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29 junho, 2024

Brasil começa a concretizar ações para dispor de um Sistema de Artilharia Antiaérea de Média/Grande Altura

Lançamento de um míssil antiaéreo indiano Akash SAM

*LRCA Defense Consulting - 29/06/2024

Em boa hora, o Brasil começa a concretizar ações no sentido de adquirir um sistema de Artilharia Antiaérea de média/grande altura.

Por meio da Portaria - EME/C Ex nº 1338, de 21 de junho deste ano, foi aprovada a a Diretriz de Iniciação do Projeto Sistema de Artilharia Antiaérea de Média Altura/Grande Altura e constituída a equipe para a elaboração do Estudo de Viabilidade do Projeto (EV).  

O EV deverá ser apresentado ao Chefe do Estado-Maior do Exército no prazo de até 90 dias após a data de entrada em vigor da Portaria, ou seja, até 21 de setembro, podendo ser prorrogado por mais 30 dias.

Uma situação preocupante
Conforme já escrito por esta Consultoria em matérias anteriores, a situação do Brasil é, em termos de Artilharia Antiaérea, para dizer o mínimo, muito preocupante, pois as Forças Armadas nacionais não possuem nenhuma arma terrestre ou naval que possa fazer frente a ameaças aéreas que operem em média altura (entre 3.000 e 15.000 metros) ou mais, o que significa que todo o trabalho teria que ser feito pelos caças Gripen e F5. Apenas como ilustração relativa à América do Sul, os caças Sukhoi 30, F16 e IAI Kfir, existentes em Forças Aéreas de países do nosso continente, têm teto de emprego superior a 15.000 metros. 

Embraer C-390 X Akash SAM
Assim, o início dos estudos do Projeto ora descrito e a informação divulgada neste ano pelo Comandante do Exército Brasileiro, de que Índia e Brasil estão considerando um acordo governo a governo na modalidade quid pro quo (expressão latina que significa "tomar uma coisa por outra"), onde a Índia compraria a aeronave multimissão Embraer C-390 Millennium em troca de o Brasil adquirir algumas baterias do sistema de mísseis antiaéreos Akash SAM, assume uma importância estratégica para o País, pelo menos enquanto a indústria brasileira de defesa não tiver condições de desenvolver uma arma similar.

 

Autorização inédita da ANAC permite voo noturno do drone Nauru 500C ISR

Projeto apresentado pela Xmobots é o primeiro no Brasil a conseguir liberação de agência reguladora para operação de até 60km de distância no período da noite


*LRCA Defense Consulting - 29/06/2024

A quebra de barreira amplia as opções no desenvolvimento de sistemas de aeronaves remotamente pilotadas da companhia. “Mais uma vez, estamos à frente dessa certificação, sendo a primeira empresa a obter a aprovação para esse projeto. Isso mostra o nosso compromisso com o mercado e em estar sempre atualizado com relação às principais tecnologias existentes. Continuaremos a expandir o escopo operacional das nossas tecnologias para missões cada vez mais importantes”, ressaltou o fundador e CEO, Giovani Amianti.

Como consequência imediata da certificação, os clientes da área de Defesa e Segurança Pública e Privada poderão executar missões de maneira mais eficiente na detecção de atos ilícitos e no monitoramento de ativos no período noturno, um momento considerado crítico. No que se diz respeito ao agronegócio, a certificação permitirá o acompanhamento de incêndios florestais em tempo real, o que representa um marco para o setor, além de outras aplicações.

Dentre os critérios exigidos pela ANAC estão:  apresentar o desempenho adequado do sistema de luzes, navegação e anticolisão em diferentes situações de voo, que incluem emergências ou medidas de segurança em possíveis casos de falha.

A ficha técnica do documento oficial da Agência Nacional de Avião Civil diz que o drone Nauru 500C ISR “atende aos requisitos do Regulamento Aeronáutico Especial Brasileiro”.

Desde 2022, essa aeronave já possui autorização de projeto junto à agência para voos acima de 400ft AGL e BVLOS até 60 Km, porém, para essa nova autorização com expansão do envelope operacional era necessária uma atualização. “Fizemos uma modificação no projeto já autorizado na ANAC, o que gerou uma atualização na “Design Authorization Data Sheet” (DADS), permitindo voos noturnos a partir da adição do sistema de luzes de navegação. Agora, para cada número de série que passar pela modificação, será emitido um novo Certificado de Aeronavegabilidade Especial de RPA (CAER), que representa a conformidade com a nova configuração do projeto autorizado”, explicou o Especialista de Certificação de Produto da Xmobots, Décio Gomes Palhas Jr.

“A ANAC é considerada hoje uma das principais agências de certificação aeronáutica do mundo. Temos uma relação muito boa no sentido de evoluir o mercado brasileiro de drones”, enfatizou Amianti.

Para aprovação dos voos noturnos, o drone passou por diversos testes. Os ensaios simularam condições reais para a operação. O objetivo foi manter a visibilidade do equipamento em condições BVLOS (Beyond Visual Line-Of-Sight), acima de 400ft AGL.

“O principal requisito trabalhado foi a adequação do sistema de navegação ao manter o piloto com a consciência situacional adequada para a operação em ambiente noturno, além de ensaios relacionados à visibilidade do equipamento, tanto envolvendo a perceptibilidade entre piloto remoto e o drone, como também avaliações no sentido de eventual transgressão de um espaço aéreo segregado por uma aeronave tripulada”, reforçou Décio Gomes Palhas Jr.

Drone Nauru 500C ISR
Com sua primeira versão lançada em 2012, o Nauru possui uma trajetória de recordes e superações. Entre tantos “primeiros lugares” que ele coleciona, estão o de primeiro RPA (Remotely Pilot Aircraft) a sobrevoar a Amazônia, o primeiro drone com tecnologia brasileira a receber um CAVE (Certificado de Autorização de Voo Experimental) da ANAC, e o primeiro drone VTOL (Vertical Take-Off and Landing) desenvolvido no Brasil.

Desenvolvido para operações BVLOS (Beyond Visual Line of Sight) acima de 400ft, o Nauru possui uma autonomia de 4 horas de voo em sua versão híbrida (combustível + bateria) e 2 horas de voo em sua versão 100% elétrica. Sua alta capacidade de payload possibilita embarcar um completo sistema ISR (Intelligence, Surveillance and Reconnaissance), sendo uma poderosa ferramenta em missões voltadas à segurança e defesa.

Embraer e XMobots
No dia 20 de setembro de 2022, a Embraer anunciou a assinatura de acordo de investimento para participação minoritária na XMobots, empresa localizada em São Carlos (SP), classificada como a maior companhia de drones da América Latina e fabricante do Nauru 1000C, o RPAS CAT 2 (Remotely Piloted Aircraft System) selecionado pelo Exército Brasileiro para missões ISTAR (Inteligência, Vigilância, Aquisição de Alvos e Reconhecimento), pesando 150kg.

Drone Nauru 1000C: selecionado pelo Exército Brasileiro para missões de Inteligência, Vigilância, Aquisição de Alvos e Reconhecimento

O negócio tem os objetivos de acelerar o futuro do mercado de drones autônomos de médio e grande porte, explorar conjuntamente novos nichos de mercado e ampliar a rede de colaboração em pesquisa de novas tecnologias que tenham sinergias com as áreas de desenvolvimento tecnológico, unidades de negócio e inovação da Embraer, bem como da Embraer-X. Além disso, a Embraer poderá abrir as portas do mercado internacional para a XMobots por meio de sua imensa e capilarizada rede mundial de clientes, escritórios, manutenção e parceiros.

No final de janeiro deste ano, a imprensa noticiou um novo aporte da Embraer na XMobots. Embora não tenha sido divulgado o valor ou o percentual da participação adquirida, é lícito acreditar que tenha sido substancial, haja vista que dificilmente esta última teria condições para bancar sozinha um investimento da amplitude que está fazendo, praticamente dobrando o quadro de funcionários.

Considerando as parcerias estratégicas que a 3ª maior fabricante mundial de aeronaves tem com Saab, BAE Systems, Thales, L3 Harris e com outras gigantes mundiais do Setor de Defesa, além de sua inequívoca expertise em aeronaves de todo o tipo e, no segmento de eVTOL, em conjunto com sua spin-off  Eve Air Mobility, também é bastante provável admitir que a gigante brasileira do setor aéreo possa estar com intenção de ingressar com força no cobiçado, enorme e bilionário mercado internacional de drones militares e civis.

