*LRCA Defense Consulting - 13/08/2024
No último dia 09, esta Consultoria publicou a matéria "Lançada a fragata Tamandaré, um marco para a proteção e defesa da Amazônia Azul". O navio de guerra integra o Programa de Fragatas da Classe “Tamandaré”, da Marinha do Brasil, que prevê a construção de quatro embarcações do tipo.
O consórcio Águas Azuis (uma Sociedade de Propósito Específico - SPE), responsável pelo projeto, é formado pela
Embraer, por sua subsidiária Atech, e pela a multinacional alemã Thyssenkrupp, sob gerenciamento da Empresa Gerencial de Projetos Navais - EMGEPRON. O
projeto da fragata é baseado no modelo alemão MEKO, desenvolvido pela
Thyssenkrupp Marine Systems, que lidera o desenvolvimento técnico.
Mas, afinal, o que tem a ver a gigante brasileira do setor aeroespacial com a construção de um navio de guerra?
Na verdade, a Embraer S.A. é um conglomerado transnacional brasileiro que produz aviões comerciais, aviões executivos, aviões agrícolas e aviões militares, além de peças aeroespaciais, prestando ainda serviços e suporte na área. Suas principais divisões são: Aviação Comercial, Aviação Executiva, Defesa & Segurança, e Serviços e Suporte. Além destas há ainda a Aviação Agrícola, a ELEB - Divisão de Equipamentos e a Embraer-X. A Embraer possui também empresas subsidiárias e outras onde tem participação majoritária ou não, em um universo diversificado de mais de 30 empresas, como Atech, OGMA, Eve, Tempest, Kryptus, XMobots, Visiona, SAVIS, Bradar etc.
As fragatas tem a participação de uma das grandes divisões da empresa, a Embraer Defesa & Segurança, que, por sua vez, possui cinco divisões próprias: Aérea, Marítima, Terrestre, Aeroespacial e Cibernético.
Em sua Divisão Marítima, a Embraer Defesa & Segurança desenvolve um conjunto abrangente de produtos especializados para soluções integradas, possibilitando diferentes missões táticas marítimas por meio da integração total dos sistemas de embarcações, sensores e aeronaves, proporcionando ampla consciência situacional do cenário tático e uma tomada de decisão mais ágil, oportuna e eficaz.
As soluções permitem que a Marinha (bem como o Exército e a Força Aérea) evoluam sua infraestrutura física e lógica, agregando novos elementos como radares, câmeras e sistemas legados. Além disso, permitem o processamento eficiente e pontual de um grande volume de dados com o mais alto nível de segurança cibernética.
Assim, a Embraer Defesa & Segurança é responsável pela integração dos sensores e armamentos ao sistema de combate da embarcação, enquanto a Atech, subsidiária da Embraer, é encarregada do fornecimento dos sistemas CMS (Combat Management System) e IPMS (Integrated Platform Management System), recebendo transferência de tecnologia em cooperação com a ATLAS ELEKTRONIK, também subsidiária da Thyssenkrupp, e com a L3 MAPPS.
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