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11 março, 2025

Moya Aero recebe subvenção para desenvolver Sistema de Controle de Solo Portátil para drones de alta capacidade


*LRCA Defense Consulting - 11/03/2025

A Moya Aero recebeu uma subvenção de US$ 2 milhões da FINEP, uma organização do governo brasileiro que promove ciência, tecnologia e inovação. O financiamento visa desenvolver um sistema de controle de solo portátil para drones de alta capacidade como parte de um programa intitulado Subsídio Econômico para Inovação em Fluxo Contínuo — Mais Inovação Brasil: Mobilidade Urbana.

A proposta da empresa visa criar um sistema de controle de solo portátil e escalável para drones de alta capacidade, utilizando inteligência artificial para operações além da linha de visão (BVLOS). Espera-se que essa inovação revolucione o transporte de cargas. A Moya colaborará com a UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro e a UPE - Universidade de Pernambuco.

"O novo sistema aliviará a carga operacional dos pilotos por meio da automação e foi projetado para reduzir as emissões de poluentes, facilitando o uso de veículos híbridos e elétricos. Além disso, otimizará as rotas de entrega usando IA, aumentando a eficiência e a segurança em operações simultâneas de drones. Essas melhorias prometem tornar a logística mais eficaz, econômica e sustentável", disse Alexandre Zaramela, CEO da Moya.

Com gerenciamento autônomo e otimização de rotas, um único operador pode gerenciar vários drones, melhorando os processos de entrega e estendendo o acesso a áreas remotas. Esse avanço aumentará a entrega de carga fracionada em médias distâncias e beneficiará aplicações em monitoramento ambiental, segurança pública e defesa. Ele cria novas oportunidades de negócios ao mesmo tempo em que reduz significativamente os custos e as emissões de carbono.

No geral, esse sistema representa um passo significativo em direção a um futuro em que a tecnologia aumenta a eficiência e a sustentabilidade do transporte de cargas.

Sobre a Moya Aero
A Moya Aero, fundada em 2020, é uma spin-off da ACS Aviation, uma empresa brasileira de engenharia aeronáutica, pesquisa e desenvolvimento de aeronaves localizada em São José dos Campos. Essa experiência extraordinária está por trás do Moya eVTOL, o primeiro veículo autônomo de alta capacidade construído na América Latina.

A experiência da equipe Moya abrange um amplo espectro da indústria aeroespacial. Esse conhecimento é usado para capitalizar oportunidades de mercado com conceitos de veículos aéreos que abordam muitos problemas de logística de longa data, como redução de emissões de CO₂, conexão de regiões remotas com suprimentos vitais, melhoria da eficiência, produtividade e custo do gerenciamento de safras e conexão de empresas com clientes de forma mais rápida, barata e direta. Seed4Science, Hards e Techstars investiram na Moya e têm o apoio da FINEP no desenvolvimento do protótipo. Helisul Drones, ProAero e Certifica Drones são parceiros.
 

CBC realiza reunião da Força de Vendas 2025, reforçando e evidenciando o departamento comercial da empresa

 


*LRCA Defense Consulting - 11/03/2025

 A Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) realizou no mês passado a reunião de vendas anual com representantes comerciais de todo o Brasil e colaboradores das áreas comercial, marketing, financeiro e compliance da empresa. 

Durante o evento foram abordados temas estratégicos comerciais da companhia para o ano de 2025 com a equipe de vendas, que atua em todo o território nacional, com o objetivo de motivar, criar engajamento e aproveitar as oportunidades de crescimento, além de aproximar o time de profissionais de atendimento para a evolução contínua na prestação de serviços. 

Foram entregues troféus para as consultorias que se destacaram no ano de 2024 e certificado de reconhecimento para as cinco maiores consultorias no ranking 2024 de faturamento. 

A convenção aconteceu na sede da companhia, em Ribeirão Pires (SP), e reuniu cerca de 120 profissionais. 

De acordo com o diretor Comercial & Marketing da CBC, Paulo Ricardo Gomes, este é um evento importante que reforça e evidencia a força do departamento comercial da Companhia.  

“É fundamental que todos da equipe estejam alinhados e preparados para oferecer um atendimento de excelência aos clientes. As atividades práticas têm papel essencial no aprimoramento do conhecimento técnico dos profissionais, visando sempre suprir as necessidades dos consumidores, cada vez mais exigentes. Neste sentido, a CBC realiza anualmente a reunião de vendas, fortalecendo a missão, os valores e responsabilidades como indústria referência global e o compromisso na busca da satisfação dos clientes brasileiros”, ressalta.

CEO da Embraer visita Varsóvia, apresenta planos para fabricação e manutenção de aeronaves na Polônia e assina primeiro acordo


*LRCA Defense Consulting - 11/03/2025

A Embraer, líder global na indústria aeronáutica e presente nos mercados de aviação comercial e de defesa, planeja transformar a Polônia em um centro de excelência da companhia na Europa. Francisco Gomes Neto, Presidente e CEO da Embraer, está visitando a Polônia esta semana com uma equipe sênior das unidades de negócio de Aviação Comercial e de Defesa & Segurança. As equipes estão se reunindo com parceiros atuais, novos e potenciais nas seguintes áreas: fabricação e produção final, manutenção e reparo, conversões de passageiros para cargueiros, pesquisa & desenvolvimento, e eVTOLs. 

Primeiro anúncio: acordo com o Instituto de Aviação Łukasiewicz (iLOT)
O primeiro anúncio foi feito em conjunto com o Instituto de Aviação Łukasiewicz (iLOT), com foco em atividades de Pesquisa e Desenvolvimento nas áreas de materiais, tecnologias de voo futuras, design aeronáutico e futuros processos de manutenção.

O acordo assinado com o  Łukasiewicz – Institute of Aviation (Łukasiewicz – ILOT), instituto de pesquisa altamente conceituado da Polônia, visa trabalhar juntos em novas tecnologias e materiais para aeronaves. O Memorando de Entendimento foi assinado hoje em Varsóvia por Sylwester Wyka – Diretor Interino do Łukasiewicz – Institute of Aviation, e Francisco Gomes Neto, Presidente e CEO da Embraer.

Łukasiewicz – ILOT é uma das instalações de pesquisa de aviação mais significativas da Europa. Estabelecido em 1926, o Instituto fornece pesquisa e serviços para tecnologias de aviação, não tripuladas e espaciais. Juntos, Łukasiewicz – ILOT e Embraer iniciarão a cooperação concentrando esforços em atividades de pesquisa e desenvolvimento nas áreas de materiais, tecnologias de voo futuras, design aeronáutico e processos de manutenção futuros.

“Este MoU marca o início de uma ponte tecnológica entre a Polônia e a América do Sul. Por meio da colaboração com a Embraer, estamos combinando nossa expertise com um líder global da indústria para desenvolver em conjunto tecnologias de ponta em aviação e materiais. Esta parceria não apenas fortalece a posição do Łukasiewicz – Institute of Aviation como um centro de pesquisa, mas também destaca a importância da engenharia e da ciência polonesas na formação de uma indústria aeroespacial mais segura, eficiente e sustentável” – disse Sylwester Wyka, PhD, Diretor Interino do Łukasiewicz – Institute of Aviation.

Francisco Gomes Neto, Presidente e CEO da Embraer, disse: “Este acordo com a Łukasiewicz – ILOT é uma parte fundamental do nosso plano para aprofundar nosso envolvimento de 25 anos com o ecossistema aeroespacial polonês. A Łukasiewicz – ILOT é um instituto de pesquisa de renome mundial com expertise em tecnologias críticas no coração da aviação do futuro. Estamos orgulhosos de nos tornarmos parceiros da Łukasiewicz – ILOT e ansiosos pelos resultados que podem ser alcançados juntos.”

“Com o forte crescimento global da companhia, estamos comprometidos em expandir nosso engajamento industrial em conjunto com parceiros poloneses, incluindo atividades de produção, montagem final, manutenção e reparo. Para possibilitar esse crescimento, a Embraer planeja apoiar o desenvolvimento das capacidades e competências que impulsionarão o setor aeroespacial polonês para o seu próximo estágio de sucesso,” afirma Francisco Gomes Neto, Presidente e CEO da Embraer. 

"Essas iniciativas em produção, manutenção e treinamento poderão deixar a economia da Polônia bem-posicionada para aproveitar oportunidades valiosas no cenário aeroespacial global, com possibilidades de geração de até US$ 3 bilhões para o país ao longo de 10 anos, com potencial criação de 5 mil empregos", continua Gomes Neto. 

Aviação comercial
A Embraer também está aumentando a produção e buscando ativamente incrementar sua cadeia de suprimentos voltada para a aviação comercial no país. Recentemente, a companhia concluiu um road show para contatar novos fornecedores na Polônia. A indústria local já é um importante fornecedor para o programa E2 da Embraer: os assentos são fabricados em Świebodzin, as unidades de energia auxiliar em Rzeszów e os principais componentes do motor em Kalisz. O país já participa da cadeia de suprimentos da companhia com 1.350 empregos e US$ 30 milhões, direcionados para aquisição de bens e serviços somente em 2024. Outros projetos em discussão incluem uma instalação de revisão de trens de pouso para os E-Jets E2 e a conversão de aeronaves E190 em cargueiros. Os projetos envolvendo a Embraer Aviação Comercial podem somar mais de US$ 2 bilhões em investimentos e mais de 4.400 empregos ao longo dos próximos dez anos. 

A Embraer já possui forte presença na Europa. Cerca de 30% do E2 é fabricado na União Europeia (UE). As asas são fabricadas em Portugal e outros componentes-chave são produzidos na França, Alemanha, Áustria, Espanha e Bélgica. Já para o KC-390, 42% da cadeia de suprimentos tem origem na UE. 

