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06 julho, 2024

Em entrevista, CEO da Taurus faz importantes revelações sobre as estratégias da empresa


*LRCA Defense Consulting - 06/07/2024

Em entrevista ao Portal do Atirador, realizada ontem (05) durante a Shot Fair Brasil 2024, o CEO Global da Taurus Armas S.A., Salesio Nuhs, revelou grandes novidades sobre o assunto do momento para a empresa: o novo calibre .38 TPC.

Apesar de este ter sido desenvolvido em virtude das restrições políticas do atual governo brasileiro ao calibre 9mm, a Taurus e a CBC fizeram "do limão, a limonada" e criaram um novo e promissor negócio para as duas empresas, em mais uma demonstração da característica de antifragilidade que as permeia.

Salesio explicou que o calibre .38 TPC não foi criado para substituir o 9mm, já que em algum momento do futuro ele retornará; a empresa conta com isso e continua lutando por seu retorno no cenário nacional. 

Explicou que se trata de um novo calibre que veio para ficar e que é quase tão potente quanto o 9mm, mas com muito menos recuo, o que o torna cobiçado por quem gosta de uma arma mais "mansa", mas sem perda de eficiência para defesa ou tiro esportivo, como é o caso de uma grande parte do segmento feminino nos Estados Unidos.

O CEO Global da Taurus revelou que o calibre .38 TPC possui dimensões únicas, o que possibilitou à Taurus iniciar o processo de registro no SAAMI (Sporting Arms and Ammunition Manufacturer’s Institute), associação que engloba as principais empresas de armas dos Estados Unidos e fornece padrões técnicos de segurança e confiabilidade para a indústria bélica local, para que o novo calibre passe a compor os padrões técnicos do instituto. Com esse registro, qualquer empresa americana poderá produzir armas compartimentadas nesse calibre, que também poderá ser fabricado pelas indústrias de munição locais.

Salesio Nuhs revelou ainda que a Taurus e a CBC já têm contratos de exportação de armas e munição para países que também possuem restrições legais relativas ao calibre 9mm, mas que só serão atendidos após o mercado nacional ter sido devidamente abastecido.

Por fim, o CEO afirmou que em breve, tão logo aconteça o registro do novo calibre no SAAMI e o mercado brasileiro esteja abastecido, o portfólio .38 TPC será lançado nos Estados Unidos e em outros países onde exista demanda, tanto por aspectos relacionados a características técnicas, como também por questões regulatórias.


Saiba mais:
- Armas, calibre .38 TPC e novos negócios são algumas das novidades da Taurus & CBC na Shot Fair Brasil

Produção de Defesa da Índia tem o maior crescimento de todos os tempos


*LRCA Defense Consulting - 06/07/2024

O Ministério da Defesa da Índia relatou o maior crescimento de todos os tempos na produção de defesa local durante o ano financeiro (FY) 2023-24. Essa conquista significativa, atribuída à implementação bem-sucedida de políticas e iniciativas governamentais sob a liderança do primeiro-ministro Shri Narendra Modi, enfatiza o objetivo de Aatmanirbharta (autossuficiência).

De acordo com dados das Empresas do Setor Público de Defesa (DPSUs), outras unidades do setor público (PSUs) envolvidas na fabricação de defesa e empresas privadas, o valor da produção de defesa atingiu um recorde de Rs 1.26.887 crore, marcando um aumento de 16,7% em relação aos Rs 1.08.684 crore do ano anterior.

Raksha Mantri Shri Rajnath Singh, em um post no X, destacou que o programa Make in India continua a alcançar novos marcos sob a liderança do primeiro-ministro Modi. Ele reiterou o forte compromisso do governo em estabelecer a Índia como um importante centro global de fabricação de defesa.

No ano fiscal de 2023-24, as DPSUs e outras PSUs contribuíram com aproximadamente 79,2% do valor total da produção (VoP), enquanto o setor privado representou 20,8%. Os dados indicam um crescimento consistente na produção de defesa tanto pelas DPSUs/PSUs quanto pelo setor privado. Shri Rajnath Singh estendeu seus parabéns à indústria, incluindo DPSUs, outras PSUs e o setor privado, por alcançar um recorde histórico na produção de defesa.

Esse marco foi alcançado devido a reformas políticas, iniciativas e melhorias na facilidade de fazer negócios introduzidas pelo governo na última década, com foco na autossuficiência. Os esforços persistentes de produção local desempenharam um papel crucial na obtenção do maior VoP de todos os tempos. Além disso, o notável aumento nas exportações de defesa contribuiu significativamente para o crescimento geral da produção de defesa local. As exportações de defesa atingiram um recorde de Rs 21.083 crore no ano fiscal de 2023-24, um aumento de 32,5% em relação aos Rs 15.920 crore do ano fiscal anterior.

Nos últimos cinco anos (desde 2019-20), o valor da produção de defesa mostrou um aumento constante, crescendo mais de 60%. Os detalhes anuais são os seguintes:


*Com informações de Shreyansh Mishra via LinkedIn.



05 julho, 2024

Paynet adota HSM da Kryptus para criptografia de transações financeiras eletrônicas


*LRCA Defense Consulting - 05/07/2024

A Paynet, líder global em captura e processamento de transações eletrônicas, reforça seu compromisso com a inovação ao anunciar uma parceria estratégica com a Kryptus, multinacional brasileira de criptografia e segurança cibernética classificada como Empresa Estratégica de Defesa. A união visa elevar os padrões de segurança e eficiência operacional de seus clientes – sub-adquirentes, adquirentes, bancos, bandeiras, fundos de investimentos e até mesmo fabricantes de equipamentos – e ampliar a presença da empresa no crescente mercado de meios eletrônicos de pagamento.

Com uma média de 10 milhões de transações processadas por mês e mais de 190 serviços voltados ao ecossistema de adquirência – incluindo plataforma e serviços white label para todo o processo, desde a captura até a liquidação da transação, em resumo uma oferta de adquirência Ponta a Ponta –, a Paynet precisa contar com HSMs em sua infraestrutura para efetuar operações que haja necessidade de trocas de chaves ou verticalização de processamento. Porém, um dos desafios da empresa era encontrar um fornecedor de hardware que estivesse alinhado aos princípios de excelência na entrega de seus serviços.

"Hoje existe uma abertura muito grande de mercado e o HSM tem um papel imprescindível no tratamento de toda a criptografia adequada e necessária para esse segmento", afirma Vanderlei Rosa da Silva , CEO da Paynet.

Diante da pouca flexibilidade e falta de suporte de boa parte dos fornecedores, a Paynet encontrou na Kryptus a parceira ideal para o melhor aprimoramento dos negócios.

"Por cerca de um ano trabalhamos em conjunto para desenvolver as aplicações, de modo que tudo funcione adequadamente. Agora estamos migrando toda a operação do antigo fornecedor para o kNET HSM da Kryptus, e temos alguns clientes cujas transações já estão sendo processadas neste novo equipamento", explica Vanderlei, que ressalta que todos os clientes da empresa só operam com parceiros homologados.

Com a maior taxa de transferência de dados do mercado, o kNET HSM possibilita uma maior capacidade de processamento das transações financeiras, dando maior robustez às soluções da Paynet.

“Além disso, o equipamento permite uma abordagem do tipo "canivete suíço", ou seja, a empresa pode explorar os recursos do nosso HSM das mais diversas formas", explica Armando Ferraz Santos, gerente de vendas da Kryptus.

Além da migração para o kNET HSM, a Paynet visa ampliar ainda mais sua oferta, e já conta com planos de oferecer a modalidade HSM as a service. A despeito da concorrência com gigantes do segmento de cloud, Vanderlei vê mais uma oportunidade para expandir os negócios.

"Assim como acontece com a maioria dos fabricantes de hardware, o serviço das grandes companhias de nuvem é caro e deficiente para o negócio de meios de pagamento. E o cliente quer tirar dúvidas, saber se há suporte, como funciona a expansão, enfim, ele quer estar mais próximo. E com essa parceria, o cliente vai ter a expertise da Kryptus, que é o fabricante de hardware, e vai ter do nosso lado esse atendimento pessoal, que faz parte do nosso DNA."

“A Paynet é uma empresa única em seu segmento, pois, além de contemplar todo o ecossistema de meios eletrônicos de pagamento, ela entrega toda a infraestrutura necessária pronta para o cliente, nenhum outro player no mundo faz isso. E sabemos o quão importante é para a operação contar com parceiros de confiança em todas as etapas, principalmente na parte de segurança. Por isso, estamos muito felizes com essa parceria, fornecendo nossa tecnologia para levar ainda mais segurança e agilidade a esse mercado tão promissor”, pontua Armando.

Apostando em tecnologias exclusivas, atendimento personalizado e com a criptografia de ponta da Kryptus cada vez mais integrada à operação de seus clientes, a Paynet projeta um crescimento de, pelo menos, 200% neste ano. Para Vanderlei, a segurança, desempenho e flexibilidade dos kNET HSMs da Kryptus são fatores diferenciais para a estratégia da empresa e trazem ainda mais notoriedade ao negócio.

