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31 agosto, 2024

GESPI e CLC apresentam o Guapará Bold Defender, uma Estação de Armas Controlada Remotamente


*LRCA Defense Consulting - 31/08/2024

O Guapará Bold Defender, resultado de uma parceria entre a GESPI e a CLC - Castro Leite Consultoria, é uma Estação de Armas Controlada Remotamente (RCWS - Remotely Controlled Weapon System) desenvolvida para oferecer máxima segurança e eficácia em operações militares.

Com capacidade de operar metralhadoras leves de 7,62mm e 5,56mm NATO, o sistema permite que o atirador controle a arma de uma localização segura e protegida, utilizando um avançado sistema de câmeras e sensores.

Além disso, o Guapará possibilita que o atirador trave a mira na posição do alvo e abra fogo, com estabilização em dois eixos.

Pode ser customizado para diferentes veículos, como embarcações militares, carros de combate e helicópteros.

Possui um sistema de segurança para evitar disparos acidentais, o que confere ao Guapará uma operação estável e confiável.


Características

- Cobertura Vertical: -10º ~ +45º
- Cobertura Horizontal: -90º ~ +90º
- Promove controle remoto de uma metralhadora calibres 7,62 mm ou 5,56 mm
- Estabiliza o movimento em 2 eixos
- Sistema de câmeras customizável, permitindo câmeras padrão, visão noturna e térmica


Módulo de Comando
- Display touch screen capacitivo, 10.1polegadas
- 2 modos operacionais de visualização
- Trava mecânica para ativação dos motores
- Sistema Safe e Arm que previne acionamentos acidentais do gatilho
- Mira através do operador (joystick)
- Dimensões: 43 x 25 x 42 cm

 

Decisão contra Starlink poderá afetar Forças Armadas, escolas públicas e mais de 215 mil clientes, especialmente em áreas remotas

 

*Jornal Brasil Online -30/08/2024 

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de bloquear as contas bancárias da Starlink, empresa de internet via satélite de Elon Musk, criou um cenário de incerteza que ameaça diretamente a continuidade dos serviços da principal provedora desse tipo de conexão no Brasil.

Com uma base de 215 mil clientes, incluindo contratos importantes com as Forças Armadas e escolas públicas, a medida pode levar a um "apagão" digital caso a empresa fique impossibilitada de realizar pagamentos a seus fornecedores essenciais.

Áreas remotas
Embora o impacto imediato da decisão ainda não seja sentido na prestação dos serviços, a continuidade do bloqueio prolongado pode trazer consequências graves. Especialistas alertam que, sem poder honrar seus compromissos financeiros, a Starlink pode enfrentar dificuldades para manter a operação de seus gateways — estruturas físicas críticas para o funcionamento da rede de satélites. A paralisia dessas operações poderia afetar milhares de brasileiros que dependem dessa conexão, especialmente em áreas remotas.

Papel crucial na infraestrutura digital do país
A Starlink, que tem mostrado um crescimento expressivo no Brasil, registrando um salto no número de acessos de banda larga fixa de 66 mil em 2023 para mais de 215 mil em junho de 2024, desempenha um papel crucial na infraestrutura digital do país. Seus serviços não apenas conectam escolas públicas e unidades militares, como também são fundamentais para a comunicação de operações estratégicas, como o Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico, o maior navio de guerra da frota nacional.

O bloqueio das contas também ameaça contratos militares vitais, especialmente na região Norte do país, onde o Exército depende da Starlink para garantir a conectividade em áreas de difícil acesso.

O presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Telecomunicações por Satélites (Sindisat), Fabio Alencar, destacou que a manutenção dessa decisão pode comprometer severamente as operações da Starlink, caso a empresa não consiga arcar com os custos operacionais.

Em resposta às ações do STF, a Starlink declarou que a decisão é inconstitucional e afirmou que está disposta a defender seus direitos. A empresa garantiu que, se necessário, continuará prestando seus serviços gratuitamente, em um esforço para mitigar os efeitos do bloqueio. No entanto, essa promessa de continuidade sem recursos financeiros levanta dúvidas sobre a sustentabilidade a longo prazo, especialmente se as contas permanecerem bloqueadas por um período prolongado.

Apagão digital
O mercado observa com apreensão os desdobramentos desse caso, ciente de que a persistência do bloqueio pode ter repercussões profundas para a infraestrutura de telecomunicações do Brasil. A ameaça de um apagão digital causado por uma decisão judicial não apenas coloca em risco o acesso à internet de milhares de brasileiros, mas também expõe o país a uma vulnerabilidade significativa em suas operações estratégicas, criando um precedente perigoso para a segurança jurídica dos investimentos internacionais.

Akaer, em parceria com a FATEC de S. J. dos Campos, lança programa de capacitação pioneiro em projetos aeronáuticos


*LRCA Defense Consulting - 31/08/2024

A Akaer, em parceria com a FATEC de São José dos Campos, lançou um programa de capacitação pioneiro em projetos aeronáuticos, que começa em setembro de 2024. O treinamento, voltado para alunos do curso de Estruturas da FATEC, oferece 40 dias de aprendizado prático e teórico com foco em projetos de estruturas aeronáuticas, utilizando o software CATIA da Dassault Systèmes. 

Os participantes terão acompanhamento de tutores da Akaer e da faculdade, além de atividades complementares para o desenvolvimento profissional.

Os alunos que se destacarem terão a chance de vivenciar três dias de imersão na Akaer, e até cinco dos melhores poderão ser contratados pela empresa. Todos receberão um certificado conjunto da Akaer e da FATEC, um diferencial competitivo significativo. 

Com essa iniciativa, a Akaer reforça seu compromisso em preparar novos talentos para o futuro da indústria aeronáutica e tornar o Brasil mais competitivo no cenário global.

O programa de capacitação conta com o apoio de dois parceiros de longa data da Akaer: a Dassault Systèmes e a LWT Sistemas. A Dassault Systèmes é reconhecida por seu software CATIA, uma das principais ferramentas usadas na engenharia e desenvolvimento de projetos aeronáuticos em todo o mundo. A LWT Sistemas também contribui significativamente, reforçando o compromisso de inovação e qualidade do programa.

 

Em franca expansão, Mac Jee cria um programa de repatriação de profissionais com foco principal no lançador hipersônico RATO 14-X


*LRCA Defense Consulting - 31/08/2024

O Programa de Repatriação Mac Jee tem por objetivo trazer de volta ao país profissionais brasileiros de engenharia e tecnologia, com experiência nos setores aeroespacial & defesa, para contribuir com os importantes projetos de pesquisa e desenvolvimento correntes da Mac Jee, com destaque para o veículo lançador hipersônico RATO-14X.

Esse programa é voltado especificamente para profissionais brasileiros de engenharia e tecnologia do setor aeroespacial & defesa que deixaram o país para trabalhar em oportunidades no exterior, e que desejam, nessa etapa de sua carreira, regressar ao Brasil.

O Programa de Repatriação busca atender essas necessidades e ao mesmo tempo preencher importantes posições técnicas em aberto nos projetos de P&D prioritários da Mac Jee, contribuindo assim para alavancar programas estruturantes nacionais.

Quais os critérios para ser elegível?
Ser brasileiro nato ou naturalizado, estar trabalhando e morar em outro país, e estar disposto a se mudar fisicamente ao Brasil.

Ter curso superior completo em engenharia ou cursos correlatos em exatas e, pelo menos, 3 anos de experiência em atividades de pesquisa, desenvolvimento ou inovação.

Ter titulação de mestre ou doutor é um diferencial, mas não é mandatório.

Quais os perfis procurados?
Engenheiros que trabalham no setor aeroespacial & defesa, nos setores de:

- Eletrônica (Hardware em geral, Circuitos, Analógica, Digital, Potência, Firmware, FPGA, Telecomunicações, Sensores e Atuadores)

- Software (RTOS, Front-End, Back-End, Banco de Dados, Microcontroladores, Sistemas Embarcados, Teste, IA);

- Aeronáutica (GNC, Aerodinâmica, Dinâmica de Voo, Trajetografia, CFD, Propulsão, Hipersônica);

- Mecânica (Projetos, Estruturas, Térmica, Layout, Desenho, Materiais, Ensaios);

- Sistemas (Budgets Técnicos, Requisitos, V&V, Gestão, Ciclo de Vida, Revisões de Projeto).

