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30 novembro, 2023

Brasil mobiliza militares em meio a potencial conflito entre Venezuela e Guiana


*Defence Blog, por Dylan Malyasov - 30/11/2023

O Ministério da Defesa brasileiro anunciou o envio de tropas para a sua fronteira norte como uma “medida defensiva” preventiva em resposta à escalada das tensões entre a Venezuela e a Guiana.

A disputa entre as duas nações gira em torno do território de Essequibo, abrangendo uma área de 159.542 quilômetros quadrados rica em recursos naturais vitais como petróleo, gás, mineração, hidráulica e indústrias florestais, todos administrados pela Guiana.

O regime venezuelano de Maduro planeja realizar um referendo em 12 de dezembro, excluindo a população local, com o objetivo final de anexar o território disputado.

O governo brasileiro, preocupado com os conflitos regionais envolvendo países vizinhos, despachou seu principal assessor de política externa e ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, para mediar e prevenir um potencial confronto.

“O Ministério da Defesa está monitorando a situação. As medidas defensivas foram reforçadas na região da fronteira norte, contribuindo para um aumento da presença militar”, afirmou o Ministério do Brasil num comunicado de quarta-feira à noite.

A administração Lula da Silva enfatizou que “as medidas defensivas foram reforçadas” ao longo da sua fronteira norte em resposta à disputa territorial.

Recentemente, a Guiana levantou a possibilidade de estabelecer “bases militares” em Essequibo com o apoio dos Estados Unidos.

“Nunca estivemos interessados ​​em bases militares, mas devemos defender os nossos interesses nacionais”, afirmou o vice-presidente da Guiana, Bharrat Jagdeo, durante uma conferência de imprensa.

“Estamos interessados ​​em manter a paz no nosso país e nas nossas fronteiras, mas estamos a trabalhar com os nossos aliados para garantir um plano abrangente”, acrescentou, anunciando a próxima visita de funcionários do Ministério da Defesa dos EUA na próxima semana.

“Teremos duas equipes do Ministério da Defesa dos EUA visitando na próxima semana, seguidas de várias visitas em dezembro e representação de alto nível”, confirmou Jagdeo.

“Todas as opções disponíveis serão utilizadas”, afirmou o vice-presidente, conforme noticiado pela AFP.

A mobilização de forças militares pelo Brasil sublinha as crescentes apreensões e as medidas proativas tomadas pelas potências regionais para gerir e mitigar a escalada da dinâmica do conflito entre a Venezuela e a Guiana.
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Saiba mais:
- Exército reforça fronteira com Venezuela e Guiana para evitar uso do território brasileiro em disputa por petróleo, diz Múcio
*G1 - 30/11/2023

Embraer e Netherlands Industries firmam MoU para ampliar cooperação no setor de Defesa e Segurança


*LRCA Defense Consulting - 30/11/2023

A Embraer e a Netherlands Industries for Defense & Security (NIDV) assinaram hoje um Memorando de Entendimento (MoU) durante a 34ª Exposição NIDV para Defesa e Segurança (NEDS 2023). A assinatura do MoU é um elemento-chave no relacionamento estratégico desenvolvido entre a Embraer e a Holanda e inclui iniciativas já em curso, associadas ao C-390 Millennium e ao A-29 Super Tucano

O Memorando de Entendimento com a NIDV soma-se às parcerias e aos relacionamentos estratégicos da Embraer no país. Além disso, o acordo estabelece uma estrutura conjunta destinada a explorar oportunidades futuras, alinhadas com as prioridades da Estratégia da Indústria de Defesa da Holanda. 

Essas oportunidades podem incluir serviços e desenvolvimento de novas capacidades dentro dos projetos já existentes da Embraer, contribuindo ainda mais para a aplicação de conhecimento em defesa, tecnologias e capacidades industriais no país. Um dos principais objetivos é reforçar a participação da indústria holandesa na cadeia de suprimentos do C-390. 

“A colaboração com a Embraer é importante para a NIDV e seus membros. A Embraer é uma fabricante voltada para o futuro, com um forte foco em inovação e novas ideias para contribuir com a prontidão operacional de suas plataformas. Estou convencido de que a Embraer agrega valor à Base Industrial e Técnica de Defesa da Holanda”, afirma Hans Huigen, Diretor do NIDV. 

