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Pistolas TX9 compacta e full size |
*LRCA Defense Consulting - 02/03/2025
No próximo mês, durante a inauguração da Taurus Shooting Academy, na sede da empresa em São Leopoldo (RS), a multinacional brasileira Taurus Armas S.A. deverá realizar dois dos seus mais importantes e disruptivos lançamentos dos últimos tempos, ambos visando uma maior e mais significativa presença nos mercados militar e policial mundiais, mas que atenderá também o mercado civil aficcionado por este tipo de arma, especialmente nos Estados Unidos.
As grandes novidades da empresa - a pistola TX9 e a submetralhadora RPC - serão caracterizadas por serem as armas de
suas respectivas categorias com mais tecnologia embarcada no mundo, haja vista que conterão quase todas as novas e disruptivas tecnologias em uso e/ou em
desenvolvimento na Taurus: Grafeno, Cerakote Graphene, DLC e Polímero de Fibras Longas,tornando-se assim as duas primeiras armas de fogo no mundo
com tais características.
TX9: família de pistolas que poderá ser o novo grande trunfo da Taurus no mundo
A família de pistolas TX9, diferentemente das congêneres que a antecederam, é uma plataforma de pistolas e será constituída por quatro modelos: subcompacta, compacta, full size
(serviço) e esportiva pré-customizada. Além de ter seu foco principal no mercado militar e policial mundial, poderá ser a arma de entrada da Taurus no cobiçado mercado de
Law Enforcement dos Estados Unidos.
Com versões em 9mm e .38 TPC e desenvolvida em rigoroso protocolo militar pelo CITE - Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia BR/EUA da Taurus, a TX9 foi concebida com a estratégia de ser completamente modular. Isto significa que todo o seu mecanismo interno vai ser sempre o mesmo, mas será possível fazê-la "crescer ou diminuir", a fim de atender às várias necessidades dos mercados militar, policial e civil.
Assim, ela poderá crescer no tamanho do cano, do ferrolho (caso da versão full), da empunhadura e na capacidade de tiros. Uma subcompacta poderá se transformar numa compacta ou numa full size (tamanho de serviço). Poderá ser uma sub com cano de compacta, uma sub com empunhadura de uma compacta, além de diversas outras variações possíveis.
A nova plataforma TX9 possibilitará aos clientes dispor de um mesmo "miolo" para uma família completa de armas, proporcionando uma enorme flexibilidade, facilidade logística (em suprimentos e manutenção) e grande economia de custos, tanto para os clientes como para a empresa, haja vista que esta poderá "enxugar" e racionalizar suas linhas de montagem.
Apenas como um exemplo de utilização, uma força militar ou policial poderá utilizar uma TX9 full size para uso em serviço e uma subcompacta como arma de backup, entre outras possibilidades, ambas com o mesmo mecanismo interno.
Uma outra opção que será disponibilizada é a versão de competição pré-customizada, fechando assim o ciclo de utilizações da arma: uso pessoal, forças militares, forças de segurança e tiro esportivo.
TX9, por Vicente Ancona, Policial do GER e Professor da Academia de Polícia Civil de São Paulo
Submetralhadora Taurus RPC (Raging Pistol Carbine): uma arma disruptiva
A Taurus Armas S.A. está preparando também o
lançamento de uma revolucionária
submetralhadora batizada como RPC (Raging Pistol Carbine).
Conforme a empresa informou anteriormente, a RPC será a mais compacta e mais leve submetralhadora na
categoria, com um peso inferior a 2,5 Kg e - em mais um pioneirismo mundial da Taurus - não terá nenhum parafuso.
A arma já poderá sair de
fábrica dotada de supressor de ruído (silenciador), acessório que a Taurus começou a produzir em 2023, caso isso seja requerido pelo cliente.
Segundo escreveu o conceituado especialista brasileiro Paulo Bedran e foi confirmado por fontes da empresa, o sistema de
preparação adotado é o recuo direto com retardo, utilizando solução com
roletes (roller delayed blowback).