Cientistas ou Técnicos das áreas de:

- Física (Óptica, Laser, Ensaios, Instrumentação);

- Química (Materiais Energéticos, Pirotécnicos, Propulsão Composite, Materiais);

- Computação (RTOS, Front-End, Back-End, Banco de Dados, Microcontroladores, Sistemas Embarcados, Teste, IA).

Por que escolher a Mac Jee?
A Base Industrial de Defesa (BID) no Brasil vive um de seus melhores momentos. Até julho de 2024, o setor acumulou R$8,4 bilhões em vendas para o exterior, o que representa o segundo melhor resultado na série histórica de 2013-2024.

Nessa trilha está a Mac Jee, líder brasileira do setor de defesa no país, empresa que vem expandindo os negócios com foco no mercado internacional e se diversificando para atender também à demanda interna, sobretudo com tecnologias de ponta tanto para defesa como para o setor aeroespacial. Nos últimos quatro anos, a empresa investiu R$120 milhões na construção de duas fábricas no interior de São Paulo, em São José dos Campos e em Paraibuna. Com isso, se tornou a empresa com maior capacidade de produção e armazenamento de materiais energéticos do Hemisfério Sul.

A Mac Jee agora se prepara para receber uma planta de carregamento de motores de foguetes e expansão de laboratórios químicos e propulsivos, em função de um novo projeto para a Força Aérea Brasileira (FAB): um foguete aeroespacial para transportar o veículo hipersônico 14-X até a alta atmosfera, a uma altitude de 30 km na velocidade de 10.720 km/h, dez vezes superior à do som, também conhecida como Mach 10.

Por que a Mac Jee está lançando esse programa?
O lançador hipersônico RATO 14-X é um divisor de águas para a Mac Jee e para o Brasil, pois, dentre outras coisas, as tecnologias que serão aportadas na sua construção vão contribuir para reduzir a dependência tecnológica do Brasil no setor aeroespacial em relação a outros países. Trata-se do maior motor foguete feito no país. A complexidade do projeto demanda mentes brilhantes em diversas especialidades, e muitos dos talentosos profissionais com a competência e expertise necessárias estão fora do país.

Em que projetos os profissionais repatriados irão trabalhar?
Os profissionais irão atuar nos projetos de P&D prioritários da Mac Jee, com destaque para o lançador RATO 14-X. Além dele, tem-se também o kit de guiagem DAGGER para munições aéreas, o veículo lançador de foguetes ARMADILLO e a planta piloto de material energético HMX.

Etapas do Programa de Repatriação Mac Jee
O processo seletivo dos profissionais ocorrerá ao longo dos próximos 4 meses, iniciando com as inscrições em setembro, passando pela fase de entrevistas, envio de documentação, triagem e seleção durante outubro e novembro, finalizando com a comunicação dos aprovados em dezembro.

A mudança dos profissionais selecionados ao Brasil ocorrerá ao longo do mês de janeiro, com o início das atividades em fevereiro de 2025.

29 agosto, 2024

Air Serbia quer até 15 E-Jets da Embraer


*Aero Telegraph - 29/08/20204

A companhia aérea nacional sérvia pretende expandir a sua frota regional. Para tanto, adicionará mais E-Jets da Embraer. Ela espera operar até quinze exemplares do jato regional do Brasil. «Nosso estudo de mercado mostra que podemos implantar cerca de quinze dessas aeronaves, mas será uma introdução faseada.

O principal obstáculo para uma implementação mais rápida será o programa de treinamento de pilotos”, disse Jiri Marek, chefe da Air Sérvia, ao portal Ex-Yu Aviation News.

A Air Sérvia colocará em serviço seus dois primeiros Embraer E195 de 118 assentos em setembro. 

28 agosto, 2024

Novo decreto poderá destravar o mercado de armamento leve e munições


 

*LRCA Defense Consulting - 28/08/2024

Conforme divulgado pela Agência Senado e pelo portal The Gun Trade, até a próxima segunda-feira será publicado um novo decreto sobre armas e munições para para corrigir alguns pontos do decreto em vigor, editado em julho de 2023 (Dec. 11.615/2023).

Caso o novo ato realmente corrija as questões relativas à habitualidade, à autorização para que clubes de tiro desportivo fiquem a menos um quilômetro de distância em relação a instituições de ensino e à mudança de categoria das armas, o fato pacificará questões importantes e poderá destravar o mercado de armas e munições, haja vista que, na prática, significa que os clubes continuarão existindo e poderão funcionar sem problemas, bem como os CACs - maior segmento do mercado - voltarão a exercer normalmente suas atividades.

Se assim for, ficará pendente somente a portaria que regula a posse e o porte de armas por policiais civis, federais, penais, legislativos e portuários, haja vista que os integrantes da Forças Armadas, das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares já estão regidos por portarias respectivas. Segundo especialistas no assunto, esta portaria deverá ser publicada em breve.

O sentimento entre alguns CACs ouvidos por esta Consultoria é de que uma nova legislação nesses termos, embora não seja aquilo que todos almejam, é preferível à insegurança jurídica hoje vigente e ao extremo rigorismo nas questões que serão modificadas.

Acordo legislativo facilitou a aprovação
O PDL 206/2024, da Câmara dos Deputados, que anula partes de um dos decretos sobre armas assinados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2023, seria votado nesta terça-feira (27), mas foi retirado de pauta, pois houve um acordo entre parlamentares e o governo para que seja editado um novo decreto, que deve ser apresentado até segunda-feira (1°).

— De fato, não há essa possibilidade de inovar por meio do projeto de decreto legislativo, é o chamado 8 ou 80: ou mantém o decreto ou susta essa parte que extrapola. O acordo celebrado, então, foi de nos abstermos da votação do projeto de decreto legislativo, para que um novo decreto presidencial seja editado sem esses aparentes excessos que extrapolam os limites regulamentares do decreto presidencial — informou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Um dos principais pontos do acordo é a retomada da autorização para que clubes de tiro desportivo fiquem a menos um quilômetro de distância em relação a instituições de ensino. O decreto em vigor proíbe essa proximidade, mas o relator do PDL, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), lembrou que a mudança prejudicaria vários clubes já estabelecidos de acordo com regras anteriores.

— No decreto não ficou estabelecido se ia ter indenização, como é que seria essa indenização para esses clubes de tiro. [...] Nós chegamos a um entendimento de que o governo fará um novo decreto corrigindo essas distorções e, com isso, preservará não somente os clubes de tiro, mas milhares e milhares de empregos pelo nosso país — disse o relator.

O líder do governo, senador Jaques Wagner (PT-BA), afirmou ter se reunido mais cedo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar do acordo, que foi confirmado. O senador lembrou que a sustação de trechos do decreto poderia causar lacunas sobre outros pontos na legislação. Por esse motivo, a edição de um novo decreto seria mais adequada.   

— Ao ter que suprimir para atingir um determinado objetivo, muitas vezes, a incisão é mais pesada e acaba deixando um vácuo legislativo, que pode parecer que é permitido fazer qualquer coisa. [...] Assumi o compromisso, consultando o presidente, de que até sexta, ou no máximo, segunda, nós teremos o que eu vou chamar de decreto corretivo — anunciou o líder do governo.

Discussão

Ao comemorar o acordo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou não haver nenhum embasamento técnico-científico  para a proibição da proximidade entre clubes de tiro e escolas.

— Eu, sinceramente, não consigo imaginar nenhum motivo para isso [...]. Presidente Pacheco, há mais de 3 mil clubes de tiro no Brasil e 94% deles estão a menos de um quilômetro das escolas — disse o senador.

Os senadores Flávio Arns (PSB-PR) e Zenaide Maia (PSD-RN) classificaram como assustadora a informação de que há tantos clubes de tiro próximos às escolas. Para Zenaide, entre as duas atividades, não há dúvida sobre qual deveria ter que mudar a localização.

— Entre ter uma escola mais próxima do aluno e do pai de família e ter um clube de tiro, não tenha dúvida que eu acho que o certo é tirar o clube de tiro e deixar a escola. O equipamento educativo tem que estar mais próximo da sociedade e quem pratica no clube de tiro pode se distanciar — disse a senadora, antes de afirmar que os municípios deveriam ter normas para o tema nos planos diretores.