Arjan Meijer, Presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial, que visitou Varsóvia ao lado de Gomes Neto, diz: "Parabenizo a LOT por seu crescimento e lucratividade significativos. Desejamos continuar nossa parceria profunda e de décadas com a Polônia. Queremos ir além da venda de aeronaves, para promover e acelerar o ecossistema de aviação do país. O E2 é uma escolha de baixo risco e de alta recompensa, oferecendo uma transição perfeita e de baixo custo para a nova aeronave. O E2 é a aeronave mais eficiente, confiável e confortável para a LOT, oferecendo cerca de US$ 900 milhões em benefícios econômicos em comparação com a concorrência. O E2 é a aeronave que melhor apoiará o crescimento lucrativo e sustentável da companhia aérea. Também apoiaremos os planos para o novo hub do Aeroporto Central (CPK), que terá o apoio dos jatos Embraer como já ocorre em outros hubs globais como Paris, Chicago, Amsterdã e, claro, Varsóvia.” 

KC-390 Millennium
Em um movimento estratégico de longo prazo, a Embraer está buscando parceiros para a fabricação de peças e para uma potencial linha de produção final para a aeronave militar multimissão KC-390 Millennium, que atualmente está conquistando pedidos internacionais, incluindo países da Europa e da OTAN. A Embraer avalia que a Polônia é o parceiro estratégico ideal para unir forças e construir equipamentos militares de última geração, criando empregos de alta qualificação no país. A produção da aeronave e o ecossistema de pós-venda associado (incluindo manutenção e treinamento) poderão resultar na criação de valor de cerca de US$ 1 bilhão e 600 empregos.

A Embraer está oferecendo à Polônia sua aeronave de transporte militar KC-390 Millennium. A aeronave tem interoperabilidade na OTAN e é a mais avançada em sua categoria. A plataforma de última geração já foi adquirida pela Holanda, República Tcheca, Portugal, Hungria, Brasil, Áustria e Coreia do Sul, e selecionada pela Eslováquia e Suécia. 

"A Polônia é uma nação líder da OTAN e, ao oferecermos o KC-390 Millennium, temos a oportunidade de nos engajarmos com a bem estabelecida e especializada comunidade industrial e de defesa do país. Esta é uma oportunidade para a Polônia se tornar uma participante central do ecossistema europeu do KC-390, com acesso a um excelente pacote industrial, de treinamento e suporte. A Polônia é mais que uma cliente potencial para nós: é uma sólida parceira operacional e industrial de longo prazo, com a localização perfeita para a linha de produção que queremos desenvolver na Europa", diz Frederico Lemos, CCO da Embraer Defesa & Segurança.

Eve, da Embraer, divulga números de 2024 e se mostra otimista com o avanço e o futuro de sua aeronave eVTOL

 


*LRCA Defense Consulting - 11/03/2025

A Eve Holding, Inc., empresa controlada pela Embraer, divulgou hoje seus resultados do quarto trimestre e do ano fiscal de 2024 e se mostra bastante otimista com o avanço do desenvolvimento e com o futuro do seu eVTOL

Marcos atingidos
A Eve Air Mobility atingiu vários marcos em sua jornada para moldar o ecossistema global de Mobilidade Aérea Urbana (UAM) em 2024. Com a seleção de todos os fornecedores de componentes essenciais para o voo para seu eVTOL, a empresa concluiu a montagem do seu primeiro protótipo em escala real em meados de 2024, atingindo assim um dos marcos mais críticos no desenvolvimento da aeronave.

Simplicidade é o DNA do seu eVTOL com uma configuração Lift+Cruise, oito hélices dedicadas para decolagem e pouso verticais - que não mudam de posição durante o voo, e asas fixas para voo de cruzeiro. O design também inclui um empurrador de motor elétrico duplo para redundância de propulsão horizontal com desempenho e segurança em mente. A Eve acredita que menos peças e mais simples ajudarão a reduzir os custos de manutenção e operação, ao mesmo tempo em que aumentam a capacidade de despacho para os operadores.

A equipe contratou vários fornecedores de componentes para o desenvolvimento final de cada parte após uma Fase de Definição Conjunta (JDP) completa e colaborativa. Este é um processo abrangente para garantir que todas as interfaces do sistema sejam totalmente definidas e que diferentes componentes operem perfeitamente entre si. Isso é essencial para alinhar e garantir que as interfaces de hardware e software dos vários componentes funcionem perfeitamente entre si e dentro das especificações de design eVTOL e características de desempenho.

A Eve está realizando testes de solo em seu protótipo e espera iniciar os testes de voo em meados de 2025. Recentemente, foram ligados os motores de propulsão do Eve pela primeira vez para avaliar a instalação adequada, bem como as características de desempenho, como empuxo, emissão de som, vibração, consumo de energia e outros. Foram testados o link de rádio dedicado entre o protótipo e a Remote Pilot Station (RPS) para garantir que não haja latência de sinal para o controle adequado da aeronave durante a campanha de testes.

A equipe continua testando o design eVTOL e refinando modelos de computador em túneis de vento na Holanda. Os testes mais recentes foram realizados com rotores motorizados para calibrar os modelos de interface da asa e dos rotores e melhorar a aerodinâmica. Eles validam o teste múltiplo de dinâmica de fluidos computacional (CFD) que são realizados desde os estágios iniciais do design e melhoram o desempenho das fases de cruzeiro e transição do voo.

Engajamento com autoridades de aviação
A empresa continua altamente engajada com as autoridades de aviação para avançar nos processos de certificação de suas aeronaves. No Brasil, a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) publicou a versão final dos critérios de aeronavegabilidade para o eVTOL da Eve. Este é um marco significativo no processo de certificação de suas aeronaves e um estágio crítico do processo de certificação de tipo. Em paralelo, a FAA (Federal Aviation Authority) emitiu o Special Federal Aviation Regulation (SFAR) que detalha as regras finais para Advanced Air Mobility (AAM) e abrange o eVTOL. Em geral, o SFAR simplifica o processo de treinamento de pilotos e permite eVTOLs de controle único e apoia o design.

Maior e mais diversificado backlog
Os pontos fortes da Eve resultaram no maior e mais diversificado backlog (por número de clientes e regiões) do setor atualmente. No total, a empresa tem LOIs (Letters of Intent) não vinculativas para aproximadamente 2,8 mil aeronaves, de 28 clientes diferentes em 9 países e mercados diferentes. Isso, combinado com os contratos de Services & Support Solutions (TechCare), oferece forte visibilidade de receita de longo prazo e ajudará a Eve a suavizar o consumo de fluxo de caixa nos próximos anos, à medida que começa a converter os LOIs existentes em pedidos firmes e coletar pagamentos de pré-entrega (PDP).

Vector - software exclusivo de gerenciamento de tráfego aéreo urbano
A Eve continua a desenvolver o Vector, um software exclusivo de gerenciamento de tráfego aéreo urbano (Urban ATM), para otimizar e dimensionar as operações de UAM em todo o mundo com segurança e garantiu 21 clientes para o software. Em novembro de 2024, a Eve conduziu uma simulação bem-sucedida em São Paulo - com o parceiro Revo, para testar ainda mais as aplicações de sua solução.

Fábrica e financiamentos
Importante destacar que, no ano passado, a empresa atingiu todos os marcos que havia estabelecido para o mercado, incluindo a conclusão do seu primeiro protótipo e os estágios iniciais dos testes em solo. Também definiu com a ANAC a Base de Certificação e definiu a configuração da sua fábrica de eVTOL e garantiu o financiamento com o BNDES. Por fim, consumiu US$ 141 milhões em dinheiro, próximo ao limite inferior dos US$ 130 a US$ 170 milhões que havia orientado para 2024.

Por fim, a Eve levantou um total de US$ 270 milhões no ano passado – por meio de uma Private Placement de capital e novas linhas de crédito e empréstimos. Com liquidez total de aproximadamente US$ 430 milhões atualmente, foco no controle de custos e eficiências com a Embraer, a empresa se sente confortável ​​no sentido de que sua posição financeira é suficiente para financiar a Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e operações até 2026.

A Eve acredita que tem os parceiros, a experiência e a equipe de desenvolvimento certos para dar suporte à base para o sucesso no design, certificação, montagem e suporte de eVTOLs e no mercado de UAM nos próximos anos.

Destaques financeiros

A Eve Air Mobility é uma empresa aeroespacial dedicada ao desenvolvimento de uma aeronave eVTOL (decolagem e pouso vertical elétrico) e ao ecossistema de mobilidade aérea urbana (UAM) que inclui desenvolvimento de aeronaves, soluções de serviços e suporte - TechCare e Vector, um sistema de gerenciamento de tráfego aéreo urbano (ATM urbano). A Eve é pré-receita; não espera receitas significativas, se houver, durante a fase de desenvolvimento de sua aeronave, e espera que os resultados financeiros sejam principalmente relacionados aos custos associados ao desenvolvimento do programa durante este período.

Quarto trimestre de 2024
A Eve relatou um prejuízo líquido de US$ 40,7 milhões no 4T24 versus US$ 39,3 milhões no 4T23, que incluiu um ganho não recorrente de US$ 1,1 milhão relacionado à perda de Unidades de Ações Restritas (RSUs) com a renúncia de um ex-CEO; então o prejuízo líquido recorrente no 4T23 foi de US$ 40,4 milhões.

O prejuízo líquido no 4T24 foi impulsionado principalmente por despesas com Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), que são custos e atividades necessárias para avançar no desenvolvimento de seu conjunto de produtos e soluções para UAM, incluindo o Master Service Agreement (MSA) com a Embraer.