Sobre a Xmobots
Presente no mercado desde 2007, a XMobots é a principal empresa de drones da América Latina, classificada recentemente como a 6ª maior empresa de drones do mundo.

A XMobots é especializada no desenvolvimento e fabricação de drones VTOL de alto desempenho e de tecnologias correlatas, como sensores multiespectrais, sensores optrônicos giroestabilizados, softwares de análise de dados baseados em Inteligência Artificial, plataforma provedora de serviços com drones, entre outras.

Com mais de 400 funcionários atualmente, entre os quais mais de 60 engenheiros na pesquisa e desenvolvimento (este número deve ser hoje superior), a empresa fechou uma grande parceria de investimento com a Embraer e está desenvolvendo um inédito plano de ampliação em seu quadro de pessoal, esperando fechar o ano de 2023 com quase 1.000 colaboradores, tendo um impacto relevante na economia local, principalmente por se tratar de empregos de alto valor agregado.

É uma empresa de tecnologia robótica, que verticaliza o desenvolvimento de veículos, hardware, software e inteligência artificial, com um ecossistema de soluções integradas que garante maior eficácia em processos produtivos de segmentos vitais para a humanidade, como Agro, Geo, Ambiental, Mobilidade Urbana e Defesa e Segurança. Isso proporciona uma redução nos custos operacionais e aumento na produtividade sem prescindir da acurácia e qualidade.

As atividades da XMobots abrangem 100% do território nacional e países da América Latina e África.

Nova fábrica de armas 100% brasileira apresentará o fuzil de precisão BRV-01 Pro Competition na SHOT FAIR BRASIL


*LRCA Defense Consulting - 29/06/2024

Na SHOT FAIR BRASIL - maior evento de Tiro Esportivo, Mundo Tático, Outdoor e Caça da América Latina, que será realizado no Distrito Anhembi, em São Paulo/SP, entre os dias 0 e 06 de julho, estará sendo lançada oficialmente uma nova fábrica de armas 100% brasileira: a BRV Defense, nome fantasia da BRV Ammunition Ltda (aberta em 20/01/2023), localizada no Córrego Serra dos Coelhos S/N Anexo B Área Rural, na cidade de Mantena em Minas Gerais.

Sua arma de lançamento, e única até o momento, é o fuzil de precisão BRV-01 Pro Competition, compartimentada nos calibres 7,62 x 51mm e .308, oferecendo canos de 16, 20, 24 e 28 polegadas.

De acordo com as informações até agora disponibilizadas, trata-se de uma arma e robusta e precisa que se destina a atiradores de precisão (snipers) das forças armadas e de segurança, bem como aos praticantes do Tiro Esportivo e da Caça, com um valor de mercado coerente com sua alta qualidade, mas ainda inferior aos produtos similares importados.




28 junho, 2024

Aprovação do financiamento pré-embarque beneficia empresas exportadoras da Base Industrial de Defesa e Segurança


*LRCA Defense Consulting - 28/06/2024

Em reunião ordinária realizada nesta quarta-feira (26/6), o Conselho Monetário Nacional (CMN) alterou a Resolução CMN nº 4.897/2021, que regulamenta as regras aplicáveis às operações de equalização de taxas de juros e de financiamento das exportações brasileiras do Programa de Financiamento às Exportações (Proex), para permitir o financiamento pré-embarque das exportações brasileiras.

Atualmente, o financiamento ocorre na fase pós-embarque, ou seja, a prévia comprovação do embarque das mercadorias ou do faturamento dos serviços é uma das condições para o desembolso dos recursos aos exportadores.

Com a nova medida, será possível que o desembolso ocorra com antecedência de até 180 dias em relação à exportação, que deverá ser comprovada em até 15 dias da data prevista no cronograma aprovado. Nesse caso, o financiamento se iniciará no momento do desembolso, e não no da exportação.

A instituição desse tipo de financiamento é um importante instrumento para empresas com acesso restrito a outras fontes nessa fase pré-embarque. Não são enquadráveis na nova modalidade as exportações já cobertas por outros financiamentos na fase pós-embarque ou pré-embarque, tampouco adiantamentos recebidos pelo exportador.

Além disso, quando não houver comprovação de que a exportação ocorreu até a data prevista, quando os bens ou serviços exportados não forem fabricados ou prestados pelo exportador, ou quando o exportador não apresentar os documentos exigidos, ou falseá-los, deverá reembolsar os valores corrigidos à União. Caso a descaracterização das operações seja superior a 15% de seu montante total, o exportador ficará impedido de contratar com o Proex por cinco anos.

A instituição do financiamento pré-embarque não traz aumento de despesa para o Tesouro Nacional, pois está limitada aos valores já previstos ao orçamento já previsto no Orçamento Geral da União para a modalidade do Proex Financiamento.

O Proex, regido pela Lei nº 10.184/2001, tem como finalidade apoiar as exportações brasileiras de bens e serviços por meio da promoção de financiamento em condições equivalentes às praticadas no mercado internacional.

Após essa aprovação, em breve o Banco do Brasil passará a realizar estas operações tão importantes para a a BIDS - Base Industrial de Defesa e Segurança brasileira.

Segundo postou em uma mídia social a ABIMDE, "A última semana do mês de junho trouxe uma grande notícia para a indústria nacional".

Embraer C-390 da FAB será empregado no combate aos incêndios no Pantanal


*Comunicação Governo do Mato Grosso do Sul, por Alexandre Gonzaga - 28/06/2024

A aeronave brasileira KC-390 Millennium, considerado o cargueiro mais rápido e moderno do mundo, será empregada no combate a incêndios no Pantanal. O avião chegou hoje (28) em Corumbá vindo da base aérea de Anápolis (GO), com 19 tripulantes da Força Aérea Brasileira (FAB), e mais 13 militares.

O secretário de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, afirmou que o emprego do KC-390 no combate ao fogo é essencial neste momento.

"Muito importante e imprescindível este apoio aéreo, porque vamos conseguir fazer lançamento em grande quantidade de água em áreas de difícil acesso. Nós temos alguns focos de incêndios hoje que é impossível chegar com os brigadistas e bombeiros militares", comemora.

Fotos: FAB

Fotos: Bruno Chaves  

O KC-390 tem capacidade de lançar 12 mil litros de água a cada passagem, equivalente a quatro aviões do modelo air tractor. Recentemente, a aeronave brasileira foi empregada em incêndios florestais na Colômbia. O cargueiro brasileiro possui um sistema modular aerotransportável de combate a incêndios (MAFFS II, sigla em inglês para Modular Airborne Fire Fighting System).

O equipamento projeta a água pela porta lateral na fuselagem, permitindo manter o interior da aeronave pressurizada, ou seja, sem comprometer sua performance. Entre as principais características do sistema MAFFS II, estão o baixo custo de manutenção, rápida configuração e flexibilidade multimissão, podendo ser utilizado no combate a incêndios, derramamento de produtos químicos, contaminação nuclear, radiológica e biológica, entre outros.

27 junho, 2024

Taurus e Colt CZ se aproximam e podem formar uma parceria estratégica impactante


*LRCA Defense Consulting - 26/06/2024

No dia 26 de junho, o CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs, visitou a COLT CZ em West Hartford - EUA, e foi recebido por Dennis Velleux, CEO da Colt CZ Group North America.

Acompanhados de suas equipes de engenharia de produtos, processos e logística, discutiram sobre as sinergias e estratégias para ambas as companhias, buscando o fortalecimento das marcas Colt CZ e Taurus, a curto, médio e longo prazo.

Este encontro foi uma retribuição à visita da Colt CZ realizada à Taurus no Brasil, em abril deste ano. 


CBC, controladora da Taurus, passou a deter 27,71% do Grupo Colt CZ Group SE

A fabricante de armas tcheca Colt CZ Group SE (Colt CZ) anunciou que fechou, em meados de maio, a aquisição do produtor de munição Sellier & Bellot da CBC Europe Sa rl (CBC) por uma combinação de contraprestação em dinheiro de US$ 350 milhões e uma nova emissão de ações ordinárias da Colt CZ. O preço total de aquisição é de US$ 703 milhões, excluindo a dívida líquida da Sellier & Bellot. A Colt CZ anunciou a aquisição em dezembro passado, após a qual aguardava a aprovação das autoridades reguladoras de vários países.