“Estamos satisfeitos em aprofundar a nossa parceria com a NIDV.  Estamos confiantes de que as estratégias de colaboração deste MoU trarão mais valor ao ecossistema holandês de defesa e segurança, incluindo institutos de pesquisa e a comunidade empresarial em diferentes setores”, afirma Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança. 

As contribuições da NIDV aprofundaram a colaboração da Embraer com a base técnica e industrial de defesa da Holanda, que por sua vez estão alinhadas com as diretrizes do Ministério da Economia e Política Climática do país. A parceria foca no desenvolvimento de soluções inovadoras em defesa e no apoio à plataforma multimissão C-390 Millennium. Este acordo está alinhado com vários outros Memorandos de Entendimento em vigor, envolvendo parceiros tecnológicos e industriais como Fokker Services Group e MultiSIM, e institutos de pesquisa como o Royal Dutch Aerospace Centre (Royal NLR) e a Netherlands Organization for Applied Scientific Research (TNO).

Eve Air Mobility colabora com a Flexjet para promover a mobilidade aérea urbana por meio de simulação de software inovador


*LRCA Defense Consulting - 30/11/2023

A Eve Air Mobility, uma empresa da Embraer, alcançou um marco importante na progressão da Mobilidade Aérea Urbana (UAM) por meio de uma parceria colaborativa com o líder global da aviação privada Flexjet. Juntas, as empresas conduziram uma simulação inicial de software da solução de última geração de Gerenciamento de Tráfego Aéreo Urbano (ATM Urbano) da Eve. A iniciativa validou e aprimorou o software por meio de testes de usuários e feedback sobre sua interface e valor industrial.

Sendo Londres um dos principais mercados de helicópteros do mundo e um foco principal para futuras operações de eVTOL, a simulação ocorreu durante quatro dias este mês no Centro de Controle Tático da Flexjet no Aeroporto de Farnborough, Reino Unido, e viu o software Urban ATM da Eve acompanhando voos de helicóptero ao vivo operados pela divisão de helicópteros da Flexjet no Reino Unido, realizando o tipo de serviços que serão essenciais para permitir futuras operações de UAM. A Flexjet opera uma frota de 11 helicópteros no Reino Unido e seu grupo de empresas é um dos clientes da Urban ATM Fleet Operator da Eve.

A principal operadora de helicópteros do Reino Unido, Flexjet, forneceu sua frota de helicópteros para realizar voos, colaborando estreitamente com a equipe Urban ATM da Eve. A NATS, fornecedora líder de serviços de controle de tráfego aéreo do Reino Unido, e o London Heliport apoiaram a iniciativa fornecendo feedback adicional para ajudar a garantir que a solução da Eve fornecerá o maior valor para todos os participantes do ecossistema UAM.

“Esta colaboração com a Flexjet representa um avanço significativo em nossos esforços para promover a mobilidade aérea urbana”, disse Johann Bordais, CEO da Eve. “Estamos empenhados em explorar soluções inovadoras que irão melhorar as operações atuais e contribuir para o futuro dos voos urbanos.”

Eli Flint, presidente de operações globais de helicópteros da Flexjet, acrescentou: “Tivemos o prazer de fornecer a experiência em helicópteros da Flexjet no Reino Unido e de desempenhar um papel fundamental na formação do ecossistema UAM de amanhã, ajudando a informar os movimentos da próxima geração de aeronaves verticais. A Flexjet se dedica a desenvolver soluções de aviação que atenderão às necessidades de nossos clientes nos próximos anos e estamos entusiasmados com o potencial dos eVTOLs para voos elétricos de curto alcance contínuos e sustentáveis.”

A iniciativa abrangeu vários aspectos das operações, incluindo operações comerciais regulares, cenários atípicos e voos adaptados às necessidades específicas de uma aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL), permitindo a demonstração do comportamento do produto em vários cenários do mundo real. A integração de vertiportos para gerenciar recursos de forma eficiente foi o foco principal do teste, além de verificar e validar um subconjunto das capacidades do produto Urban ATM, com ênfase específica na ferramenta de suporte ao operador de frota UAM.

