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02 março, 2025

Marrocos: reta final antes da aquisição da aeronave KC-390 Millennium


*La Relève - 28/02/2025

Uma aeronave de transporte militar Embraer KC-390 Millennium, matrícula PT-ZNG, realizou um voo de demonstração no Marrocos em 24 de fevereiro, sob a observação de representantes da Royal Air Force (FRA).

Esta missão faz parte de uma fase de avaliação com vistas a uma possível aquisição por Rabat.

A aeronave decolou da base aérea de Kenitra às 14h43 UTC, para um voo de 57 minutos cobrindo a capital marroquina e o interior do país.

Seu plano de rota, capturado via Flightradar24, revela uma rota reajustada para demonstrar suas capacidades operacionais.

Projetado para competir com o C-130J Hercules, este versátil jato bimotor pode realizar transporte estratégico, reabastecimento em voo, evacuação médica e missões de apoio humanitário.

Marrocos está entre os potenciais compradores do KC-390 Millennium, tendo assinado um memorando de entendimento (MoU) com a Embraer.

Produção local

Além do acordo, a ambição do Marrocos é produzir o KC-390 Millennium em seu território para obter uma "taxa de integração muito favorável". O reino já iniciou negociações com a Embraer nesse sentido.

Esta iniciativa faz parte de uma estratégia mais ampla que visa fortalecer a frota de aeronaves de transporte e reabastecimento das Forças Armadas Reais (FRA).

Uma aeronave de transporte de médio porte equipada com dois motores, o KC-390 Millennium oferece diversas vantagens competitivas sobre seus concorrentes, incluindo a capacidade de servir como um avião-tanque de reabastecimento aéreo.

Aeronave inovadora e versátil
Esta aeronave inovadora é capaz de transportar até 26 toneladas de carga, incluindo veículos blindados com rodas, proporcionando ao Marrocos uma solução versátil para transporte e logística.

Esta aeronave versátil pode transportar cargas úteis substanciais, com capacidade máxima de 26.000 kg, mas também acomodar 80 soldados, transportar 74 macas e 8 equipes médicas ou mobilizar 66 paraquedistas.

Sua velocidade máxima é de 992 km/h. O KC-390 tem um alcance impressionante: 2.820 km com uma carga de 23.000 kg, 3.220 km com uma carga de 19.000 kg e 5.820 km com uma carga de 14.000 kg.

O KC-390 se distingue do C-130 Hercules principalmente por sua rampa traseira, que facilita o carregamento e descarregamento eficiente de grandes volumes de carga.

Mais competitivo em termos de preço

Espera-se que a aeronave complemente e potencialmente substitua a frota de aeronaves C-130 Hercules da Força Aérea Real. Com um custo estimado em cerca de US$ 50 milhões, pouco mais de um terço de seus concorrentes, que podem ultrapassar US$ 130 milhões, o KC-390 é mais competitivo em termos de preço.
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Leia também:
- Como parte da diversificação de suas fontes de armas, Marrocos recorre ao Brasil

Taurus prepara dois grandes e disruptivos lançamentos mundiais para abril

Pistolas TX9 compacta e full size


*LRCA Defense Consulting - 02/03/2025

No próximo mês, durante a inauguração da Taurus Shooting Academy, na sede da empresa em São Leopoldo (RS), a multinacional brasileira Taurus Armas S.A. deverá realizar dois dos seus mais importantes e disruptivos lançamentos dos últimos tempos, ambos visando uma maior e mais significativa presença nos mercados militar e policial mundiais, mas que atenderá também o mercado civil aficcionado por este tipo de arma, especialmente nos Estados Unidos. 

As grandes novidades da empresa - a pistola TX9 e a submetralhadora RPC -  serão caracterizadas por serem as armas de suas respectivas categorias com mais tecnologia embarcada no mundo, haja vista que conterão quase todas as novas e disruptivas tecnologias em uso e/ou em desenvolvimento na Taurus: Grafeno, Cerakote Graphene, DLC e Polímero de Fibras Longas,tornando-se assim as duas primeiras armas de fogo no mundo com tais características.

