*LRCA Defense Consulting - 24/06/2024
No dia 19 de junho, o Centro de Avaliações do Exército (CAEx) concluiu a avaliação operacional do lote piloto do Míssil Anticarro MSS 1.2 AC, projeto do Centro Tecnológico do Exército (CTEx) em parceria com a Marinha do Brasil.
Os testes operacionais confirmaram a eficácia e a adequabilidade do material em seu emprego típico, com simulação de ambientes operacionais não controlados, contra alvos representativos e operado por combatentes de tropa com dotação de Míssil Anti-Carro (MAC), dentre as quais, Comando de Fronteira Roraima/7º Batalhão de Infantaria de Selva, de Boa Vista (RR), 1º Esquadrão de Cavalaria Paraquedista, do Rio de Janeiro (RJ), 6º Batalhão de Infantaria Leve, de Caçapava (SP) e militares do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil, Rio de Janeiro (RJ).
A Avaliação Operacional foi realizada durante três semanas e subdividida em duas fases: a primeira, de capacitação dos usuários, que receberam uma apresentação detalhada do material, seguida por estudos técnicos e táticos do míssil, e a segunda, que consistiu nos tiros dos testes operacionais, através do emprego tático do armamento pelo operador de tropa, desde a preparação e transporte, até o disparo contra alvos fixos e móveis, em diversos cenários que simularam um ambiente de conflito.
O Material de Emprego Militar, de alto conteúdo tecnológico, demonstra o compromisso do Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação do Exército (SCTIEx) no incremento da capacidade bélica de dissuasão da Força Terrestre com entregas à sociedade, na geração de empregos e no fortalecimento da Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS), nesse caso representada pela parceria com a empresa SIATT - Engenharia, Indústria e Comércio Ltda, bem como o sucesso da cooperação entre o Exército Brasileiro e a Marinha do Brasil, através da colaboração técnica e de material entre o Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) e a Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha (DSAM).
O último disparo dos testes operacionais contou com as presenças do Diretor de Fabricação, General de Divisão Tales Eduardo Areco Villela, do Chefe do Escritório de Projetos do Exército (EPEx), General de Brigada Carlos José Rocha Lima, e do Chefe do CAEx, General de Brigada João Paulo Zago, além de militares do Exército e da Marinha do Brasil.
Sistema de Armas MSS 1.2 AC
O
MSS 1.2 AC é um míssil superfície-superfície anticarro de médio
alcance, desenvolvido segundo requisitos do Exército Brasileiro. O
sistema é constituído pela Munição (míssil em seu container lançador) e
pela Unidade de Tiro. Emprega guiamento do tipo “beam-rider”, no qual o
operador é responsável por realizar o apontamento óptico em direção ao
alvo. Durante o voo do míssil, a Unidade de Tiro emite um feixe laser
invisível codificado, harmonizado com a mira óptica, que provê a
referência de guiamento para o míssil.
O sistema tem capacidade
de perfurar blindagens com até 500 milímetros de espessura em chapa de
aço padrão OTAN. O Míssil MSS 1.2 AC neutraliza ameaças a até 4000
metros, sendo empregado principalmente contra veículos blindados.
Além
disso, pode, secundariamente, ser utilizado contra outros alvos
compensadores, como: concentração de veículos, construções fortificadas,
depósitos de combustível e ou de munição, barcos fluviais e
helicópteros pairando à baixa altura.
O Míssil MSS 1.2 Anticarro é equipado com sistema de visão noturna
infravermelho que permite seu emprego em condições de pouca
visibilidade. Seu peso também favorece a utilização por tropas
aeroterrestres e aeromóveis. Essas características conferem
versatilidade ao armamento.
A
evolução do Míssil MSS 1.2 Anticarro até a sua versão atual é resultado
do projeto elaborado pela Seção de Mísseis e Foguetes do Centro
Tecnológico do Exército em parceria com a empresa SIATT Engenharia,
Indústria e Comércio.
O desenvolvimento do Míssil MSS 1.2
Anticarro pelo Exército Brasileiro insere-se no escopo da Ciência,
Tecnologia e da Inovação e coopera com o desenvolvimento nacional. Entre
os principais benefícios sociais do projeto, estão a geração de
empregos e o fortalecimento da Base Industrial de Defesa, além da
projeção internacional do Brasil pela geração de novas capacidades
militares.
*Com informações do Exército Brasileiro.
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