de 12 aeronaves A-29N Super Tucano por 200 milhões de euros, cuja reforma será realizada em Portugal. Ou seja, a reconfiguração das aeronaves da Embraer para o contexto da NATO será feita exclusivamente por empresas portuguesas e 75 milhões de euros serão investidos nos privados para o desenvolvimento de tecnologias de defesa. “Mesmo na política de aquisições queremos assegurar retorno para a economia”, explicou Nuno Melo, esclarecendo que as compras em Portugal são de dimensão militar e civil.
O ministro da Defesa disse ainda que Portugal opera quase como uma agência de vendas de aviões militares KC na Europa. “Cada KC que é vendido significam 10 milhões que entram nos cofres do Estado”, revelou.
A propósito do relatório Draghi sobre a competitividade europeia, Nuno Melo elencou uma série de tópicos que se relacionam com o país, entre os quais o capital – importância da “indústria intensiva que requer reforço do investimento e financiamento” -, o controle das contas públicas – pasta entregue a Miranda Sarmento, com quem se está a coordenar – e a contratação pública com a ‘via verde’, “que envolve transparência” e desburocratização.
Destacou ainda a estreita ligação do Ministério que dirige com o Ministério da Economia, liderado por Pedro Reis, de forma a maximizar o retorno econômico do reforço do investimento em Defesa.