TX9: família de pistolas que poderá ser o novo grande trunfo da Taurus no mundo
A família de pistolas TX9, diferentemente das congêneres que a antecederam, é uma plataforma de pistolas e será constituída por quatro modelos: subcompacta, compacta, full size (serviço) e esportiva pré-customizada. Além de ter seu foco principal no mercado militar e policial mundial, poderá ser a arma de entrada da Taurus no cobiçado mercado de Law Enforcement dos Estados Unidos.

Com versões em 9mm e .38 TPC e desenvolvida em rigoroso protocolo militar pelo CITE - Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia BR/EUA da Taurus, a TX9 foi concebida com a estratégia de ser completamente modular. Isto significa que todo o seu mecanismo interno vai ser sempre o mesmo, mas será possível fazê-la "crescer ou diminuir", a fim de atender às várias necessidades dos mercados militar, policial e civil.

Assim, ela poderá crescer no tamanho do cano, do ferrolho (caso da versão full), da empunhadura e na capacidade de tiros. Uma subcompacta poderá se transformar numa compacta ou numa full size (tamanho de serviço). Poderá ser uma sub com cano de compacta, uma sub com empunhadura de uma compacta, além de diversas outras variações possíveis.

A nova plataforma TX9 possibilitará aos clientes dispor de um mesmo "miolo" para uma família completa de armas, proporcionando uma enorme flexibilidade, facilidade logística (em suprimentos e manutenção) e grande economia de custos, tanto para os clientes como para a empresa, haja vista que esta poderá "enxugar" e racionalizar suas linhas de montagem.

Apenas como um exemplo de utilização, uma força militar ou policial poderá utilizar uma TX9 full size para uso em serviço e uma subcompacta como arma de backup, entre outras possibilidades, ambas com o mesmo mecanismo interno.
 
Uma outra opção que será disponibilizada é a versão de competição pré-customizada, fechando assim o ciclo de utilizações da arma: uso pessoal, forças militares, forças de segurança e tiro esportivo.


TX9, por Vicente Ancona, Policial do GER e Professor da Academia de Polícia Civil de São Paulo

Submetralhadora Taurus RPC (Raging Pistol Carbine): uma arma disruptiva
A Taurus Armas S.A. está preparando também o lançamento de uma revolucionária submetralhadora batizada como RPC (Raging Pistol Carbine).

Conforme a empresa informou anteriormente, a RPC será a mais compacta e mais leve submetralhadora na categoria, com um peso inferior a 2,5 Kg e - em mais um pioneirismo mundial da Taurus - não terá nenhum parafuso.

A arma já poderá sair de fábrica dotada de supressor de ruído (silenciador), acessório que a Taurus começou a produzir em 2023, caso isso seja requerido pelo cliente.

Segundo escreveu o conceituado especialista brasileiro Paulo Bedran e foi confirmado por fontes da empresa, o sistema de preparação adotado é o recuo direto com retardo, utilizando solução com roletes (roller delayed blowback).

Trata-se de mecanismo similar ao usado na HK MP5. Na arma alemã, esse engenhoso mecanismo é responsável por boa parte do seu sucesso e, do ponto de vista técnico, diferencia a MP5 da maioria das demais submetralhadoras, que, via de regra, adotam o sistema de recuo direto simples.

O sistema de roletes cadencia a abertura da câmara e, consequentemente, o movimento do conjunto do ferrolho. Isso impacta, de forma positiva e significativa, a percepção do recuo, melhorando a controlabilidade do conjunto.

O roller delayed blowback, em termos de desempenho, não é um conceito ultrapassado, pelo contrário. A não popularidade atual tem relação com o custo, tendo em vista demandar um dispositivo de maior complexidade mecânica.

