A coprodução de produtos de defesa esté entre as últimas medidas para estabelecer laços militares mais fortes entre Nova Deli e Brasília
A defesa emergiu como um dos principais pilares da relação indo-brasileira, ao lado da energia e do comércio agrícola. (AFP) |
*Mint, por Shashank Mattoo - 08/04/2024
A Índia e o Brasil estão elaborando uma lista de duas dúzias de produtos de defesa para possível codesenvolvimento e produção como parte dos esforços para aprofundar os laços de segurança, de acordo com pessoas cientes do assunto.
Isto segue-se a uma enxurrada de delegações de defesa de alto nível do Brasil que visitaram recentemente a Índia. Durante a última visita, o secretário de produtos de defesa do Brasil, Rui Mesquita, disse à Mint que os dois países estavam buscando acordos sobre compartilhamento de informações militares e cooperação em tecnologia de defesa.
Blindados e armas leves
A lista restrita para codesenvolvimento de produtos de defesa inclui carros blindados e armas leves. As empresas de defesa de ambos os países estão intimamente envolvidas nas discussões, segundo pessoas familiarizadas com os acontecimentos.
O governo indiano e a embaixada brasileira em Nova Delhi não responderam imediatamente às perguntas enviadas por e-mail sobre o desenvolvimento.
Defesa: um dos principais pilares da relação indo-brasileira
A defesa emergiu como um dos principais pilares da relação indo-brasileira, ao lado da energia e do comércio agrícola. A cooperação em segurança foi destaque nas conversações bilaterais entre o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, durante a Cúpula dos Líderes do G20 em Nova Delhi, no ano passado.
“No momento, há movimentos em direção a aquisições, joint ventures entre nossas empresas estratégicas de defesa e prestação de serviços”, disse Mesquita à Mint em entrevista anterior, quando esteve na Índia para negociações na Defesa como parte do Subgrupo Índia-Brasil.
“Algumas áreas de colaboração incluem propostas para o intercâmbio de informação e tecnologia militar, cooperação na capacitação e formação, construção de parcerias no desenvolvimento de sistemas e equipamentos de defesa, gestão de serviços de manutenção e fortalecimento da cadeia de abastecimento dos nossos sistemas de defesa”, disse ele. tinha dito.
Mesquita já abordou a ideia de um “clube Scorpene” de nações, composto por países que utilizam o submarino Scorpene, desenvolvido pelo Grupo Naval Francês e pela construtora naval espanhola Navantia.
Índia e Brasil operam submarinos Scorpene e, segundo relatos da mídia, podem concluir um acordo de cooperação nesta frente.
Embraer e Taurus Armas
As empresas brasileiras de defesa estabeleceram presença na Índia nos últimos anos. No início deste ano, a empresa aeroespacial brasileira Embraer SA e a Mahindra Defense Systems Ltd assinaram um acordo para trabalhar na exigência da Força Aérea Indiana de uma aeronave de transporte médio. A Embraer pretende oferecer suas aeronaves C-390 Millennium para esse fim.
Anteriormente, a fabricante brasileira de armas leves Taurus Armas SA se uniu à Jindal Defense Systems Pvt. Ltd para estabelecer uma fábrica na Índia, que iniciou a produção em março. Segundo a Taurus Armas, a capacidade inicial de produção anual da instalação será de 250 mil armas.
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