O senador Esperidião Amin (PP-SC) afirmou que, em alguns casos, a escola pode ter se instalado depois do clube de tiro. Ele afirmou que pode até haver uma recomendação federal para que cubes de tiro não se instalem próximos a escoas, mas disse que essa decisão é de âmbito municipal.

Outros pontos
De acordo com o líder do governo, outro ponto que será alterado com o novo  decreto é a questão da mudança de categoria das armas. O decreto de Lula veda a destinação da arma de fogo restrita para atividade diferente daquela declarada na compra. Para Vanderlan, a proibição impede a transferência de armas entre acervos e o colecionismo de armas.

Mais um ponto que pode ser alterado é a atual exigência de que as armas de fogo históricas e as que fazem parte de acervo de coleção sejam declaradas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O acordo foi comemorado pelos senadores Rosana Martinelli (PL-MT), Jayme Campos (União-MT) e Lucas Barreto (PSD-AP). Já o senador Magno Malta (PL-ES) diz não “confiar no governo quando se trata de acordos”.

Decreto

Editado em julho de 2023, o Decreto 11.615/2023, tornou mais restritas as regras para registro, posse e porte de armas de fogo. O decreto transferiu do Comando do Exército para a Polícia Federal a competência para fiscalização do registro de armas, reduziu a validade dos Certificados de Registros de Armas de Fogo (CRAFs) e restringiu a atividade dos caçadores, atiradores e colecionadores (CACs).

27 agosto, 2024

Atech, do Grupo Embraer, apresenta soluções em ATM na 14ª Conferência de Navegação Aérea


*LRCA Defense Consulting - 27/08/2024

A Atech, empresa do Grupo Embraer, participa da 14ª Conferência de Navegação Aérea, um dos principais eventos da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), que acontece em Montreal, no Canadá, de 26 de agosto a 6 de setembro.
 
A companhia vai contribuir com as discussões sobre "Melhoria de Desempenho Impulsionando a Sustentabilidade”, tema da conferência.

A Atech é uma das poucas empresas brasileiras que estarão no evento. A companhia demonstrará os produtos ATM, da família Makron, um conjunto de soluções para gerenciamento e controle do espaço aéreo. Entre as tecnologias, está a Plataforma Única de Gerenciamento de Tráfego Aéreo (SingleATM Platform), desenvolvida em parceria com a CISCEA (Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro), da FAB (Força Aérea Brasileira).

A Plataforma Single ATM será responsável por aumentar o nível de segurança cibernética dos sistemas ATM, aderindo aos padrões internacionais, podendo ser hospedada em um hardware local ou em uma nuvem privada ou pública. “Estamos desenvolvendo uma plataforma personalizada para atender ao DECEA, para integração e modernização dos programas do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB). A Plataforma SingleATM também será adequada para qualquer ANSP (Air Navigation System Provider) do mundo”, destaca Edson Fagundes, Gerente de Negócios ATM da Atech.

Com uma reputação consolidada no Brasil, a Atech mantém uma parceria estratégica de longa data com o DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), sendo responsável pelo desenvolvimento e atualização dos principais sistemas brasileiros de gerenciamento de tráfego aéreo, como o sistema ATC SAGITARIO, o sistema ATFM SIGMA, o simulador ATC PLATAO, a plataforma SWIM AQUILA, o AMHS, entre outros.

ATM Automation System
Na Conferência, a Atech também demonstrará o ATMAS (ATM Automation System), um modelo "ATC as a service", onde o sistema de gerenciamento de tráfego aéreo é disponibilizado para o ANSP sem a necessidade de o ANSP adquirir hardware ou infraestrutura de suporte. Além da implantação, a companhia também é responsável pelo suporte, assistência técnica e todos os reparos necessários no hardware e no sistema, sem custo adicional para o cliente, que paga por uma assinatura durante o período contratual.

Em todo o mundo
Além de liderar os avanços tecnológicos em ATM no Brasil, a Atech tem forte presença no mercado internacional, com suas tecnologias e sistemas sendo utilizados na América Latina, África e Índia. Entre os produtos no mercado global, estão os produtos Skyflow (ATFM) e Leo (IFPS) na Índia, ambos adaptados às necessidades específicas do país e em conformidade com as normas do Eurocontrol.

Família Makron
A Atech fornece um conjunto completo de soluções de gerenciamento aéreo que permite que os ANSPs forneçam serviços de navegação aérea da decolagem ao pouso, gate-to-gate, oferecendo o máximo de segurança, confiabilidade e eficiência. O portfólio de produtos ATM da família Makron inclui:

SKYFLOW (ATFM): Projetado para calcular a demanda e o equilíbrio da capacidade do espaço aéreo com base nos elementos regulamentados. O ambiente CDM (Collaboration Decision Making) permite que as partes interessadas planejem o equilíbrio do espaço aéreo estrategicamente, bem como durante as fases pré-tática e tática, em que o TMI (Traffic Measurement Initiatives) pode ser aplicado para manter o equilíbrio do espaço aéreo.

SAGITARIO (ATC): É uma solução ATC moderna e integrada que fornece um conjunto de ferramentas operacionais aos controladores de tráfego aéreo para apoiar seus processos de tomada de decisão. O sistema oferece consciência situacional precisa proveniente de vários tipos de sensores, planos de voo e informações meteorológicas para fornecer consciência situacional abrangente ao ATCO.

PLATAO (SIMULADOR DE ATC): Um sistema de simulador que oferece suporte a treinamento e simulações para controladores de tráfego aéreo. Ele permite que o instrutor explore o maior número possível de cenários operacionais diferentes, tornando os trainees mais experientes em situações reais.

LEO (IFPS): Esse sistema de plano de voo inicial foi desenvolvido para centralizar, processar e distribuir os planos de voo para as partes interessadas envolvidas. Ele pode ser integrado ao aplicativo eFPL JANUS, um aplicativo de preenchimento de planos de voo para dispositivos móveis, que elimina erros e aumenta a segurança e a agilidade do envio de planos de voo.

JANUS (AMHS): Com base em uma tecnologia robusta e agrupada, fornece serviços ininterruptos de mensagens para vários assinantes interconectados. Com base em uma interface amigável, os agentes de usuário podem enviar/receber vários tipos de mensagens ATS com base em formulários pré-formatados.

COSMOS (R-AFIS): Oferece recursos especificamente projetados para fornecer serviços de informações de voo como um AFIS (Aerodrome Flight Information Service) para aeródromos em locais remotos, otimizando o uso de pessoal operacional especializado.

COSMOS (R-AFIS): Oferece recursos especificamente projetados para fornecer serviços de informações de voo como um AFIS (Aerodrome Flight Information Service) para aeródromos em locais remotos, otimizando o uso de pessoal operacional especializado.

AURA (OPMET): É um repositório de informações meteorológicas no qual os agentes relatam periodicamente as condições meteorológicas de uma determinada área, que podem ser acessadas pela aviação geral e pelas companhias aéreas.

AQUILA (SWIM): É uma plataforma para fornecer interoperabilidade entre diferentes sistemas ATM, harmonizando as informações para diferentes partes interessadas, usando padrões internacionais para publicação e consumo de informações.

Sobre a Atech

A Atech é uma empresa do Grupo Embraer reconhecida como uma “System House” brasileira de Sistemas de Defesa e ATM. É uma empresa orientada pela inovação e tecnologia, com expertise única em engenharia de sistemas críticos e tecnologias de consciência situacional. Com base em padrões internacionais, a Atech é responsável pelo desenvolvimento do sistema brasileiro de gerenciamento de tráfego aéreo, reconhecido pela ICAO como um sistema de referência mundial. Com base nesses sistemas, para atender às necessidades dos ANSPs internacionais, a Atech desenvolveu o portfólio de produtos Makron, que também foi implantado no exterior, trazendo soluções completas e integradas para o mercado internacional de ATM.
 