As despesas com P&D foram de US$ 33,7 milhões no 4T24, relativamente estáveis ​​versus US$ 33,6 milhões no 4T23. Foi no 4T23 que os esforços de P&D começaram a se intensificar com avanços no desenvolvimento de seu eVTOL – que incluiu a compra de peças e os estágios iniciais da montagem de seu primeiro protótipo em escala real. Além disso, P&D também exigiu um maior envolvimento de engenharia com a Embraer, atividades adicionais de desenvolvimento de programa e infraestrutura de testes. Seus custos de P&D são impulsionados principalmente pelo Master Service Agreement com a Embraer, que realiza diversas atividades de desenvolvimento para a Eve.

Ao excluir o ganho não recorrente e não monetário mencionado acima, o SG&A permaneceu relativamente estável em US$ 6,2 milhões no 4T24 (vs. SG&A recorrente de US$ 6,4 milhões no 4T23). O número de funcionários diretos na Eve também permaneceu estável em relação ao 4T23, em aproximadamente 180. Ainda assim, os custos relacionados à folha de pagamento diminuíram 16% a/a, refletindo principalmente a depreciação do Real brasileiro durante o período. Os menores custos de folha de pagamento foram compensados ​​por maiores serviços terceirizados e despesas pré-operacionais relacionadas ao nseu primeiro local de produção em Taubaté, Brasil.

O consumo total de caixa da Eve no 4T24 foi de US$ 39,9 milhões, contra US$ 24,5 milhões no 4T23. Os custos de P&D associados ao desenvolvimento de aeronaves da Eve e pagamentos de fornecedores, bem como despesas de SG&A, foram os principais contribuintes para o consumo de caixa durante o trimestre.

Ano Completo 2024
O prejuízo líquido em 2024 foi de US$ 138,2 milhões, contra US$ 127,7 milhões no ano anterior. As despesas com P&D atingiram US$ 129,8 milhões em 2024 — contra US$ 105,6 milhões em 2023, enquanto as despesas recorrentes de SG&A aumentaram de US$ 24,2 milhões em 2023 para US$ 26,5 milhões em 2024. Assim como os números trimestrais, esses custos e despesas acumulados mais altos são impulsionados principalmente pelo aumento das atividades de desenvolvimento necessárias para progredir no design do eVTOL.

Incluindo o pessoal contratado por meio do MSA com a Embraer e suas subsidiárias, no 4T24 a Eve empregava aproximadamente 900 colaboradores em tempo integral, contra aproximadamente 700 no final de 2023.

Em 2024, o consumo de caixa (dinheiro usado em atividades operacionais + despesas de capital) foi de US$ 141,2 milhões e US$ 94,7 milhões em 2023 – isso está próximo do limite inferior da faixa de US$ 130 a US$ 170 milhões que esperava consumir no programa ao longo do ano, graças ao seu foco no controle de custos, à desvalorização do real brasileiro (já que algumas despesas são incorridas localmente, mas reconhecidas em dólares americanos) e às sinergias contínuas com a Embraer.

No final de 2024, o caixa, equivalentes de caixa, investimentos financeiros e recebíveis de empréstimos parcialmente relacionados da Eve totalizaram US$ 303,4 milhões – contra US$ 241,1 milhões no final de 2023 e US$ 279,8 milhões no trimestre anterior. O aumento em sua posição de caixa, apesar do caixa implantado em seu programa, reflete um novo empréstimo levantado durante o 4T24 com um banco privado, bem como a Colocação Privada de US$ 95,6 milhões em julho de 2024.

A Eve sacou o equivalente a US$ 83,6 milhões do total de recursos disponibilizados pelo BNDES até agora e ainda tem outros US$ 125,2 milhões para saques futuros. Com isso, a posição total de liquidez da empresa, no final de 2024, era de US$ 428,6 milhões.

A Eve acredita que as linhas de crédito oferecem termos e condições atraentes que estão alinhados com o seu desenvolvimento inicial, com vencimento de longo prazo e período de carência de amortização, o que espera que apoie a Eve à medida que continua a avançar seu programa eVTOL. A empresa espera continuar a sacar dessas facilidades à medida que seu programa de desenvolvimento avança, para otimizar sua posição de caixa e estrutura de capital.

10 março, 2025

E195-E2 poderia render à LOT quase US$ 1 bilhão em economia ao longo de 15 anos, diz CEO da Embraer

Gomes Neto, CEO da Embraer: "Se a Polônia selecionar o E195-E2, poderia render à LOT quase US$ 1 bilhão, de acordo com nossos cálculos em economia ao longo de 15 anos, em comparação com aeronaves concorrentes (excluindo custos de aquisição). E isso é mais do que o preço de compra."


*money.pl, por Marcin Walków - 09/03/2025

Marcin Walków, money.pl: A Embraer anunciou resultados financeiros. Que tipo de ano foi para você como fabricante de aeronaves?
Francis Gomes Neto, CEO da Embraer: Esses são resultados excelentes e o ano passado foi espetacular para nós em muitos aspectos. Tivemos recordes de vendas, recorde de receita e recorde de pedidos.

Cada uma das nossas unidades de negócios teve um desempenho muito bom em termos de vendas. A relação geral entre livro e faturamento foi de 2,2 para 1. Isso significa que para cada aeronave que entregamos em 2024, vendemos outras duas. No caso de jatos particulares e negócios de defesa, essas taxas são ainda melhores - 2,7 e 3,3 para 1, respectivamente. No segmento de aeronaves de passageiros, é de 1,6 para 1. Por último, mas não menos importante, estão os serviços e suporte. Aqui também tivemos um ano muito bom.

Geramos US$ 6,4 bilhões. receitas, o EBIT ajustado totalizou US$ 708,2 milhões e a margem foi de 11,1%. Mesmo se excluirmos o impacto do acordo com a Boeing, o resultado foi de US$ 558,2 milhões. e 8,8 por cento. Pelo segundo ano consecutivo fomos indicados pelos funcionários como um ótimo lugar para trabalhar, o que também é muito importante para nós.

Quais resultados você espera em 2025?
Estamos implementando uma estratégia de vários anos atrás, que chamamos de "Embraer 2025". Nosso foco em vendas, desempenho, gestão da cadeia de suprimentos, pessoas e cultura empresarial nos ajudou a sair da crise e chegar onde estamos hoje. Porque acho que 2025 será ainda melhor.

Nossa orientação financeira prevê que as receitas aumentem para US$ 7-7,5 bilhões. com maior número de entregas. Esperamos uma margem muito realista porque estamos cientes das restrições que ainda temos na cadeia de suprimentos. No entanto, implementamos uma nova estrutura e usamos ferramentas digitais modernas e IA para monitorar o que está acontecendo lá. Estamos mobilizando equipes de crise para resgatar nossos fornecedores em dificuldades e ajudá-los onde houver gargalos.

Das 206 aeronaves entregues, 73 eram aeronaves de passageiros. Os resultados da Embraer são impulsionados principalmente pelo segmento militar?
NÃO. Todas as unidades de negócios foram lucrativas no ano passado. Se compararmos nossa contribuição aos lucros gerados, ganhamos mais com serviços e suporte. Em segundo lugar estão os jatos particulares.

No nível dos resultados financeiros, não “misturamos” as vendas de aeronaves e os serviços que as acompanham. Se isso fosse combinado, os lucros reportados do setor de Aviação Comercial seriam duas vezes maiores. Deixe-me enfatizar: a maior parte dos lucros vem de serviços e suporte, com uma boa parcela dos setores comercial e de defesa.

Quais são as perspectivas para jatos particulares e aviação executiva? Muita atenção é dada às emissões de CO2 geradas pelos voos VIP.

Acho que também há muitos aspectos positivos. Como produtividade, conforto, segurança. O cliente não precisa ir a um grande aeroporto duas ou três horas antes da partida para passar pelo controle de segurança. Ele simplesmente voa quando quer.

A participação da aviação executiva nas emissões de CO2 é apenas uma fração de um por cento. É por isso que estamos muito otimistas sobre como esse mercado se desenvolverá e estamos investindo no aumento da produção de aeronaves executivas neste e nos próximos anos.

A Embraer decidiu adiar mais uma vez o programa E175-E2. A imprensa relata que isso se deve às regulamentações do Scope em vigor nos EUA, que praticamente o excluiriam do mercado. Você espera que, sob o governo de Donald Trump, os EUA mudem de ideia?
A aeronave E175-E2 é muito melhor que sua geração anterior em termos de consumo de combustível e emissões de CO2. Estamos falando de uma economia de cerca de 30%. Mas tem motores mais pesados ​​que os anteriores. Portanto, não está em conformidade com a cláusula de escopo, que faz parte do acordo entre companhias aéreas e sindicatos de pilotos. E não há sinais de que isso vá mudar nos EUA.

Portanto, poderíamos vender essa aeronave em outros mercados, mas o maior volume desse tipo de aeronave está nos EUA. É por isso que adiamos o programa por mais quatro anos. Mas o que fizemos? Estamos investindo no programa E175-E1. Estamos introduzindo novos assentos e compartimentos de bagagem, melhores sistemas de comunicação com os passageiros e iluminação, e também reduzimos o consumo de combustível em 6,4%. Estamos melhorando isso. Porque é a empresa líder em voos regionais, dos quais os EUA são o maior mercado.

O E175-E2 já completou seu primeiro voo. Acho que precisamos de alguns anos. Se virmos qualquer sinal de mudança na cláusula nos EUA, retomaremos o projeto.

Você mencionou US$ 150 milhões. acordo com a Boeing, que encerra o histórico de negociações frustradas sobre uma grande fusão. Que lições aprendemos com isso, olhando para trás ao longo dos anos?
Primeiro, não colocaremos mais nenhuma divisão da Embraer à venda (risos). Estamos abertos a parcerias que possam nos ajudar a abrir novos mercados para a Embraer e aquelas que possam nos ajudar a desenvolver novos produtos. Mas em um modelo de negócio diferente, não como tentávamos fazer naquela época. Sempre enfatizo que na época era uma boa ideia, mas aprendemos que a nova estrutura traria uma complexidade que não seria muito benéfica para nossas operações do dia a dia.