A multinacional brasileira CBC Global Ammunition, controladora da Taurus Armas S.A., tornou-se acionista da Colt com uma participação de aproximadamente 27,71%. Um representante da CBC assumirá um lugar no conselho de supervisão da Colt CZ.

“A conclusão da aquisição da Sellier & Bellot fortalece significativamente a posição do nosso Grupo no segmento de munições de pequeno calibre e é uma extensão natural do nosso escopo para além da produção de armas ligeiras”, disse o presidente do conselho da Colt CZ, Jan Drahota.

CBC, Taurus Armas e Colt CZ: uma parceria estratégica
Com a venda da Sellier & Bellot, além de receber US$ 350 milhões para reforçar seu caixa, a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) adquiriu uma participação acionária de 27,71% no Grupo Colt CZ, que está presente na República Checa, Estados Unidos, Canadá, Suécia, Suíça e Hungria.

Após ter adquirido a Taurus Armas S.A. em 2015, o fato marca o segundo ingresso indireto da gigante brasileira de munições no segmento mundial de armas leves (pistolas, submetralhadoras, carabinas e fuzis), onde a Colt e a CZ têm grande expertise e tradição, especialmente a primeira.

"Colaboração estratégica impactante"
A importância do negócio pode ser aquilatada pelas palavras de Marco Fabio Mazzaro, CEO da CBC Brasil e CFO (diretor financeiro) da CBC Global Ammunition, “A contribuição bem-sucedida de uma das principais empresas do CBC Global Ammunition Group para o Colt CZ Group, em troca de uma participação acionária significativa, marca o ponto de partida de uma colaboração estratégica impactante. Estamos convencidos da visão de longo prazo da administração da Colt CZ e acreditamos que a transação levará à criação de valor notável entre os segmentos de munições e armas de fogo”.

Porta de entrada da Taurus no mercado americano de Law Enforcement

Como a Taurus Armas S.A. é controlada pela CBC, é admissível que, por meio dessa participação triangular, a líder mundial em vendas de armas leves tenha sua porta de entrada no mercado americano de Law Enforcement, haja vista que o Grupo Colt CZ, pela participação histórica nesse mercado, seria um parceiro de primeiríssima linha, marcando uma inédita e estratégica cooperação entre as três grandes empresas, tanto para o Law Enforcement americano como para outras licitações internacionais.

A visita da Colt CZ à Taurus em abril e a retribuição agora, é marcante e significativa, especialmente pela presença "de suas equipes de engenharia de produtos, processos e logística" e pela discussão "sobre as sinergias e estratégias para ambas as companhias, buscando o fortalecimento das marcas Colt CZ e Taurus, a curto, médio e longo prazo".

Neste cenário, é lícito esperar que haja uma reconfiguração de forças entre as principais fabricantes mundiais de armamento leve, especialmente nos Estados Unidos - maior mercado mundial, com a parceria Taurus & Colt CZ assumindo um novo e importante patamar entre seus pares, além de deixar a multinacional brasileira maior vendedora mundial de armamento leve muito próxima de ingressar no cobiçado mercado americano de Law Enforcement junto a um parceiro poderoso.

26 junho, 2024

CEO da Embraer confirma que empresa está “em negociações” para novos pedidos de E175

A equipe de Aviação Comercial da Embraer disse que espera um grande Farnborough Air Show e que a demanda por seus E-Jets está de volta e mais forte do que nunca – especialmente pelo E175


*LARA News, por Lucy Powell - 26/06/2024

Durante apresentação no Media Day, em São José dos Campos, no dia 19 de junho, o vice-presidente de Aeronaves Comerciais da Embraer, Rodrigo Silva de Souza, disse que o E175, do ponto de vista da demanda de passageiros, o fabricante está “totalmente recuperado”.

A demanda por esse tipo nos EUA aumentou no ano passado, após o pedido da American Airlines de 133 jatos Embraer em março de 2024, incluindo 90 E175, com direitos de compra para mais 43.

A Embraer prevê que até 2030, mais de 300 aeronaves de 76 lugares – cerca de 40 aeronaves por ano – serão aposentadas nos EUA. Sendo o único jato regional de 70 lugares ainda em produção que atende à rigorosa cláusula de escopo dos EUA, esta previsão certamente abrirá um mercado lucrativo para o fabricante aproveitar. 

Em negociações
O CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, confirmou que já estão “em negociações” com os clientes para novos pedidos.

“Vemos outras companhias aéreas [nos EUA] também procurando por mais aeronaves, acrescentando mais E175, daqui para frente. Então foi muito importante que a American marcasse e dissesse que há um retorno do mercado regional aqui nos EUA”, acrescentou de Souza.

Um E175-E1 renovado; nenhum sinal de uma variante E2
Questões sobre a possibilidade de uma variante E175-E2 foram levantadas ao CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, que minimizou a possibilidade de quaisquer alterações feitas no jato regional.

“Gostaríamos de poder reformulá-lo”, disse ele aos repórteres reunidos, “mas vimos o mercado e não vemos esta mudança no curto e médio prazo; esta é uma discussão entre as principais linhas dos EUA e a Associação de Pilotos.”

No entanto, Gomes Neto não destruiu totalmente o sonho de ver um E175-E2 nos céus. “Por outro lado, estamos vendendo E175-E1, estamos vendo a demanda aumentar. Então estamos aproveitando a situação e temos esse projeto em mente, caso vejamos possíveis sinais de mudança da cláusula de escopo.”

Ainda assim, o interesse na versão E175-E1 continua. Antes do Farnborough Air Show, de Souza deu a entender no que a fabricante de aviões está trabalhando para tornar o E175 um produto mais atraente e de longo prazo para as companhias aéreas regionais dos EUA, incluindo melhorar os interiores do jato, adicionar mais opções de conectividade e mais funcionalidades aviônicas.

“Para atingir o nível de conectividade que o mercado dos EUA exige, o E175 é fundamental”, explicou. “Vemos [o E175] como uma plataforma fundamental para a aviação comercial e queremos mantê-lo competitivo no mercado”, elaborou Souza.

Segundo a Embraer, desde que o E175 entrou no mercado, ele melhorou o consumo de combustível em 6,4% e atualmente atende cerca de 224 cidades nos EUA – operando para aproximadamente 5x mais cidades por aeronave do que os aviões de fuselagem estreita.

Embraer entrega segundo KC-390 Millennium para a Força Aérea Portuguesa

 

*LRCA Defense Consulting - 26/06/2024

A Embraer entregou hoje a segunda aeronave multimissão KC-390 para a Força Aérea Portuguesa (FAP). A plataforma conta com equipamentos que atendem ao padrão da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) já integrados à aeronave e está em conformidade com os requisitos estabelecidos pela Autoridade Aeronáutica Nacional (AAN) de Portugal. Em 2019, a FAP encomendou cinco KC-390, incluindo um pacote abrangente de serviços e suporte e um simulador de voo. A primeira aeronave entrou em serviço em outubro de 2023 na Base Aérea de Beja.

“A segunda entrega do KC-390 Millennium para a Força Aérea Portuguesa é mais um passo importante no processo de internacionalização da nossa aeronave, que está aumentando seu reconhecimento no mercado, particularmente entre as nações da OTAN. A Força Aérea Portuguesa é um parceiro de longo prazo da Embraer e tem nos apoiado estrategicamente desde o início do programa. Continuaremos trabalhando em conjunto para avançarmos em nossa parceria nos próximos anos”, diz Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.

“Com a entrega desta segunda aeronave, vamos acelerar a integração desta capacidade diferenciada na Força Aérea Portuguesa, possibilitando o desenvolvimento de missões operacionais e a preparação de mais tripulantes e técnicos de manutenção para o futuro que se aproxima. Já alcançamos resultados com a primeira unidade, e veremos os KC-390 portugueses voando por todo o mundo com a chegada da segunda aeronave, que seguirá comprovando sua capacidade, versatilidade e disponibilidade, além de proporcionar valor agregado de missão para Portugal, seus parceiros e para suas alianças”, diz o General João Cartaxo Alves, Chefe do Estado-Maior da Força Aérea Portuguesa.