"Podemos dizer para o mercado que a Paynet usa a Kryptus em sua retaguarda, o que é uma chancela da nossa qualidade", finaliza.

WEG é pioneira na fabricação local de Soft Starters de média tensão na África do Sul


*LRCA Defense Consulting - 05/07/2024

As soft starters SSW7000 são produzidas na unidade fabril da WEG na África do Sul, com altos padrões de eficiência. A linha SSW7000 é bem reconhecida pelo mercado, e amplamente utilizada em aplicações de bombas e ventiladores no segmento de mineração.

Com o crescimento da demanda por soft starters de média tensão da WEG nos últimos anos, agora os clientes podem se beneficiar com a fabricação local desses produtos. Um dos benefícios imediatos é o prazo de entrega reduzido.

A utilização de soft starters tornou-se evidente à medida que os usuários buscam maneiras de reduzir o custo da eletricidade, proteger seus motores elétricos e aumentar seu ciclo operacional. As soft starters permitem uma aceleração suave dos motores elétricos, reduzindo a corrente de pico durante a partida. Motores com uma partida direta convencional podem atingir até 700% da sua corrente nominal, enquanto um soft starter pode reduzir a corrente de partida para apenas 300%.

A fabricação local aumenta a capacidade de customização das soft starters de média tensão, onde as unidades são projetadas para atender aos requisitos específicos nas aplicações dos clientes, como foi o caso de um pedido recente para um cliente de mineração em Angola.

O pedido de 11 unidades foi entregue em módulos que puderam ser facilmente transportados e instalados no local para um rápido comissionamento.

Além da redução da corrente de partida, a linha de soft starter SSW7000, inclui recursos de monitoramento capazes de proteger o motor elétrico contra superaquecendo ou consumo de corrente excessiva.

Exército e Iveco firmam contrato para fornecimento de 420 viaturas blindadas Guaicurus


*LRCA Defense Consulting - 05/07/2024

A Diretoria de Fabricação (DF), na figura do seu Diretor, Gen Div Tales Villela, e o Presidente da Iveco Defense Vehicles - IDV LATAM, Sr Humberto Spinetti, assinaram o contrato de obtenção por nacionalização de 420 (quatrocentas e vinte) Viaturas Blindadas Multitarefa – Leve Sobre Rodas (VBMT-LSR) 4x4 Guaicurus, no escopo do Programa Estratégico do Exército Forças Blindadas (Prg EE F Bld), a serem entregues à Força Terrestre nos próximos 10 (dez) anos.

O referido contrato engloba, além das plataformas veiculares, os serviços de integração dos sistemas de armas automatizado e de comando e controle, bem como a obtenção de ferramentais especiais para a manutenção da aludida plataforma veicular.

A presente contratação visa atingir níveis de nacionalização de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) do veículo ao final da obtenção, por meio de 3 (três) pilares principais: construção de infraestrutura local no Brasil para montagem das viaturas; fabricação de componentes em território nacional, fomentando a Base Industrial de Defesa (BID); e capacitação de mão de obra qualificada, gerando notável quantidade de novos empregos, diretos e indiretos.

Ademais, o contrato em questão permitirá que o Exército Brasileiro, por meio de sua comissão de engenheiros militares que trabalha nas instalações da referida empresa, em Sete Lagoas/MG, possa acompanhar os processos de fabricação e de nacionalização, proporcionando a absorção de conhecimentos quanto às tecnologias empregadas no processo de produção industrial da referida viatura.  

Esta nova encomenda de veículos LMV-BR 2 (Veículo Multifunção Leve) será produzida em duas variantes diferentes, seja com um Sistema de Armas Manual ou seja com um Sistema de Armas RCWS (estação de armas controlada remotamente) REMAX, produzido pela ARES, empresa do Rio de Janeiro.

Todos os veículos serão equipados com um C2 - Sistema de Comando e Controle. As 420 unidades do "Guaicurus" serão produzidas localmente na fábrica da IDV em Sete Lagoas (MG).

Desde seu lançamento, o Light Multirole Vehicle (LMV) tem sido continuamente desenvolvido, beneficiando-se da extensa quantidade de experiência acumulada por seus usuários. Graças a esse foco contínuo, ao longo dos últimos 20 anos, a IDV ganhou ampla experiência no desenvolvimento de veículos militares para atender aos requisitos operacionais mais exigentes de seus clientes, envolvidos em operações especiais e missões de manutenção da paz, especialmente em contexto urbano compartimentado.

A assinatura deste contrato de 10 anos para veículos LMV-BR 2 marca outro marco importante na parceria entre o Exército Brasileiro e a IDV, pois contribui consideravelmente para o crescimento da indústria de defesa nacional e fortalece o desenvolvimento estratégico das Forças Terrestres Brasileiras. A sólida colaboração entre o Exército Brasileiro e a IDV remonta a uma longa história, que inclui até agora o fornecimento de 700 unidades do veículo blindado anfíbio 6×6 Guarani, bem como 32 unidades do LMV-BR.







Armas, calibre .38 TPC e novos negócios são algumas das novidades da Taurus & CBC na Shot Fair Brasil


*LRCA Defense Consulting - 05/07/2024

A Taurus, Empresa Estratégica de Defesa brasileira e líder mundial em vendas de armas leves, está presente como patrocinadora e é uma das principais expositoras da Shot Fair Brasil 2024, maior feira de tiro esportivo, mundo tático, outdoor e caça da América Latina, que acontece entre os dias 3 e 6 de julho no Distrito Anhembi, em São Paulo. 

Na ocasião, apresenta aos visitantes, pela primeira vez em um evento do setor, o novo calibre .38 TPC (Taurus Pistol Caliber), disponível inicialmente nos modernos e consagrados modelos de pistola G2c T.O.R.O, a arma compacta mais vendida do mundo, e GX4 Carry Graphene T.O.R.O, a arma mais premiada nos Estados Unidos, e nas diferentes configurações do portfólio de munições CBC, com versões treinamento e operacional, nos projéteis Polymatch, Ogival ETOG, expansivos Bonded e Gold Hex. O novo calibre conta com características únicas, tanto nas armas quanto nas munições. 

O 38 TPC tem um espaço exclusivo de exposição na Shot Fair Brasil 2024, integrado ao estande da TAURUS/CBC, com destaque ao portfólio de armas e munições no novo calibre. 

A mais recente novidade no mercado brasileiro de armas e munições foi desenvolvida pelo Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil Estados Unidos da Taurus (CITE), em conjunto com o Centro de Inovação da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), considerando o atual cenário e as necessidades do segmento, elevando ainda mais a experiência de tiro dos consumidores com um novo calibre, com o melhor custo-benefício do mercado. 

O calibre .38 TPC apresenta velocidade superior e energia até 40% maior, em comparação com o calibre .380 AUTO, atingindo a média de 400 joules de potência, valor dentro dos limites estabelecidos pela atual legislação para armas de uso permitido desta categoria. 

O .38 TPC também oferece recuo reduzido (até 28% menor) em comparação com o calibre 9mm, proporcionando maior controle durante o tiro e possibilitando um segundo disparo com rápida recuperação da mira e aumento da precisão. Essas características são fundamentais em competições esportivas que demandam precisão do atirador, como o IPSC (International Practical Shooting Confederation). 

Além disso, a munição .38 TPC atende a requisitos do rigoroso Protocolo do FBI que, entre outros aspectos, mede a capacidade de penetração do projétil. Em teste realizado em gelatina balística com a munição .38 TPC Bonded, esta apresentou 13,8” de penetração, dentro do intervalo de 12” a 18” que é o especificado como ideal pelo Protocolo do FBI, considerando a efetividade necessária em situações de defesa, com mínima possibilidade de transfixação. 

Novo calibre está sendo registrado na SAAMI (EUA)

O .38 TPC possui dimensões únicas, o que possibilitou à Taurus iniciar o processo de registro na SAAMI (Sporting Arms and Ammunition Manufacturer’s Institute), associação que engloba as principais empresas de armas dos Estados Unidos e fornece padrões técnicos de segurança e confiabilidade para a indústria bélica local, para que o novo calibre passe a compor os padrões técnicos do instituto.


38 TPC em breve será lançado nos Estados Unidos e em outros países
O portfólio 38 TPC em breve será lançado nos Estados Unidos, antes, porém, será priorizado o atendimento dos pedidos no Brasil, que é o mercado prioritário para o novo calibre. Será inclusive lançado em outros países onde exista demanda, tanto por aspectos relacionados a características técnicas, como também por questões regulatórias.

A Taurus, que investe constantemente em tecnologia e inovação, apresenta também na Shot Fair Brasil 2024 com destaque três outros produtos: a carabina T9 MLOK 8” em plataforma AR, ideal para uso tático em situações de curta distância em meios urbanos e rurais; a pistola TS9 T.O.R.O. e a versão compacta TS9c T.O.R.O., contemplando pioneiros materiais em sua composição. 

