*LRCA Defense Consulting - 08/11/2023
O Lança Rojão Hunter - uma arma sem recuo de 84 mm não guiada, portátil, de único tiro (descartável), sem recuo e de tubo (cano) liso - é um sistema leve concebido para ser disparado do ombro do soldado. Possui alta efetividade contra alvos blindados, estruturas e bunkers a uma distância mediana, permitindo alta mobilidade, proteção e poder de fogo à Infantaria.
Desenvolvido
pelo Centro Tecnológico do Exército Brasileiro (CTEx) em parceria com a brasileira Gespi e com outras empresas parceiras desde o início deste século, o Lança Rojão Hunter foi planejado como parte da Estratégia
Nacional de Defesa, que pretende, entre outros objetivos, incentivar e
fomentar o desenvolvimento tecnológico do Exército Brasileiro e da
Indústria Brasileira de Defesa. O
Hunter é um análogo nacional do Lança Rojão AT-4, uma das armas
antitanques mais vendidas no mundo, com modificações no funcionamento e no tubo lançador em
fibra de vidro e carbono, mais resistente que o daquele.
Pronto para o combate
O Hunter (anteriormente chamado de ALAC - Arma Leve Anticarro) foi desenvolvido como uma arma de emprego único pronta para o combate. Construída com a mais alta tecnologia em materiais compostos, a arma é pré-carregada com uma munição AEAC (HEAT), restando ao soldado apontar, destravar, disparar e descartar.
Eficiência a favor da operacionalidade
O sistema Hunter visa uma elevada eficiência operacional. Sendo uma arma pronta para o uso e descartável, o operador diminui seus custos logísticos e de manutenção, possuindo assim um material sempre disponível para o combate.
Simulador redutor de calibre
Está disponível para o sistema Hunter um simulador redutor de calibre, que utiliza um cartucho gerador de gases e munição 9 mm para simulação e treinamento.
Sobre a Gespi
Há cerca de meio século atuando nas indústrias de Defesa e Segurança Pública, a Gespi é uma empresa 100% brasileira fundada em 1974 e certificada pelo Ministério da Defesa do Brasil como uma Empresa Estratégica de Defesa. Seus principais produtos são: foguetes de 70 mm (2,75"), bombas aéreas MK 81, 82, 83, 84, bombas aéreas de exercícios BDU-33 e BDU-50, Lança Rojão Hunter, Barcos de Patrulha Blindados e militarização de aeronaves.
No início da década de 90, a empresa foi adquirida pelos atuais sócio administradores, o CEO João Batista M. Scarparo e o CFO Carlos Augusto Picolini, ambos ex-Avibras, que iniciaram o desenvolvimento de produtos defesa como a Arma Leve Anti Carro (ALAC).
Em 2012, a Rafael Advanced Defense Systems, segunda maior empresa de defesa de Israel, adquiriu 40% das ações da Gespi, prevendo o desenvolvimento de novas tecnologias na área de sistemas de defesa e mísseis no Brasil. Em 2014, foi fechado um outro acordo com a alemã Dynamite Nobel Defence (DND), controlada pela Rafael. Essa parceria viabilizou a evolução tecnológica do projeto e contemplou a cooperação industrial e a transferência de tecnologia para a Gespi e a Imbel, também parceira no desenvolvimento da arma, juntamente coma EMGEPRON. Com os acordos, foi possível tecnologia para a incorporação de uma munição termobárica, garantindo alta performance e poder de fogo para o armamento.
Ao completar 45 anos no mercado em 2019, os sócios administradores decidiram readquirir as ações da empresa. Com isso a GESPI voltou a ser uma empresa 100% brasileira.
Atualmente, a GESPI tem duas unidades em São José dos Campos, atua com manutenção de equipamentos aeronáuticos e com fabricação e desenvolvimento de Produtos de Defesa.
Portfólio da Gespi Defense Systems |
Parceiros
- Arnold Defense é o principal designer e fabricante mundial de sistemas lançadores de foguetes de 2,75 polegadas (70 mm). Ela atende uma variedade de mercados além do militar, incluindo fabricantes de equipamentos médicos, de transporte e originais.
- Indústria de Material Bélico do Brasil – IMBEL, que tem como missão fabricar e comercializar produtos de defesa e segurança para clientes institucionais, especialmente Forças Armadas, Forças Policiais e clientes privados. Seus principais produtos são fuzis, pistolas e carabinas; munição; equipamentos de comunicação e eletrônicos, entre muitos outros.
- Empresa Gerencial de Projetos Navais – EMGEPRON, que proporciona a comercialização de produtos e serviços disponibilizados pelo setor naval da indústria de defesa nacional. Estes incluem navios de guerra e embarcações militares (projeto, construção e modernização), reparos navais, sistemas de combate embarcados, munições de artilharia, serviços oceanográficos, apoio logístico e treinamento de pessoal, entre outros itens.”
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