26 agosto, 2024

Taurus recebe Selo Prata do programa GHG Protocol e reafirma compromisso com sustentabilidade e pilares ESG


*LRCA Defense Consulting - 26/08/2024

A Taurus, empresa pioneira na área de segurança e defesa no mundo a adotar a pauta ESG (sigla em inglês para “ambiental, social e governança corporativa”) e a divulgar um Relatório de Sustentabilidade, visando trazer impactos positivos para a sociedade, para o meio ambiente e para os negócios, conquistou o Selo Prata do Programa Brasileiro GHG Protocol. 

A certificação é concedida a empresas públicas e privadas que demonstram comprometimento com a publicação de inventário completo da mensuração de suas emissões de gases de efeito estufa (GEE). 

A Taurus realiza desde 2022 o acompanhamento das principais fontes de contribuição na emissão de gases de efeito estufa considerando o escopo 1 do programa (emissões diretas de fontes controladas pela empresa, como emissões de combustíveis queimados em suas próprias instalações ou veículos) e o escopo 2 (emissões indiretas de fontes controladas pela empresa, como emissões causadas pelo consumo de energia elétrica na operação). As avaliações consideraram os processos existentes na Taurus, na unidade de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. 

Compromisso com transparência das informações e ações de sustentabilidade

“O selo Prata GHG Protocol reforça nosso compromisso com a transparência das informações e com as ações de sustentabilidade. A publicação de inventário com o mapeamento das principais emissões existentes em nosso processo produtivo dá continuidade às ações de ESG realizadas pela companhia. Nosso foco é o desenvolvimento das pessoas e a melhoria dos processos, com redução dos impactos ambientais, através da inovação e tecnologia, em alinhamento à estratégia corporativa, para garantir a sustentabilidade e rentabilidade do negócio”, afirma Salesio Nuhs, CEO Global da Taurus. 

Programa Brasileiro GHG Protocol

Realizado pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGVces), o Programa Brasileiro GHG Protocol é responsável pela adaptação do método GHG Protocol ao contexto brasileiro e pelo desenvolvimento de ferramentas de cálculo para estimativas de emissões de gases do efeito estufa corporativas. Seu principal objetivo é estimular a cultura corporativa de inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE) no Brasil, proporcionando aos participantes acesso a instrumentos e padrões de qualidade internacional para contabilização das emissões e publicação dos inventários no Registro Público de Emissões. 

Comprometimento com as práticas ESG
A Taurus conta com uma equipe multidisciplinar na área de ESG, focada em aprimorar o sistema de gestão dos indicadores ambientais, sociais e de governança corporativa e na avaliação das metas relevantes ao negócio, empenhada para fortalecer ainda mais a cultura ESG na empresa. Em 2022 criou um setor voltado ao assunto que atua no mapeamento de oportunidades e melhorias, bem como um Comitê ESG, constituído pela diretoria executiva e gestores de áreas estratégicas. 

A Taurus, porém, já adotava uma postura ESG em diversas ações, como as realizadas durante a pandemia da Covid-19, em que passou a produzir as face-shields (escudo facial para proteger contra o contágio pelo coronavírus), em parceria com o Exército Brasileiro, e realizou a distribuição para todo o Brasil. Também foi responsável por duplicar a capacidade de UTIs na cidade de São Leopoldo (RS) com respiradores e bombas de infusão. 

Capacitação e desenvolvimento contínuo das pessoas
Além disso, a Taurus está comprometida na capacitação e desenvolvimento contínuo das pessoas, com o objetivo de contribuir para o crescimento pessoal e profissional dos colaboradores, e em ter um papel ativo no desenvolvimento e uso de tecnologia, construindo um ambiente de colaboração entre a equipe, a empresa e a sociedade. Neste contexto, conta com o Programa de Educação Continuada Taurus, que inclui uma plataforma de treinamento para qualificação profissional de toda sua operação, além de incentivos aos colaboradores para se qualificarem nos cursos de MBA, MBE, mestrado e doutorado em renomadas instituições de ensino. E com o Projeto Trilhar, que visa o desenvolvimento profissional vinculado à criação de trilhas de carreiras dentro de cada unidade da Taurus. 

Inclusão de pessoas com deficiência

A empresa também promove a inclusão de pessoas com deficiência no ambiente de trabalho, por meio do projeto Taurus do Bem, possibilitando o desenvolvimento pessoal e profissional por meio de curso profissionalizante. Assim como promove cursos em Língua Brasileira de Sinais (Libras), ministrados pelo SENAI, para os colaboradores, como forma de melhorar a comunicação e promover a inclusão de pessoas surdas na empresa. 

Pesquisa & desenvolvimento

A Companhia se dedica fortemente à pesquisa & desenvolvimento, reforçando a diferenciação de seus processos de produção e de seus produtos a partir do uso de tecnologia, novos materiais e da crescente eficiência industrial, fornecendo produtos alinhados às práticas ESG. Os projetos na área de tecnologia e inovação são fomentados pelo Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil Estados Unidos (CITE) da Taurus, que conta com cerca de 250 engenheiros voltados à pesquisa e ao desenvolvimento de novos produtos, tecnologias e processos, que visam também a redução de emissões de gases poluentes, o consumo de energia elétrica, água, entre outros. 

Sustentabilidade e mitigação dos impactos ambientais
Em relação à sustentabilidade e mitigação dos impactos ambientais, a Taurus realiza o mapeamento das emissões de gases de efeito estufa e projeto para redução desses impactos; tratamento da totalidade dos efluentes gerados no processo; aplica a logística reversa em grande parte de suas embalagens de produtos químicos; monitora e faz a gestão de resíduos para melhor aproveitamento e destinação, tanto para reuso interno, quanto para a reciclagem, coprocessamento, rerrefino e compostagem, o que representou, em 2023, aproximadamente 98% de desvio de aterros na destinação de seus resíduos. 

Em 2024, a Taurus inaugurou um sistema de reutilização de águas de enxague do setor de Tratamento Superficial MIM (Metal Injection Molding), na unidade fabril de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, tendo potencial de reuso de cerca de 21 milhões de litros de água ao ano. 

Atualmente, a Taurus conta com dois protocolos globais utilizados para mensurar as práticas ESG, o Global Reporting Initiative (GRI) e o Conselho de Padrões Contábeis de Sustentabilidade (SASB). 

Para mais informações sobre o Programa Brasileiro GHG Protocol e/ou visualizar os inventários corporativos de GEE no Registro Público de Emissões acesse: www.fgv.br/ghg

Embraer vende aeronave A-29 Super Tucano para a Força Aérea Uruguaia


*LRCA Defense Consulting - 26/08/2024

Confirmando as informações anteriormente reveladas por esta Consultoria, a Embraer anunciou hoje a venda de até seis aeronaves A-29 Super Tucano para a Força Aérea Uruguaia (FAU). O contrato, que faz parte do programa de renovação da frota e expansão da capacidade operacional da FAU, prevê a aquisição de uma aeronave e compromisso para aquisição de cinco unidades adicionais, com entregas previstas a partir de 2025, incluindo equipamentos de missão, pacote logístico integrado e um simulador de voo. 

Com essa encomenda, o Uruguai se torna a sexta nação a operar o A-29 Super Tucano na América do Sul junto com Brasil, Chile, Colômbia, Equador e Paraguai. Devido a sua flexibilidade operacional na região sul-americana, a aeronave é utilizada para diversas missões, principalmente para controle de atividades ilícitas, monitoramento de fronteiras, reconhecimento e treinamento avançado. Uma frota regional de mais de 160 Super Tucano opera nos mais austeros e exigentes ambientes da América do Sul, desde a úmida e calorosa floresta amazônica, as regiões frias do sul do Chile até o calor do deserto mais ao norte, regiões montanhosas da Colômbia e Equador até as costas litorâneas do Atlântico e Pacífico. 

“Estamos honrados com a decisão da Força Aérea Uruguaia, mais uma nação sul-americana a escolher o A-29 Super Tucano, aeronave que é referência em seu segmento no mercado internacional. Com essa aquisição, o Uruguai passará a contar com capacidades diferenciadas que contribuirão sobremaneira para a vigilância de suas fronteiras e aumento da prontidão operacional da FAU”, afirma Bosco da Costa Jr, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança. 

“Uruguai busca reforçar a capacidade de vigilância de seu espaço aéreo e de resposta frente as ameaças, e o faz confiando na tecnologia brasileira, que propõe uma plataforma muito adequada para esses efeitos, com são os A-29 Super Tucanos”, disse o Chanceler uruguaio Omar Paganini. 