Desde a entrada em operação na Força Aérea Brasileira, em 2019, e na Força Aérea Portuguesa, em 2023, o C-390 comprovou sua capacidade, confiabilidade e desempenho. A atual frota de aeronaves em operação acumula mais de 13.000 horas de voo, com disponibilidade operacional em torno de 80% e taxas de conclusão de missão acima de 99%, demonstrando excepcional produtividade na categoria.

O C-390 pode transportar mais carga útil (26 toneladas) em comparação com outras aeronaves de transporte militar de médio porte e voa mais rápido (470 nós) e mais longe, sendo capaz de realizar uma ampla gama de missões, como transporte e lançamento de cargas e tropas, evacuação aeromédica, busca e salvamento, combate a incêndios e missões humanitárias, operando em pistas não pavimentadas, em superfícies como terra compactada e cascalho. A aeronave configurada para reabastecimento aéreo, com a designação KC-390, já comprovou sua capacidade tanto como tanque quanto como receptor, neste caso recebendo combustível de outro KC-390 utilizando cápsulas (pods) instalados sob as asas. 

Comando de Fronteira Roraima exercita sua Força de Prontidão


*LRCA Defense Consulting - 26/06/2024

Na semana de 17 a 21 de junho, o Comando de Fronteira Roraima / 7º Batalhão de Infantaria de Selva (7º BIS), sediado em Boa Vista (RR), realizou um exercício de preparação da Força de Prontidão (FORPRON) da 1ª Brigada de Infantaria de Selva (1ª Bda Inf Sl).

O ciclo de certificação de uma FORPRON é dividido em 3 fases: Preparação, Certificação e Prontidão.

Ao final deste processo, a tropa do C Fron Roraima / 7º BIS, integrante da FORPRON da 1ª Bda Inf Sl, estará apta a ser empregada nas hipóteses de emprego que privilegiam a atuação preponderante da Força Terrestre em ações voltadas para a Defesa Externa. 

Após o o Exército Brasileiro tem movimentado equipamentos - entre eles mísseis e blindados - e modernizado e ampliado instalações militares, como a aceleração da ativação do 18º Regimento de Cavalaria Mecanizado em Boa Vista, é fundamental que a tropa brasileira esteja pronta para repelir qualquer iniciativa de estrangeiros que ousem ultrapassar nossas fronteiras.







25 junho, 2024

Min. da Defesa de Portugal afirma que o Embraer Super Tucano tem "intenções de compra de países NATO e não NATO”

 

*LRCA Defense Consulting - 25/06/2024

Na sua primeira audição regimental na Assembleia da República, ocorrida hoje (25), o ministro da Defesa Nacional de Portugal, Nuno Melo, comentou, entre outros assuntos, sobre o Embraer Super Tucano. A matéria foi repercutida pelo portal português ECO, citando a Agência Lusa.

O ministro afirmou que o Governo está “a ultimar a concretização de uma aeronave à imagem do KC-390 que tem dado grande resultado, da base Embraer com tecnologia portuguesa incorporada”, a aeronave Super Tucano. 

Melo adiantou que, caso este investimento avance, “já há intenções de compra de países NATO e não NATO”, salientando que a aeronave tem características ideais para atuar na África, onde Portugal tem várias missões.

Embraer divulga vídeo sobre sua parceria com a Saab no C-390 Millennium


*LRCA Defense Consulting - 25/06/2024

A Embraer postou hoje (25), em uma mídia social, um belo e instigante vídeo sobre sua parceria com a Saab.

No texto que acompanha o vídeo, a gigante brasileira do setor aeroespacial enfatiza que ela e a Saab trabalham como parceiras desde 2014, quando o governo brasileiro assinou o contrato para fornecer à Força Aérea Brasileira 36 aeronaves Gripen, que incluíam não apenas a aeronave, mas também apoio logístico, sistemas de apoio, simuladores, treinamento e desenvolvimento.

O texto prossegue afirmando que, com o memorando de entendimento assinado em 2023, ambas as empresas reafirmaram sua colaboração, incluindo agora a promoção do C-390 Millennium como a solução preferida para atender aos requisitos de transporte aéreo tático da Força Aérea Sueca.

No final, a Embraer convida a assistir ao vídeo e saber mais sobre a sua mais moderna aeronave de transporte tático militar - o C-390 - e por que ela já foi selecionada por diversas Forças Aéreas ao redor do mundo.




WEG substitui equipamentos e impulsiona a eficiência energética em empresa de energia na França


*LRCA Defense Consulting - 25/06/2024

Cada vez mais as empresas buscam a redução de custos e das emissões de carbono através da melhoria da sua eficiência operacional. Foi nesse sentido que a WEG, em parceria com a Mi2V, empresa especializada em manutenção industrial, realizou a substituição de 13 motores assíncronos trifásicos e 13 inversores de frequência de baixa tensão em uma empresa de geração de energia na França. Esta iniciativa teve como objetivo principal reduzir significativamente as falhas dos motores e o consumo de energia de uma unidade de tratamento de ar, responsável pela climatização de um edifício industrial e pela pressurização de salas limpas, impedindo a entrada de ar impuro.

Os motores instalados, com cerca de 15 anos de uso, apresentavam falhas frequentes, o que exigia constantes intervenções de manutenção e resultava na interrupção das atividades das máquinas e da produção. Além disso, a eficiência energética desses motores era inferior à dos novos motores fornecidos pela WEG.

A WEG, em colaboração com Mi2V, entregou uma solução completa e sob medida para as necessidades do cliente:

Motores da linha W22: Linha robusta de motores trifásicos compatíveis com inversores de frequência, proporcionando economia de energia significativa.

Inversores de frequência da linha CFW11: projetados para uso industrial e capazes de suportar uma ampla variedade de aplicações devido à sua alta capacidade de sobrecarga, com instalação simplificada (Plug & Play) e interface homem-máquina (IHM) amigável.

Ao selecionar a WEG para modernizar os equipamentos, o cliente obteve diversos benefícios, como um ganho de eficiência energética entre 15% e 18%, além de maior produtividade e redução de custos com manutenção.

Independentemente das necessidades específicas de seus clientes, a WEG, em parceria com empresas qualificadas como a Mi2V, oferece uma solução completa (turnkey), demonstrando sua expertise e contribuição para a melhoria da eficiência energética nas empresas.

 

Brasil aprimora vigilância do espaço aéreo com dois radares GM200 MM/A da Thales

A Omnisys, subsidiária da Thales no Brasil, será responsável por todas as atividades locais de suporte e manutenção de radares


*LRCA Defense Consulting - 25/06/2024

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), por meio da Comissão de Implementação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), assinou contrato para aquisição de dois radares Ground Master Multi-Mission “All-in-One”, a fim de aprimorar a capacidade de vigilância aérea do Brasil.

Para proteger o espaço aéreo, a família de radares Ground Master 200 Multi-Mission cobre todo o espectro de ameaças, desde minidrones baixos até alvos mais rápidos e ágeis em distâncias mais longas, mantendo ao mesmo tempo uma mobilidade tática muito elevada e um tempo de implantação muito curto. Mais de 250 radares da família GM foram vendidos em todo o mundo.

Altamente tático e móvel, o GM200 MM/A permite uma consciência situacional superior para vigilância aérea, bem como operações de defesa aérea terrestre (GBAD) até Defesa Aérea de Médio Alcance (MRAD).

O GM200 MM/A implementa uma tecnologia exclusiva de feixe múltiplo de eixo duplo 4D AESA 1 que oferece precisão incomparável em um alcance mais longo. Seu tempo prolongado no alvo proporciona uma excelente detecção de alvos baixos, pequenos e lentos, como mini-drones.

O GM200 MM/A foi projetado para vigilância aérea multimissão moderna e missões GBAD, figurando entre os radares mais flexíveis do mercado atualmente - oferecendo aos operadores de radar consciência situacional superior instantânea. Apresentando 4DAESA de nova geração e tecnologia exclusiva de 'feixe múltiplo de eixo duplo', o radar oferece flexibilidade em elevação e direção. Este radar definido por software está pronto para futuras atualizações e expansão de capacidades para gerenciar o espectro em constante evolução de ameaças e doutrinas.