Em desenvolvimento já há cerca de cinco anos, a submetralhadora RPC - grande novidade tática da Taurus no calibre 9mm - promete surpreender o mercado e ser uma outra arma revolucionária, com possibilidade de obter enorme sucesso nos mercados militar e de segurança do Brasil e do mundo, com força mais do que suficiente para concorrer com a famosa alemã H&K MP5.




Tecnologias de ponta: Grafeno, Cerakote® Graphene, DLC e Polímero de Fibras Longas
A aplicação de grafeno, em caráter pioneiro no mundo, é uma tecnologia revolucionária e extremamente disruptiva que confere propriedades únicas ao produto e permite que, quando combinado a outros materiais (cerâmicos, poliméricos e metais, por exemplo), passe a emprestar suas propriedades para estes, agregando muito valor ao produto final.

Tal como nas pistolas da linha Graphene e em outras armas mais recentes, a pistola TX9 e a submetralhadora RPC, além de componentes injetados com Grafeno, possuirão um revestimento exclusivo em Cerakote® Graphene, tecnologia exclusiva da Taurus, que traz ainda mais resistência e durabilidade para a arma.

Além disso, contarão ainda com duas outras tecnologias internacionais de ponta: o DLC e o Polímero de Fibras Longas.

O DLC (material que dá ao aço a resistência do diamante - diamond like carbon) consiste em um filme fino de carbono com características físico-químicas próximas ao diamante. É aplicado em superfícies metálicas para garantir novas propriedades, como altíssima resistência ao atrito e à corrosão.

Já o Polímero de Fibras Longas é um material que proporciona maior robustez ao produto, oferecendo resistência ao impacto significativamente melhorada sem sacrificar a resistência e a rigidez, mesmo em temperaturas extremas, além de baratear o custo final.

Tais tecnologias visam proporcionar maior leveza, resistência, robustez e durabilidade à arma, tornando-a também mais imune ao "câncer dos metais" (corrosão), qualidades estas que são muito valorizadas pelo mercado de armamento, quer seja este o de segurança, militar ou civil. Conforme a empresa, o uso de tais tecnologias poderá se constituir em um poderoso diferencial nos EUA e no mundo. 

Fuzil T4: arma construída em protocolo militar

Protocolos de fabricação civil e militar: principais diferenças
Em virtude do uso completamente diferenciado, há significativas diferenças entre os protocolos de fabricação civil e militar.

No militar, a arma deve ser mais robusta, ou seja, deve suportar um número muito maior de tiros e, também, os estresses causados por um uso nas piores condições possíveis, devidas à poeira, lama, areia, água, temperatura, quedas, etc.

Com relação à resistência do cano, por exemplo, enquanto no protocolo civil a arma é estressada com 10 mil tiros durante seu desenvolvimento, no militar esse estresse é elevado aos 60 mil tiros.

Para se ter uma ideia, o cano de um fuzil Taurus T4, por exemplo, é fabricado para resistir até 12 mil tiros, enquanto o cano de um fuzil AR-15 americano de plataforma semelhante (M4), mas fabricado para uso civil (como a imensa maioria nos EUA), só resiste a cerca de 2/3 mil tiros.


01 março, 2025

Embraer negocia com aéreas dos EUA para promover jatos E195-E2 e fechar lacuna entre jatos regionais e aeronaves de fuselagem estreita

 


*Aviaciononline - 28/02/2025

Embora as portas permaneçam fechadas para o E175-E2 no mercado americano, a fabricante brasileira tem fortes perspectivas para os modelos maiores da família E-Jet.

O presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, confirmou que a empresa já está em negociações com diversas companhias aéreas dos EUA para mostrar os benefícios de suas aeronaves de nova geração.

Falando durante a divulgação dos resultados financeiros de 2024 da Embraer, onde a empresa reportou um lucro de quase R$ 2 bilhões, Gomes Neto respondeu a uma pergunta do nosso parceiro de mídia, Aeroin.