“Com essa incorporação estamos dando um grande salto na melhoria das nossas capacidades de defesa e dando resposta as necessidades de controle de nossa soberania territorial e combate ao crime em todas as suas formas”, disse o Ministro de Defesa Nacional uruguaio Armando Castaingdebat. 

“Cabe ressaltar que desde 1981 nosso país não adquire aeronaves novas de combate. E justamente por esse motivo que a mencionada compra de aeronaves gerará uma grande motivação e satisfação profissional dentro da Força Aérea”, disse o Comandante em Chefe da Força Aérea Uruguaia, General do Ar Luis H. De León. 

A-29 Super Tucano
O A-29 Super Tucano é líder mundial em sua categoria, com mais de 260 aeronaves entregues, mais de 570.000 horas de voo e 60 mil horas em combate. Atualmente, 18 forças aéreas já adquiriram o A-29 Super Tucano e o interesse pela plataforma tem crescido continuamente devido à combinação de características como confiabilidade, disponibilidade e robustez e baixos custos de operação. 

Para Forças Aéreas que precisam de uma solução comprovada, abrangente, eficiente, confiável e econômica em uma única plataforma, somada a grande flexibilidade operacional, o A-29 Super Tucano oferece uma ampla gama de missões tais como suporte aéreo aproximado, patrulha aérea, operações especiais, interdição aérea (incluindo a caça a drones de médio e grande porte), JTAC, controlador aéreo avançado (FAC), coordenador aéreo e tático (TAC), ISR Armado, vigilância de fronteiras, reconhecimento, escolta aérea, treinamento básico, operacional e avançado, transição para caças de superioridade aérea, treinamento JTAC /LIFT e FAC. 

O A-29 Super Tucano é a aeronave multimissão mais eficaz de sua categoria, equipada com tecnologia de última geração na identificação precisa de alvos, sistemas de armas e um conjunto abrangente de comunicações. A capacidade é aprimorada ainda por sistemas aviônicos HMI avançados integrados a uma fuselagem robusta capaz de operar em pistas não pavimentadas, em ambientes austeros e sem infraestrutura. Além disso, a aeronave possui o conceito de manutenção simples, que oferece altos níveis de confiabilidade, disponibilidade e resistência estrutural com baixos custos de ciclo de vida.

25 agosto, 2024

CBC: Relatório de Sustentabilidade ESG reflete visão de um mundo mais sustentável e ético


*LRCA Defense Consulting - 25/08/2024

A Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), líder mundial em munições e tradicional fabricante de armas longas, divulgou o Relatório de Sustentabilidade ESG 2022. A iniciativa reflete o compromisso contínuo com a transparência e a responsabilidade socioambiental, assim como com a criação de um futuro mais sustentável e justo. Para a elaboração foi utilizada a metodologia internacional GRI – Global Reporting Initiative.

O relatório traz uma visão abrangente das ações e conquistas da empresa nas seguintes áreas:

Ambiental: ações para reduzir a pegada de carbono, aumentar a eficiência energética e promover a conservação dos recursos naturais. 

Responsabilidade Social: projetos e programas que beneficiam a comunidade, promovem a inclusão e garantem condições de trabalho seguras e justas. 

Governança Transparente: práticas de governança que asseguram a ética, a transparência e a responsabilidade em todas as operações da Companhia.

“O Relatório de Sustentabilidade ESG 2022 não é apenas um documento, é um reflexo da missão da CBC de gerar um impacto positivo e duradouro. O relatório é um recurso essencial para investidores, parceiros, clientes e todos que compartilham a visão da Companhia de um mundo mais sustentável e ético”, diz Fabio Mazzaro, presidente da CBC. 

A CBC é uma empresa em constante evolução, que domina a tecnologia de ponta empregada em sua área de atuação, e oferece aos seus consumidores produtos com desempenho e qualidade internacionalmente reconhecidos. 

Como Empresa Estratégica de Defesa (EED) que integra a Base Industrial de Defesa (BID), a CBC participa de etapas de Pesquisa & Desenvolvimento, produção, distribuição e manutenção de produtos estratégicos que contribuem com a segurança ou a defesa do País. 

O fortalecimento das iniciativas relacionadas à Defesa e Segurança objetiva assegurar a paz, estabilidade e a sustentabilidade social por meio da defesa da liberdade, ética e direitos humanos, valores primordiais nas democracias, que regem os padrões ESG (sigla em inglês para “ambiental, social e governança corporativa”). 

Preservando a Mata Atlântica
Instalada na cidade de Ribeirão Pires, a 40 km de São Paulo, e às margens da represa Billings, responsável pelo abastecimento de água de todo o ABC paulista e cidades vizinhas, a matriz da CBC ocupa uma área de 1.883.564 m² (188 hectares), sendo 75% da área total de Mata Atlântica nativa totalmente preservada, rica em biodiversidade e constituída por florestas naturais. 

Além disso, em maio de 2023, a CBC promoveu o plantio, com o apoio dos colaboradores da empresa, de 2 mil mudas de árvores nativas da Mata Atlântica em Ribeirão Pires. 

É também mantenedora da Sociedade Brasileira para Conservação da Fauna (SBCF), organização privada sem fins lucrativos que promove a defesa e preservação da fauna silvestre brasileira e seu habitat, incentivando o desenvolvimento de práticas de gestão, uso sustentável e manejo adequado do meio ambiente, visando assegurar a conservação da diversidade biológica e dos ecossistemas e promover o desenvolvimento socioeconômico sustentável. 

Primeira empresa do setor a receber Patente Verde do INPI
A CBC é a primeira empresa do setor a receber Patente Verde do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), após desenvolver um inovador projeto que utiliza componentes naturais em formulações que podem ser aplicadas a pólvoras propelentes. O projeto inova ao utilizar produtos naturais (bioestabilizantes), em substituição a produtos sintéticos já conhecidos, com vantagem de serem isentos de compostos nocivos à saúde humana e menos poluentes ao meio ambiente. A composição tem vantagens únicas, como o elevado potencial energético, a baixa emissão de fumaça e praticamente a inexistência de geração de resíduos sólidos. 

Primeira EED a obter a certificação ISO 37001
Com o compromisso de conduzir seus negócios com ética, integridade e transparência, buscar a melhoria contínua de seus processos, assim como manter-se atualizada e em conformidade com a legislação anticorrupção no Brasil e no mundo, e com a Lei Geral de Proteção de Dados do Brasil – LGPD, a CBC segue em constante aprimoramento de sua estrutura de Compliance, atualizando sempre suas políticas, procedimentos e controles. 

Além da CBC possuir um Código de Conduta CBC Trust, em vigor desde 2017, e um Código de Conduta para Terceiros, a Companhia também obteve a certificação ISO 37001 – Sistema de Gestão Antissuborno, tornando-se a primeira Empresa Estratégica de Defesa do Brasil a conquistar essa importante certificação, contemplando no escopo o “combate ao tráfico de armas e munições”. Essa certificação agrega confiança e credibilidade ao negócio da empresa, além de atestar seu compromisso com uma atuação ética, íntegra e transparente. 

Grupo de Trabalho ESG
A CBC conta com um Grupo de Trabalho ESG para integrar e coordenar as práticas da companhia no que tange às áreas de Meio Ambiente, Social e de Governança. A empresa desenvolveu seu primeiro Relatório de Sustentabilidade no ano de 2021, reportando as boas condutas, padrões de sustentabilidade, valores da organização e modelo de governança. 

Para conferir o Relatório de Sustentabilidade ESG 2022 da CBC acesse www.cbc.com.br/esg/

Indo-MIM é a maior exportadora de defesa da Índia e uma referência para o novo negócio da Taurus

Na LAAD Security & Defence 2024, a Taurus expôs, pela primeira vez em uma feira do setor, algumas de suas peças com a tecnologia M.I.M.


*LRCA Defense Consulting - 24/08/2024

O maior exportador privado de produtos de defesa da Índia não é o Tata Group com seus múltiplos acordos, ou outro player gigante do setor, como o Mahindra Group ou o Kalyani Group, que fechou acordos com a Armênia para suas armas de artilharia. Dados do Ministério da Defesa desse país divulgados nesta semana mostram que a Indo-MIM, sediada em Bengaluru, ocupa o primeiro lugar. 