O GM200 MM/A cabe em um único pacote autônomo de 20 pés padrão ISO de menos de 10 toneladas com sistemas de elevação integrados, permitindo que o radar seja facilmente transportado por rodovia, trem, barco, helicóptero e aeronave tática em uma única rotação e estar rapidamente operacional, aumentando a capacidade de sobrevivência.

Implantada por duas pessoas em menos de 15 minutos, a antena opera sobre um mastro de 8 metros, com Unidade Geradora de Energia embarcada, sustentável por mais de 24 horas de operação, proporcionando total autonomia durante as missões. O radar permite a integração de capacidade de Comando e Controle Local dentro da cabine do radar para até dois operadores e suas posições de trabalho.

O contrato assinado com a FAB consolida a posição da Thales como líder no mercado de radares no Brasil. A Omnisys, subsidiária da Thales no Brasil, será responsável por todas as atividades locais de suporte e manutenção de radares, garantindo o alto padrão de disponibilidade solicitado por tais sistemas.

“Temos orgulho de servir a Força Aérea Brasileira e o DECEA, contribuindo para missões de vigilância aérea e soberania aérea de seu país com radares GM200 MM/A. Com uma longa presença neste país, presença local com a Omnisys e uma forte base instalada de mais de 100 radares de Controle de Tráfego Aéreo (ATC), este é um novo marco em nossa colaboração para apoiar nossos clientes na proteção do espaço aéreo. Nosso compromisso com a excelência, tecnologia de ponta e serviços locais premium reforça nossa dedicação em atender às necessidades de vigilância aérea da FAB. de hoje e do futuro”, comenta Eric Huber, vice-presidente de Surface Radars, Thales

“A aquisição e incorporação dos novos radares GM200 MM/A no 1º GCC (1º Grupo de Comunicações e Controle) contribuirá significativamente para o reforço da vigilância e segurança na navegação aérea, garantindo uma pronta resposta à defesa aérea do País. A mobilidade desses radares, aliada à capacidade de detectar as mais modernas ameaças, demonstra o compromisso da Força Aérea Brasileira com a soberania nacional”, acrescenta o Major Brigadeiro Alexandre Arthur Massena Javoski, Presidente da Comissão de Implementação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo – CISCEA.

Família Ground Master 200 Multi Mission
A família Ground Master 200 Multi Mission (GM200 MM) é a nova geração de radar terrestre de médio alcance da Thales, incluindo Thales 4D AESA e tecnologias multifeixe de eixo duplo. Ela se beneficia do histórico tecnológico Thales GM200 e NS100/200 e de muitos anos de experiência em campo em mais de 30 países.

O GM200 MM existe em duas versões móveis diferentes:

A versão “compacta” do Ground Master 200 Multi Mission (GM200 MM/C) é uma versão palete que oferece maior mobilidade tática e implantação mais rápida, bem como capacidades de missão específicas, como bateria de contador de artilharia e localização de armas. Também se adapta bem às operações GBAD (até MRAD de baixo nível**).

O Ground Master 200 Multi Mission “tudo em um” (GM200 MM/A) visa principalmente Vigilância Aérea, bem como operações GBAD (até MRAD de baixo nível, como seu irmão GM200 MM/C). Ele mantém o conhecido abrigo C2 integrado GM200 e facilita espaço para o mastro do radar ganhar elevação para vigilância aérea de baixo nível e 2 operadores a bordo.

Ambas as versões são fáceis de transportar, otimizadas para operações remotas centradas em rede e, em última análise, economizam tempo em planejamento, treinamento e operação.

Família 4D AESA

A arquitetura de antena escalável e atualizável da Thales é o núcleo da nova família de radares AESA 4D de médio e longo alcance da Thales (NS50, NS100/200, SM400, APAR, GM200 MM, SMART-L MM, Sea Fire e Ground Fire).

A tecnologia de radar 4D AESA totalmente digital e definida por software oferece capacidade de atualização durante todo o ciclo de vida para manter a capacidade operacional personalizada contra ameaças em evolução, incluindo desempenho aprimorado de rastreamento e classificação.
 

Presidente da Embraer anuncia que não abrirá mão do contrato da LOT


*money.pl, por Marcin Walków - 23/06/2024

A LOT quer encomendar 84 aviões regionais. A Airbus está esfregando as mãos porque finalmente entregaria aviões à Polônia. Mas os brasileiros não vão desistir.
- "Essa é uma ordem pela qual lutaremos", afirma à money.pl o presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto. Ele também fala sobre problemas com a produção de aeronaves e a fusão com a Boeing, que fracassou.

Marcin Walków, money.pl: A LOT quer encomendar 84 aviões regionais. É importante para a Embraer vencer a Airbus? Ou talvez seja apenas um dos muitos pedidos.

Francisco Gomes Neto, CEO da Embraer: Super importante. Este é um dos nossos objetivos estratégicos para continuar a cooperação a longo prazo com a LOT. Já utiliza uma grande frota de nossas aeronaves. Esta é uma ordem pela qual lutaremos porque acreditamos que a nova geração do E2 levará a LOT a um nível de eficiência ainda maior – tanto operacional como financeira.

Independentemente deste pedido, a LOT já decidiu adquirir três novas aeronaves E2-195. Ele pegará o primeiro em algumas semanas. Você considera isso um bom presságio?

Não diria que é um “augúrio”, mas sim um bom passo, porque ele terá a oportunidade de testar este avião em todos os aspectos. E para ver que tem um consumo de combustível significativamente menor que a geração anterior, é maior. Também recebe críticas muito boas dos passageiros porque não há assento do meio, os bagageiros são espaçosos e as janelas são maiores. Novos motores geram menos ruído.

A Airbus também elogia seu produto, falando em menor consumo de combustível, menor emissão de ruído, cabine espaçosa e conforto a bordo. Na sua opinião, o que determinará o vencedor - comparando argumentos "difíceis", números no papel ou talvez qual produtor seja melhor em sedução?
Acredito que nesta comparação direta de uma aeronave com outra, o E2 é muito melhor e mais econômico que seu concorrente. O A220 é maior, portanto é necessário ocupar mais assentos em cada voo para ser considerado uma vantagem competitiva. Para as companhias aéreas, a taxa de ocupação do avião é importante. Não haverá necessidade de vender assentos vagos mais baratos para preencher a cabine.

Além disso, a introdução de uma nova aeronave na frota traz muitas outras “novidades”. Novas qualificações que os pilotos e mecânicos de aeronaves devem obter, novas peças que devem ser fornecidas. Enquanto isso, dois dias e meio de treinamento são suficientes para que os pilotos que voam nas gerações anteriores da Embraer se transfiram para o E2-195. Muitos componentes também são comuns.

E não é tudo uma questão de preço no final das contas?
Não tanto o preço, mas sim os custos, mas a operação. O E2 é 9 toneladas mais leve que o A220 e, na aviação, cada quilograma e cada assento custam dinheiro. Todos. No final é o cliente quem irá comparar a qualidade, tendo em conta todos os aspectos, e faremos o possível para vencer. Porque acreditamos que o E2 é a melhor solução para a LOT e procuramos apresentá-lo da melhor forma possível na oferta que apresentamos.

Os aviões ainda precisam ser produzidos, enquanto a Airbus e a Boeing estão abertas sobre problemas com as cadeias de abastecimento. Qual é o problema da Embraer hoje?

No geral, a cadeia de abastecimento já está melhor do que nos últimos anos. Mas ainda temos fornecedores que lutam para entregar exatamente as peças que precisamos, quando precisamos delas. Acontece que recebemos as peças encomendadas, mas com atraso. E isso afeta a produção - exige ginástica para garantir o funcionamento contínuo da linha de montagem. Portanto, em 2024 e 2025 provavelmente poderíamos entregar mais aeronaves, mas isso nos limita. Contudo, esperamos que a partir de 2026 a situação se normalize.

Então, quão grandes são os atrasos na produção e entrega?
Ainda assim, não muito. Se acontecerem, nós os contamos em dias e semanas, não em meses.

A maior parte das entregas de aeronaves ocorre no final do trimestre, culminando no final do ano. Como isso afeta a empresa e suas finanças?