Um dos maiores segredos do mercado de aviação são os descontos nos preços de tabela dos aviões novos. Com quais descontos as companhias aéreas e empresas de leasing podem contar?
Essa é uma prática comum em nosso setor. Existe um preço de tabela, mas no final das contas chegamos ao preço de mercado. Deixe-me colocar desta forma: tentamos ser competitivos em diferentes segmentos e entender a concorrência em mercados individuais.

No final das contas, o negócio tem que ser bom para o cliente e para nós, certo? Temos diferentes lucratividades em diferentes segmentos de negócios. Quando você junta tudo isso, a empresa está indo muito bem. Poderíamos dizer que uma empresa ajuda outra a amortizar custos fixos, melhorar a lucratividade e maximizar a utilização das linhas de produção.

A empresa obtém a maior parte de seu dinheiro com serviços e suporte. Então, é mais lucrativo hoje vender a aeronave, mesmo que um pouco mais barata, para ganhar mais em serviços e suporte durante todo o seu ciclo de vida?
O preço de um avião, como eu disse, é definido pelo mercado. Nós nos esforçamos para ser competitivos, mas não gostamos de vender aeronaves abaixo do custo. Queremos ter um negócio saudável e é por isso que agimos de acordo com o que está acontecendo no mercado.

O segmento de aviação comercial é mais competitivo. Por isso, ao definir o preço, ouvimos as expectativas do cliente. Apresentamos o preço pelo prisma dos benefícios que a aeronave pode trazer. Por exemplo, selecionar o E195-E2, de acordo com nossos cálculos, poderia render à LOT quase US$ 1 bilhão em economia ao longo de 15 anos, em comparação com aeronaves concorrentes (excluindo custos de aquisição). E isso é mais do que o preço de compra.

Desde o início do ano, temos visto acidentes, quedas de avião e incidentes em todo o mundo. Eles atraíram a atenção do público. Como você responderia a um passageiro se lhe perguntassem se voar ainda é o meio de transporte mais seguro?
Não posso falar pelos outros, mas na Embraer sempre dizemos: segurança em primeiro lugar, qualidade em primeiro lugar. Esta é a nossa prioridade número um. Não há outras prioridades para nós que sejam mais importantes do que segurança e qualidade.

Temos muito orgulho da nossa história e das nossas conquistas. A cada ano, as aeronaves da Embraer transportam aproximadamente 150 milhões de passageiros. O relatório sobre  a queda do nosso avião no Cazaquistão mostrou que ele foi danificado por fatores externos. O avião estava operacional.

Fazemos tudo o que está ao nosso alcance para garantir que todos os nossos funcionários se lembrem de que segurança e qualidade são essenciais para a empresa. Levamos isso muito a sério.
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Saiba mais:
- Coletiva de imprensa do Grupo Embraer em Varsóvia no dia 11 poderá definir o C-390 e/ou o E195-E2 para a Polônia

Embraer expande Equipe Global de Leasing e Cargueiros na Aviação Comercial


*LRCA Defense Consulting - 10/03/2025

A Embraer formou uma equipe global dedicada a Leasing e Cargueiros na unidade de negócios da Aviação Comercial, continuando a fortalecer sua posição estratégica nesses mercados. A nova equipe está baseada em Amsterdã, um importante centro para a aviação global, unificando em uma mesma estrutura a expertise em conversões de E-Jets de passageiros para cargueiros e de leasing de aviação comercial. 

Oliver Gerg irá liderar a equipe e foi nomeado Vice-Presidente Sênior Global de Leasing e Cargueiros. O executivo traz uma ampla experiência para esta posição, por meio de sua liderança na Equipe Global de Leasing e por ter desempenhado um papel fundamental no lançamento do E-Freighter em 2022. Oliver reportará diretamente a Martyn Holmes, Diretor Comercial da Embraer Aviação Comercial. 

"A criação da Equipe Global de Leasing e Cargueiros é um passo fundamental em nossa estratégia para aproveitar as oportunidades nos mercados em expansão de carga e leasing. Oliver é o executivo ideal para direcionar esta iniciativa por sua liderança, experiência e profundo conhecimento de nossos negócios. Com a sua orientação, estamos confiantes de que esta equipe entregará um valor excepcional aos nossos clientes e stakeholders," afirma Martyn Holmes, Diretor Comercial da Embraer Aviação Comercial. 

Este realinhamento estratégico ressalta o compromisso da Embraer com a inovação e o foco no cliente, posicionando a empresa para atender às demandas em evolução do mercado global de aviação.

WEG fornece soluções elétricas para empreendimento empresarial da Construtora Marluc em Maringá (PR)

 


*LRCA Defense Consulting - 10/03/2025

Os barramentos blindados são uma alternativa aos cabos elétricos, oferecendo economia e qualidade de energia, enquanto os transformadores serão integrados à subestação do empreendimento, assegurando uma operação mais segura e eficiente.

O Phenom Parque Empresarial será o primeiro empreendimento comercial de Maringá a oferecer um rooftop exclusivo. Com entrega prevista para o final de 2025, o prédio de alto padrão contará com um espaço único para eventos, reuniões e networking, tudo isso com uma vista espetacular da cidade, proporcionando uma experiência incomparável aos seus clientes.

O empreendimento é conduzido pela Marluc, uma empresa com mais de 20 anos de atuação no ramo da Construção Civil e um portfólio que supera 1 milhão de m² construídos.

Para garantir um funcionamento continuo e confiável, a WEG, referência em equipamentos elétricos irá fornecer um conjunto de produtos essenciais, incluindo Barramento Blindado – Linha Performance em alumínio nos Frames: 5000, 4000, 3200, 2500 e 800 A – totalizando 675 m, e transformadores que juntos somam mais de 02 MVA de potência. Os barramentos blindados são uma alternativa aos cabos elétricos, oferecendo economia e qualidade de energia, enquanto os transformadores serão integrados à subestação do empreendimento, assegurando uma operação mais segura e eficiente.

Com essas inovações, o Phenom Parque Empresarial se posiciona como um marco na arquitetura de Maringá (PR), exemplificando eficiência e modernidade no setor comercial, enquanto à implementação das soluções da WEG contribuirá significativamente para o sucesso do projeto, alinhando-se à visão da construtora de criar um espaço moderno e funcional.

A combinação da expertise da Marluc com as soluções tecnológicas da WEG proporcionará experiências valiosas aos clientes e fortalecerá a economia local, ao oferecer um ambiente propício para networking e eventos de alto nível, consolidando-se como um dos principais destinos empresariais da região.

08 março, 2025

Com apoio da ABIMDE, ALESP lança Frente Parlamentar para Segurança, Defesa e Desenvolvimento

Parceria entre ALESP e ABIMDE busca ampliar o diálogo sobre defesa e segurança em SP


*LRCA Defense Consulting - 08/03/2025

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) promoverá, no dia 10 de março, a partir das 13h, no Auditório Franco Montoro, o lançamento da Frente Parlamentar para Colaboração em Segurança Pública, Defesa e Desenvolvimento Nacional. A iniciativa, coordenada pelo Deputado Estadual Capitão Telhada, conta com o apoio da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE) e tem como objetivo fortalecer a Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS) no Estado de São Paulo.

A Frente Parlamentar reunirá deputados estaduais de diferentes partidos para debater e impulsionar pautas estratégicas do setor. O grupo atuará na articulação de políticas públicas, proposição de medidas de incentivo à indústria nacional e na fiscalização das ações governamentais relacionadas à defesa e segurança.

Segundo o Presidente do Conselho de Administração da ABIMDE, Luiz Teixeira, a criação da Frente pode contribuir para a união de forças no avanço da BIDS, especialmente em São Paulo. “A articulação entre governo, indústria e sociedade é essencial para o fortalecimento do segmento, garantindo que as políticas públicas acompanhem as necessidades estratégicas do país. Além disso, a Frente pode desempenhar um papel fundamental na priorização da aquisição de produtos e soluções desenvolvidos por empresas nacionais, fortalecendo a autonomia tecnológica do Brasil”, afirmou.

A ABIMDE atuará ativamente junto à Frente Parlamentar, promovendo o diálogo entre os setores público e privado e levando à Assembleia Legislativa demandas estratégicas das Forças Armadas e de entidades de segurança pública.

Luiz Teixeira explica que a Associação também pretende apresentar propostas para aprimorar o ambiente regulatório e estimular a capacidade de exportação da indústria nacional. “A expansão da presença brasileira no mercado internacional depende de iniciativas coordenadas entre o governo e o setor produtivo, e a Frente Parlamentar pode ser um instrumento fundamental para apoiar esse avanço”, destacou.

O apoio institucional ao setor produtivo foi enfatizado pelo Presidente-Executivo da ABIMDE, Tenente-Brigadeiro R1 José Augusto Crepaldi Affonso, como um fator determinante para o fortalecimento da Base Industrial de Defesa e Segurança. “O apoio do Parlamento é imprescindível para consolidar uma base industrial sólida. A iniciativa do Deputado Capitão Telhada é de grande importância para o setor, pois estabelece canais de diálogo entre os diversos segmentos da sociedade”, pontuou.

O coordenador da Frente Parlamentar, Deputado Capitão Telhada, também destacou a relevância da iniciativa para o desenvolvimento da segurança pública e da indústria nacional. “A Frente é uma iniciativa pioneira no âmbito da Assembleia Legislativa, um espaço importante para que ocorram debates efetivos, buscando mudanças significativas. Neste sentido, será fundamental a parceria com a ABIMDE, pois juntos vamos contribuir para o desenvolvimento de um setor essencial para nosso Estado.”

