A Eve Air Mobility, subsidiária brasileira da Embraer, já acumula quase R$ 50 bilhões em encomendas do seu carro voador, aeronave cuja linha de produção está localizada na cidade de Taubaté, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo.
Em dólar, o valor do pacote equivale a cerca de US$ 8,75 bilhões – cada veículo custa, em média, US$ 3 milhões, ou R$ 16,7 milhões.A empresa possui ainda 2.900 cartas de intenção para a venda do veículo.
O número de encomendas coloca a Eve na liderança do mercado de aeronaves de decolagem e aterrissagem vertical elétrica – ou, eVTOL na sigla em inglês. As principais concorrentes da fabricante brasileira são a empresa britânica Vertical Aerospace e a chinesa Ehang. Mas ambas têm cerca de metade dos pedidos feitos para a Eve.
A Eve teve o seu primeiro protótipo em escala real apresentado nesse mês de julho na Inglaterra, durante a Farnborough Airshow, uma das mais importantes feiras de aviação do mundo.
A empresa agora prepara uma bateria de testes, cujo objetivo é avaliar em minúcias todos os aspectos operacionais e de desempenho da aeronave, desde suas capacidades de voo até seus recursos de segurança. As informações obtidas terão um papel estratégico no aprimoramento do design e funcionalidade da aeronave.
A Eve também já concluiu a seleção de fornecedores primários para a produção em série de sua aeronave. Também avança no desenvolvimento de uma infraestrutura própria na área de mobilidade aérea urbana, já dispondo de uma rede global de centros de atendimento e suporte, em parceria com a Embraer.
Como eles funcionam?
Ao contrário de aviões e helicópteros tradicionais, os eVTOLs usam múltiplos rotores elétricos para gerar sustentação e propulsão. Isso permite que eles decolem e pousem verticalmente, sem a necessidade de longas pistas.
São inúmeras as vantagens oferecidas pelos “carros voadores”, aos passageiros e às cidades. A principal delas talvez seja a agilidade proporcionada. Eles podem ignorar o tráfego congestionado, voando diretamente para o seu destino.
A acessibilidade é outro diferencial positivo. Os eVTOLs podem voar para áreas remotas ou de difícil acesso, com mais facilidade.
Os motores elétricos podem ainda reduzir a emissão de gases poluentes, contribuindo para a maior sustentabilidade do transporte urbano, hoje saturado de CO2.
Mas deve-se observar que a tecnologia dos eVTOLs está ainda em fase de desenvolvimento e aprimoramento, com os testes práticos e de segurança ainda em andamento.
A infraestrutura para eVTOLs, como vertiportos (pontos de decolagem e pouso), também precisa ser desenvolvida, e as regulamentações da modalidade ainda estão sendo elaboradas pelas autoridades competentes e especialistas do setor.
Um dos desafios a ser enfrentado pelos carros voadores é o seu preço elevado. Os preços atuais dos eVTOLs os tornam inacessíveis para a maioria das pessoas. Por isto, a princípio, estes veículos deverão ser utilizados, principalmente, como uma espécie de táxi futurista.
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