Temos um plano para entregar um certo número de aeronaves todas as semanas. E assim durante todo o ano. Porque desta forma conseguiremos “normalizar” o trabalho, não haverá necessidade de alterações adicionais nos momentos de pico, aumentaremos a eficiência e produtividade das linhas de produção. E também receberemos o dinheiro mais cedo.

Então, um “salário” menor a cada mês, em vez de um grande pagamento no final do trimestre ou ano?

Exatamente. Hoje gastamos dinheiro, gastamos, gastamos e só assim ganhamos dinheiro. É por isso que nosso fluxo de caixa é negativo no primeiro, segundo e terceiro trimestres, mas vê um verdadeiro boom no final do ano. Nosso programa de nivelamento de produção visa tornar o ano todo mais previsível.

Embraer, Boeing e Airbus produzem aviões, mas não motores. Sem estes, os aviões não voarão. E todo fabricante tem problemas com motores. Quão sério é o seu com os da Pratt & Whitney?

É verdade que não estamos imunes a problemas de motor, mas os aviões E2 os enfrentam em menor grau. E vou explicar o porquê. Em primeiro lugar, o nosso avião apareceu no mercado mais tarde, por isso já tinha uma configuração de motor mais madura. Muitas melhorias já foram feitas nesta época. Em segundo lugar, como disse, o nosso avião é 9 toneladas mais leve que o A220 e, no caso do A320, ainda mais. Portanto, necessita de menos empuxo dos mesmos motores, o que significa menos esforço durante a decolagem. Não temos os problemas que obrigam as companhias aéreas a parar as suas frotas para realizar inspeções aceleradas dos motores.

Quando você lê sobre o B737 MAX 9 que perdeu as portas em voo, e sobre outras irregularidades e polêmicas em relação à qualidade, você fica feliz porque nada aconteceu com a fusão da Embraer e da Boeing?
Bem, acho que na época essa colaboração estratégica fazia sentido. A Airbus anunciou que está assumindo o programa C-Series da Bombardier, e é por isso que decidimos seguir nessa direção. Boeing e Embraer teriam um portfólio mais amplo. Tudo mudou quando a Boeing mudou de ideia e então veio a pandemia. Estamos agora em uma posição forte com a E2 e estamos satisfeitos por termos consolidado a Embraer e focado em melhorar o desempenho. Hoje estamos numa situação em que não consideramos de todo este tipo de cooperação.

Então você está feliz que Embraer esteja em terceiro lugar no pódio, ou talvez esteja planejando lançar o desafio aos dois maiores jogadores?

Nos sentimos muito confortáveis ​​onde estamos. Queremos fazer o que fazemos: vender nosso portfólio com lucro. Não vendemos nossas aeronaves abaixo do custo. O objetivo é um negócio financeiramente sólido – em todos os departamentos, incluindo aeronaves de passageiros, defesa, jatos particulares e serviços. Os proprietários esperam um retorno do investimento e um aumento no valor da empresa. Nos últimos 18 meses, o preço das nossas ações aumentou 180%. Acho que os acionistas estão satisfeitos.

A Embraer está considerando projetar um avião maior que possa competir com o Boeing 737 e o Airbus A320?

Estamos constantemente analisando novas possibilidades, tanto na área de aeronaves de passageiros, jatos particulares quanto na área de defesa, mas não temos planos específicos por enquanto.

Queremos ser uma empresa com receitas anuais de US$ 10 bilhões. até 2030. Hoje estamos no nível de 6,4 mil milhões de dólares. E queremos construir esse crescimento focando no que já oferecemos.

24 junho, 2024

Exército encerra testes operacionais e Míssil Anticarro MSS 1.2 AC é aprovado plenamente


*LRCA Defense Consulting - 24/06/2024

No dia 19 de junho, o Centro de Avaliações do Exército (CAEx) concluiu a avaliação operacional do lote piloto do Míssil Anticarro MSS 1.2 AC, projeto do Centro Tecnológico do Exército (CTEx) em parceria com a Marinha do Brasil.

Os testes operacionais confirmaram a eficácia e a adequabilidade do material em seu emprego típico, com simulação de ambientes operacionais não controlados, contra alvos representativos e operado por combatentes de tropa com dotação de Míssil Anti-Carro (MAC), dentre as quais, Comando de Fronteira Roraima/7º Batalhão de Infantaria de Selva, de Boa Vista (RR), 1º Esquadrão de Cavalaria Paraquedista, do Rio de Janeiro (RJ), 6º Batalhão de Infantaria Leve, de Caçapava (SP) e militares do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil, Rio de Janeiro (RJ).

A Avaliação Operacional foi realizada durante três semanas e subdividida em duas fases: a primeira, de capacitação dos usuários, que receberam uma apresentação detalhada do material, seguida por estudos técnicos e táticos do míssil, e a segunda, que consistiu nos tiros dos testes operacionais, através do emprego tático do armamento pelo operador de tropa, desde a preparação e transporte, até o disparo contra alvos fixos e móveis, em diversos cenários que simularam um ambiente de conflito.

O Material de Emprego Militar, de alto conteúdo tecnológico, demonstra o compromisso do Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação do Exército (SCTIEx) no incremento da capacidade bélica de dissuasão da Força Terrestre com entregas à sociedade, na geração de empregos e no fortalecimento da Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS), nesse caso representada pela parceria com a empresa SIATT - Engenharia, Indústria e Comércio Ltda, bem como o sucesso da cooperação entre o Exército Brasileiro e a Marinha do Brasil, através da colaboração técnica e de material entre o Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) e a Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha (DSAM).

O último disparo dos testes operacionais contou com as presenças do Diretor de Fabricação, General de Divisão Tales Eduardo Areco Villela, do Chefe do Escritório de Projetos do Exército (EPEx), General de Brigada Carlos José Rocha Lima, e do Chefe do CAEx, General de Brigada João Paulo Zago, além de militares do Exército e da Marinha do Brasil.

Sistema de Armas MSS 1.2 AC
O MSS 1.2 AC é um míssil superfície-superfície anticarro de médio alcance, desenvolvido segundo requisitos do Exército Brasileiro. O sistema é constituído pela Munição (míssil em seu container lançador) e pela Unidade de Tiro. Emprega guiamento do tipo “beam-rider”, no qual o operador é responsável por realizar o apontamento óptico em direção ao alvo. Durante o voo do míssil, a Unidade de Tiro emite um feixe laser invisível codificado, harmonizado com a mira óptica, que provê a referência de guiamento para o míssil.

O sistema tem capacidade de perfurar blindagens com até 500 milímetros de espessura em chapa de aço padrão OTAN. O Míssil MSS 1.2 AC neutraliza ameaças a até 4000 metros, sendo empregado principalmente contra veículos blindados.

Além disso, pode, secundariamente, ser utilizado contra outros alvos compensadores, como: concentração de veículos, construções fortificadas, depósitos de combustível e ou de munição, barcos fluviais e helicópteros pairando à baixa altura.

O Míssil MSS 1.2 Anticarro é equipado com sistema de visão noturna infravermelho que permite seu emprego em condições de pouca visibilidade. Seu peso também favorece a utilização por tropas aeroterrestres e aeromóveis. Essas características conferem versatilidade ao armamento.

A evolução do Míssil MSS 1.2 Anticarro até a sua versão atual é resultado do projeto elaborado pela Seção de Mísseis e Foguetes do Centro Tecnológico do Exército em parceria com a empresa SIATT Engenharia, Indústria e Comércio.

O desenvolvimento do Míssil MSS 1.2 Anticarro pelo Exército Brasileiro insere-se no escopo da Ciência, Tecnologia e da Inovação e coopera com o desenvolvimento nacional. Entre os principais benefícios sociais do projeto, estão a geração de empregos e o fortalecimento da Base Industrial de Defesa, além da projeção internacional do Brasil pela geração de novas capacidades militares.

*Com informações do Exército Brasileiro.



 

 

Embraer confia que o C-390 Millennium é a melhor solução de transporte aéreo para a África do Sul


 

*defenceWeb - 24/06/2024

A Embraer demonstrou seu avião de transporte C-390 Millenium à Força Aérea Sul-Africana (SAAF) em novembro do ano passado e continua a comercializar a aeronave para a África do Sul, não apenas para fins militares, mas também para ajuda humanitária e outras missões humanitárias.

