*LRCA Defense Consulting - 03/07/2024
A Patrulha Costeira da Polícia Militar do Paraná (PMPR) recebeu um reforço de peso no início de junho. Fruto de um investimento de mais de R$ 2,2 milhões, o Litoral agora conta com o barco Aruanã 29-CM-P, uma embarcação militar blindada de última geração projetada especificamente para o combate à criminalidade. Entre as principais novidades da embarcação estão o casco blindado, que é resistente a tiros de fuzil, e o sistema de visão termal, que usa o calor ambiente para identificar pessoas e outros barcos.
“É uma embarcação muito diferente em relação às outras que nós já temos pela estrutura dela. É um barco maior, mais potente, com o casco todo blindado, com vários sistemas diferentes de imagem e localização que ajudam no trabalho policial”, afirmou o comandante da Patrulha Costeira do 9º Batalhão da PMPR, o tenente Vinícius Szlanda.
O barco passa a integrar a estrutura do pelotão policial que é responsável pela segurança das 39 comunidades ilhadas e ribeirinhas do Litoral do Paraná, onde moram mais de 10 mil pessoas. Além disso, ele vai ajudar nas ações de combate ao tráfico internacional de drogas na região.
Tecnologia
Por atuar em comunidades cujo acesso só é possível pela água, uma embarcação moderna como a Aruanã 29-CM-P ajuda as equipes a se deslocarem com mais agilidade e a atenderem melhor à população. As tecnologias do barco também permitem um trabalho mais eficiente no combate à criminalidade, especialmente nas rondas ostensivas da patrulha.
A blindagem do casco é uma das mais eficientes que existem, resistindo a tiros de munição supersônica, que são tiros de fuzil e de calibre 7,62 milímetros, por exemplo.
A embarcação também opera com um sistema de navegação que, além de contar com GPS e sonar, também tem um radar, que permite o deslocamento do barco por instrumentos, e um transponder. “Isso permite que a gente consiga identificar com facilidade as embarcações que estão no nosso entorno”, explicou o comandante da patrulha.
O sistema conta ainda com várias câmeras integradas, que mostram no painel de controle imagens de alta definição e imagens termais. Com as câmeras termográficas, a imagem mostra os objetos a partir das diferenças de calor entre eles e o ambiente, sem depender das condições de luminosidade do local. Assim, ela consegue identificar uma pessoa ou uma outra embarcação mesmo com baixa visibilidade, como em uma perseguição noturna, ou em meio à fumaça ou névoa.
Robustez
A nova embarcação tem 29 pés de comprimento, o que equivale a quase 9 metros, e pesa aproximadamente 4,9 toneladas. Com este tamanho, pode transportar oito tripulantes, com uma autonomia de cerca de sete horas.
Outra novidade é a potência do barco, que é movido por dois motores de popa de 300 HP. “São quase 600 cavalos de potência. Ela é bem mais potente do que as nossas outras embarcações, que têm dois motores de 150 cavalos”, explica o comandante.
Por ter dois propulsores, a embarcação tem mais segurança nas operações e pode ir mais longe da costa, em um resgate ou em uma perseguição, por exemplo. O motor de popa também dá mais mobilidade ao barco, facilitando o acesso às praias e comunidades ilhadas.
Costa paranaense
O Paraná tem mais de 100 quilômetros de extensão de orla marítima entre as divisas com São Paulo e Santa Catarina. São, ao todo, 125 praias e balneários, além de 57 ilhas.
A Patrulha Costeira da Polícia Militar do Paraná foi criada em 2019 para atender esta região. O pelotão tem um treinamento especial para ações em água e em áreas fechadas de mata.
Além das ações ostensivas na costa do Paraná, o grupo também atua em trabalhos preventivos nas comunidades e repressivos às ações criminosas. A Patrulha Costeira ainda trabalha em apoio à Polícia Federal e à Marinha do Brasil, principalmente, em ações de combate ao tráfico de drogas no Porto de Paranaguá.
Sobre a Gespi
Há
cerca de meio século atuando nas indústrias de Defesa e Segurança
Pública, a Gespi é uma empresa 100% brasileira fundada em 1974 e
certificada pelo Ministério da Defesa do Brasil como uma Empresa
Estratégica de Defesa. Seus principais produtos são: foguetes de 70 mm
(2,75"), bombas aéreas MK 81, 82, 83, 84, bombas aéreas de exercícios
BDU-33 e BDU-50, Lança Rojão Hunter, Barcos de Patrulha Blindados e
militarização de aeronaves.
No início
da década de 90, a empresa foi adquirida pelos atuais sócio
administradores, o CEO João Batista M. Scarparo e o CFO Carlos Augusto
Picolini, ambos ex-Avibras, que iniciaram o desenvolvimento de produtos
defesa como a Arma Leve Anti Carro (ALAC).
Em 2012, a Rafael Advanced Defense Systems, segunda maior empresa de defesa de Israel, adquiriu 40% das ações da Gespi, prevendo o desenvolvimento de novas tecnologias na área de sistemas de defesa e mísseis no Brasil. Em 2014, foi fechado um outro acordo com a alemã Dynamite Nobel Defence (DND), controlada pela Rafael. Essa parceria viabilizou a evolução tecnológica do projeto e contemplou a cooperação industrial e a transferência de tecnologia para a Gespi e a Imbel, também parceira no desenvolvimento da arma, juntamente coma EMGEPRON. Com os acordos, foi possível tecnologia para a incorporação de uma munição termobárica, garantindo alta performance e poder de fogo para o armamento.
Ao completar 45 anos no mercado em 2019, os sócios administradores decidiram readquirir as ações da empresa. Com isso a GESPI voltou a ser uma empresa 100% brasileira.
Atualmente,
a GESPI tem duas unidades em São José dos Campos, atua com manutenção
de equipamentos aeronáuticos e com fabricação e desenvolvimento de
Produtos de Defesa.
Portfólio da Gespi Defense Systems |
Parceiros
- Arnold Defense
é o principal designer e fabricante mundial de sistemas lançadores de
foguetes de 2,75 polegadas (70 mm). Ela atende uma variedade de mercados
além do militar, incluindo fabricantes de equipamentos médicos, de
transporte e originais.
- Indústria de Material Bélico do Brasil – IMBEL,
que tem como missão fabricar e comercializar produtos de defesa e
segurança para clientes institucionais, especialmente Forças Armadas,
Forças Policiais e clientes privados. Seus principais produtos são
fuzis, pistolas e carabinas; munição; equipamentos de comunicação e
eletrônicos, entre muitos outros.
- Empresa Gerencial de Projetos Navais – EMGEPRON,
que proporciona a comercialização de produtos e serviços
disponibilizados pelo setor naval da indústria de defesa nacional. Estes
incluem navios de guerra e embarcações militares (projeto, construção e
modernização), reparos navais, sistemas de combate embarcados, munições
de artilharia, serviços oceanográficos, apoio logístico e treinamento
de pessoal, entre outros itens.
*Com informações da Secretaria de Segurança Pública do Paraná
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