Fundada em 1996, a Indo-MIM se tornou líder global em produtos de moldagem por injeção de metal (M.I.M.), atendendo clientes em mais de 45 países nas Américas, Europa e Ásia. Como um produtor de peças MIM totalmente integrado, destaca-se em design, ferramentas, materiais e operações abrangentes de acabamento e montagem. Além disso, é especializada em moldagem por injeção de cerâmica (CIM), fundição de investimento (IC), manufatura aditiva/impressão 3D, usinagem de precisão e soluções de automação. A Indo-MIM é a maior empresa de M.I.M. do mundo, com uma instalação bem estabelecida em Bangalore, Índia, e Texas, EUA, desenvolvendo mais de 6.000 variedades de peças/componentes M.I.M. para vários segmentos, como defesa, automotivo, consumidor, médico e aeronáutico.

Taurus: hub de peças para unidades produtivas no mundo
Somente duas fábricas de armas tem a tecnologia M.I.M. no mundo, e a Taurus é a única no Hemisfério Sul.

Em uma arma, estão presentes cerca de 14 peças de M.I.M. e a empresa, hoje, fabrica mais de 110 mil dessas peças por dia. A unidade fabril de São Leopoldo (RS) é a responsável pela fabricação e distribuição de peças M.I.M. para todas as unidades produtivas (Brasil, EUA, Índia e, provavelmente, Arábia Saudita).

Como a CBC, controladora da Taurus Armas S.A., adquiriu cerca de 27% do Grupo Colt CZ neste ano, a alta direção da Taurus já visitou as sedes da CZ, na República Tcheca, e da Colt CZ, nos Estados Unidos, enquanto que a equipe da Colt CZ, por sua vez, esteve em visita à Taurus, em São Leopoldo. Durante essas visitas, foram encontradas importantes sinergias entre as duas empresas, que devem potencializar a produção da Taurus. A primeira delas se transformará em um novo e promissor negócio para a multinacional gaúcha, representado pela produção de peças M.I.M. e de peças usinadas por processo robótico (Taurus 4.0) para uso em armas produzidas pelo Grupo Colt CZ em várias partes do mundo.

Um novo centro de negócios
Em 2021, a Taurus Armas adquiriu o mais moderno e atualizado equipamento para processamento M.I.M. Fabricado pela empresa alemã Cremer Thermoprozessanlagen GmbH - líder mundial em fornos contínuos de debinding e sinterização - o MIM Master NEO XL é a mais recente tecnologia da Cremer para a produção em larga escala de peças metálicas complexas com alta produtividade e significativa redução de custos de energia e operação.

Em 2024, a empresa, em linha com a estratégia de investimento em tecnologia de equipamento e em pesquisa e desenvolvimento de materiais, anunciou que está previsto para o 2º semestre a chegada de um novo forno elétrico contínuo de M.I.M. O equipamento proporcionará maior eficiência e produtividade, além da utilização de maior gama de ligas metálicas (grafeno, nióbio etc.), levando à uma significativa redução de custos. 

Com esse forno de última geração, que deverá começar a operar ainda neste ano, a Taurus dobrará a capacidade instalada do M.I.M., o que permitirá ampliar a venda para terceiros em diferentes negócios e mercados, com o M.I.M. se tornando um novo centro de negócios da Taurus.

O novo forno, combinado com a utilização da fórmula própria do composto (veja abaixo), além de gerar uma economia de custos de cerca de 25% e tornar a empresa independente de fornecedores estrangeiros desse material, possibilitará dobrar as vendas de produtos M.I.M., podendo gerar uma significativa receita adicional, já que a intenção da empresa é passar a ofertar tais produtos em nível global, diferentemente do âmbito local atual. Isso sem contar com a eventual comercialização do próprio composto M.I.M. produzido pela Taurus.

Como está explicado em detalhes no último item desta matéria, a importância do processo M.I.M reside no fato de ser capaz de produzir grandes quantidades de peças de altíssima complexidade geométrica, garantindo toda a precisão necessária, por um custo muito competitivo. 

De acordo com a capacidade instalada e com a demanda do mercado, a intenção da empresa é expandir os negócios de produtos M.I.M., podendo assim, à semelhança da indiana Indo-MIM, atender também outros segmentos, além do armamento leve, como defesa (amplo), automotivo, médico/odontológico e aeroespacial.

Forno elétrico contínuo de M.I.M da Taurus

Fórmula própria
Como só duas empresas no mundo produzem o composto para injeção de metal, os engenheiros do CITE - Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia BR/EUA da empresa desenvolveram uma fórmula interna, viabilizando a injeção de metal (M.I.M.) com 25% do composto produzido pela própria fábrica, inclusive com a adição de grafeno e nióbio.

Assim, a multinacional brasileira líder em vendas de armas no mundo já está fabricando 25% de todo o composto M.I.M. que necessita para produzir as peças em polímero de suas armas e acessórios.

O fato é significativo na medida em que possibilita a verticalização do processo produtivo, gera uma economia de custos também na ordem de 25% e está tornando a empresa independente de fornecedores estrangeiros desse material.

No primeiro semestre de 2024, a receita com venda de produtos M.I.M. para terceiros foi de RS 8,56 milhões, representando 1% da receita total da empresa. Com o aumento e diversificação da produção e dos clientes, espera-se que essa receita possa se multiplicar nos próximos anos, tornando-se um dos grandes negócios da Taurus.

Mercado
Entre os principais mercados globais, além do Brasil, estão Índia e Estados Unidos, onde a empresa já está presente e tem canais de venda e de distribuição, mas os países tecnológicos das regiões Ásia-Pacífico e Oriente Médio são também muito promissores.

O tamanho do mercado global de peças de moldagem por injeção de metal (peças M.I.M.) foi de cerca de US$ 2,5 bilhões em 2022, devendo atingir US$ 3,4 bilhões em 2028, exibindo um CAGR (crescimento anual) de 5,7% durante o período de previsão. O mercado pode ser segmentado em automotivo, eletrônico, componentes industriais, médicos e odontológicos, armas de fogo, produtos de consumo, entre outros.

Espera-se que as regiões Ásia-Pacífico e Oriente Médio testemunhem um grande crescimento na participação de mercado de peças moldadas por injeção de metal, devido à crescente demanda por eletrônicos de consumo e automóveis. O aumento da população e o aumento dos níveis de renda também estão contribuindo para o desenvolvimento do mercado. Prevê-se que o aumento dos investimentos dos principais players do mercado para os empreendimentos de P&D e a ampliação de suas capacidades de produção e portfólios de produtos aumentem o crescimento. A expansão do mercado regional está sendo auxiliada pela evolução tecnológica.
Peças de armas produzidas pelo processo M.I.M.

Tecnologia M.I.M. - Metal Injection Molding
A tecnologia M.I.M. permitiu a produção de peças de geometria complexa, com baixo custo e alto volume, dispensando a necessidade de fornecedores externos utilizados pela maioria dos fabricantes de armas, com grande vantagem sobre processos tradicionais, como microfusão e usinagem. Esta tecnologia de alta performance une a resistência mecânica dos metais com a versatilidade de forma dos polímeros, a partir da injeção dos componentes, com posterior processo térmico de remoção dos polímeros e sinterização.

Assim, o M.I.M. combina dois processos comprovados: moldagem por injeção de plástico e sinterização de alta densidade. O processo molda a liga metálica como se fosse plástico e, com o avanço da tecnologia, foi realmente refinado ao ponto de as peças poderem ser fabricadas de forma rentável utilizando os aços de alta qualidade atuais.

O processo M.I.M. é ideal para a produção de componentes metálicos relativamente pequenos (de 1 a 50 gramas), de formato complexo, com tolerância restrita, alta resistência e muito bons requisitos de acabamento superficial, haja vista que as diversas partes precisam ser fortes o suficiente para suportar as pressões que se desenvolvem ao disparar uma arma.

Muitas peças pequenas e complexas não podem ser produzidas usando usinagem tradicional; ou, se puderem ser usinadas, o processo será tão extenso que se tornará proibitivamente caro. Outras peças podem ser fundidas, mas requerem operações secundárias, como usinagem para adicionar recursos e polimento para melhorar o acabamento superficial. O processo M.I.M., entretanto, oferece grande flexibilidade em termos de design, formato e recursos da peça. As peças M.I.M. têm formato quase final sem exigir operações secundárias.