Trata-se de mecanismo
similar ao usado na HK MP5. Na arma alemã, esse engenhoso mecanismo é
responsável por boa parte do seu sucesso e, do ponto de vista técnico,
diferencia a MP5 da maioria das demais submetralhadoras, que, via de regra,
adotam o sistema de recuo direto simples.
O sistema de roletes
cadencia a abertura da câmara e, consequentemente, o movimento do
conjunto do ferrolho. Isso impacta, de forma positiva e significativa, a
percepção do recuo, melhorando a controlabilidade do conjunto.
O roller delayed blowback, em termos de desempenho, não é um conceito
ultrapassado, pelo contrário. A não popularidade atual tem
relação com o custo, tendo em vista demandar um dispositivo de maior
complexidade mecânica.
Em desenvolvimento já há cerca de cinco anos, a submetralhadora RPC - grande novidade tática da Taurus no calibre 9mm - promete surpreender o mercado e ser uma outra arma revolucionária, com possibilidade de obter enorme sucesso nos mercados militar e de segurança do Brasil e do mundo, com força mais do que suficiente para concorrer com a famosa alemã H&K MP5.
Tecnologias de ponta: Grafeno, Cerakote® Graphene, DLC e Polímero de Fibras Longas
A
aplicação de grafeno, em
caráter pioneiro no mundo, é uma tecnologia revolucionária e
extremamente disruptiva que confere propriedades únicas ao produto e
permite que, quando combinado a outros materiais (cerâmicos,
poliméricos e metais, por exemplo), passe a emprestar suas propriedades
para estes, agregando muito valor ao produto final.
Tal
como nas pistolas da linha Graphene e em outras armas mais
recentes, a pistola TX9 e a submetralhadora RPC, além de componentes injetados com Grafeno, possuirão um revestimento
exclusivo em Cerakote® Graphene, tecnologia exclusiva da Taurus, que
traz ainda mais resistência e durabilidade para a arma.
Além
disso, contarão ainda com duas outras tecnologias internacionais de
ponta: o DLC e o Polímero de Fibras Longas.
O
DLC (material que dá ao aço a resistência do diamante - diamond like carbon) consiste em um filme fino de carbono com características
físico-químicas próximas ao diamante. É aplicado em superfícies
metálicas para garantir novas propriedades, como altíssima resistência
ao atrito e à corrosão.
Já o Polímero de Fibras Longas é um material que
proporciona maior robustez ao produto, oferecendo resistência ao
impacto significativamente melhorada sem sacrificar a resistência e a
rigidez, mesmo em temperaturas extremas, além de baratear o custo final.
Tais tecnologias visam proporcionar maior leveza, resistência,
robustez e durabilidade à arma, tornando-a também mais imune ao
"câncer dos metais" (corrosão), qualidades estas que são muito
valorizadas pelo mercado de armamento, quer seja este o de segurança,
militar ou civil. Conforme a empresa, o uso de tais tecnologias poderá
se constituir em um poderoso diferencial nos EUA e no mundo.
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Fuzil T4: arma construída em protocolo militar |
Protocolos de fabricação civil e militar: principais diferenças
Em virtude do uso completamente diferenciado, há significativas diferenças entre os protocolos de fabricação civil e militar.
No militar, a arma deve ser mais robusta, ou seja, deve suportar um número muito maior de tiros e, também, os estresses causados por um uso nas piores condições possíveis, devidas à poeira, lama, areia, água, temperatura, quedas, etc.
Com relação à resistência do cano, por exemplo, enquanto no protocolo civil a arma é estressada com 10 mil tiros durante seu desenvolvimento, no militar esse estresse é elevado aos 60 mil tiros.
Para se ter uma ideia, o cano de um fuzil Taurus T4, por exemplo, é fabricado para resistir até 12 mil tiros, enquanto o cano de um fuzil AR-15 americano de plataforma semelhante (M4), mas fabricado para uso civil (como a imensa maioria nos EUA), só resiste a cerca de 2/3 mil tiros.
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