O sistema Taurus Optic Ready Option (T.O.R.O.) é uma plataforma desenvolvida pela Taurus que permite aos usuários montarem facilmente miras ópticas em suas pistolas. Este sistema foi projetado para oferecer uma flexibilidade maior para os atiradores que desejam usar miras red dot ou outras miras ópticas em suas armas sem a necessidade de modificações permanentes ou especializadas. 

No estande, a Taurus expõe seu amplo portfólio de produtos, com mais de 200 armas, entre pistolas, revólveres e armas táticas, com destaque ao T10, fuzil que oferece conforto e precisão nos disparos, no calibre 7,62 x51mm/.308WIN. 

Novos negócios: supressores, facas, empunhaduras e MIM
Exibe ainda produtos de seus novos centros de negócios: a linha de supressores de alto desempenho e multicalibre Taurus, primeiros do mundo a serem produzidos com core único, em Titanium, com cobertura exclusiva em Cerakote® Graphene, possuem inovador sistemas de anéis e reduzem em até 25dB o ruído dos disparos; a linha de empunhaduras em madeira nobre com inovador acabamento 3D Touch MBT; a coleção de facas artesanais, que inclui a primeira faca no mundo com acabamento da lâmina em Cerakote® Graphene; assim como a tecnologia M.I.M (Metal Injection Molding), cujas peças são produzidas por um composto específico como matéria-prima, desenvolvido pela Taurus. O processo M.I.M é capaz de produzir grandes quantidades de peças de altíssima complexidade geométrica, garantindo toda a precisão necessária, por um custo competitivo. 

O estande da TAURUS/CBC conta, ainda, com uma sala de podcast. Um ambiente especial de interação dedicado à gravação de conteúdos diversos relacionados ao segmento. Os entrevistados terão a oportunidade de compartilhar histórias, realizar debates e entrevistas.


CBC traz diversas novidades ao mercado esportivo

A Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), Empresa Estratégica de Defesa, líder mundial em munições e tradicional fabricante de armas longas, está presente como patrocinadora e expositora da Shot Fair Brasil 2024. 

Forte apoiadora e incentivadora do esporte do tiro, a empresa apresenta na ocasião aos visitantes, além da sua linha completa de produtos consagrados voltados ao segmento, diversas novidades. 

Em destaque, as munições CBC Polymatch 9mm, com fator para Tiro Prático. Exclusivas para treinamento, seus projéteis são revestidos por camadas de polímero especial, sendo carregadas com peso de projétil adequado para proporcionar recuo e precisão similares às munições operacionais. 

A CBC desenvolveu com exclusividade este produto para atender a modalidade de Tiro Prático, homologado pela Confederação Brasileira de Tiro Prático (CBTP). Com carga de pólvora fixada, headstamp personalizado e padrões de produção e de controle diferenciados para atender fator de potência mínimo adequado à modalidade, as munições CBC Polymatch 9mm estão disponíveis a todos os atletas, em especial aos que participam do Pro Training, maior programa de incentivo ao esporte do tiro já feito no Brasil. 

A CBC também apresenta o mais recente desenvolvimento da sua linha de produtos: a .22 Fast. Projetada para ser a primeira escolha em pistolas .22 LR semiautomáticas de uso permitido, esta novidade combina tecnologia de ponta, segurança e desempenho excepcionais. Sua construção robusta e materiais de alta qualidade asseguram durabilidade e resistência e a tornam uma arma ideal para iniciação da prática esportiva, treinamento e lazer. 

O design ergonômico da .22 Fast oferece uma empunhadura com grip confortável e segura, adaptando-se perfeitamente à mão do usuário. Possui cano de 6” com rosca e 2 carregadores (com capacidade de 25 e 10 tiros), assim como trilho Picatinny no receptáculo e na coronha, permitindo a instalação de acessórios.

Já no segmento de armas longas, a Companhia expõe três novidades: o Rifle .22 LR Bolt Action Benchrest, a linha de rifles CBC .22 Magnum e o Rifle .308 WIN Bolt Action Ranger.

 O Rifle .22 LR Bolt Action Benchrest, resultado de parceria estratégica da CBC com a Visão Custom, foi projetado especificamente para atender as exigências dos atiradores da modalidade de tiro Benchrest. Este rifle combina tecnologia de ponta com uma performance excepcional, garantindo máxima precisão e estabilidade nos disparos.

Possui cano/coroa de 11°, que auxilia na melhoria da dispersão dos gases, aumentando a estabilidade do projétil e a precisão, e novo cabo do ferrolho, projetado com extensor recartilhado que facilita o uso de lunetas e aumenta a aderência durante o manuseio. Sua tecla reta uniformiza o acionamento do gatilho, adequando-se ao posicionamento de acordo com a empunhadura, tornando a puxada mais uniforme e confortável. Conta com coronha MBT com regulagem especial, em madeira de imbuia, proporcionando regulagem de altura para uso com as miras abertas, além de possibilitar o uso de lunetas e red dots. Sua alça e massa de mira é em Aço 4140 com regulagem de altura e lateral em sistema click, sem a necessidade de ferramentas.

Rifle .22 LR Bolt Action Benchrest
Destaque também para a linha CBC .22 Magnum, composta pelos rifles CBC Pump Action, CBC Delta, CBC Rio Bravo e CBC Bolt Action. O calibre .22 Magnum é amplamente reconhecido pela sua eficiência e versatilidade. Em termos comparativos, apresenta mais que o dobro de energia que o calibre .22 LR. 

Em homenagem aos 25 anos da unidade fabril em Montenegro, no Rio Grande do Sul, a CBC apresenta na Shot Fair Brasil 2024 a série comemorativa limitada do Rifle CBC .22 Magnum Bolt Action. O modelo possui coronha em madeira, gravação do selo comemorativo e mapa retratando o município onde se encontra a fábrica, além de receptáculo/cano com pintura especial em Cerakote®. Acompanha luneta, case em Suede e miniatura do rifle em forma de troféu. 

De uso permitido, as versões Pump Action, Rio Bravo e Bolt Action estão disponíveis para o mercado desde junho de 2024.

Rifle CBC .22 Magnum Bolt Action
Outra novidade em exposição é o Rifle .308 WIN Bolt Action Ranger que foi cuidadosamente projetado levando em consideração as demandas de diferentes tipos de aplicação, considerando cenários para uso policial, competições de tiro ou em atividades de caça. Seu design ergonômico, ferrolho com trancamento de 3 slugs e acionamento de 60°, oferece conforto e manuseio otimizado. 

Possui cano em aço com pintura Cerakote®, tipo bull forjado à frio, garantindo maior durabilidade, estabilidade e precisão em cada disparo. Seu gatilho com ajuste de força e de curso, conta com tecnologia de ponta para garantir que cada disparo seja controlado, alcançando precisão Sub-MOA, padrão exigido pelos atiradores de elite de grupos de operações especiais. Seu receptáculo também é construído em aço com acabamento em pintura Cerakote®. 

O Rifle .308 WIN Bolt Action Ranger conta com duas versões: a PRO com coronha em alumínio e almofada com regulagem de altura; e a com coronha em polímero de alta resistência e design ergonômico, proporcionando manuseio otimizado e conforto, característica essencial para atividades que demandem maior tempo de operação.

Outras atrações
Além das novidades em produtos, o evento conta com outras atrações que promovem o compartilhamento de conhecimento no espaço Arena Shot Fair, com palestras, mesas de debate, clínicas e painéis de especialistas renomados sobre diversos temas, entre eles tiro esportivo, defesa pessoal, caça e legislação brasileira de porte e posse de armas. 

Entre os nomes confirmados está o do CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs, que fará palestra sobre o 38 TPC – Taurus Pistol Caliber, no dia 5 de julho às 15h40. 

A programação também inclui, às 14h, palestra do diretor Comercial & Marketing da CBC, Paulo Ricardo Gomes, sobre o varejo brasileiro de armas e munições, e, às 15h, palestra do atirador esportivo norte-americano Matthew Little sobre a importância da Taurus no esporte do tiro nos Estados Unidos e sua experiência como embaixador da marca Taurus no segmento.

Já às 17h, o Diretor da Sociedade Brasileira para Conservação da Fauna, Alvaro Mouawad, participará como mediador da Mesa Redonda sobre “a caça e o manejo no Brasil: atualidade e perspectivas”, com a participação de Cris Almeida, Daniel Terra, Delano Algayer, Fernando Chiavenato, deputado federal Ismael Alexandrino, Matheus Sant’anna e Vívian Bernal Gliosi. 

Para assistir às palestras, clínicas e painéis é necessária a aquisição do ingresso de acesso à feira. 

Sobre a Shot Fair Brasil
A Shot Fair Brasil é voltada a atiradores esportivos, colecionadores, caçadores, lojistas e admiradores do segmento de armas e munições. Contando com estandes de grandes marcas nacionais e internacionais do setor, a 4ª edição do evento tem mais de 100 empresas expositoras. A estimativa para este ano é de um público de 30 mil visitantes. 