Uma outra grande vantagem na utilização desta tecnologia é que o processo M.I.M. não se aplica apenas aos aços, permitindo uma ampla seleção de ligas metálicas, incluindo aço inoxidável, aços-liga, aços para ferramentas, latão, cobre, titânio, tungstênio, cerâmica e muitas ligas especiais, como o aço inoxidável sem níquel ASTM F17 e, mais recentemente, ligas com grafeno e nióbio, ambas desenvolvidas pela Taurus e seus parceiros.

Nas Filipinas, Ministro Mauro Vieira fala sobre "o fornecimento de provavelmente seis aeronaves Super Tucano"

Seis Super Tucano da Força Aérea das Filipinas foram entregues em outubro de 2020

*Remate On-Line - 24/08/2024

A visita oficial às Filipinas na sexta-feira, 23 de agosto, do Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, marcou a primeira vez que um ministro das Relações Exteriores brasileiro visita o país desde o estabelecimento das relações diplomáticas entre as duas nações há 80 anos.

Vieira e sua delegação começaram a visita com uma reunião bilateral com o Secretário de Assuntos Exteriores, Enrique Manalo.

Os dois oficiais assinaram dois acordos de cooperação técnica e cooperação educacional. Espera-se que os dois países assinem também um acordo para Cooperação no Uso Pacífico do Espaço Exterior, que fortalecerá a relação entre a Philippine Space Agency (PhilSA) e a Brazilian Space Agency (AEB).

“A visita do Ministro Vieira é uma clara demonstração do compromisso do Brasil em aprofundar seu engajamento com a Ásia, especialmente com a ASEAN e as Filipinas. É uma parceria que transcende distância e barreira linguística e está enraizada no nosso desejo mútuo de melhorar o bem-estar e a prosperidade dos nossos povos,” afirmou Manalo.

Outros assuntos também foram discutidos na reunião bilateral.

“As Filipinas se destacam como um parceiro importante e confiável em nossos esforços. A ASEAN abre uma plataforma adicional para nosso engajamento em áreas como transição energética, ciência, tecnologia, inovação e agricultura,” disse Vieira.

Vieira explicou que os dois acordos foram assinados para orientar a implementação de projetos importantes para o desenvolvimento dos dois países. Isso também permitirá que estudantes filipinos participem de programas de intercâmbio com estudantes brasileiros e vice-versa.

O Brasil também deseja aumentar o comércio com as Filipinas.

“O Secretário Manalo e eu também analisamos nossos números de comércio. Ele observou que os fluxos comerciais entre o Brasil e as Filipinas aumentaram 50% na última década, e estamos determinados a elevar ainda mais esses números. O Brasil é um fornecedor importante e confiável de proteína animal para o mercado filipino, classificando-se em primeiro lugar em carne bovina e aves e segundo em carne suína,” disse Vieira.

Outro ponto que deve ser focado pelos dois países é o fortalecimento da cooperação em defesa.

“Estou muito satisfeito com o estado da cooperação entre a Embraer e a Força Aérea das Filipinas, que inclui o fornecimento de provavelmente seis aeronaves Super Tucano e, possivelmente, de futuras operações,” acrescentou Vieira

Nota da LRCA: em outubro de 2020, todas as seis aeronaves Super Tucano encomendadas pela Força Aérea das Filipinas (PAF, na sigla em inglês) foram oficialmente entregues; em março de 2023, foi assinado um contrato de serviços para o A-29. Assim, as aeronaves citadas pelo ministro seriam um novo "provável" pedido do país? O que significariam "futuras operações"?

Atualização das 13h48: Tratando sobre o assunto, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil postou matéria no X ainda ontem, mas sem se referir à fala do Ministro relativa à Embraer. No Comunicado Conjunto com seu congênere filipino, também nada foi mencionado sobre isso, destacando apenas a Defesa como um dos "interesses comuns".

24 agosto, 2024

Antidrone: enquanto Ucrânia e Rússia improvisam o Yak-52, Super Tucano poderá ser a grande arma para a missão


*LRCA Defense Consulting - 24/08/2024

A mídia russa afirma que o Escritório de Projetos Aviastroitel do país está trabalhando em uma versão atualizada do Yak-52 que permitirá que uma das aeronaves esportivas mais populares da região seja usada não apenas para voos de treinamento ou acrobáticos, mas também para lutar contra veículos aéreos não tripulados (VANT) ucranianos.

De acordo com o chefe do projeto de modernização do Aviastroitel, Dmitry Motin, a aeronave de treinamento Yak-52 modernizada será atualizada para combater VANTs de ataque e reconhecimento.

"Hoje, um dos projetos prioritários do nosso departamento é a modernização da aeronave de treinamento Yak-52 para o Yak-52B2, capaz de combater VANTs. Atualmente, ele está aguardando um certificado de aeronavegabilidade da Rosaviatsiya [Agência Federal dos Transportes Aéreos da Rússia]", disse.

Segundo Motin, o conceito de modernização da aeronave inclui a instalação de novos equipamentos, incluindo um display multifuncional na cabine traseira. "Equipamentos de navegação e controle, sistema de guerra eletrônica para bloquear canais de comunicação e radar serão modernizados", complementou.

A Rússia decidiu prestar atenção ao Yak-52 como uma ferramenta antidrone depois que a Ucrânia começou a usar essas aeronaves como "caçadores de drones". A partir do final de junho deste ano, um dos Yak-52 ucraniano derrubou oito drones de reconhecimento russos, sendo seis "Orlan" e dois Zala.

Yak-52

O Yak-52 é um avião esportivo que não possui armas e nem mesmo uma mira. Claro, pode-se supor que ele foi transformado em uma aeronave de combate especificamente para tarefas de defesa aérea, apesar das complicadas questões da colocação de armas na forma de metralhadoras, munições para elas, etc. Pode-se supor também que o segundo tripulante tenha disparado contra os drones com armas ligeiras de pequeno calibre, como no início da Primeira Guerra Mundial, há mais de um século.

Por muito tempo, um componente desconhecido nesta história foi que tipo de arma foi usada para destruir os drones a partir desta aeronave, embora fosse bastante provável que o segundo tripulante abatesse os drones com suas próprias armas pequenas. Esta tese foi confirmada pelo aparecimento de uma imagem de outra aeronave que também participa na caça de drones - o ultraleve A-22 de fabricação ucraniana.

Este fato tornou-se o motivo para pensar se é possível armar totalmente o Yak-52 para transformá-lo em uma "aeronave antidrone" completa, e a resposta a esta pergunta está no projeto que foi tentado implementar nos tempos soviéticos, uma tentativa, com base no Yak-52, de criar uma aeronave de ataque leve Yak-52B, que mais tarde teria a designação Yak-54.

O projeto foi encerrado em 1983 devido a um problema bastante banal - peso de decolagem insuficiente de pouco mais de 1.400 kg. Por exemplo, durante o disparo do NURS dos blocos UB-32, devido ao forte recuo, o avião ficou suspenso no ar e foi fortemente balançado. A mesma história aconteceu com as unidades GUV-8700 com metralhadoras GSHG de 7,62 mm e YakB de 12,7 mm - a precisão do tiro era praticamente zero. Portanto, é difícil imaginar como, nesse caso, a aeronave poderia mostrar alguma eficácia contra drones.

Como a Rússia afirma que está supostamente retornando a este projeto, ainda não está claro como sua indústria de defesa resolverá o problema com as armas ou com meios eletrônicos guerra.

Super Tucano: um super caçador de drones para a Europa,  África etc.
Para a Ucrânia, antes de improvisar com o Iak-52, o tema já havia sido levantado quando a Rússia começou a usar os drones kamikases iranianos Shahed: a possibilidade de usar uma aeronave simples e barata, que será eficaz para interceptar alvos aéreos de baixa velocidade, como drones.

Para tanto, como se soube em abril de 2023, a Ucrânia apresentou por duas vezes um pedido de compra de aeronaves brasileiras Embraer A-29 Super Tucano, mas sem sucesso, assim como também foram negadas as vendas de 400 blindados ambulância Guarani, sistemas de defesa aérea Gepard, morteiros, armas automáticas, munições para tanques Leopard 1 etc.