Entre as iniciativas que a ABIMDE pretende apresentar à Frente Parlamentar está a promoção do Termo de Licitação Especial (TLE) como ferramenta administrativa para atender às necessidades operacionais e fomentar o desenvolvimento socioeconômico, priorizando a indústria nacional.

O lançamento da Frente Parlamentar representa um passo estratégico para consolidar políticas públicas voltadas ao fortalecimento da Base Industrial de Defesa e Segurança, contribuindo para o crescimento da indústria e para a soberania nacional.

Serviço
Lançamento da Frente Parlamentar para Colaboração em Segurança Pública, Defesa e Desenvolvimento Nacional
Data: 10 de março de 2025, das 13h às 17h
Local: Auditório Franco Montoro, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp)
 

Embraer assume e divulga o A-29 Super Tucano como aeronave antidrones


*LRCA Defense Consulting - 08/03/2025

Em entrevista para o portal polonês Rynek Lotniczy, em 07/03/2025, Frederico Lemos, CCO da Embraer Defesa & Segurança, afirmou que "O A-29 Super Tucano evoluiu para se tornar uma verdadeira aeronave interoperável da OTAN, com capacidades e equipamentos específicos para a Aliança do Atlântico Norte. Uma de suas principais capacidades é a de combater veículos aéreos não tripulados (UAS) de maneira econômica". 

Anteriorme, em matéria da Shephard Media de 20/02/2025, Caetano Spuladro Neto, vice-presidente de vendas e desenvolvimento de negócios para o Oriente Médio e África na Embraer, disse que vê “fortes oportunidades” no Oriente Médio para seu C-390 e Super Tucano, identificando este último como uma plataforma importante na região para combater veículos aéreos não tripulados (VANTs), haja vista que a empresa estava “adicionando capacidades” para combater sistemas aéreos não tripulados ao Super Tucano como parte de seu roteiro de produtos mais amplo para a aeronave, visando países na região.

Além de suas capacidades em atividades de contra-insurgência, vigilância de fronteiras, patrulha e ataque leve, Spuladro Neto disse que a empresa viu uma “necessidade crescente de capacidades [antidrone]” impulsionada pelo uso de UAS (Unmanned Aircraft System - Sistema de Aeronaves Não Tripuladas).

A empresa brasileira se posicionou como uma alternativa de baixo custo para aeronaves de combate maiores que foram, e são, usadas para derrubar UAS. Ela já utiliza o míssil APKWS da BAE Systems, que é integrado à aeronave.

O caso da Ucrânia
Para a Ucrânia, o tema já havia sido levantado quando a Rússia começou a usar os drones kamikases iranianos Shahed: a possibilidade de usar uma aeronave simples e barata, que fosse eficaz para interceptar alvos aéreos de baixa velocidade, como esses ou outros drones similares.

Como se soube em abril de 2023, a Ucrânia apresentou por duas vezes um pedido de compra de aeronaves brasileiras Embraer A-29 Super Tucano, mas sem sucesso, assim como também foram negadas as vendas de 400 blindados ambulância Guarani, sistemas de defesa aérea Gepard, morteiros, armas automáticas, munições para tanques Leopard 1 etc.

Embraer A-29 Super Tucano: uma aerovave antidrone por excelência
Desde o início de 2024, esta Consultoria insistia no assunto, afirmando que nos meios militares de vários países já se comentava que um moderno avião a hélice de ataque leve, o Embraer A-29 Super Tucano, seria uma solução ideal para operações antidrones, pois é extremamente manobrável, rápido, versátil e muito bem equipado com aviônicos avançados, sensores eletro-ópticos e infravermelhos, sendo capaz de transportar uma grande variedade de armas, incluindo metralhadoras, foguetes e munições guiadas com precisão. Seu design é extremamente resistente, permitindo operar de qualquer lugar. Além disso, é reconhecidamente experimentado em combate, e com muito sucesso.

Dificilmente a aeronave da Embraer poderia ser exportada para países que estejam atualmente em conflito, haja vista as normas do governo brasileiro não permitirem. No entanto, a nova potencialidade do Super Tucano poderá torná-lo uma ferramenta preferencial para forças aéreas de países da OTAN (na versão A-29N) que acompanham com preocupação a evolução do conflito Rússia x Ucrânia e querem se preparar para um possível embate com os russos em qualquer situação. 

Na África, onde a aeronave já é utilizada por várias forças aéreas, tal potencialidade também deve chamar a atenção, especialmente em sua versão padrão, haja vista que, além das missões de ataque leve, reconhecimento e contra-insurgência, poderá ser a resposta adequada às recentes aquisições de drones médios e grandes efetuadas por muitos países. Aliás, esse continente já está sendo conhecido como "o novo playground para exportadores de drones", com destaque para os artefatos chineses, turcos e israelenses. Angola, Nigéria, Togo, Níger, Burkina Faso, Mali, Senegal, Etiópia, Líbia, República Democrática do Congo, Chade, Marrocos e Sudão são alguns exemplos.

Desempenho
Em termos de desempenho, o Super Tucano tem uma autonomia de 3,4 horas com combustível interno, estendendo-se para 5,2 horas com tanques externos e sensores EO/IR. Ele pode subir a uma velocidade de 3.240 pés por minuto, com teto de serviço de 35.000 pés. Sua capacidade de decolar e pousar em distâncias curtas (900 metros para decolagem e 860 metros para pouso) o torna um grande trunfo para operações a partir de bases avançadas. 

A aeronave possui velocidade máxima de 520 km/h, rápida o suficiente para oferecer uma pronta resposta a alvos aéreos detectados pelos radares terrestres, como helicópteros, pequenos aviões e drones médios e grandes. Sua velocidade de estol é de 148 km/h, permitindo-lhe manobrar e combater drones que naveguem próximo desta velocidade ou mais, mesmo em baixas altitudes.

A propósito, para se ter uma rápida noção do quesito "manobrabilidade", basta assistir a uma apresentação dos A-29 que integram o Esquadrão de Demonstração Aérea da FAB, a popular "Esquadrilha da Fumaça", uma das mais famosas unidades de acrobacia aérea do mundo.

Mercado mundial
Em boa hora a Embraer assumiu e passou a divulgar a nova potencialidade de emprego antidrones de médio e grande porte que tem o A-29 Super Tucano, nas versões NATO ou padrão, restando apenas esclarecer quais são as "capacidades" que a empresa estava adicionando na aeronave para torná-la ainda mais efetiva no combate a sistemas aéreos não tripulados.

Sem dúvida, essa característica é um trunfo extra para que o Super Tucano venha a ser adquirido por países da OTAN, da África e de outras regiões que queiram dispor da mais eficaz e estratégica ferramenta antidrone disponível atualmente, como Índia, Coreia do Sul, Oriente Médio etc., dadas às ameaças constantes em suas fronteiras.

Saiba mais:
- Especialista ucraniano recomenda o Embraer Super Tucano para combater os drones russos

- Antidrone: enquanto Ucrânia e Rússia improvisam o Yak-52, Super Tucano poderá ser a grande arma para a missão

07 março, 2025

Coletiva de imprensa do Grupo Embraer em Varsóvia no dia 11 poderá definir o C-390 e/ou o E195-E2 para a Polônia


*Rynek Lotniczy, por Piotr Bożyk - 07/03/2025

A Polônia poderia ser o próximo cliente do C-390? Isso é possível e muito provável, porque, como nos conta Frederico Lemos, CCO da Embraer Defesa & Segurança, a Polônia precisa de uma aeronave versátil e econômica para o rápido deslocamento de tropas. Ou talvez a Embraer aumente sua presença na Polônia ou abra seu centro de serviços? Ainda não sabemos, mas o fabricante ressalta que considera nosso país um parceiro estratégico europeu tanto na área comercial quanto na de defesa.

Coletiva de imprensa do Grupo Embraer em Varsóvia
Vale a pena mencionar aqui que no dia 11 de março deste ano será realizada uma coletiva de imprensa do Grupo Embraer em Varsóvia, Polônia, que contará com a presença de representantes do conselho de administração da fabricante brasileira, como Francisco Gomes Neto, Presidente do Conselho de Administração da Embraer, Arjan Meijer, CEO da Embraer Aviação Comercial e Frederico Lemos, Diretor Comercial da Embraer Defesa & Segurança.

Nosso entrevistado é Frederico Lemos, que foi nomeado Chief Commercial Officer (CCO) da Embraer em maio de 2023, reportando-se diretamente a Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança. Lemos iniciou a sua carreira na Força Aérea Portuguesa como oficial de carreira. Em 2011, ingressou na OGMA e logo depois na Embraer Defesa, onde atuou em diversos cargos de desenvolvimento de negócios e vendas, tanto em Portugal quanto nos Emirados Árabes Unidos. Em 2020, tornou-se CEO da EID SA, uma empresa portuguesa de alta tecnologia com profundo conhecimento e vasta experiência em eletrónica, comunicações e comando e controlo.

Piotr Bożyk, Rynek Lotniczy: 2024 foi um ano recorde para a Embraer Defense. Quais são as visões e planos para 2025?

Frederico Lemos, CCO Embraer Defesa & Segurança: a defesa está em nosso DNA desde o início da Embraer em 1969. 2024 foi um ano muito bom para a defesa e estamos confiantes de que a demanda por aeronaves militares modernas, como o KC-390 e o A-29 Super Tucano, permanecerá alta em 2025 na Europa e em outros continentes também.

Qual a importância da parte militar nos negócios da Embraer hoje, dada a situação global?

A Embraer Defesa é uma parte estratégica da empresa e nosso papel é atender às necessidades operacionais de nossos clientes com as melhores aeronaves e sistemas. Este é o caso do C-390 e do A-29. A atual situação geopolítica destaca a necessidade de modernizar e expandir as capacidades operacionais de muitas forças armadas com aeronaves versáteis de última geração, e é exatamente isso que oferecemos.