A Shot Fair Brasil 2024 conta com patrocínio da Taurus e da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), principais fabricantes de armas e munições do mundo, e parceria institucional da Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições (ANIAM). 

A Taurus, a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) e a ANIAM contam juntas com a maior área em estande do evento, ao todo mais de 450 m², situados em um local de destaque, na entrada da feira. 

SERVIÇO:

Datas e horários:

Dia 03/07/2024 – das 13h às 20h (exclusivo para lojistas).

Dias 04 e 05/07/2024 – das 13h às 20h.

Dia 06/07/2024 – das 12h às 19h.

Local: Distrito Anhembi (Av. Olavo Fontoura, 1209 - Santana, São Paulo – SP).

Localização dos estandes:

TAURUS e CBC – P02.

38 TPC – N11.

ANIAM e SBCF – E04.

03 julho, 2024

Exército avança testes para dispor de um Radar Contrabateria Multifunção

Radar de contrabateria Saab ARTHUR operando na Ucrânia


*LRCA Defense Consulting - 03/07/2024

Entre os dias 12 a 20 de junho de 2024 aconteceram os primeiros ensaios de engenharia, realizados em ambiente relevante, do Demonstrador de Tecnologia do Radar Contrabateria (DTCBia) com coleta de dados de alvos reais. Os ensaios foram realizados nas instalações do Centro de Avaliações do Exército (CAEx), sendo conduzidos pela equipe do Centro Tecnológico do Exército (CTEx) e por colaboradores da empresa Embraer, com o apoio das equipes do CAEx e do Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro.

O objeto das coletas de dados foi, principalmente, engenhos disparados pelo Morteiro 120 mm e pelos Morteiros 81 mm. Ainda foi possível detectar e coletar dados de drones que faziam a cobertura de imagens dos ensaios e do tráfego aéreo comercial da região, além de reflexões proporcionadas pelo movimentos das águas costeiras (clutter marítimo).

O Demonstrador de Tecnologia do Radar Contrabateria é o objeto da primeira etapa do projeto Radar Contrabateria Multifunção, desenvolvido pelo CTEx, junto à Base Industrial de Defesa (BID).

Radar de Contrabateria na Artilharia de Campanha X Radar Contrabateria Multifunção
O Radar de Contrabateria na Artilharia de Campanha localiza as peças de artilharia e os arrebentamentos de granadas pela determinação de origem ou término da trajetória de um engenho detectado, fazendo uso de modelos físicos e cálculos baseados em suas trajetórias. Dentre suas missões, destacam-se: localização das peças de artilharia inimiga, regulação e ajuste do tiro de artilharia amiga, e alerta de fogo iminente.

Já um Radar Contrabateria Multifunção, além das funcionalidades típicas previstas para um radar deste tipo, agrega a capacidade de detecção de alvos aéreos, em especial aeronaves remotamente pilotadas, que são uma grande fonte de preocupação no cenário bélico atual. Isto é possível graças à tecnologia AESA, que permite a implementação de diversas formas de apontamentos e conformação de feixe eletromagnético, aliadas a variadas estratégias de varredura.

O Sistema de Busca de Alvos da Artilharia de Campanha atualmente não dispõe de um Radar Contrabateria. A busca pela obtenção por P&D deste Sistema e Material de Emprego Militar (SMEM) posicionará o Brasil no seleto grupo de países que dominam tal tecnologia e fortalecerá a soberania nacional. 

*Com informações do Exército Brasileiro

Veículo blindado de fabricação chinesa falha durante tentativa de golpe na Bolívia


*Defence Blog, por Dylan Malyasov - 27/06/2024

Uma recente tentativa de golpe na Bolívia destacou o uso de equipamento militar fabricado na China, especificamente o veículo blindado PRC Tiger 4×4.

O incidente chamou a atenção para as vulnerabilidades do veículo quando o tirante da direção quebrou após bater no meio-fio, deixando os soldados lutando para consertá-lo chutando a roda danificada.

O Tiger 4×4, produzido pela Baoji Special Vehicles Manufacturing na província de Shaanxi, China, foi projetado para transportar infantaria com proteção blindada aprimorada. Ele pode ser adaptado para várias funções, incluindo posto de comando, aplicação da lei, controle de distúrbios e ambulância.

O veículo tem uma tripulação de duas pessoas e pode transportar nove soldados de infantaria totalmente equipados.

A Bolívia recebeu estes veículos pela primeira vez em 2016. Apesar de ter sido submetido a extensos testes off-road que demonstraram a sua mobilidade em vários terrenos e condições meteorológicas, o recente mau funcionamento levanta questões sobre a fiabilidade destes veículos blindados de transporte de pessoal em cenários reais de combate.

Blindada das águas: lancha resistente a fuzil e de visão termal reforça segurança no mar


*LRCA Defense Consulting - 03/07/2024

A Patrulha Costeira da Polícia Militar do Paraná (PMPR) recebeu um reforço de peso no início de junho. Fruto de um investimento de mais de R$ 2,2 milhões, o Litoral agora conta com o barco Aruanã 29-CM-P, uma embarcação militar blindada de última geração projetada especificamente para o combate à criminalidade. Entre as principais novidades da embarcação estão o casco blindado, que é resistente a tiros de fuzil, e o sistema de visão termal, que usa o calor ambiente para identificar pessoas e outros barcos.

“É uma embarcação muito diferente em relação às outras que nós já temos pela estrutura dela. É um barco maior, mais potente, com o casco todo blindado, com vários sistemas diferentes de imagem e localização que ajudam no trabalho policial”, afirmou o comandante da Patrulha Costeira do 9º Batalhão da PMPR, o tenente Vinícius Szlanda.

O barco passa a integrar a estrutura do pelotão policial que é responsável pela segurança das 39 comunidades ilhadas e ribeirinhas do Litoral do Paraná, onde moram mais de 10 mil pessoas. Além disso, ele vai ajudar nas ações de combate ao tráfico internacional de drogas na região.

Tecnologia
Por atuar em comunidades cujo acesso só é possível pela água, uma embarcação moderna como a Aruanã 29-CM-P ajuda as equipes a se deslocarem com mais agilidade e a atenderem melhor à população.   As tecnologias do barco também permitem um trabalho mais eficiente no combate à criminalidade, especialmente nas rondas ostensivas da patrulha.

A blindagem do casco é uma das mais eficientes que existem, resistindo a tiros de munição supersônica, que são tiros de fuzil e de calibre 7,62 milímetros, por exemplo.  

A embarcação também opera com um sistema de navegação que, além de contar com GPS e sonar, também tem um radar, que permite o deslocamento do barco por instrumentos, e um transponder. “Isso permite que a gente consiga identificar com facilidade as embarcações que estão no nosso entorno”, explicou o comandante da patrulha.

O sistema conta ainda com várias câmeras integradas, que mostram no painel de controle imagens de alta definição e imagens termais. Com as câmeras termográficas, a imagem mostra os objetos a partir das diferenças de calor entre eles e o ambiente, sem depender das condições de luminosidade do local. Assim, ela consegue identificar uma pessoa ou uma outra embarcação mesmo com baixa visibilidade, como em uma perseguição noturna, ou em meio à fumaça ou névoa.  

Robustez
A nova embarcação tem 29 pés de comprimento, o que equivale a quase 9 metros, e pesa aproximadamente 4,9 toneladas. Com este tamanho, pode transportar oito tripulantes, com uma autonomia de cerca de sete horas.

Outra novidade é a potência do barco, que é movido por dois motores de popa de 300 HP. “São quase 600 cavalos de potência. Ela é bem mais potente do que as nossas outras embarcações, que têm dois motores de 150 cavalos”, explica o comandante.

Por ter dois propulsores, a embarcação tem mais segurança nas operações e pode ir mais longe da costa, em um resgate ou em uma perseguição, por exemplo. O motor de popa também dá mais mobilidade ao barco, facilitando o acesso às praias e comunidades ilhadas.

Costa paranaense
O Paraná tem mais de 100 quilômetros de extensão de orla marítima entre as divisas com São Paulo e Santa Catarina. São, ao todo, 125 praias e balneários, além de 57 ilhas.

A Patrulha Costeira da Polícia Militar do Paraná foi criada em 2019 para atender esta região. O pelotão tem um treinamento especial para ações em água e em áreas fechadas de mata.  

Além das ações ostensivas na costa do Paraná, o grupo também atua em trabalhos preventivos nas comunidades e repressivos às ações criminosas. A Patrulha Costeira ainda trabalha em apoio à Polícia Federal e à Marinha do Brasil, principalmente, em ações de combate ao tráfico de drogas no Porto de Paranaguá. 