O objetivo da Eve com esta colaboração era fornecer insights sobre os serviços necessários para apoiar futuras operações de eVTOL com segurança e eficiência. Outro objectivo foi investigar se estes novos serviços podem ter valor imediato para as operações de helicópteros existentes. Após a simulação, Eve e Flexjet analisarão as descobertas e discutirão recomendações para melhorias, mudanças e possíveis requisitos de integração. As empresas também continuarão a explorar oportunidades para uma maior integração das ferramentas de software existentes, aumentando o potencial da solução Urban ATM.  

O UAM elétrico tem a capacidade de melhorar a acessibilidade dos voos urbanos para as comunidades, em comparação com as operações atuais de helicópteros, e apresenta um design simplificado e eficiente, o que contribui para a redução dos custos operacionais e de manutenção. As soluções Urban ATM da Eve apoiarão isso, maximizando a utilização de aeronaves e vertiportos, reduzindo ainda mais os custos operacionais.

Esta colaboração inovadora entre Eve e Flexjet é uma prova do seu compromisso em moldar o futuro da mobilidade aérea urbana e fornecer soluções eficientes e sustentáveis ​​para o futuro do transporte urbano.
 

29 novembro, 2023

Indústrias Militares da Arábia Saudita une forças com a Embraer na cooperação em defesa, C-390


*Breaking Defense, por Agnes Helou - 29/11/2023

As Indústrias Militares da Arábia Saudita (SAMI) anunciaram hoje planos para unir forças com a gigante de defesa brasileira Embraer para cooperar no setor aeroespacial relacionado à defesa e segurança, inclusive no transportador C-390 exclusivo da Embraer.

No anúncio da Embraer, a empresa afirmou que o acordo visa “expandir a presença operacional de ambas as empresas no Reino da Arábia Saudita, com foco na promoção das capacidades da aeronave C-390 Millennium e na prestação de apoio ao Ministério da Defesa do reino. ”, disse a empresa em um comunicado.

Não é o primeiro sinal de que há interesse dos sauditas no C-390. Em julho de 2022, a Embraer e a BAE Systems assinaram um Memorando de Entendimento para ajudar a impulsionar as aeronaves de transporte C-390 na KSA. No entanto, ainda não houve acordo e os sauditas continuam a contar com a sua frota de transportadores militares C-130H/J fabricados nos EUA.

Uma grande ênfase da declaração da Embraer é que ela ajudará a estabelecer instalações de manutenção para aeronaves da Embraer no Reino. Isto está alinhado com a Visão 2030 da Arábia Saudita, que pressiona para localizar 50 por cento da produção de defesa no Reino, e isso tem sido evidente até agora através de trabalhos de manutenção e integração.

O comunicado da empresa acrescenta que “ambas as empresas irão explorar um Hub Regional de MRO e uma linha de montagem final para o Embraer C-390, bem como uma integração de sistema de missão no Reino. Além disso, a SAMI e a Embraer participarão de atividades de treinamento, que permitirão a abertura de novas oportunidades para ambas as empresas do setor aeroespacial no Reino e na região.”

O CEO da SAMI, Walid Abukhaled, disse: “Este crescimento em nosso escopo de negócios e capacidades destaca a dedicação da SAMI em avançar e apoiar o desenvolvimento do ecossistema aeroespacial no Reino. É mais um passo importante nos esforços da SAMI no apoio à Visão Saudita 2030.”

Ele destacou que embora a expansão das capacidades de MRO da SAMI seja importante, o objetivo é estabelecer atividades conjuntas de formação para desenvolver talentos sauditas e transferir competências no setor.

O CEO de defesa e segurança da Embraer, Bosco da Costa Junior, disse em comunicado: “Este é o primeiro passo para avançar a cooperação em Defesa e Segurança envolvendo cadeias produtivas entre os dois países. Com este Memorando de Entendimento, a Embraer avança ainda mais em um mercado estratégico. Trabalharemos arduamente para agregar valor à indústria local, à Força Aérea Real Saudita e ao Reino da Arábia Saudita.”

C-390: alternativa aos aviões pesados ​​americanos

Ryan Bohl, analista sênior do Médio Oriente e Norte de África da Rede RANE, disse à Breaking Defense que este acordo faz parte da estratégia de diversificação da defesa da Arábia Saudita, na qual está a tentar desenvolver apoio logístico para além dos Estados Unidos.