Em abril, dirigentes da Embraer concluíram com sucesso uma reunião com o Centro Nacional de Gestão de Desastres da África do Sul (NDMC), na qual promoveram o C-390 como um ativo estratégico nacional que pode ser utilizado por diferentes departamentos governamentais para tarefas como combate a incêndios e transporte aéreo humanitário.

Paballo Motoboli, Diretor de Vendas e Desenvolvimento de Negócios da Embraer Defesa e Segurança, estava entre os representantes da Embraer que participaram do NDMC, incluindo seu chefe, Dr. Bongani Elias Sithole.

Chefe do NDMC, Bongani Sithole.

As recentes inundações em KwaZulu-Natal e no Cabo Ocidental realçaram mais uma vez a necessidade de uma resposta adequada aos desastres, uma vez que as alterações climáticas tornam os desastres mais frequentes e mais extremos. No início de Junho, onze pessoas morreram depois de um tornado atingir várias áreas de KwaZulu-Natal e deslocou milhares. Em 2022, a província foi atingida por cheias que causaram mais de 400 mortos e mais de 40 000 desalojados.

No verão, a África do Sul enfrenta a ameaça de incêndios, tendo a investigação demonstrado que o número de dias de perigo de incêndio elevado e extremo e a duração da época de incêndios na África do Sul estão a aumentar. Incêndios devastadores e incêndios florestais afetaram recentemente o Cabo Ocidental, Noroeste, Limpopo e partes do Noroeste. Sithole disse numa conferência no início deste ano que entre 1º de Dezembro de 2023 e 31 de Janeiro de 2024, mais de 6 000 incêndios foram afetados em 100.000 hectares na África do Sul, tornando esta época de incêndios uma das mais ativas dos últimos anos. Isto significa que há uma necessidade ainda maior de equipamentos de combate a incêndios, incluindo meios aéreos de combate a incêndios.

Em maio de 2024, o Departamento de Defesa e o Departamento de Governação Cooperativa e Assuntos Tradicionais (CoGTA) assinaram um acordo para colaborar na gestão de catástrofes. O Departamento de Defesa e a CoGTA utilizarão conjuntamente os seus recursos para gerir adequadamente os desastres naturais e provocados pelo homem. O Instituto das Forças SA (SAFI) irá gerir reservas estratégicas de emergência e aquisições em tempos de desastre.

A Força de Defesa Nacional SA, através de uma operação permanente Chariot gerida pela sua Divisão de Operações Conjuntas, está empenhada no apoio a catástrofes e na assistência humanitária. Isto viu elementos das forças de defesa, desde engenheiros do Exército SA até tripulações de voo de helicópteros SAAF e apoio terrestre, bem como médicos de operações do Serviço de Saúde Militar SA e outros, ajudarem no socorro a desastres, como as inundações de KwaZulu-Natal em 2022.

Hoje, não é apenas a África do Sul que enfrenta questões imprevisíveis, como catástrofes naturais, conflitos e emergências humanitárias, entre outras. Muitas dessas questões exigem soluções imediatas e muito ágeis, principalmente no que diz respeito à logística ou ao transporte de materiais como suprimentos de socorro, equipamentos médicos ou mesmo pessoal.

Capacidade multimissão em um transporte militar de nova geração, capaz e eficiente

A Embraer destaca que o C-390 foi projetado para enfrentar os desafios do transporte aéreo flexível e eficiente, e a aeronave tem despertado o interesse de diversas nações ao redor do mundo que buscam um transporte militar de nova geração, capaz, eficiente e multimissão, que requer pouco apoio no solo. Países como Portugal, Hungria, Holanda, Áustria, República Checa e Coreia do Sul já escolheram o C-390 Millennium para satisfazer as suas necessidades de transporte militar.

A capacidade multimissão e a interoperabilidade são incorporadas no projeto, permitindo que a aeronave esteja pronta para todos os perfis de missão exigidos por uma força aérea. No entanto, a Embraer vê o C-390 como um ativo estratégico nacional mais amplo, servindo e auxiliando outros departamentos governamentais devido à sua capacidade multimissão. Na África do Sul, o C-390 poderia ser utilizado para vigilância marítima, combate a incêndios, socorro a inundações, evacuação médica e outras tarefas não militares, bem como transporte aéreo militar de tropas e equipamento.

O C-390 pode, por exemplo, ajudar o departamento florestal e de pesca com as suas capacidades de combate a incêndios, busca e salvamento. A aeronave comprovou sua versatilidade no início da pandemia de COVID-19 no Brasil ao auxiliar o Ministério da Saúde no transporte de ambulâncias e equipamentos médicos em diversos pontos do país, além de auxiliar a Força Aérea Brasileira na resposta às enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, levando doações humanitárias de todo o país às vítimas do desastre natural.

Para muitos países africanos, incluindo a África do Sul, a Embraer acredita que uma aeronave multimissão capaz como o C-390 é a melhor opção, pois executa uma ampla gama de tarefas. O C-390 pode transportar e largar cargas e tropas e realizar uma ampla gama de missões, incluindo evacuação médica, busca e salvamento, busca e salvamento humanitário, reabastecimento aéreo (caças e helicópteros), combate aéreo a incêndios e assistência humanitária. Esta capacidade multimissão proporciona às forças aéreas um desempenho ideal da frota, impulsionado por uma combinação econômica de alta disponibilidade e produtividade.

Capaz de operar em pistas precárias e em condições adversas
Em toda a África, as pistas e pistas de pouso estão frequentemente em más condições, especialmente em áreas mais remotas – muitas vezes onde a ajuda humanitária é mais necessária – mas o C-390 é capaz de operar em pistas temporárias ou não pavimentadas, como terra, solo e cascalho. O alto da montagem de seus motores garante que nenhum resíduo seja ingerido. A Embraer destacou que desde a entrega à Força Aérea Brasileira em 2019, o C-390 tem operado com sucesso em condições climáticas extremas, desde operações em superfícies naturais quentes e altas no centro da América do Sul até missões em uma estação de pesquisa na Antártida. Estas condições exigentes e diversas são semelhantes às que podem ser esperadas em toda a África.

A Embraer aponta um sólido histórico para o C-390 desde que entrou em serviço na Força Aérea Brasileira (FAB) em 2019 (a Capacidade Operacional Plena foi alcançada em março de 2023). A frota atual de seis aeronaves, todas na versão de reabastecimento aéreo KC-390, acumula mais de 12 mil horas de voo, com disponibilidade operacional em torno de 80%, e taxa de conclusão de missão acima de 99%, demonstrando excepcional produtividade na categoria.

O C-390 pode transportar mais carga útil (26 toneladas) em comparação com outras aeronaves militares de carga média e voa mais rápido (470 nós/870 km/h) e mais longe, permitindo-lhe operar como um recurso estratégico, bem como um transporte aéreo tático, com agilidade, manuseio em baixa velocidade e precisão de lançamento aéreo, combate a incêndios, reabastecimento aéreo e outras missões.

Design moderno e eficiente
A Embraer disse que as mais recentes técnicas digitais de projeto e fabricação, juntamente com um design aerodinâmico, tecnologia fly-by-wire e propulsão turbofan comprovadamente eficiente, contribuem para alta eficiência e desempenho, significando fabricação e manutenção mais eficientes, levando à redução dos custos do ciclo de vida e maior disponibilidade. Ter dois jatos prontamente disponíveis significa menos manutenção. Usar os mais recentes aviônicos (Rockwell Collins Pro Line Fusion) e sistemas também resulta em menores requisitos de manutenção.

Estes são fatores importantes para as nações africanas que não podem dar-se ao luxo de ter qualquer tempo de inatividade nas suas frotas. Desastres naturais e conflitos estão a manter as forças aéreas africanas ocupadas no transporte de tropas e carga em todo o continente, tanto que muitas nações, incluindo a potência econômica da África do Sul, estão sendo forçadas a recorrer a fretamentos para atender à demanda. As missões de manutenção da paz das Nações Unidas na República Democrática do Congo e na República Centro-Africana, as Missões da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral na República Democrática do Congo e em Moçambique, a missão da União Africana na Somália, bem como um número crescente de catástrofes naturais estão a levar a um aumento da procura para aeronaves de transporte multifuncionais.