Sobre a Gespi
Há cerca de meio século atuando nas indústrias de Defesa e Segurança Pública, a Gespi é uma empresa 100% brasileira fundada em 1974 e certificada pelo Ministério da Defesa do Brasil como uma Empresa Estratégica de Defesa. Seus principais produtos são: foguetes de 70 mm (2,75"), bombas aéreas MK 81, 82, 83, 84, bombas aéreas de exercícios BDU-33 e BDU-50, Lança Rojão Hunter, Barcos de Patrulha Blindados e militarização de aeronaves.

No início da década de 90, a empresa foi adquirida pelos atuais sócio administradores, o CEO João Batista M. Scarparo e o CFO Carlos Augusto Picolini, ambos ex-Avibras, que iniciaram o desenvolvimento de produtos defesa como a Arma Leve Anti Carro (ALAC).

Em 2012, a Rafael Advanced Defense Systems, segunda maior empresa de defesa de Israel, adquiriu 40% das ações da Gespi, prevendo o desenvolvimento de novas tecnologias na área de sistemas de defesa e mísseis no Brasil. Em 2014, foi fechado um outro acordo com a alemã Dynamite Nobel Defence (DND), controlada pela Rafael. Essa parceria viabilizou a evolução tecnológica do projeto e contemplou a cooperação industrial e a transferência de tecnologia para a Gespi e a Imbel, também parceira no desenvolvimento da arma, juntamente coma EMGEPRON. Com os acordos, foi possível tecnologia para a incorporação de uma munição termobárica, garantindo alta performance e poder de fogo para o armamento.

Ao completar 45 anos no mercado em 2019, os sócios administradores decidiram readquirir as ações da empresa. Com isso a GESPI voltou a ser uma empresa 100% brasileira.

Atualmente, a GESPI tem duas unidades em São José dos Campos, atua com manutenção de equipamentos aeronáuticos e com fabricação e desenvolvimento de Produtos de Defesa.

Portfólio da Gespi Defense Systems


Parceiros
- Arnold Defense é o principal designer e fabricante mundial de sistemas lançadores de foguetes de 2,75 polegadas (70 mm). Ela atende uma variedade de mercados além do militar, incluindo fabricantes de equipamentos médicos, de transporte e originais.

- Indústria de Material Bélico do Brasil – IMBEL, que tem como missão fabricar e comercializar produtos de defesa e segurança para clientes institucionais, especialmente Forças Armadas, Forças Policiais e clientes privados. Seus principais produtos são fuzis, pistolas e carabinas; munição; equipamentos de comunicação e eletrônicos, entre muitos outros.

- Empresa Gerencial de Projetos Navais – EMGEPRON, que proporciona a comercialização de produtos e serviços disponibilizados pelo setor naval da indústria de defesa nacional. Estes incluem navios de guerra e embarcações militares (projeto, construção e modernização), reparos navais, sistemas de combate embarcados, munições de artilharia, serviços oceanográficos, apoio logístico e treinamento de pessoal, entre outros itens.

*Com informações da Secretaria de Segurança Pública do Paraná

 

02 julho, 2024

Akaer estabelece presença global com foco na indústria de defesa


*LRCA Defense Consulting - 02/07/2024

Há quatro marcos importantes na jornada da Akaer. 

O primeiro foi a parceria estratégica com a Embraer, onde milhões de horas de engenharia fortaleceram o reconhecimento, a experiência e a confiança da equipe da empresa. 

O segundo ciclo foi marcado pela colaboração com a Saab, que impulsionou o crescimento da Akaer com a aquisição de novas instalações e o aprimoramento dos processos internos em áreas como TI e produção.

O terceiro marco é a expansão internacional da empresa. Embora a Akaer tenha atendido clientes no exterior desde os primeiros anos, esse movimento se tornou mais abrangente. Ele representa a presença global da empresa em vários países e o reconhecimento no mercado internacional. 

O quarto é o recente contrato firmado com a Deutsche Aircraft alcançando um marco histórico ao se tornar a primeira empresa brasileira a obter status de Tier 1.

Atualmente, a Akaer está avançando nessa fase de internacionalização, com escritórios na Turquia e Portugal, e estabelecendo uma presença significativa em países do Oriente Médio como Emirados Árabes Unidos, Qatar e Arábia Saudita. Além disso, estão em curso negociações com países da África e Ásia, focadas principalmente na área de defesa, alinhadas ao objetivo estratégico da Akaer de se consolidar como um importante player global na indústria de defesa.

Notícias e imagens do Embraer C-390 combatendo incêndios no Pantanal correm o mundo

Imagem meramente representativa postada pelo portal austríaco Military Aktuell em sua matéria

*LRCA Defense Consulting - 02/07/2024

Os incêndios que, em nível histórico recorde, estão devastando parte da região brasileira do Pantanal, fizeram com que o governo do País solicitasse o apoio da Força Aérea Brasileira para o combate ao fogo utilizando o cargueiro militar multimissão C-390 Millennium produzido pela Embraer.

A missão - primeira do tipo no Brasil - está fazendo com que diversos órgãos mundiais de mídia, incluindo emissoras de TV, jornais, revistas e portais de Internet, estejam repercutindo o fato, destacando a moderníssima aeronave brasileira e sua característica multimissão, entre as quais está o combate a grandes incêndios em áreas extensas.

Acompanhe, abaixo, a reportagem do portal austríaco Military Aktuell

Incêndio florestal: Brasil usa o Embraer C-390M

*Military Aktuell, por Geprge Mader - 01/06/2024

Há poucos dias, a Força Aérea Brasileira (FAB) utilizou pela primeira vez um de seus novos C-390M da Embraer para combate a incêndios. Em Corumbá, região do Pantanal (MS), uma aeronave do 1º Esquadrão de Transporte (1º GTT) do Esquadrão “Zeus”, destacada da Base Aérea de Anápolis (BAAN), realizou diversos lançamentos de extinção de incêndio. Segundo relatos, o Exército Federal também tem interesse em montar um sistema de extinção correspondente.

Os voos ocorreram em baixas altitudes, em baixas velocidades e em altas temperaturas. O sistema completo de controle de voo fly-by-wire reduz “a carga de trabalho do piloto e maximiza a eficiência do combate a incêndios”, segundo o relatório da FAB. Além disso, um ponto de disparo calculado continuamente permite alta precisão no acionamento do agente extintor.

A aeronave multifuncional da Embraer possui um sistema modular e atualizável de combate a incêndios aéreos (MAFFS) e pode, portanto, realizar operações de combate a incêndios em voo. O equipamento MAFFS possui uma tubulação que direciona o agente extintor ou água pela porta traseira esquerda da aeronave e pode descarregar até 3.000 galões – aproximadamente 12.000 litros – de água nas áreas de incêndio.

Este sistema aumenta significativamente a eficácia das operações de combate a incêndios, por exemplo pela extinção de um caminho e pela onda de pressão de impacto no ou contra o incêndio. E ao baixá-lo por uma porta lateral - ao contrário, por exemplo, pela parte traseira - a estrutura material de toda a fuselagem traseira não é prejudicada pelas consideráveis ​​mudanças de peso. No entanto, o abastecimento no terreno entre as missões cria períodos de presença mais longos do que com helicópteros no local – embora transportem muito menos carga. Portanto, a ponderação de tal operação depende sempre do tipo de incêndio e do terreno.

O MAFFS é um sistema COTS e foi construído pelo fornecedor californiano dos EUA Aero Union desde 2007. Ele pode ser instalado ou removido do porão de carga da aeronave com relativa rapidez a partir de seu próprio trailer. O sistema requer apenas fonte de alimentação integrada para funcionar. Há também um tanque de piso transportável separado para reabastecimento de água ou agentes extintores no solo, com capacidade para 22 mil litros.

Segundo informações militares atuais, o sistema deverá ser interessante também para as Forças Armadas (austríacas). Como é sabido, a Áustria decidiu adquirir quatro C-390M num processo de aquisição cooperativo em conjunto com a Holanda (A aquisição da Embraer está cada vez mais próxima ), o contrato poderá ser assinado em julho. No entanto, ainda não está claro se o MAFFS já estará incluído ou só será adquirido mais tarde - bem como um tanque de combustível modular disponível opcionalmente.

O tanque modular de extinção de incêndio tem capacidade para 12.000 litros

O tanque modular de extinção de incêndio tem capacidade para 11.000 litros

*O autor é um dos mais renomados jornalistas de aviação austríacos, correspondente da britânica Jane's Defense e escreve para a Military Aktuell há muitos anos.

WEG entrega dezenas de SKIDs em conformidade com padrões de Subestações Compactas Integradas da CEMIG


*LRCA Defense Consulting - 02/07/2024

A Subestação Compacta Integrada padrão CEMIG (SECI) representa uma solução transportável e versátil, projetada para operar em ambientes de alta tensão de até 138kV com saídas em média tensão até 34,5kV, integralmente montada sobre uma base robusta de estruturas em aço. A WEG oferece essa solução há mais de 05 anos e desde 2023 estão sendo fabricadas na moderna fábrica de Betim (MG).