Nos meios militares de vários países já se comenta que um moderno e versátil avião a hélice de ataque leve, o Embraer A-29 Super Tucano, seria uma solução ideal para operações antidrones, pois é extremamente manobrável, rápido, versátil e muito bem equipado com aviônicos avançados, sensores eletro-ópticos e infravermelhos, sendo capaz de transportar uma grande variedade de armas, incluindo metralhadoras, foguetes e munições guiadas com precisão. Seu design é extremamente resistente, permitindo operar de qualquer lugar. Além disso, é reconhecidamente experimentado em combate, e com muito sucesso.

Dificilmente a aeronave da Embraer poderia ser exportada para países que estejam atualmente em conflito. No entanto, a nova potencialidade do Super Tucano poderá torná-lo uma ferramenta preferencial para forças aéreas de países da OTAN (na versão A-29N) que acompanham com preocupação a evolução do conflito Rússia x Ucrânia e querem se preparar para um possível embate com os russos em qualquer situação. 

Na África, onde a aeronave já é utilizada por várias forças aéreas, tal potencialidade também deve chamar a atenção, especialmente em sua versão padrão, haja vista que, além das missões de ataque leve, reconhecimento e contrainsurgência, poderá ser a resposta adequada às recentes aquisições de drones efetuadas por muitos países. Aliás, esse continente já está sendo conhecido como "o novo playground para exportadores de drones", com destaque para os artefatos chineses, turcos e israelenses. Angola, Nigéria, Togo, Níger, Burkina Faso, Mali, Senegal, Etiópia, Líbia, República Democrática do Congo, Chade, Marrocos e Sudão são alguns exemplos.

Um dos vídeos mais abrangentes sobre o A-29 Super Tucano

Super Tucano versão A-29N
A versão A-29N do Super Tucano está especialmente configurada para atender às exigências dos países da NATO (OTAN), tornando-o particularmente adequado às necessidades da Força Aérea Portuguesa (FAP), por exemplo. A versão NATO inclui equipamentos e funcionalidades, tais como um novo datalink, single-pilot operation, entre outras modificações. Tais funcionalidades aumentam ainda mais as possibilidades de emprego da aeronave, permitindo, por exemplo, sua utilização em missões de treinamento JTAC  (Joint Terminal Attack Controller). Os dispositivos de treinamento foram igualmente atualizados para os padrões mundiais mais exigentes, incluindo realidade virtual, aumentada e mista, oferecendo uma plataforma versátil para treinamento de pilotos de caça.

O Super Tucano é uma aeronave projetada para realizar diversas missões, incluindo ataque leve, reconhecimento armado e treinamento tático. Destaca-se pelo seu design robusto, capaz de resistir aos ambientes mais hostis e, ao mesmo tempo, minimizar as necessidades de manutenção. Graças a uma plataforma extremamente durável, ele pode operar em pistas despreparadas e oferece alta capacidade de sobrevivência com recursos de proteção ativa e passiva.

A cabine do A-29N foi projetada para reduzir a carga de trabalho do piloto e maximizar a consciência situacional, com uma interface homem-máquina avançada, ergonomia superior e acessibilidade ideal. Os controles intuitivos permitem que o piloto se concentre nos resultados da missão enquanto se beneficia de proteção aprimorada com blindagem na cabine e no compartimento do motor (opcional). Os sistemas a bordo incluem sensores eletro-ópticos/infravermelhos de última geração, um designador de laser integrado para ataques precisos e sistemas seguros de comunicação tática e navegação.

Em termos de desempenho, o Super Tucano A-29N tem uma autonomia de 3,4 horas com combustível interno, estendendo-se para 5,2 horas com tanques externos e sensores EO/IR. Ele pode subir a uma velocidade de 3.240 pés por minuto, com teto de serviço de 35.000 pés. Sua capacidade de decolar e pousar em distâncias curtas (900 metros para decolagem e 860 metros para pouso) o torna um grande trunfo para operações a partir de bases avançadas. 

A aeronave possui velocidade máxima de 520 km/h, rápida o suficiente para oferecer uma pronta resposta a alvos aéreos detectados pelos radares terrestres, como helicópteros, pequenos aviões e drones. Sua velocidade de estol é de 148 km/h, permitindo-lhe manobrar e combater drones que naveguem próximo desta velocidade, mesmo em baixas altitudes, como a maioria dos citados nesta matéria.

O sistema de gerenciamento de segurança (SMS) do A-29N é totalmente integrado, gerenciando cinco estações padrão da OTAN e duas metralhadoras internas calibre .50. Esta configuração permite grande flexibilidade no armamento, oferecendo mais de 160 possibilidades de configuração para atender às necessidades específicas da missão. O Super Tucano também é equipado com um sofisticado sistema de proteção eletrônica, incluindo contramedidas automatizadas e sistemas de alerta de radar e mísseis, além de assentos ejetáveis ​​zero-zero para segurança da tripulação em emergências.

O A-29N também é reconhecido por sua solução logística integrada, proporcionando amplo suporte da Embraer. Isto inclui serviços de manutenção, gestão de peças sobressalentes e um centro de contacto com o cliente 24 horas por dia, 7 dias por semana, para garantir a máxima disponibilidade operacional da frota. A Embraer também oferece uma linha completa de dispositivos e estações de treinamento em solo, reduzindo as horas de voo necessárias para treinamento de pilotos, acelerando o processo de aprendizagem e otimizando custos operacionais.

A-29N

Portugal será o cliente lançador da versão A-29N do Super Tucano
Portugal será o cliente lançador da versão A-29N do Super Tucano, modelo que a Embraer lançou em 2023 como uma versão em conformidade com a OTAN. Este fato foi revelado pelo Ministro da Defesa Nacional português, João Nuno Lacerda Teixeira de Melo.

A Força Aérea Portuguesa está de olho em uma aeronave com capacidade para realizar missões de apoio aéreo aproximado (CAS) e de inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR) em teatros de operações com infraestrutura limitada, bem como treinamento avançado de pilotos. Portugal procura entre oito e 12 aeronaves, disse o Diretor da Direção de Engenharia e Programas da Força Aérea Portuguesa, Brigadeiro-General João Rui Ramos Nogueira, a Janes em novembro de 2023.

A aquisição destas aeronaves não só fortalecerá as capacidades de defesa de Portugal, mas também apoiará as suas missões de manutenção da paz, particularmente na África, onde o país está ativamente envolvido. Além disso, a FAP já planejava implantar os Super Tucanos no 103º Esquadrão “Caracóis”, retomando assim as operações de treinamento de pilotos que haviam sido suspensas após a retirada do Alpha Jet em 2018.

Mercado mundial: A-29 como aeronave antidrone
A nova potencialidade de emprego antidrones de médio e grande porte dá ao A-29 Super Tucano, nas versões OTAN ou padrão, um trunfo extra para ser adquirido por países da OTAN e do continente africano, bem como de outras regiões que queiram dispor da mais eficaz e estratégica ferramenta antidrone disponível atualmente, como Índia, Coreia do Sul e Oriente Médio, dadas às ameaças constantes em suas fronteiras.

É fundamental que a Embraer agilize seu staff de vendas para oferecer uma aeronave totalmente testada e aprovada em combate para países que procuram uma solução antidrone, antes que outros fabricantes desenvolvam uma ferramenta similar, como o AT-802, da fabricante americana de aeronaves agrícolas Air Tractor, pois na versão AT-802U Sky Warden, esta máquina se transforma em uma aeronave de ataque blindada leve.

AT-802U Sky Warden



*Por "drones" entenda-se qualquer UAV ou VANT (veículo aéreo não tripulado), incluindo munições vagantes (loitering munition).

*Fontes de consulta sobre as atividades na Ucrânia e Rússia:
- Sputink Brasil: Aeronave russa modernizada Yak-52 será atualizada para combater drones

- Defense Express: Україна двічі подавала запит на закупівлю зброї до цієї країни, але безрезультатно: в списку були навіть літаки

- Defense Express: В Одесі "Орлан-10" збили з Як-52: чому цe про "літаючий трактор", якщо з Super Tucano не вийшло


 

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