Preenchendo a lacuna entre jatos regionais e de fuselagem estreita
O executivo enfatizou que a estratégia da Embraer é destacar o valor do E195, particularmente da variante E2, como uma aeronave que preenche a lacuna entre jatos regionais — como o E175, o modelo mais vendido da empresa — e aeronaves narrow-body maiores, como o Airbus A320neo e o Boeing 737.

Respondendo a perguntas sobre o tema, Gomes Neto destacou que as discussões com as companhias aéreas norte-americanas estão avançando:

"Já estamos trabalhando nisso, mas ainda não podemos revelar detalhes. Estamos colaborando com algumas companhias aéreas dos EUA, mostrando a elas as vantagens de ter uma aeronave do tamanho do E195, particularmente o E2, para fechar a lacuna entre jatos regionais e aeronaves de fuselagem estreita. É um processo de convencê-los, e estamos progredindo. Esperamos ter boas notícias da América do Norte em termos do E2 nos próximos dois anos."

O legado do E190 na aviação dos EUA
O E190-E1 desempenhou um papel semelhante na frota da US Airways antes da fusão da companhia aérea com a American Airlines. A American continuou a operar o E190 por vários anos até que a aeronave foi aposentada em 2020.

Entre 2006 e 2020, o E190 foi pilotado por pilotos de linha principal em rotas que exigiam uma aeronave maior do que os jatos regionais E170/E175 usados ​​por afiliadas terceirizadas, mas não eram adequados para um Airbus A319 ou um Boeing 737-800 .

Atualmente, tanto a Breeze Airways quanto a JetBlue, companhias aéreas irmãs da Azul Linhas Aéreas —fundada pelo empreendedor brasileiro David Neeleman —operam a família E-Jet. No entanto, eles usam a aeronave principalmente para operações regionais localizadas e não para todo o espectro de sua frota.

Apesar disso, ambas as companhias aéreas estão em processo de eliminação gradual do modelo em favor do Airbus A220.

Com a Embraer se esforçando para expandir sua presença na América do Norte, o futuro do E195-E2 no mercado dos EUA dependerá do sucesso de suas negociações em andamento.

 

A Exploração na Foz do Amazonas e o Preço do Ativismo Exagerado

Foto ilustrativa e não presente na matéria original


*Por Carlos Alberto Tavares Ferreira, CEO da Carbon Zero, via LinkedIn - 28/02/2025

A recente recomendação dos técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama para negar a licença de perfuração na Foz do Amazonas e a saída temporária de Ivan Werneck Sanchez Bassères reacendem um debate essencial:

Até que ponto o ativismo ambiental extremista pode comprometer o desenvolvimento do Brasil?

A Petrobras afirma ter atendido a todas as exigências do IBAMA, incluindo a instalação de um centro de reabilitação de fauna no Oiapoque (AP).

No entanto, a incerteza regulatória e a constante mudança de critérios impactam diretamente a atratividade do país para investimentos estratégicos.

O Brasil tem um dos marcos regulatórios mais rigorosos do mundo para exploração de petróleo e gás.

Quando uma empresa do porte da Petrobras cumpre todas as exigências e, mesmo assim, enfrenta entraves, fica evidente que o problema não é ambiental, mas ideológico.

Essa postura prejudica diretamente estados que poderiam ser beneficiados com royalties, infraestrutura e geração de empregos.

Pelo exposto pelo órgão licenciador, seria como as plataformas estivessem no leito do Rio Amazonas e não a 500 km da costa brasileira

Desenvolvimento e preservação ambiental podem caminhar juntos. 

O que não podemos aceitar é a paralisia causada por ativismo desproporcional que ignora a realidade econômica e social do país.

Pelo exposto pelo órgão licenciador, seria como as plataformas estivessem no leito do Rio Amazonas e não a 500 km da costa brasileira?

O Brasil precisa de equilíbrio, e não de entraves que afastam investimentos e comprometem o futuro energético e econômico da nação.

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