Entregues completamente montadas e comissionadas, proporcionam aos clientes significativas vantagens, como a otimização do espaço físico e a redução do Lead Time necessário para a implantação da subestação no campo. Essa abordagem garante não apenas eficiência operacional, mas também elevados padrões de segurança e confiabilidade para o sistema elétrico.

A CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais) adquiriu 45 unidades de SECIs (Subestações Compactas Integradas) distribuídas em 03 lotes com potências variadas entre 15 e 25MVA. A confiança no potencial e na eficácia dessa solução se concretiza através das 23 unidades já entregues, com o objetivo de reforçar a distribuição de energia em diversos locais por todo o estado de Minas Gerais, fortalecendo assim a infraestrutura elétrica regional.

Além de sua aplicabilidade em situações temporárias para atender demandas específicas e pontuais, as soluções transportáveis (SKID) demonstram-se igualmente adequadas para aplicações permanentes em diversos setores, tais como indústrias, minerações, usinas hidrelétricas de pequeno porte (PCHs), distribuição de energia, entre outras possibilidades. Sua configuração prática, flexível e confiável assegura versatilidade em diversos contextos de operação, contribuindo de forma substancial para a infraestrutura energética do país.

WEG fornece pacote Motion Drives para indústria de tequila no México


*LRCA Defense Consulting - 02/07/2024

A tequila é uma bebida emblemática do México, com importância cultural tão grande que é considerada uma das bebidas alcoólicas mais consumidas no mundo. A indústria da tequila no México é uma das maiores do setor agroalimentar e é motivo de orgulho nacional, gerando um aumento de 5% na produção nos últimos anos.

Esta bebida é o resultado da fermentação e destilação de açúcares extraídos do cultivo do agave, tornando a tequila uma das bebidas mais icônicas do México. Das mais de 295 espécies de agave existentes, a mais conhecida é a “agave azul”, utilizada para a produção de tequila.

No final de 2023, a WEG, através de sua filial no México, forneceu a uma empresa altamente reconhecida no setor de tequila dois pacotes integrados de Motion Drives que incluem motores, variadores de velocidade e redutores, destinados a duas fábricas de tequila nos municípios de Tequila e Atotonilco.

Cada pacote fornecido é composto por motores de 15HP, redutores WG50 e drives CFW500, que serão utilizados para controlar a velocidade do processo na área de moagem de agave. Esses componentes aliam a qualidade do Motor Elétrico W22, a confiabilidade dos conversores de frequência (CFW) e a robustez dos redutores WG50.

Para a WEG, o conceito dos Motion Drives é ter total controle do processo. O principal diferencial na venda desses pacotes é gerenciar tudo com a mesma marca, permitindo o acoplamento perfeito entre os equipamentos, garantindo seu funcionamento eficiente e a redução de despesas operacionais.

01 julho, 2024

Taurus, CBC e Colt CZ: nasce uma nova gigante mundial de armamento leve


*LRCA Defense Consulting - 01/07/2024

Fora dos círculos próximos ao mercado mundial de armas e munições, muitos ainda não se deram conta do que poderá acontecer após a CBC Global Ammunition, um gigante mundial de munições, ter adquirido quase um terço do poderoso Grupo Colt CZ, passando a ser o seu segundo maior acionista, atrás apenas do grupo controlador.

Embora não tenha havido uma fusão, no sentido estrito do termo, trata-se de um movimento tão disruptivo que poderá remodelar o atual cenário que rege a produção e venda de armamento leve no mundo capitalista e, em particular, nos Estados Unidos.

Nesse ponto, surge a pergunta: se a CBC é uma gigante mundial de munições e produz apenas algumas poucas armas longas táticas, como isso poderá acontecer?

Aqui, é importante lembrar que a CBC controla a multinacional brasileira Taurus Armas S.A. que, sob o nome de Taurus Group, possui seis marcas mundiais de armas: Taurus (Brasil), Taurus USA (EUA), Heritage (EUA), Rossi (Brasil), JD Taurus (Índia) e Taurus Saudia (Arábia Saudita), além de uma de carregadores, a TJM (Brasil). Além disso, produz também uma moderníssima linha de supressores. No conjunto da obra, a Taurus Armas se tornou, em 2021, a maior vendedora mundial de armas leves, e aí é que começa a ser entendida a questão.

Com relação à Colt CZ, segundo informações do mercado, a empresa não consegue atender seus clientes por estar lotada de pedidos e não ter como aumentar a produção. Nos últimos anos, cresceu muito e precisa de mais unidades produtivas. Como o Brasil tem mão de obra muito especializada, mas barata (em relação aos EUA e à Europa), e fartura de matéria prima de excelente qualidade, uma parceria com a Taurus, empresa de alta tecnologia e reconhecida qualidade, poderia solucionar esse problema. Além disso, a empresa quer recuperar o prestígio da marca Colt, a mais icônica dos EUA, que estagnou antes de ser adquirida pela CZ.

A Taurus - maior vendedora de armas leves do mundo - é a quarta/quinta marca mais vendida nos EUA, sendo a primeira em revólveres e a quinta em pistolas, além de ser a marca mais importada no país. No entanto, mesmo após os laçamentos tecnológicos da família de pistolas GX4 e de revólveres também de alta qualidade, ainda briga diariamente para se livrar da pecha de produzir "armas de entrada".

Uma associação com a Colt CZ levaria a uma consequente associação das marcas Taurus & Colt, tanto no sentido prático como no psicológico. Em termos de Estados Unidos - maior mercado mundial para armas leves, a multinacional brasileira estaria fazendo um belíssimo "gol de bicicleta no ângulo", tal é a tradição, o respeito e o conceito que a marca Colt goza no país (e no mundo), sem falar nas também reconhecidas qualidade e excelência dos produtos CZ.

Além disso, como foi escrito em matéria anterior, a Taurus, com essa parceria,  tem sua porta de entrada no multimilionário mercado americano de Law Enforcement, haja vista que o Grupo Colt CZ, e a Colt em especial, é um parceiro de primeiríssima linha pela participação histórica que já tem nesse mercado.

CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs, visitou a COLT CZ em West Hartford - EUA em 26/06, e foi recebido por Dennis Velleux, CEO da Colt CZ Group North America. Ambos acompanhados de suas equipes de engenharia de produtos, processos e logística.

Em síntese, a aquisição de 27,71% do Grupo Colt CZ pela CBC, a visita da Colt CZ à Taurus em abril e a retribuição brasileira no final do mês passado, marca uma inédita, estratégica e poderosa cooperação entre as três grandes empresas, tanto para o Law Enforcement americano como para outros importantes mercados civis e institucionais, seja nos Estados Unidos, seja em outros países.

É importante acrescentar que as conclusões presentes nesta matéria se encontram ainda no plano teórico e são frutos exclusivos da análise de dados públicos conhecidos, não contemplando informações fornecidas diretamente pelas empresas envolvidas.  

Abaixo, esta Consultoria detalha algumas das características principais das três empresas citadas.

Grupo Colt CZ
O Grupo Colt CZ é um dos principais produtores mundiais de armas de fogo e munições para uso militar e policial, defesa pessoal, caça, tiro esportivo e outros usos comerciais. O Grupo comercializa e vende seus produtos principalmente sob as marcas Colt, CZ (Česká zbrojovka), Colt Canada, CZ-USA, Dan Wesson, Spuhr, swissAA e 4M Systems. 

Sediado na República Tcheca, o Grupo Colt CZ emprega mais de 2.000 pessoas em suas instalações de produção nesse país, nos Estados Unidos, Canadá, Suécia, Suíça e Hungria. O Colt CZ é de propriedade da Česká zbrojovka Partners SE, que detém 54,5 por cento da Colt CZ. Outros 27,7% pertencem à CBC e os 17,8% restantes são ações negociadas publicamente.

Em 2021, o Grupo CZ adquiriu a Colt's Manufacturing Company, bem como a sua subsidiária canadense, a Colt Canada Corporation.

O CZG-Ceska Zbrojovka Group, cujas subsidiárias incluem CZ (Ceska Zbrojovka), Dan Wesson e Brno Rifles, já está ativo nos Estados Unidos, possuindo uma fábrica em Little Rock, Arkansas.

Seus produtos são comercializados e vendidos principalmente sob as marcas  Colt, CZ (Česká zbrojovka), Colt Canada, CZ-USA, Dan Wesson, Sellier & Bellot, swissAA, Spuhr e 4M SYSTEMS . O Grupo inclui empresas como Colt, Česká zbrojovka, Colt Canada, CZ-USA, 4M Systems, Spuhr i Dalby, swissAA e Colt CZ Defense Solutions.

O Grupo Colt CZ está sediado na República Checa e emprega mais de 3.600 pessoas nas suas instalações de produção na República Checa, nos Estados Unidos, no Canadá, na Suécia, na Suíça e na Hungria. A Colt CZ é detida pela Česká zbrojovka Partners SE em 54,7%, pela CBC Europe S.à rl em 27,7% e os restantes 17,6% são free float.

