*LRCA Defense Consulting - 20/02/2025
O Míssil Antinavio Nacional de Superfície (MANSUP) é um sistema de armas de alta precisão desenvolvido, inicialmente, para
garantir a proteção das águas territoriais brasileiras. Projetado para
neutralizar navios de combate que representam uma ameaça à soberania
marítima, o MANSUP é um míssil que atualmente pode ser lançado de
plataformas terrestres ou navais.
Desenvolvidos pela SIATT, empresa estratégica de defesa e integrante do grupo EDGE desde setembro de 2023 (50/50), os avançados mísseis MANSUP serão integrados na futura frota de fragatas Tamandaré da Marinha do Brasil, com entrega prevista até ao final de 2025.
O MANSUP tem alcance de 70 km e voa sob orientação inercial, sendo seu radar homing seeker ativado na fase terminal do ataque. Lançado por navio, também pode ser disparado por baterias costeiras terrestres. Com uma cabeça explosiva de 150Kg, possui velocidade de cruzeiro de mais de 870 Km/h.
O MANSUP-ER tem um alcance estendido de 200 quilômetros, podendo operar sob todas as condições
climáticas. Com uma cabeça explosiva de 150Kg e velocidade de cruzeiro
de mais de 950 Km/h, o míssil é equipado com uma turbina turbofan de
longo alcance da Turbomachine e foi desenvolvido para atender aos
requisitos de defesa das marinhas dos Emirados Árabes Unidos e do
Brasil, assim como para exportação para outros países.
A nova versão do míssil (ER)
possui capacidade adaptativa de navegação marítima e é equipada com
orientação inercial e radar ativo. A navegação inercial, com auxílio
GNSS robusto através de waypoints 3D pré-programáveis, proporciona alta flexibilidade para missões antinavio e de ataque ao solo. Suas características possibilitam que seja adaptado para integração em sistemas aéreos e sistemas terrestres selecionados.
Em outubro de 2024, a SIATT/EDGE anunciou a integração do míssil com o
lançador múltiplo de foguetes ASTROS II como uma variante de bateria
costeira. O primeiro lançamento de teste foi realizado com um sistema
ASTROS do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil, no centro de testes
Restinga da Marambaia em 17 de dezembro de 2024.
Em 20 de
fevereiro de 2025, durante a IDEX 2025, a SIATT, o Grupo EDGE e a
Marinha do Brasil assinaram acordos para o desenvolvimento conjunto de
uma gama mais ampla de mísseis Mísseis Superfície-Ar (MSA / SAM) e
Mísseis Ar-Superfície (MAS / LAM) baseados em tecnologias MANSUP.
Família de mísseis multimissão para as Forças Armadas
O desenrolar da história do MANSUP, acima descrita, permite antever que ele será, provavelmente, a base de uma família de mísseis multimissão das Forças Armadas brasileiras para uso na Marinha, no Exército e na Força Aérea, já que poderá ser lançado a partir de navios, de lançadores terrestres (como o ASTROS) e de aviões.
Assim, já é possível prever que os futuros C-390 na versão patrulha marítima (MPA) poderão utilizar uma versão MAS (LAM). Resta saber se já está sendo pensado o seu uso a partir dos F-39 Gripen.
Também é crível supor que o MANSUP-ER possa ser o substituto do míssil de cruzeiro AV-MTC 300, da Avibras, caso esta empresa não tenha sucesso em se reerguer de alguma forma.
Além disso, o desenvolvimento da versão MSA (SAM) - armamento antiaéreo que é lançado de terra ou mar para destruir aeronaves ou outros mísseis - é algo totalmente inédito e revolucionário até agora, haja vista a total inexistência de um sistema antiaéreo de média/alta altitude nas Forças Armadas.
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