Durante a visita do C-390 à África do Sul no ano passado, em novembro, o Chefe da Força de Defesa Nacional SA (SANDF), General Rudzani Maphwanya, disse: “Sempre lutamos com uma frota de aeronaves que é antiga”, apontando o C-130, que voou pela primeira vez em 1954. “Temos esse problema e estamos procurando uma solução para enfrentar nossos desafios. Precisamos planejar agora – falhar em planejar é planejar falhar.” Maphwanya explicou que a SANDF está “fazendo pesquisas completas” para adquirir aeronaves de transporte pesado e médio melhores e voltadas para o futuro.

KC-390 na Base Aérea Waterkloof.

Cooperação Sul-Sul e BRICS
“Esta é a primeira vez que consideramos a cooperação Sul-Sul e ampliamos a rede.” Disse que sendo a Embraer uma empresa brasileira, “começamos pelos BRICS”, referindo-se ao grupo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

A Embraer está otimista em relação às vendas globais de C-390, especialmente à medida que as frotas de transporte militar estão envelhecendo, com a idade média das aeronaves da classe C-390 sendo superior a 31 anos (a maioria das aeronaves de transporte na África estão desatualizadas e obsoletas, o que também as torna difíceis manter).

Capacidade de reabastecimento aéreo e no solo
A capacidade do C-390 de funcionar como um avião-tanque de reabastecimento ar-ar (AAR) (como o KC-390) aumenta o apelo do tipo. Com um sistema de sonda e drogue, o KC-390 pode transferir combustível para aeronaves receptoras usando wing pods. O KC-390 é capaz de reabastecer aeronaves de asa fixa e rotativa, operando em velocidades de 120 a 300 nós e em altitudes de 2.000 a 32.000 pés. Uma capacidade de reabastecimento no solo pode ser usada para reabastecer veículos ou bases operacionais avançadas. Esta capacidade de reabastecimento aéreo seria útil para a África do Sul, uma vez que perdeu tal capacidade quando os seus aviões-tanque Boeing 707 foram aposentados – esta capacidade teria sido útil quando os Gripens foram enviados para a República Centro-Africana em 2013, mas tiveram que fazer múltiplas paragens de reabastecimento em terra.

Base de clientes crescente, dadas as vantagens
A Embraer está acumulando rapidamente novas vendas de suas principais aeronaves de transporte, sendo o último cliente a Coreia do Sul, que selecionou o KC-390 em dezembro de 2023. Três meses antes da decisão da Coreia do Sul, o Ministério da Defesa austríaco anunciou sua decisão de selecionar o C-390 como sua nova solução de transporte tático para substituir o Lockheed C-130K Hercules. A Áustria pretende adquirir quatro C-390.

A Holanda selecionou a aeronave em meados de 2022, com cinco aeronaves previstas para serem entregues a partir de 2026 para substituir sua antiga frota C-130H Hercules. Outros clientes existentes incluem Brasil (19), Hungria (dois) e Portugal (cinco). Muitos outros países demonstraram interesse no C-390, incluindo a República Checa, que está a negociar dois.

Muitos dos clientes existentes do C-390 estão adquirindo o jato para substituir suas frotas de C-130. Embora o C-130 e o C-390 sejam semelhantes, o C-390 tem um compartimento de carga um pouco maior e transporta 26 toneladas contra 20 toneladas do C-130J. Uma análise conduzida pela Holanda descobriu que o C-390 oferecia carga útil/alcance superiores, custos reduzidos de manutenção e operação e maior disponibilidade e eficiência geral quando comparado ao C-130J. A velocidade e versatilidade do C-390 permitem-lhe aceder melhor a áreas remotas ou atingidas por desastres, prestando ajuda e apoio quando é mais necessário.

Após o anúncio do presidente Cyril Ramaphosa do envio de 2.900 soldados para a República Democrática do Congo com a missão SAMIDRC, a Embraer acredita que o C-390 poderia completar a entrega de todos os 2.900 soldados em sete dias com uma frota de apenas duas aeronaves. Cada trecho da viagem poderia levar até 3h40min, sendo uma hora em solo para reabastecer, descarregar e/ou carregar a aeronave. Dada a velocidade e capacidade do C-390, a Força Aérea Sul-Africana poderia utilizar a mesma tripulação para realizar a viagem de ida e volta, uma vez que se enquadra no limite das horas de trabalho da tripulação.

Escolha certa
Segundo a Embraer, o C-390 Millennium é a escolha certa, neste momento, para a África do Sul e outras forças aéreas, pois é comprovado, certificado e está disponível. Possui alcance e velocidade de um turbofan que lhe permitem operar como um ativo estratégico, capaz de aproveitar o espaço aéreo RVSM (Reduced Vertical Separation Mínimo) e operar em aeroportos com abordagens RNP (Required Navigation Performance). Mas, ao mesmo tempo, tem a capacidade de movimentação de carga para ser um transportador aéreo tático militar, movimentando cargas que vão desde carga militar até ajuda humanitária e evacuação médica. Acrescente a isso a precisão, agilidade e características de manuseio em baixa velocidade para operações de superfície natural, lançamento aéreo, combate a incêndios e reabastecimento ar-ar (jato rápido e asa rotativa) e a Embraer mantém que possui um avião de transporte multimissão verdadeiramente versátil para o século 21.

Grupo europeu MBDA expande horizontes no Brasil por meio de cooperações industriais

MBDA na Eurosatory com militares brasileiros: protagonismo e inovação em Defesa

*LRCA Defense Consulting - 24/06/2024

A participação da MBDA na Eurosatory reforçou o comprometimento e a eficiência do grupo europeu em oferecer soluções de defesa soberanas para atender todas as Forças Armadas. A feira, um evento global de Defesa e Segurança, aconteceu em Paris, França, de 17 a 21 de junho.

Presente em vários programas brasileiros, durante a feira a MBDA teve encontros estratégicos e bem-sucedidos com representantes das Forças Armadas Brasileiras, onde teve a oportunidade de apresentar toda a gama de recursos multicamadas de defesa aérea — incluindo Mistral 3, CAMM, CAMM ER e Aster —, além dos projetos de cooperação industrial desenvolvidos com os parceiros no país.

Míssil Enforcer no drone brasileiro XMobots Nauru 1000C
A companhia também recebeu delegações de diversas partes do mundo, as quais conheceram as capacidades tecnológicas do míssil Enforcer. O Enforcer integra o primeiro drone armado brasileiro, o Nauru 1000C, produzido pela XMobots, considerada a principal empresa de fabricação de drones no Brasil e até na América do Sul. Com o Enforcer, o Nauru 1000C aumenta a capacidade de engajar uma ampla gama de alvos a partir de distâncias seguras, em vez de depender de armas de queda livre. Parcerias como essa evidenciam a visão da MBDA de cooperação como vital para o seu sucesso.

Novas parcerias industriais

No Brasil, a MBDA tem em vista estabelecer novas parcerias industriais visando o desenvolvimento de produtos voltados para as necessidades das Forças Armadas Brasileiras. A MBDA Brasil Ltda é o primeiro escritório regional do grupo na América do Sul para atender prontamente não só o País, mas também as outras nações da LATAM. A MBDA Brasil Ltda está baseada no Rio de Janeiro –RJ.

Além disso, como novo membro da ABIMDE (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança), o grupo teve um intercâmbio frutífero com as empresas brasileiras de defesa que expuseram no Pavilhão do Brasil durante a Eurosatory.

A presença da MBDA no Brasil já está consolidada e está em constante crescimento: no país há mais de 40 anos com os mísseis Exocet, Aspide, Mistral e, mais recentemente, com os novos produtos revolucionários como o CAMM para as Fragatas da Classe Tamandaré.

Sobre a MBDA
A MBDA é um grupo multinacional europeu único, líder mundial na área de sistemas de armas complexos, desempenhando um papel fundamental na manutenção da segurança das nações. Criada com o espírito de cooperação internacional, a MBDA e seus mais de 15 mil colaboradores trabalham juntos para apoiar a soberania nacional da França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido, assim como de seus aliados em todo o mundo. Como aceleradora de inovações, a MBDA é o único grupo Europeu capaz de projetar e produzir armamentos complexos para atender a toda a gama de requisitos operacionais atuais e futuros das três forças armadas (exército, marinha e aeronáutica). A Airbus (37,5%), BAE Systems (37,5%) e Leonardo (25%) são coproprietárias da MBDA.

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