*LRCA Defense Consulting - 16/11/2024
Um projeto da Metalúrgica Tupy - multinacional brasileira do ramo da metalurgia sediada em Joinville, que tem
20.000 funcionários em todo o Brasil e até no exterior - em parceria com a USP – Universidade de São Paulo e o IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas, promete ampliar o uso de fontes renováveis de energia através do reúso de baterias e dos minerais utilizados na sua composição.
Com apoio da Finep da ordem de R$ 11.3 milhões em recursos FNDCT de subvenção econômica, além de recursos próprios da empresa, o projeto prevê o desenvolvimento de uma planta de demonstração para certificação, em segunda vida, e reciclagem de baterias de íons de lítio. A planta piloto utilizará uma tecnologia desenvolvida dentro da USP, a
hidrometalurgia.
Iniciativa formidável por todos os ângulos
Amplamente usadas em dispositivos eletrônicos, como celulares e notebooks, as baterias de lítio-íon se tornarão ainda mais importantes nos próximos anos. Elas estão presentes nos veículos elétricos e híbridos— que têm participação crescente na malha rodoviária brasileira e devem ganhar espaço na frota global, pela necessidade de descarbonização da economia. São também componente fundamental nos sistemas de energia solar e eólica.
Porém, quando utilizadas em produtos voltados à mobilidade, as baterias de íons lítio necessitam de um rendimento elevado. Por isso, a longo prazo, precisam ser substituídas. E para fabricá-las são necessários minerais críticos, tais como lítio, cobalto, grafite, entre outros, cujas reservas e fabricação são dominadas por poucos países.
Uma alternativa, ambiental e economicamente mais desejável, é a reutilização das baterias (em segunda vida) e também o reaproveitamento dos minerais de baterias já utilizadas.
É isso o que a planta possibilitará: testar em escala a viabilidade técnica e ambiental da reciclagem de baterias e recuperação de materiais valiosos (e estratégicos), como lítio, cobalto, níquel, que são componentes fundamentais nas células das baterias.
Além de reduzir os custos econômicos e ambientais, tanto a certificação em segunda vida, como a reciclagem de minerais aumentam a viabilidade dos projetos de geração de energia solar e eólica, assim como viabilizam os postos de carregamento rápido de veículos elétricos.
Anderson Correia, Presidente do IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas, declarou que o IPT foi procurado pela Tupy e decidiu instalar essa planta dentro do Instituto, afirmando que "a ideia é que qualquer tipo de bateria elétrica (de automóvel, celular, etc) seja reciclada. Isso ajuda a reduzir o volume de descarte no meio ambiente. Além de ser benéfica ao meio ambiente, a iniciativa pode se tornar um grande negócio. Imagine quantas baterias serão descartadas em todo o mundo nos próximos anos".
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