“O C-390 poderia servir como uma alternativa aos aviões pesados ​​americanos, o que é atraente para a Arábia Saudita, uma vez que procura diminuir a sua dependência de hardware e cadeias de abastecimento americanas”, disse ele.

Ele acrescentou que, para o Brasil, uma parceria com a SAMI convida ao potencial de investimentos substanciais em sua indústria de defesa, enquanto a Arábia Saudita poderá obter conhecimento técnico e uma cadeia de abastecimento alternativa que tem menos probabilidade de ser politizada do que as cadeias de abastecimento que passar pelos Estados Unidos ou pela Europa.

As empresas brasileiras têm sido atrativas para outros países do Golfo, como os Emirados Árabes Unidos, onde o seu conglomerado de defesa EDGE assinou vários acordos de cooperação com pequenas empresas brasileiras. Mas este acordo com a SAMI é o primeiro da sua dimensão com a gigante brasileira Embraer.

“Tendo a pensar que a razão pela qual os EAU e a Arábia Saudita estão a explorar oportunidades no Brasil é, em parte, devido à sua posição relativamente neutra no sistema global”, comentou Bohl. “O Brasil não assumiu posições fortes em relação à Ucrânia, nem assumirá posições fortes em relação à China. Tem muito pouco a ver com o Irão ou com Israel. É um lugar onde estes dois países do Golfo podem explorar o desenvolvimento de laços de defesa alternativos com um país que não está em posição de tomar partido em quaisquer potenciais conflitos importantes que possam surgir no futuro.”

Ele não excluiu a possibilidade de que a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos possam acabar em algum nível de competição no Brasil no futuro.

“Mas, por enquanto, penso que os seus laços com a indústria de defesa são sutis e diferentes o suficiente para que não haja preocupação imediata de que eles tentem prejudicar um ao outro”, concluiu Bohl.

Porter Airlines encomenda 25 jatos E195-E2 da Embraer no valor de US$ 2,1 bilhões


 

*LRCA Defense Consulting - 29/11/2023

A Porter Airlines exerceu seus direitos de compra para fazer um novo pedido firme de 25 jatos E195-E2. O novo pedido firme se soma aos 50 jatos já encomendados pela companhia aérea canadense. A Porter Airlines utilizará a sua frota de jatos da Embraer para ampliar seu premiado serviço a destinos na América do Norte. O acordo, avaliado em US$ 2,1 bilhões a preço de lista, será adicionado à carteira de pedidos firmes do quarto trimestre de 2023. Agora, a companhia aérea canadense passa a ter um total de 75 pedidos firmes, com 25 direitos de compra remanescentes. 

A Porter é o cliente de lançamento do E195-E2 na América do Norte e já recebeu 24 dos jatos encomendados até agora. Recentemente, a companhia anunciou novos destinos, incluindo Las Vegas, Miami, São Francisco e Los Angeles, e também planeja voar para o México e Caribe. As aeronaves operam a partir do leste do Canadá, com voos saindo do Aeroporto Internacional Pearson, em Toronto, e de Ottawa. Mas outras cidades canadenses como Halifax e Montreal também estão sendo servidas pelo E195-E2. Os jatos da Porter, com capacidade para até 146 assentos, utilizam uma confortável configuração de 132 assentos, todos de Classe Econômica, com uma variedade de espaço entre os assentos: 36, 34 e 30 polegadas. 

“O começo da operação com o E195-E2 marcou o início de nova era. A aeronave tem superado as nossas expectativas desde a entrada em operação, especialmente pelo baixo consumo de combustível e o alto nível de satisfação dos nossos clientes, que têm desfrutado de viagens tranquilas e confortáveis. Os 25 jatos adicionais permitirão a expansão de nossa malha para mais destinos em toda a América do Norte”, afirma Michael Deluce, Presidente e CEO da Porter Airlines. 

“A Porter Airlines é uma empresa disruptiva, que oferece uma experiência de alto nível para os passageiros e que está revolucionando o mercado da América Norte. A escolha do E2 para oferecer um serviço de alto nível é uma prova do conforto e das capacidades dessa aeronave e reforça o fato de que o E2 é a aeronave de corredor único mais silenciosa e eficiente do mundo”, afirma Arjan Meijer, Presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial.