Por exemplo, na Europa, muitos países como Holanda, Portugal, Hungria, República Tcheca, Áustria e, em breve, possivelmente Suécia e Eslováquia, escolheram o C-390 para substituir suas aeronaves mais antigas ou ganhar novas capacidades operacionais.

Já faz três anos que a Ucrânia está sendo assolada por uma guerra que está mudando radicalmente a abordagem dos governos em relação à questão da defesa e gastos relacionados. A Embraer está observando um interesse crescente em atividades de defesa?

Com certeza, depois de muitos anos de estagnação, vemos um grande apetite pela modernização das forças armadas, seguindo as lições aprendidas com a operação na Ucrânia. Como mencionei, a defesa está em nosso DNA desde 1969 e hoje, mais do que nunca, a defesa é considerada um mercado-chave pela Embraer e nosso compromisso é fornecer aos nossos clientes as capacidades operacionais de que eles precisam quando mais precisam. E é exatamente isso que fazemos. A Embraer está investindo fortemente em produtos de nova geração e sua evolução para se manter alinhada às expectativas de seus clientes atuais e futuros.

A Embraer Defense anuncia seu C-390 como um substituto ideal para o C130. Qual é a vantagem do jato C-390 sobre o turboélice C-130, que, entre outras coisas, a Polônia também usa?

O C-130 é um ótimo avião projetado na década de 1950. Agora vemos muitos países substituindo suas aeronaves mais antigas por aeronaves comprovadas de última geração, como o C-390. O C-390 Millennium é uma aeronave de nova geração que entrou em serviço em 2019. Ele pode transportar 26 toneladas de carga (sistemas de armas, tropas, equipamentos médicos, veículos, helicópteros) em sua ampla fuselagem.

Nossa nova aeronave foi projetada com flexibilidade em mente e, graças à sua arquitetura inovadora, a aeronave pode ser rapidamente reconfigurada entre duas missões diferentes, minimizando o tempo entre elas. O C-390 Millennium pode operar dia e noite, independentemente das condições climáticas, mesmo em pistas não pavimentadas. Graças aos seus dois potentes motores a jato, o C-390 voa muito mais rápido que aeronaves turboélice e, como sabemos, a velocidade é uma grande vantagem em operações militares.

A aeronave é equipada com um moderno conjunto de aviônicos, um conjunto abrangente de autodefesa para detectar e combater ameaças modernas e um sistema "fly by wire" que alivia a tripulação. A aeronave pode ser reabastecida no ar durante missões de longo alcance e, quando equipada com equipamento de reabastecimento ar-ar sob a designação KC-390, o Millennium também pode reabastecer outras aeronaves.

Por fim, vale mencionar que o C-390 é uma aeronave comprovada, com excelente taxa de conclusão de missão e ótima relação custo-benefício. A Embraer aproveitou os fatores de sucesso do setor de aviação civil e os aplicou a uma plataforma militar, criando uma combinação vencedora incomparável: elementos como o motor (um dos mais populares na aviação civil) e a cabine são exemplos dessa abordagem, tornando o C-390 único e o melhor da categoria.

Desde 1997, com a entrega do primeiro ERJ-145, a Embraer está presente no mercado polonês de aeronaves de passageiros. Não precisávamos de produtos militares como o Tucano, mas o C-390 é um assunto relativamente novo. Qual é o plano para o mercado polonês?

Acreditamos que o C-390 é um novo padrão para forças armadas modernas, como a Força Aérea Polonesa. A Polônia precisa de uma aeronave versátil, interoperável e econômica para enviar rapidamente tropas, veículos e suprimentos aos teatros de operações. É aqui que o C-390 se destaca. Estamos oferecendo esta aeronave à Polônia para permitir que o país enfrente rapidamente os desafios operacionais e, ao mesmo tempo, traga benefícios à indústria local. O Super Tucano também é um excelente recurso para conduzir ataques leves, treinamento e missões anti-UAS no campo de batalha de forma econômica.

Você não tem medo da concorrência da Airbus e sua oferta do A400M? Segundo rumores, a Polônia precisa de várias máquinas com tal capacidade de elevação.

Para nós, o cliente sempre vem em primeiro lugar. Acreditamos que o C-390 Millennium é a melhor aeronave para atender às necessidades operacionais das Forças Armadas Polonesas hoje e no futuro. Não especulamos nem comentamos fofocas do setor.

O C-390 já voa em Portugal e na Hungria. Aeronaves também foram vendidas para a Holanda, Áustria e República Tcheca, e em breve serão acompanhadas pela Eslováquia e Suécia. Isso pode ser um argumento nas negociações com o governo polonês?


Está claro que o C-390 é o novo padrão na Europa, a seleção do C-390 significa maior interoperabilidade ao mesmo tempo em que se beneficia do ecossistema europeu do C-390 para treinamento, suporte, operações militares e evolução do programa geral.

No caso de um pedido maior da Polônia, podemos contar com alguma instalação de suporte técnico ou uma fábrica produzindo algo para o programa C-390? Acho que a linha de montagem final é um investimento muito grande ao comprar várias aeronaves.


A Embraer já tem uma parceria muito forte com a base industrial europeia e vemos um caminho potencial a seguir.

Em 2022, a Embraer testou com sucesso um sistema móvel de extinção de incêndio na aeronave C-390 Millennium de última geração durante uma campanha de certificação de voo no Brasil. Há algum interesse neste recurso por parte dos usuários atuais e futuros do C-390?

Sim, nosso MAFFS 2 (Modular Airborne Fire Fighting System - 2nd Generation) já está em operação no Brasil. Em uma missão recente, a Força Aérea Brasileira despejou mais de 1 milhão de litros de água durante cerca de 100 voos com 100% de indicador de cumprimento da missão.

Em que direção as aeronaves A-29 Super Tucano e C-390 serão desenvolvidas?

O A-29 Super Tucano evoluiu para se tornar uma verdadeira aeronave interoperável da OTAN, com capacidades e equipamentos específicos para a Aliança do Atlântico Norte. Uma de suas principais capacidades é a de combater veículos aéreos não tripulados (UAS) de maneira econômica.

O C-390 Millennium é uma aeronave de nova geração, versátil e econômica, que atende a todos os requisitos que recebemos de clientes atuais e potenciais. Teremos prazer em trabalhar com todos os nossos clientes para abordar quaisquer opções específicas que possam ser importantes para eles ao selecionar esta aeronave.

A Embraer Defesa tem planos de oferecer outros produtos de Defesa ou vai continuar com o que já tem e desenvolvê-los por enquanto?

A Embraer ouve constantemente as necessidades do mercado e as opiniões de seus clientes e futuros clientes para preparar novos produtos e introduzir novas capacidades ao portfólio existente. E fazemos isso há mais de 56 anos.
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Para além do C-390 Millennium

*LRCA Defense Consulting - 07/03/2025

A presença dos principais executivos da Embraer (Francisco Gomes Neto, Presidente do Conselho de Administração, Arjan Meijer, CEO da Aviação Comercial, e Frederico Lemos, CCO da Defesa & Segurança) em uma mesma coletiva de imprensa em outro país (divulgada pelo jornalista polonês, mas não confirmada junto à Embraer) não é comum e pode sinalizar que, além do C-390 Millennium, a Polônia possa ter, finalmente, decidido a aeronave que irá reforçar e atualizar a frota da LOT Polish Airlines.

Assim, a companhia aérea polonesa também poderá anunciar a Embraer como o novo fornecedor de aeronaves, haja vista que, no ano passado, a Polônia anunciou planos para comprar 84 novas aeronaves para a LOT e eliminar gradualmente os Embraer E170 e E195 que atualmente atendem suas rotas regionais. A transportadora tem atualmente 86 aeronaves à sua disposição e a previsão é de quase dobrar o número atual até 2032.

Em 24 de outubro de 2024, a Embraer assinou um contrato de longo prazo com a LOT Polish Airlines para o Programa Pool. Com o acordo, a companhia aérea receberá suporte para uma ampla gama de componentes reparáveis para seus três E195-E2, que passaram a integrar a frota da companhia após um acordo de leasing com a Azorra. A LOT Polish Airlines é uma das maiores operadoras de E-Jets em todo o mundo, com 47 aeronaves fabricadas pela Embraer na sua frota. Atualmente, o Programa Pool apoia mais de 60 companhias aéreas de todo o mundo.

Royal Air Maroc reforçará sua frota com 20 novas aeronaves até 2026. Embraer é forte candidata


 

*Rue 20 - 06/03/2025

A Royal Air Maroc (RAM) está se preparando para um crescimento significativo com a aquisição de 20 novas aeronaves até o final de 2026, confirmaram fontes oficiais da companhia aérea à Rue20.

Este investimento estratégico aumentará a frota da RAM para 73 aeronaves, consolidando-a como a segunda maior companhia aérea da África em termos de tamanho de frota e fortalecendo sua posição no cenário da aviação internacional.

A expansão faz parte de uma estratégia abrangente para fortalecer a capacidade operacional da RAM, expandir sua rede global e enriquecer a experiência do passageiro.

A iniciativa está alinhada aos preparativos do Marrocos para a possível Copa do Mundo da FIFA de 2030, um evento que deve tornar o país um ímã para fãs de futebol do mundo todo.

Com essa expansão da frota, a RAM busca garantir uma maior frequência de voos para destinos importantes e atender à crescente demanda por viagens aéreas projetada para o torneio global.

A companhia aérea tem planos ambiciosos de abrir rotas diretas para países da América Latina e Sudeste Asiático, além de fortalecer sua presença no continente africano.