CBC Global Ammunition LLC e CBC Europe S.à r.l.
As empresas CBC Global Ammunition LLC e CBC Europe S.à r.l. são as entidades detentoras de um grupo de empresas com atuação internacional no setor de munições: CBC Brazil, Magtech Ammunition, MEN, SinterFire, New Lachaussée e Fritz Werner. Juntas, esta aliança estratégica forma uma das maiores corporações de munições do mundo, com uma experiência combinada de mais de 300 anos na fabricação de calibres pequenos e médios.

A gama abrangente de produtos é exportada para mais de 130 países sob algumas das marcas mais respeitadas do setor, contribuindo para as necessidades dos mercados Militar, Policial e Comercial. Com relação ao segmento de Defesa, os fabricantes dentro do grupo estão entre os maiores fornecedores da OTAN e forças aliadas, em todo o mundo.

Juntas, as operações da CBC Global Ammunition empregam mais de 3.500 trabalhadores qualificados e produzem mais de 1,5 bilhão de cartuchos de munição a cada ano, sem considerar os cartuchos de fogo anelar e os projéteis. 

A CBC Global Ammunition, por meio de suas subsidiárias, também é a empresa controladora da Taurus Armas S.A.

Taurus Armas S.A.
A Taurus é uma Empresa Estratégica de Defesa e integrante da Base Industrial de Defesa (BID) brasileira, com 84 anos de história e com uma reputação sólida, particularmente a partir de 2018, baseada no seu compromisso com a excelência. É a maior vendedora de armas leves do mundo.

Atualmente, suas marcas estão reunidas no Taurus Group: Taurus, sediada no Brasil; Rossi, sediada no Brasil; Taurus USA, sediada nos Estados Unidos; Heritage, com origem nos Estados Unidos e incorporada pela Taurus há 32 anos; JD Taurus, sediada na Índia; Taurus Saudia, estabelecida na Arábia Saudita há 1 ano; e TJM, sediada no Brasil há 4 anos.

Em sua sede, em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, tem uma unidade fabril voltada à produção de armas (Taurus Armas S.A.) e outra dedicada a carregadores (TJM), onde emprega cerca de 2.200 pessoas diretamente, além de movimentar uma grande cadeia de fornecedores, gerando também milhares de empregos indiretos. Possui outras unidades produtivas em Bainbridge, na Geórgia (EUA), e em Haryana, na Índia.  

A empresa possui um completo portfólio de produtos composto por plataformas de revólveres, pistolas, armas táticas, armas longas, supressores e acessórios, que totalizam mais de 31 milhões de armas vendidas. O recorde produtivo foi batido em 2021, quando totalizou 2,25 milhões de armas produzidas no ano, sendo mais de 9.300 armas por dia. A Taurus exporta seus produtos para mais de 100 países em cinco continentes, atendendo aos mercados civil, militar e policial.

A Taurus é líder mundial na fabricação de revólveres e uma das maiores produtoras de pistolas do mundo, além de ser a marca mais importada no exigente mercado dos Estados Unidos.

A partir da nova gestão, que assumiu em 2018, a Taurus iniciou um forte caminho para a globalização e a alavancagem tecnológica, avançando de forma exponencial em tecnologias e inovações de produtos, processos e novos materiais, além de diversificar suas vendas pelo mundo e estabelecer novas e modernas unidades produtivas. 

As áreas de engenharia da Taurus no Brasil e nos Estados Unidos foram unificadas, e assim foi criado o Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil/Estados Unidos (CITE), que conta com mais de 250 engenheiros, atuando na busca pelas mais avançadas soluções tecnológicas, além de uma equipe de monitoramento e inteligência de mercado. Isso proporciona agilidade e flexibilidade para adequar o mix de produtos, direcionando a produção para diferentes mercados mundiais.  

A Taurus possui diversas frentes de pesquisas buscando projetos de inovação em materiais, como por exemplo:
 • Utilização de Grafeno - Garante muito mais resistência e durabilidade aos materiais.
• Utilização de DLC (Diamond Like Carbon) - Tecnologia limpa, utilizada como acabamento em diversos componentes, visando resistência a riscos e desgastes.
• Uso de novos polímeros estruturais de última geração - Proporciona a redução no peso e tamanho, sem comprometer a integridade estrutural e resistência mecânica dos produtos.
• Pesquisa da adição de Nióbio em aços de baixo carbono - Objetiva a melhoria das características mecânicas e metalúrgicas de componentes de armamentos.
• Composto específico para produção de MIM - a Taurus, por meio da Polimetal (100% controlada), opera na produção de MIM há 29 anos, tendo, atualmente, a maior planta MIM da América Latina. O processo MIM é capaz de produzir grandes quantidades de peças de altíssima complexidade geométrica, garantindo toda a precisão necessária que essas peças exigem, por um baixo custo. O MIM está se tornando uma nova e promissora unidade de negócios da empresa.

Estes importantes investimentos em novas tecnologias, além de agregar valor aos produtos Taurus, agregam valor ao Brasil, que possui as maiores reservas de nióbio e a terceira maior reserva de grafeno do mundo.   

Pioneira em seu setor, a Taurus se tornou a primeira empresa de defesa no mundo a implementar a cultura ESG.

A-29 Super Tucano: um super caçador de drones?

Super Tucano A-29B da Força Aérea Filipina

*LRCA Defense Consulting - 30/06/2024

O combate a drones russos, ucranianos, turcos, israelenses e iranianos é uma dor de cabeça constante, tanto na Ucrânia, como na Rússia e em Israel, assim como já o foi na Armênia e ainda é na Síria. E não se está tratando de minúsculos drones do tipo FPV usado por combatentes na frente de batalha, mas sim de artefatos não tripulados que são capazes de percorrer distâncias razoáveis e ir designar alvos, atacar, reconhecer e/ou vigiar instalações militares, comboios de suprimento, tanques, radares, sistemas de mísseis e outros alvos compensadores em território inimigo, como o turco Bayraktar TB2, o iraniano Shahed-136 e os russos Lancet, Eleron, Kub-BLA e Orlan-10, apenas para citar alguns mais conhecidos.

Para combatê-los, é usado um arsenal variado de armas terrestres, navais e aéreas, incluindo metralhadoras de vários calibres e sistemas, canhões do tipo Buschmaster, mísseis de diversos tipos, armas de interferência no espectro de frequências e, mais modernamente, canhões laser e canhões de pulso, cada uma com maior ou menor êxito conforme a situação.

No ataque iraniano a Israel, as centenas de drones lançados na sortida foram destruídas pelo eficiente sistema de defesa integrado dos aviões, navios e baterias antiaéreas terrestres de Israel e dos seus aliados na região, principalmente dos EUA, mas a um custo financeiro altíssimo e desproporcional ao custo da ameaça.

Vídeos mais recentes mostram o esforço de velozes e potentes caças F-16 israelenses tentando abater alguns lentos drones Shahed lançados sobre Israel. Os pré-programados Shahed não são manobráveis, mas podem voar baixo. Já um drone Lancet-3, por exemplo, é pilotado remotamente, o que torna sua caça bem mais difícil.

Fotografado por um drone russo Zala Lancet, um Yak-52 ucraniano mostra um tripulante armado

Uma criativa solução ucraniana
Para suprir a falta de uma defesa antiaérea mais eficiente e compatível com as ameaças dos drones russos, a Ucrânia improvisou uma aeronave de treinamento Yak-52 da era soviética para operações antidrones. Este uso criativo do Yak-52 apresenta uma estratégia de defesa aérea flexível e responsiva, adaptada aos desafios modernos do conflito, principalmente no sul da Ucrânia, longe da frente ativa.

Os drones Lancet e Orlan, utilizados pela Rússia para vigilância e seleção de alvos, estão equipados com sensores eletro-ópticos e designadores de laser. A sua utilização extensiva na Ucrânia levou os ucranianos a procurar soluções eficazes e de baixo custo, como o Yak-52, para combater esta ameaça.

Esses Yak-52 modificados são operados pela Patrulha Aérea Civil da Ucrânia, um grupo composto principalmente por amadores e proprietários de aeronaves privadas. Enfrentando a crescente ameaça dos drones, esta unidade formou um Grupo de Aviação Tática destinado a neutralizar os UAV inimigos, demonstrando o uso inovador dos recursos disponíveis.

O Yak-52, embora não convencional, desempenha agora um papel crucial na rede de defesa aérea do país, destacando a adaptabilidade e resiliência das forças armadas ucranianas neste conflito prolongado.

Estes esforços são complementados por uma série de sistemas de defesa aérea, desde equipes móveis armadas com metralhadoras até sistemas de mísseis, ilustrando a resposta multifacetada da Ucrânia à ameaça contínua dos drones.

