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22 junho, 2024

Embraer espera que Farnborough seja o seu melhor show aéreo e anunciará atualizações no E175 e no E2


*Aviation Week, por Jens Flottau - 20/06/2024

A Embraer planeja anunciar melhorias significativas em seus E175 e na família E2 no próximo Farnborough International Airshow.

A empresa revelará melhores números de consumo de combustível e desempenho de decolagem, bem como menores custos de manutenção possíveis, disse Rodrigo Silva e Souza, vice-presidente de marketing e estratégia da Embraer Aeronaves Comerciais, no dia 19 de junho. No E175-E1, a Embraer planeja introduzir melhorias no interior, funcionalidades aviônicas e adicionar opções de conectividade. “Queremos mantê-lo competitivo no mercado”, disse Silva e Souza.

Melhor show de todos os tempos para a Embraer
Farnborough pode ser “o melhor show de todos os tempos para a Embraer”, disse o CEO Francisco Gomes Neto. Os executivos da Embraer expressaram confiança porque veem uma demanda maior do que nunca pela família E2. Silva e Souza vê uma combinação de fatores: forte demanda de passageiros levando a um rápido crescimento; restrições de produção na Airbus e na Boeing que fazem com que os clientes busquem transporte alternativo; e cada vez mais companhias aéreas estão acordando para a ideia de adicionar um modelo menor e estreito às suas frotas, já que tendem a se concentrar nas versões maiores das famílias Airbus A320neo ou Boeing 737 MAX.

Economia do E2
A economia E2 também está a tornar-se um argumento cada vez mais importante. O diretor-gerente da KLM Cityhopper, Maarten Koopmans, disse em uma coletiva de imprensa pré-Farnborough da Embraer que os E2 da companhia aérea usam cerca de 30% menos combustível por assento do que os E1.

Os pedidos garantidos este ano incluem 90 E175-E1 para a American Airlines e 20 E190/E195-E2 para a Mexicana.

Silva e Souza lembrou que a fragilidade observada no mercado norte-americano em decorrência da escassez de pilotos acabou. “A American foi muito importante para marcar o retorno do mercado regional nos EUA”, disse. A Embraer também está conversando com outras companhias aéreas dos EUA. A escassez de pilotos foi “mais ou menos resolvida” pelas companhias aéreas, acredita ele.

Onda significativa de substituições nos EUA
A Embraer também espera uma onda significativa de substituições iminente no mercado dos EUA. Mais de 300 aeronaves de 76 lugares serão aposentadas pelas regionais dos EUA até 2030, levando a uma demanda de substituição de cerca de 40 aeronaves por ano somente para esse mercado. A Embraer planeja entregar entre 72 e 80 aeronaves comerciais em 2024, contra 64 em 2023.

Gomes Neto disse que a empresa tem como meta cerca de 100 entregas em 2026 e pode ver um aumento adicional da produção para cerca de 130 nos anos seguintes, principalmente à medida que a procura pelo E2 cresce.

Entregas podem aumentar 30%
Por enquanto, o crescimento da produção é prejudicado pelos problemas do motor turbofan (GTF) com engrenagens da Pratt & Whitney. “As entregas são restritas pelo número de motores – gostaríamos de entregar mais”, disse Silva e Souza. Mas ressaltou que “estamos crescendo mais rápido que os concorrentes” e as entregas podem aumentar 30% este ano. Ele esperava que os problemas do GTF fossem amplamente superados, mesmo para operações intensas e severas, até 2026.

Enquanto isso, a Embraer embarcou em um projeto para introduzir um fluxo de produção e entrega mais uniforme. “Queremos melhorar a linearidade da produção e das entregas”, disse Gomes Neto. Isto é para evitar picos de carga de trabalho no final de cada trimestre e no final do ano para cumprir as metas de produção.

“Decidimos fazer algo diferente”, disse Gomes Neto. “É uma questão cultural. Não é correto entregar apenas no final do trimestre”, afirmou, pois torna o processo produtivo menos eficiente e gera mais horas extras, aumentando assim os custos. Para chegar a um fluxo mais uniforme, a Embraer está desenvolvendo planos de produção semanais mais detalhados, em vez de mensais, tentando garantir que “as peças certas estejam disponíveis no momento certo” e que os problemas de qualidade sejam reduzidos.