Este movimento estratégico da RAM ressalta seu compromisso com a modernização e o crescimento, e espera-se que contribua significativamente para o desenvolvimento do setor de turismo marroquino e sua projeção internacional.
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O ambicioso plano da Embraer para o Marrocos em Defesa, Aviação Comercial, Mobilidade Aérea Urbana e MRO


*Le360, por Elimane Sembène - 13/11/2024

Nesta entrevista exclusiva ao Le360, Arjan Meijer, Presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial, discute o acordo firmado entre o Marrocos e a fabricante brasileira de aeronaves e detalha a ambição da fabricante de expandir sua colaboração com o Reino para a indústria de defesa e a formação de Talentos marroquinos.

À margem do Marrakech Air Show 2024, que decorreu de 30 de outubro a 2 de novembro, Marrocos assinou um memorando de entendimento com o fabricante brasileiro Embraer, relativo ao lançamento de projetos industriais conjuntos, abrangendo nomeadamente as áreas da aviação comercial, defesa e mobilidade aérea urbana. Nesta entrevista exclusiva ao Le360, Arjan Meijer, Presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial, que assinou este mega acordo, discute detalhadamente esta parceria e discute as perspectivas de colaboração entre a fabricante brasileira de aeronaves e o Marrocos.

Arjan Meijer, Presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial

Le360: A Embraer assinou um memorando de entendimento com o estado marroquino para o lançamento de projetos conjuntos na indústria aeronáutica e para tornar o Reino um local líder em fornecimento integrado. Por que você escolheu o Marrocos?

Arjan Meijer: O Marrocos construiu com sucesso um centro internacional da indústria aeroespacial e desenvolveu uma cadeia de abastecimento de classe mundial. Temos grande respeito pelo país, que desenvolveu capacidades significativas na indústria aeronáutica em apenas 20 anos. O Marrocos está a seguir um caminho semelhante ao do Brasil, que há 55 anos não tinha praticamente nenhuma capacidade de produção avançada. Hoje, somos o terceiro maior fabricante de aeronaves do mundo.

Com o Marrocos, as perspectivas são infinitas e estamos ansiosos por trabalhar juntos em projetos interessantes, especialmente na mobilidade aérea urbana, a próxima revolução no domínio da aviação. A nossa parceria vantajosa para todos criará empregos e enfatizará a formação e a especialização, o que ajudará a desenvolver ainda mais a indústria da aviação marroquina. Finalmente, vemos, através desta colaboração, a possibilidade de dois campeões atlânticos reforçarem os seus laços e demonstrarem a força comum do novo Sul Global.

MRO (manutenção, reparação e revisão) é um dos setores visados ​​por este acordo. A Embraer pretende abrir um centro de manutenção de motores de aeronaves no Marrocos, como os grandes fabricantes já atuantes no ramo, ou mesmo instalar-se lá para desenvolver outras atividades aeronáuticas?

Nossa intenção é abrir uma instalação MRO dedicada que normalmente não incluiria manutenção de motores, mas que poderia ser expandida para incluir esta capacidade no futuro. Sabemos que o Marrocos possui as competências necessárias e que o setor MRO é uma parte extremamente importante do ecossistema da aviação, que oferece muitas oportunidades de crescimento. A localização geográfica do Marrocos, na encruzilhada da África e da Europa, é também ideal para servir os nossos muitos clientes nestas duas regiões.

A formação, que constitui um dos fatores de competitividade da indústria aeronáutica, também está prevista nesta parceria…

No nosso setor, desenvolver e fortalecer as competências do capital humano é uma chave para o sucesso, porque o talento é a base de todo o sucesso de uma empresa. Esta é uma área em que o Marrocos tem uma vantagem clara, graças à sua população jovem e instruída e às ambições claras para o futuro. O nosso principal objetivo, tal como definido no MoU, é garantir que os talentos marroquinos adquiram as competências necessárias para construir um centro aeroespacial no Marrocos.

Através dos nossos projetos de MRO e mobilidade urbana, proporcionaremos uma formação de excelência que desenvolverá competências técnicas avançadas. Isto permitirá a criação de empregos de elevado valor acrescentado e o avanço da indústria aeroespacial em Marrocos, estimulando potencialmente a economia local. Há oportunidades também no ensino superior, como o programa de intercâmbio estudantil que a Embraer mantém com o Instituto das Profissões Aeronáuticas (IMA).

Nossa empresa é uma forte defensora do treinamento. A Embraer nasceu dentro das universidades técnicas do Brasil e hoje trabalha em estreita colaboração com prestigiadas escolas de engenharia. Um programa global de intercâmbio estudantil entre Marrocos e Brasil também poderia ser uma excelente iniciativa.

A companhia aérea nacional, Royal Air Maroc (RAM), lançou no dia 15 de abril um concurso para aquisição de dezenas de aeronaves, com o objetivo de reforçar a sua frota. A Embraer se inscreveu?

A Embraer deseja continuar sua parceria com a RAM, que atualmente opera quatro aeronaves E190 da geração anterior. Oferecemos a nova geração das nossas aeronaves E2, aeronaves perfeitamente adequadas às iniciativas “Dream Africa” e “Meet Morocco”, que visam expandir a rede da RAM e aumentar a conectividade e o turismo. Ao contrário de outros fabricantes, a Embraer pode entregar novos aviões já em 2027, bem antes da Copa do Mundo de 2030, com opções de compra em vez de leasing, se necessário.

O Marrocos pretende construir duas zonas de aceleração industrial dedicadas a atividades militares, a fim de estabelecer uma verdadeira indústria de defesa local. Você está pensando em expandir sua colaboração com o Reino para este setor, sabendo que já existe um acordo-quadro de cooperação nesta área entre Marrocos e Brasil, aprovado no final de abril de 2023 pelo Senado brasileiro?

A Embraer também deseja trabalhar com o governo e as Forças Armadas Reais (FAR) para estabelecer uma colaboração industrial significativa no setor de defesa. O Marrocos é um parceiro extremamente importante e queremos levar as nossas relações para o próximo nível.

Estamos atualmente em negociações com as FAR que desejam adquirir a nossa aeronave militar C-390, uma aeronave que atenderia perfeitamente às necessidades de Marrocos se o país pretende adquirir uma aeronave de transporte tático de nova geração. O C-390 já foi adquirido pela Suécia, Brasil, Portugal, Hungria, Coreia do Sul, Holanda, Áustria e República Checa, e a lista continua a crescer. 

Saiba mais:

- Fabricante brasileira de aviões Embraer investe em ecossistema aeronáutico em Marrocos (visão marroquina)

- Royal Air Maroc anuncia licitação para modernizar sua frota antiga com 200 novas aeronaves. Embraer pode ser uma opção


 

06 março, 2025

WEG anuncia a conclusão da compra da Reivax, especializada em sistemas de controle para geração de energia


*LRCA Defense Consulting - 05/03/2025

A WEG anuncia a conclusão da compra da Reivax, empresa especializada em sistemas de controle para geração de energia.

Com presença no Brasil, América do Norte, Europa e Ásia, a Reivax faturou R$ 131 milhões em 2023, com mais da metade das vendas no exterior.

A transação será consolidada nas demonstrações financeiras da Weg a partir de março de 2025.

No vídeo da Times Brasil, os apresentadores Eduardo Gayer e Bessi Cavalcanti abordaram a aquisição da REIVAX pela WEG, reforçando a estratégia de crescimento e inovação no setor. Além disso, relembraram a história da empresa, que nasceu como uma fábrica de motores pequena em Jaraguá do Sul/SC e se tornou uma multinacional presente em mais de 100 países. 


WEG adquire REIVAX, empresa brasileira especializada em soluções de controle para geração de energia

LRCA Defense Consulting - 26/11/2024

A WEG anunciou hoje a assinatura do contrato para aquisição da REIVAX SA e suas subsidiárias, empresa brasileira que atua no setor de sistemas de controle de geração de energia.

Fundada em 1987, a REIVAX é uma empresa consolidada no mercado de sistemas de controle de geração de energia, com atuação nos segmentos hidrelétrico, fotovoltaico, eólico, termoelétrico, subestações e industrial. Além do Brasil, a REIVAX tem alcance global, sendo referência na América Latina e com forte presença na América do Norte, além de vendas consistentes em países como Índia, Europa e Sudeste Asiático. A sede da empresa fica em Florianópolis, estado de Santa Catarina, com filiais na Suíça e Canadá, e conta com uma equipe de aproximadamente 220 funcionários. Em 2023, a REIVAX registrou receita operacional líquida de R$ 131 milhões, com margem EBITDA de 22,6%, sendo mais da metade proveniente de vendas realizadas fora do Brasil.

Segundo Carlos José Bastos Grillo, Diretor Geral de Digital & Sistemas da WEG, a aquisição permitirá à Companhia expandir seu portfólio de soluções, integrar novas tecnologias e melhorar a eficiência operacional dos clientes. " A busca por eficiência e confiabilidade no setor energético e o foco em sustentabilidade são tendências globais que se alinham com nossa visão e objetivos de crescimento. Esta aquisição representa uma expansão de nossa oferta em geração e transmissão de energia, melhorando a confiabilidade e resiliência da rede, que precisa evoluir com energias renováveis, incluindo soluções adjacentes como sistemas de armazenamento de energia em baterias (BESS) e compensadores síncronos. "

A REIVAX atua em três níveis dentro da cadeia de geração de energia. 

Primeiro, fornecendo aos fabricantes de turbinas e geradores seus sistemas de controladores digitais de tensão e velocidade. 

Segundo, atendendo às empresas de geração de energia na integração desses equipamentos (geradores, turbinas, controladores), que podem ser heterogêneos devido a várias características como marcas, tamanhos e especificações construtivas, garantindo integração otimizada e um sistema de controle completo. Nesse nível, os suprimentos podem ser para novas usinas de geração ou para serviços de modernização, repotenciação e automação de usinas existentes. 

