Lançamento de um míssil antiaéreo indiano Akash SAM |
*LRCA Defense Consulting - 29/06/2024
Em boa hora, o Brasil começa a concretizar ações no sentido de adquirir um sistema de Artilharia Antiaérea de média/grande altura.
Por meio da Portaria - EME/C Ex nº 1338, de 21 de junho deste ano, foi aprovada a a Diretriz de Iniciação do Projeto Sistema de Artilharia Antiaérea de Média Altura/Grande Altura e constituída a equipe para a elaboração do Estudo de Viabilidade do Projeto (EV).
O EV deverá ser apresentado ao Chefe do Estado-Maior do Exército no prazo de até 90 dias após a data de entrada em vigor da Portaria, ou seja, até 21 de setembro, podendo ser prorrogado por mais 30 dias.
Uma situação preocupante
Conforme já escrito por esta Consultoria
em matérias anteriores, a situação do
Brasil é, em termos de Artilharia Antiaérea, para dizer o
mínimo, muito preocupante, pois as Forças Armadas nacionais não possuem
nenhuma
arma terrestre ou naval que possa fazer frente a ameaças aéreas que
operem em média altura (entre 3.000 e 15.000 metros) ou mais, o que
significa que todo o trabalho teria que ser feito pelos caças Gripen e
F5. Apenas como ilustração relativa à América do Sul, os caças Sukhoi 30, F16 e IAI Kfir, existentes em Forças Aéreas de países do nosso continente, têm teto de emprego superior a
15.000 metros.
Embraer C-390 X Akash SAM
Assim, o início dos estudos do Projeto ora descrito e a informação divulgada neste ano pelo Comandante do Exército
Brasileiro, de que Índia e Brasil estão considerando um acordo governo a
governo na modalidade quid pro quo (expressão latina que
significa "tomar uma coisa por outra"),
onde a Índia compraria a aeronave multimissão Embraer C-390 Millennium
em troca de o Brasil adquirir algumas baterias do sistema de mísseis
antiaéreos Akash SAM, assume uma importância estratégica para o País,
pelo menos enquanto a indústria brasileira de defesa não tiver condições
de desenvolver uma arma similar.
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