Gomes Neto disse que os primeiros resultados deverão ser visíveis já este ano, mas o efeito real deverá ser sentido a partir de 2025.

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Embraer planeja anunciar atualizações para aeronaves da família E175 e E2 no Farnborough Airshow

*Simple Flying, por Lucas Souza - 21/06/2024

A Embraer apresentará algumas atualizações em seus E-Jets comerciais no Farnborough International Airshow no próximo mês. Essas atualizações incluem custos de manutenção mais baixos, atualizações de cabine e muito mais.

Melhorando seus produtos

A fabricante brasileira de aeronaves Embraer solidificou sua posição como líder nos mercados de aeronaves regionais e de pequeno porte. Seus E-Jets de primeira geração são as aeronaves regionais mais populares em todo o mundo e extremamente cruciais para a aviação americana, e sua segunda geração invadiu vários mercados e teve um bom desempenho. Como acontece com qualquer fabricante, a Embraer está sempre buscando melhorar seu produto, fluxo de trabalho e desempenho geral, e traz algumas atualizações que serão compartilhadas no próximo mês.

No Farnborough International Airshow, na Inglaterra, no próximo mês, a Embraer revelará diversas atualizações dos E-Jets, conforme noticiado pela Aviation Week . No início desta semana, a Embraer organizou seus media days e convidou a imprensa de todo o mundo para visitar suas instalações no Brasil. Enquanto estava lá, o fabricante deu uma prévia de como serão algumas dessas atualizações. Através de sua pesquisa, a Embraer determinou que custos de manutenção mais baixos estão disponíveis para seus jatos E2. Além disso, possui números para melhor consumo de combustível e revelará atualizações de cabine.

O diretor administrativo da KLM Cityhopper, Maarten Koopmans, disse à imprensa que a companhia aérea viu uma redução de 30% no consumo de combustível por assento com seus E195-E2. A companhia aérea tem atualmente 18 E2s e outros oito encomendados.

Por causa de uma cláusula de escopo nos Estados Unidos, a Embraer optou por não desenvolver o E175 de segunda geração. Apesar disso, as companhias aéreas continuam comprando aviões de primeira geração, como a American Airlines, que encomendou 90 no início deste ano. Na esperança de manter a aeronave no mercado e continuar competitiva, a Embraer anunciará novas opções de conectividade, melhores aviônicos e mudanças no interior da cabine.

Notícias recentes da Embraer

No início desta semana, a Embraer revelou que sua carteira de pedidos atingiu mais de US$ 20 bilhões, o maior em sete anos. Isso inclui seus pedidos de aeronaves privadas e comerciais. Isso foi impulsionado principalmente pelo pedido da American Airlines e pelo recente pedido da Mexicana de Aviacion de 20 jatos E2.

Embora as entregas do fabricante tenham aumentado no primeiro trimestre do ano, problemas com os motores GTF da Pratt & Whitney dificultaram o processo. A Embraer gostaria de entregar mais E-Jets, mas não conseguiu. Durante o primeiro trimestre, apenas sete aeronaves comerciais foram entregues, em comparação com 18 no lado executivo.

Embraer espera alta demanda no Farnborough Airshow
Liderando o Farnborough Airshow, a Embraer espera alta demanda. Impulsionados pelos recentes problemas da Boeing e pelas longas esperas pelas aeronaves Boeing e Airbus, os aviões da Embraer surgiram como opções econômicas. Além disso, sua carteira de pedidos é menor e a Embraer pode entregar aviões mais cedo.

Durante seus dias de mídia, a Embraer desmentiu os rumores de que estava trabalhando em uma aeronave de fuselagem estreita maior para rivalizar com outros fabricantes. O CEO Francisco Gomes Neto disse:

“Estamos sempre estudando oportunidades de novos produtos, não só na área comercial, mas também em todas as demais unidades de negócios. Podemos fabricar produtos diferentes, mas neste momento não temos planos concretos para fabricar um avião maior.”

Neto acrescentou que a Embraer espera atingir uma receita anual de 10 mil milhões de dólares até ao final da década, o que a colocaria em posição de considerar novas linhas de produtos.

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