Terceiro, a REIVAX apoia seus clientes graças à sua experiência, auxiliando-os em questões regulatórias perante órgãos como o ONS no Brasil. Esses serviços incluem estudos, serviços especializados de modelagem e parametrização, fornecendo aos operadores de geração e transmissão e órgãos reguladores o melhor projeto e análise de estabilidade e resiliência da rede.

Aérea americana Horizon Air irá adquirir seis jatos Embraer E175 com financiamento de US$ 152 milhões do BNDES

 


*Aviation Week, por Alan Dron - 05/03/2025

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor aproximado de R$ 900 milhões (US$ 152 milhões) para a companhia aérea regional americana Horizon Air importar seis jatos Embraer E175.

Este é o segundo financiamento do Banco para o Horizon desde 2023, quando a instituição apoiou a exportação de 11 aeronaves da Embraer.

A Horizon, sediada em Seattle, uma subsidiária do Alaska Air Group, opera uma rede de rotas principalmente no oeste dos EUA, juntamente com alguns serviços para o Canadá.

A Alaska Airlines lista a Horizon como tendo atualmente 44 E175s, em um layout de 76 assentos – 12 de primeira classe, 12 premium e 52 na cabine principal.

Ação estratégica do BNDES
O financiamento do BNDES é por meio do Exim Pós-Embarque e cobrirá uma parcela do investimento total da companhia aérea. As aeronaves serão entregues pela Embraer ao longo de 2025 e 2026, e a Horizon assumirá o compromisso de pagar o BNDES em dólares, gerando divisas para o Brasil.

“De janeiro de 2023 a janeiro de 2025, o BNDES já aprovou financiamento para exportação de 141 aeronaves Embraer, número 67% superior às exportações aprovadas na gestão anterior”, disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“Só para empresas dos EUA, demos suporte a 100 aeronaves desde 2023. Esse tipo de resultado contribui para que a Embraer, com o apoio histórico do banco, seja uma das líderes globais na indústria aeroespacial.”

“A ação estratégica do BNDES de estimular as exportações de aeronaves da Embraer fortalece não só a empresa, mas todo o ecossistema em que a empresa atua no Brasil”, destacou o presidente e CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto.

“Com isso, contribui para a sustentabilidade de uma cadeia produtiva nacional robusta e para a geração de renda e milhares de empregos qualificados no país.”

05 março, 2025

Embraer adiciona Fly Across MRO à sua rede de Serviços Autorizados no México


*LRCA Defense Consulting - 05/03/2025

A Embraer, líder global na indústria aeroespacial, adicionou a Fly Across MRO à sua rede de Centros de Serviços Autorizados para Aviação Executiva. A empresa mexicana fornecerá manutenção de base para as séries de jatos Phenom e Praetor no Aeroporto Internacional de Toluca. O acordo também inclui os modelos Legacy 450 e Legacy 500. A Fly Across MRO oferecerá manutenção programada e não programada, incluindo AOGs e atendimentos sem agendamento. 

A autorização foi concedida após um rigoroso processo de avaliação, garantindo total conformidade com os mais altos padrões da Embraer. Esse reconhecimento posiciona a Fly Across MRO como um importante fornecedor de serviços para os operadores de aeronaves da Embraer, oferecendo serviços de manutenção, inspeção e reparo com suporte de um dos fabricantes mais respeitados do setor aeroespacial. 

“Esse reconhecimento é um marco significativo para nossa empresa. A autorização da Embraer valida nossos esforços contínuos para oferecer serviços de alto nível e fortalece nossa posição como líder em manutenção de aeronaves na região. Estamos totalmente comprometidos em garantir que os operadores de aeronaves da Embraer recebam serviços eficientes e confiáveis, que atendam aos mais altos padrões internacionais”, afirma Javier Gonzalez, CEO da Fly Across. 

“É uma satisfação dar as boas-vindas à Fly Across MRO à Rede de Centros de Serviços Autorizados da Embraer. Estamos satisfeitos com a expansão de nossa presença em um mercado importante como o México e em uma localização estratégica para nossos clientes. A Embraer está expandindo sua presença no país e continuamos a aprimorar nossos serviços e capacidades de serviços e suporte no México”, afirma Frank Stevens, Vice-Presidente Global de Serviços de MRO da Embraer Serviços & Suporte. 

Com essa nova certificação, a Fly Across MRO amplia sua capacidade de atender a uma ampla gama de modelos de aeronaves da Embraer, garantindo máxima segurança e eficiência operacional para seus clientes. 

Centros de Serviço

A rede da Embraer dedicada à Aviação Executiva inclui oito Centros de Serviços Próprios, 44 Centros de Serviços Autorizados Embraer nas Américas e 74 em todo o mundo. A Embraer Serviços & Suporte também dobrou recentemente sua capacidade dedicada a rede de serviços de manutenção, reparo e revisão (MRO, na sigla em inglês) para jatos executivos nos EUA, com novas linhas de manutenção em Dallas Love Field (Texas), Cleveland (Ohio), e Sanford (Flórida).

04 março, 2025

Embraer diz que a Índia precisará de 500 jatos pequenos de fuselagem estreita até 150 assentos nos próximos 20 anos

Atualmente, a grande maioria da frota doméstica da Índia consiste em aeronaves de fuselagem estreita, com mais de 180 assentos | Crédito da foto: SAMPATH KUMAR GP

*Businessline - 02/03/2025

O aumento do tráfego aéreo de passageiros, bem como a conectividade aprimorada de última milha na Índia, gerarão uma necessidade de 500 jatos 'pequenos de fuselagem estreita' com capacidade para até 150 assentos nos próximos 20 anos, estima a Embraer, grande empresa aeroespacial brasileira.

Notoriamente, a Embraer é uma das maiores produtoras mundiais desses jatos, com capacidade para transportar de 80 a 150 passageiros.

Em entrevista à Businessline, Raul Villaron, vice-presidente da Embraer Aviação Comercial para a região APAC, disse que a necessidade desses jatos na Índia surgiu devido ao surgimento do segmento de viagens regionais no país.

Atualmente, a grande maioria da frota doméstica da Índia consiste em aeronaves de fuselagem estreita, com mais de 180 assentos, enquanto um número menor de turboélices, com capacidade para até 78 assentos, são utilizados principalmente nas rotas sob o esquema de conectividade aérea regional UDAN.

“A análise da Embraer indica que quase 50 por cento dos voos domésticos na Índia partem com menos de 150 passageiros a bordo. Essa crescente incompatibilidade entre a demanda de passageiros e a capacidade implantada levou as companhias aéreas a cessar as operações em muitos setores e entre cidades secundárias e terciárias, e, em vez disso, se concentrarem apenas em rotas de primeira linha”, disse Villaron.

Aeronaves turboélice não têm alcance para cobrir toda a extensão da Índia
“Na outra ponta do espectro de capacidade, as aeronaves turboélice não têm alcance para cobrir toda a extensão da Índia e, portanto, são relegadas a conectar pares de cidades em curtas distâncias.”

Villaron destacou que a Índia precisa ter jatos pequenos que possam viajar distâncias maiores, porém, com cargas menores do que os jatos grandes tradicionais, tornando assim as operações mais lucrativas para as companhias aéreas.

Além disso, ele citou que a infraestrutura rodoviária e ferroviária da Índia continua a melhorar e que o segmento de rotas de turboélices de curto alcance experimentará níveis crescentes de concorrência desses modos alternativos de transporte.

“Acreditamos que a aviação indiana está prestes a obter benefícios significativos em termos de eficiência operacional, bem como conectividade de rede, ao mudar o status quo por meio da introdução de pequenas aeronaves de fuselagem estreita”, disse Villaron.

Jato Embraer E195-E2 (LRCA)

Aeronave de fuselagem estreita pequena de tamanho adequado: E195-E2
O fabricante de aeronaves está lançando o E195-E2 de última geração, com capacidade para até 146 assentos, para companhias aéreas sediadas na Índia como a "pequena aeronave de fuselagem estreita do tamanho certo" para preencher a lacuna de capacidade presente na frota doméstica atual na Índia.

Além disso, Villaron disse que o desenvolvimento contínuo de novos aeroportos, sustentado pela crescente demanda de passageiros de diferentes regiões geográficas do país, incentivará as companhias aéreas a continuarem a crescer e atualizar suas respectivas frotas com novos tipos de jatos, como pequenos aviões de fuselagem estreita.

Ele creditou o esquema UDAN [programa de desenvolvimento de aeroporto regional do Governo da Índia e parte do Esquema de Conectividade Regional (RCS) de atualização de rotas aéreas mal atendidas] como um importante catalisador para a conectividade regional na Índia, o que, segundo ele, tem sido um contribuidor significativo para o crescimento do tráfego doméstico de passageiros entre cidades secundárias e terciárias na Índia.

Star Air aumentará significativamente sua frota de jatos Embraer

Atualmente, a Star Air tem uma operadora totalmente Embraer, que tem servido diversas rotas sob o esquema UDAN. A companhia aérea opera atualmente cinco ERJ145s e quatro E175s. Recentemente, a companhia aérea anunciou planos para aumentar significativamente sua frota entre agora e o final de 2027.

Cerca de 40 aeronaves Embraer estão atualmente implantadas na Índia, atendendo a vários setores, como aviação comercial, executiva e defesa.

Índia é um mercado-chave para a Embraer
“A Índia é um mercado-chave para a Embraer, e queremos aumentar nossa presença no país e desenvolver nossos vínculos com a indústria aeroespacial. A Índia tem um forte grupo de talentos e uma indústria aeroespacial ambiciosa, e estamos abertos à cooperação industrial e transferência de tecnologia com empresas locais”, acrescentou Villaron.


 

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