Aviões a hélice simples com metralhadoras se mostraram realmente eficazes para abater drones russos


Na pintura, os drones russos abatidos

O Yak-52 é uma aeronave de treinamento militar projetada pelo Yakovlev Design Bureau e introduzida pela primeira vez em 1979. É um monoplano de asa baixa com assentos tandem, movido por um motor radial Vedeneyev M14P de 360 ​​cavalos (268 kW). Com peso vazio de 1.015 kg e peso máximo de decolagem de 1.305 kg, combina robustez e agilidade para treinamentos e competições acrobáticas.

Com uma envergadura de 9,3 metros, comprimento de 7,7 metros e altura de 2,7 metros, o Yak-52 pode atingir uma velocidade máxima de 285 km/h ao nível do mar e uma velocidade de cruzeiro de 190 km/h a 1.000 metros. Sua capacidade de realizar manobras em baixa velocidade, com velocidade de estol de 85 a 90 km/h, o torna particularmente adequado para operações como perseguição de drones em baixa altitude. Com teto de serviço de 4.000 metros e taxa de subida de 7 m/s, oferece sólido desempenho para aeronave de treinamento e patrulha leve.

Atualmente, não se sabe explicitamente como os aviões Yak-52 conseguem destruir drones. No entanto, diversas modificações teóricas poderiam ser consideradas para adaptar estas aeronaves para missões antidrones. Primeiro, o Yak-52 poderia ser equipado com sistemas eletrônicos simples para bloquear ou interceptar comunicações entre os drones e seus operadores. Outra modificação potencial inclui a adição de pequenos armamentos, como metralhadoras leves ou lançadores de projéteis não guiados, que poderiam ser usados ​​para abater fisicamente os drones de perto. Além disso, o Yak-52 poderia ser usado como isca para distrair drones de alvos mais significativos, permitindo assim que sistemas de defesa terrestre mais capazes engajassem os drones de forma mais eficaz.

Super Tucano: um super caçador de drones?
Nos meios militares de vários países já se comenta que um moderno e versátil avião a hélice de ataque leve, o Embraer A-29 Super Tucano, seria uma solução ideal para operações antidrones, pois é extremamente manobrável, rápido, versátil e muito bem equipado com aviônicos avançados, sensores eletro-ópticos e infravermelhos, sendo capaz de transportar uma grande variedade de armas, incluindo metralhadoras, foguetes e munições guiadas com precisão. Seu design é extremamente resistente, permitindo operar de qualquer lugar. Além disso, é reconhecidamente experimentado em combate, e com muito sucesso.

Dificilmente a aeronave da Embraer poderia ser exportada para países que estejam atualmente em conflito. No entanto, a nova potencialidade do Super Tucano poderia torná-lo um alvo preferencial para forças aéreas de países da OTAN (na versão A-29N) que acompanham com preocupação a evolução do conflito Rússia x Ucrânia e querem se preparar para um possível embate com os russos em qualquer situação. 

Na África, onde a aeronave já é utilizada por várias forças aéreas, tal potencialidade também deve chamar a atenção, especialmente em sua versão padrão, haja vista que, além das missões de ataque leve, reconhecimento e contrainsurgência, poderia ser a resposta adequada às recentes aquisições de drones efetuadas por muitos países. Aliás, esse continente já está sendo conhecido como "o novo playground para exportadores de drones", com destaque para os artefatos chineses, turcos e israelenses. Angola, Nigéria, Togo, Níger, Burkina Faso, Mali, Senegal, Etiópia, Líbia, República Democrática do Congo, Chade, Marrocos e Sudão são alguns exemplos.

Super Tucano versão A-29N
A versão A-29N do Super Tucano está especialmente configurada para atender às exigências dos países da NATO (OTAN), tornando-o particularmente adequado às necessidades da Força Aérea Portuguesa (FAP), por exemplo. A versão NATO inclui equipamentos e funcionalidades, tais como um novo datalink, single-pilot operation, entre outras modificações. Tais funcionalidades aumentam ainda mais as possibilidades de emprego da aeronave, permitindo, por exemplo, sua utilização em missões de treinamento JTAC  (Joint Terminal Attack Controller). Os dispositivos de treinamento foram igualmente atualizados para os padrões mundiais mais exigentes, incluindo realidade virtual, aumentada e mista, oferecendo uma plataforma versátil para treinamento de pilotos de caça.

O Super Tucano é uma aeronave projetada para realizar diversas missões, incluindo ataque leve, reconhecimento armado e treinamento tático. Destaca-se pelo seu design robusto, capaz de resistir aos ambientes mais hostis e, ao mesmo tempo, minimizar as necessidades de manutenção. Graças a uma plataforma extremamente durável, ele pode operar em pistas despreparadas e oferece alta capacidade de sobrevivência com recursos de proteção ativa e passiva.

A cabine do A-29N foi projetada para reduzir a carga de trabalho do piloto e maximizar a consciência situacional, com uma interface homem-máquina avançada, ergonomia superior e acessibilidade ideal. Os controles intuitivos permitem que o piloto se concentre nos resultados da missão enquanto se beneficia de proteção aprimorada com blindagem na cabine e no compartimento do motor (opcional). Os sistemas a bordo incluem sensores eletro-ópticos/infravermelhos de última geração, um designador de laser integrado para ataques precisos e sistemas seguros de comunicação tática e navegação.

Em termos de desempenho, o Super Tucano A-29N tem uma autonomia de 3,4 horas com combustível interno, estendendo-se para 5,2 horas com tanques externos e sensores EO/IR. Ele pode subir a uma velocidade de 3.240 pés por minuto, com teto de serviço de 35.000 pés. Sua capacidade de decolar e pousar em distâncias curtas (900 metros para decolagem e 860 metros para pouso) o torna um grande trunfo para operações a partir de bases avançadas. 

A aeronave possui velocidade máxima de 520 km/h, rápida o suficiente para oferecer uma pronta resposta a alvos aéreos detectados pelos radares terrestres, como helicópteros, pequenos aviões e drones. Sua velocidade de estol é de 148 km/h, permitindo-lhe manobrar e combater drones que naveguem próximo desta velocidade, mesmo em baixas altitudes, como a maioria dos citados nesta matéria.

O sistema de gerenciamento de segurança (SMS) do A-29N é totalmente integrado, gerenciando cinco estações padrão da OTAN e duas metralhadoras internas calibre .50. Esta configuração permite grande flexibilidade no armamento, oferecendo mais de 160 possibilidades de configuração para atender às necessidades específicas da missão. O Super Tucano também é equipado com um sofisticado sistema de proteção eletrônica, incluindo contramedidas automatizadas e sistemas de alerta de radar e mísseis, além de assentos ejetáveis ​​zero-zero para segurança da tripulação em emergências.

O A-29N também é reconhecido por sua solução logística integrada, proporcionando amplo suporte da Embraer. Isto inclui serviços de manutenção, gestão de peças sobressalentes e um centro de contacto com o cliente 24 horas por dia, 7 dias por semana, para garantir a máxima disponibilidade operacional da frota. A Embraer também oferece uma linha completa de dispositivos e estações de treinamento em solo, reduzindo as horas de voo necessárias para treinamento de pilotos, acelerando o processo de aprendizagem e otimizando custos operacionais.

Portugal será o cliente lançador da versão A-29N do Super Tucano
Portugal será o cliente lançador da versão A-29N do Super Tucano, que a Embraer lançou em 2023 como uma versão do turboélice de ataque leve em conformidade com a OTAN. Este fato foi revelado pelo Ministro da Defesa Nacional português, João Nuno Lacerda Teixeira de Melo.

A Força Aérea Portuguesa está de olho em uma aeronave com capacidade para realizar missões de apoio aéreo aproximado (CAS) e de inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR) em teatros de operações com infraestrutura limitada, bem como treinamento avançado de pilotos. Portugal procura entre oito e 12 aeronaves, disse o Diretor da Direção de Engenharia e Programas da Força Aérea Portuguesa, Brigadeiro-General João Rui Ramos Nogueira, a Janes em novembro de 2023.

A aquisição destas aeronaves não só fortalecerá as capacidades de defesa de Portugal, mas também apoiará as suas missões de manutenção da paz, particularmente na África, onde o país está ativamente envolvido. Além disso, a FAP já planejava implantar os Super Tucanos no 103º Esquadrão “Caracóis”, retomando assim as operações de treinamento de pilotos que haviam sido suspensas após a retirada do Alpha Jet em 2018.

A nova potencialidade de emprego antidrones, tanto para operações no teatro europeu, como para as missões de manutenção da paz na África, dá ao A-29N Super Tucano um trunfo extra para ser adquirido, não só por Portugal, como também por outros países da OTAN.

*Por "drones" entenda-se qualquer UAV ou VANT (veículo aéreo não tripulado), incluindo munições vagantes (loitering munition).

*Com informações adicionais de Army Recognition e Janes:
- Ukraine Uses Soviet-era Yak-52 Training Aircraft for Counter-UAS Operations Against Russia
- Portugal Announces Upcoming Acquisition of Super Tucano A-29N Aircraft
- Portugal selects Super Tucano light attack aircraft


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