*LRCA Defense Consulting - 14/12/2024
A diretora de Economia Sustentável, Industrialização e Assuntos de Defesa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Perpétua Almeida, afirmou em uma mídia social que hoje (13) foi firmado um importante acordo para a Indústria de Defesa, haja vista que a ABDI e a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC assinaram um convênio para desenvolver um modelo de compras “Gov to Gov” para o setor.
Nas exportações de defesa na modalidade Gov to Gov, o Governo do país exportador atua como interveniente técnico no processo de exportação e garante atividades de acompanhamento, supervisão e apoio de contratos de vendas de bens e serviços firmados por empresas constituídas conforme a legislação brasileira com governos de outros países.
“A ideia aqui é pensarmos em uma parceria para fortalecermos a nossa Indústria de Defesa nessa área de Gov to Gov. Ontem mesmo o presidente Lula fez uma fala no sentido de reforçar a indústria bélica brasileira, afirmou Perpétua em agosto de 2023. “A Indústria de Defesa se firma e cresce não só com aquisições, compras nacionais, que são muito necessárias. Ela cresce, também, com as vendas internacionais, as exportações”, defendeu a diretora.
Por sua vez, o presidente executivo da ABIMDE, General Aderico Mattioli, também em agosto de 2023, falou da importância dessa modalidade de exportações, sobretudo para o crescimento das empresas brasileiras. “Tirando as empresas que já se internacionalizaram, que são poucas no Brasil, as demais do ramo de defesa não têm musculatura financeira para encarar uma encomenda forte vinda de fora. Na maioria das vezes, o acervo garantidor físico é baixo e o acervo tecnológico é alto”, argumentou.
Segundo Perpétua, a indústria de defesa é uma indústria dual porque além dos instrumentos para a defesa nacional, para a soberania, ela transborda para a área civil, especialmente nas áreas aeroespacial, de telecomunicações, saúde e educação.
É muito importante para o Brasil dispor de uma Base Industrial de Defesa (BID) forte e sólida, pois isso permite que o País reduza a dependência de importações de sistemas críticos, garantindo o acesso a tecnologias estratégicas mesmo em situações de crise global, prossegue a diretora.
Além disso, também é um setor que gera empregos qualificados e que estimula o avanço de tecnologias que, muitas vezes, têm aplicações civis, como na aviação e nas telecomunicações. Isso sem falar que é um setor que movimenta a economia local, integrando pequenas e médias empresas a grandes cadeias produtivas, complementa Perpétua.
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