*LRCA Defense Consulting - 08/08/2024
A Embraer entregou 47 jatos no 2T24, dos quais 27 jatos executivos (20 leves e 7 médios), 19 jatos comerciais, enquanto a Defesa entregou 1 C-390 Millennium - um aumento de mais de 88% em comparação com as 25 aeronaves entregues no 1T24.
A carteira total de pedidos atingiu US$21,1 bilhões no 2T24 - o maior nível dos últimos sete anos, um aumento de mais de 20% ano a ano.
As receitas totalizaram R$7,8 bilhões no trimestre, ou seja, um aumento de 76% em relação ao trimestre anterior. A receita da Aviação Comercial foi o destaque, com um crescimento de 190%.
O EBIT ajustado atingiu R$725,5 milhões com uma margem 725,5 mi de 9,2% no 2T24 (R$33,8 milhões e 0,8% no 1T24).
O lucro líquido atribuível aos acionistas da Embraer e o lucro líquido por ADS foram de R$520,8 milhões e R$0,7090 no 2T24, comparados a -R$96,2 milhões e -R$0,1310, respectivamente, no 2T23. Enquanto o lucro líquido ajustado foi de R$415,7 milhões no trimestre, comparado a R$276,0 milhões há um ano, se excluídos os efeitos extraordinários, como -R$48,3 milhões em impostos diferidos e -R$56,8 milhões dos resultados da Eve (beneficiados nesse trimestre pela marcação a valor de mercado favorável das suas warrants). Os custos de desenvolvimento da Eve começaram a ser capitalizados como ativos intangíveis no 3T23, uma vez que o programa atingiu maturidade suficiente.
O fluxo de caixa livre ajustado sem Eve no 2T24 foi negativo em R$(1,1) bilhão devido à preparação para um número maior de entregas no segundo semestre de 2024.
Aviação Executiva
As receitas totalizaram R$1,8 bilhão, uma queda de 4% comparado ao 2T23 por conta do menor número de entregas e mix de produtos. Mesmo com a diminuição anual, a divisão apresentou o melhor primeiro semestre em termos de receita dos últimos 10 anos. A margem bruta durante o trimestre ficou ligeiramente melhor quando comparada com a margem do 2T23, 20,0% contra 19,7%. A margem EBIT ajustada melhorou de 8,6% no 2T23 para 11,4% no 2T24 por conta de efeitos não recorrentes e menores despesas gerais e com vendas.
Defesa e Segurança
A receita foi de R$982 milhões, 140% maior comparada à do 2T23. O aumento explica-se, especialmente, pelo maior volume do C-390 Millennium. Consequentemente a margem bruta reportada melhorou de -1,0% no 2T23 para 8,8% no 2T24, de acordo com a metodologia de porcentual de conclusão. A margem EBIT ajustada foi de -0,5% versus -4,0% há um ano, refletindo a variação da margem bruta e itens não recorrentes.
Aviação Comercial
As receitas totalizaram R$2.913 bilhões, 26% maior ano contra ano. A margem bruta reportada diminuiu de 12,9% no 2T23 para 9,1% no 2T24 por conta do mix de produtos, o qual levou a uma queda na margem EBIT ajustada de 5,3% para 4,4% no período.
Serviços e Suporte
R$2.102 bilhões foi a receita do trimestre - 25% maior que a do mesmo trimestre do ano passado. A margem bruta cresceu de 24,3% para 25,8% devido a ganhos de eficiência. Consequentemente, a margem EBIT ajustada aumentou de 15,5% no 2T23 para 16,8% no 2T24.
Outros
Inclui Aviação Agrícola (Ipanema), a divisão cyber (Tempest), e outros negócios. As receitas do segmento registraram uma queda de cerca de 23%, de R$100 milhões no 2T23 para R$76 milhões no 2T24, justificada por menores volumes no segmento agrícola.
Processo de Arbitragem da Boeing
Conforme informado anteriormente, a Embraer está buscando todas as medidas cabíveis contra a Boeing pelos danos sofridos pela Embraer em razão da rescisão indevida e das violações do Master Transaction Agreement e do Contribution Agreement pela Boeing, incluindo procedimentos arbitrais iniciados por ambos os lados acerca da rescisão do Master Transaction Agreement e do Contribution Agreement pela Boeing. A Embraer espera que a arbitragem seja concluída no 3º trimestre de 2024. Não é possível prever o resultado dos procedimentos arbitrais.
Estimativas anuais para 2024
As estimativas atuais ainda são válidas e representam oportunidades e riscos equilibrados para as operações do ano vigente. A Aviação Comercial estima entregar entre 72 e 80 aeronaves e a Aviação Executiva estima entregar entre 125 e 135 aeronaves. A receita total da empresa está prevista para a faixa entre US$6,0 e US$6,4 bilhões, a margem EBIT ajustada entre 6,5% e 7,5% e o fluxo de caixa livre ajustado US$220 milhões ou mais no ano.
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