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06 março, 2024

Marrocos-Brasil: uma aliança militar aérea em evolução

 

*HESPRES, por Mohamed Jaouad El Kanabi - 06/03/2024

Em um movimento estratégico que visa redefinir o espectro de suas alianças internacionais, as Forças Armadas Reais (FAR) estão testando as proezas de uma joia da aeronáutica militar brasileira, o KC-390.

Com efeito, esta máquina de guerra, nascida do engenho da “Embraer”, aterrou na pista da base aérea de Salé, simbolizando assim uma renovação nas tácticas defensivas marroquinas. Esta escolha, longe de ser trivial, está ancorada numa política deliberada de diversificação das parcerias militares de Rabat, ecoando um contexto internacional onde a partilha de competências e recursos se revela uma busca constante.

É uma abertura pragmática ao mundo, onde a interdependência estratégica já não é um tabu, mas uma necessidade inegável para os Estados que procuram modernizar e proteger o seu espaço aéreo. O KC-390, com a sua lendária versatilidade, não é apenas um avião de transporte, é uma promessa de superioridade aérea. A sua concepção foi cuidadosamente considerada para oferecer um custo operacional que desafia toda a concorrência, uma vantagem num mundo em que os orçamentos de defesa são examinados de perto.

Capaz de realizar diversas missões, desde o transporte tático de tropas até o reabastecimento em voo, a máquina também se destaca no contexto de missões humanitárias ou de combate a incêndios, demonstrando assim uma adaptabilidade perfeita aos caprichos do combate moderno. Mas Marrocos não se limita a um simples papel de comprador passivo.

O acordo de cooperação em defesa, ratificado pelo Parlamento brasileiro, é o resultado do desejo marroquino de se estabelecer como um ator central na indústria de defesa, contando com uma estreita colaboração com o Brasil. Esta parceria promete uma transfusão de conhecimentos técnicos e operacionais, abrindo caminho para uma possível emancipação industrial defensiva de Marrocos.

É bom saber que esta iniciativa de Rabat se insere num processo de diversificação das suas fontes de armas. Os FARs não satisfazem simplesmente uma lógica de oferta. É também uma aposta no futuro, uma estratégia para incentivar investimentos e estimular o desenvolvimento de uma indústria de defesa local.

A fabricação de armas é um empreendimento caro. No entanto, graças a estas alianças, Marrocos pretende negociar com tais aliados a sua entrada no restrito clube das nações com significativa autonomia militar.

Além disso, no início da conclusão de potenciais novos acordos, o interesse das empresas brasileiras de defesa no Marrocos não pode ser um simples lampejo. O Reino é um comprador cada vez mais essencial de equipamento militar no continente africano. Desperta desejo e é o parceiro preferido das empresas latino-americanas que desejam penetrar num mercado em expansão.

Este avanço marroquino no sector da defesa não só estabelece as bases para uma cooperação bilateral frutífera, como também delineia os contornos de uma visão geoestratégica onde Marrocos se afirma como uma peça central no tabuleiro de xadrez africano e na defesa mundial.

É uma orquestração meticulosa entre parcerias internacionais e envolvimento do sector privado, onde cada acordo, cada troca de conhecimentos, cada investimento são tantas notas que compõem uma sinfonia cujo eco poderá muito bem redefinir o futuro da segurança do reino.
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Armamento: Marrocos cobiça a aeronave tática brasileira KC-390 Millennium

*H24Info, por Marouane Tabet - 06/03/2024

Marrocos poderá se tornar cliente da fabricante brasileira de aeronaves Embraer. O jato KC-390 Millennium para uso militar chegou ao reino para “testes” visando aquisição.

As Forças Aéreas Armadas (FRA) poderão em breve diversificar ainda mais o seu arsenal de aeronaves de transporte e reabastecimento, adicionando o bimotor brasileiro KC-390 Millennium para uso militar, aprendemos com o diário espanhol LA Razon .

Também chamada de Embraer KC-390, a aeronave é um veículo de transporte de médio porte, movido por dois motores a jato, e representa uma série de vantagens comparativas em relação à concorrência, incluindo a opção de avião-tanque.

O Marrocos, que possui cerca de vinte aeronaves de transporte militar Lockheed C-130 Hercules de fabricação americana, poderia adquirir esta aeronave brasileira, que constitui a maior aeronave que a empresa já fabricou.

Na verdade, há muito confinada a aeronaves de treinamento e apoio tático ou de transporte leve e vigilância marítima, a indústria brasileira abriu-se nos últimos anos ao transporte aéreo tático.

Outsider particularmente inovador, o Embraer KC-390 é capaz de transportar até 26 toneladas de carga, incluindo veículos blindados com rodas.

Embora semelhante em tamanho ao C-130 Hercules, o KC-390 Millennium possui uma rampa traseira para carga e descarga de grandes volumes. E seu preço continua bem mais vantajoso.

Na verdade, os preços dos aviões concorrentes ultrapassam os 130 milhões de dólares. O do KC-390 Millennium é estimado em cerca de US$ 50 milhões, ou pouco mais de um terço do preço unitário.

Além dessa vantagem de tamanho, essa aeronave, cuja tripulação é composta por dois pilotos e um gerenciador de carga, pode transportar até 26 mil kg; 80 soldados; 74 macas e 8 auxiliares, ou seja, 66 paraquedistas.

Sua velocidade máxima de operação é de 992 km/h, com autonomia de 2.820 km e carga de 23.000 kg; 3.220 km com carga de 19.000 kg; 5.820 km com carga de 14.000 kg.

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