Fazenda 7 Reis firmou LOI com Moya Aero para compra de cinco eVTOLs


*LRCA Defense Consulting - 29/11/2023

A Fazenda 7 Reis, no estado de Mato Grosso, Brasil, assinou uma LOI – Carta de Intenções com a Moya Aero para aquisição de cinco eVTOLs Moya. Profissionais da Fazenda utilizarão o drone em sua versão agrícola para pulverizar a plantação de soja.

“O Moya eVTOL nos trará mais eficiência e produtividade, melhor economia com redução significativa de custos”, disse Felipe Santos, proprietário da Fazenda 7 Reis.

Alexandre Zaramela, CEO da Moya Aero, explica: “Nosso eVTOL é mais versátil. Ele pulveriza 6x mais hectares por hora do que pequenos drones convencionais, com maior precisão para minimizar a deriva de dispersantes”.

O Moya eVTOL entrará em operação em 2026.

SAMI (Arábia Saudita) e Embraer firmam MoU para defesa e segurança com foco no C-390


*LRCA Defense Consulting - 29/11/2023

A SAMI, uma empresa do Fundo de Investimento Público (PIF) e líder nacional de defesa e segurança na Arábia Saudita, e a Embraer assinaram hoje um Memorando de Entendimento (MoU) para estabelecer uma cooperação em suas respectivas indústrias aeroespaciais, priorizando defesa e segurança.

Foco no C-390
Este acordo visa expandir a presença operacional de ambas as empresas no Reino da Arábia Saudita, com foco na promoção das capacidades da aeronave C-390 Millennium e na prestação de apoio ao Ministério da Defesa do reino. A SAMI e a Embraer trabalharão para estabelecer capacidade de manutenção abrangente para as aeronaves da Embraer no Reino. Além disso, ambas as empresas irão explorar um Hub Regional de MRO e uma linha de montagem final para o Embraer C-390, bem como uma integração de sistemas de missão no Reino. Além disso, a SAMI e a Embraer participarão de atividades de treinamento, que permitirão a abertura de novas oportunidades para ambas as empresas do setor aeroespacial no Reino e na região.

Eng. Walid A. Abukhaled, CEO da SAMI, afirma: “Estamos muito satisfeitos por termos assinado este acordo com a Embraer, trazendo novas instalações de suporte e produção para o Reino. Este crescimento no nosso escopo de negócios e capacidades destaca a dedicação da SAMI em avançar e apoiar o desenvolvimento do ecossistema aeroespacial no Reino. É mais um passo importante nos esforços da SAMI no apoio à Visão Saudita 2030 para fortalecer a auto-suficiência do Reino no sector da defesa e contribuir para a localização de 50% dos gastos com defesa no Reino até 2030.” 

“Embora esta expansão das nossas capacidades de MRO seja importante, a chave para este acordo é o estabelecimento de atividades de formação conjuntas, para apoiar o desenvolvimento de talentos sauditas e a transferência de competências valiosas no setor aeroespacial.” 

Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança, acrescentou: “Estamos muito satisfeitos em assinar este acordo com a SAMI. Este é o primeiro passo para avançar na cooperação em Defesa e Segurança envolvendo cadeias produtivas entre os dois países. Com este Memorando de Entendimento, a Embraer avança ainda mais em um mercado estratégico. Trabalharemos arduamente para agregar valor à indústria local, à Força Aérea Real Saudita e ao Reino da Arábia Saudita.”

O acordo apoiará os esforços da SAMI na capacitação de talentos locais e na contribuição para o objetivo da Visão Saudita 2030 de localização do setor de defesa no Reino.

Sobre a SAMI:
Fundada em maio de 2017, a SAMI é uma subsidiária integral do Fundo de Investimento Público (PIF) que trabalha de acordo com as diretrizes descritas na Visão Saudita 2030. Com o objetivo de estar entre as 25 principais empresas das indústrias de defesa do mundo até 2030, espera-se que a SAMI desempenhe um papel fundamental na contribuição para a localização (gastos locais) de 50% dos gastos totais de defesa do governo do Reino.

A SAMI está combinando as tecnologias mais recentes e os melhores talentos nacionais para desenvolver produtos e serviços de defesa de acordo com os padrões internacionais em suas cinco divisões de negócios; SAMI Aeroespacial, SAMI Land, SAMI Sea, SAMI Defense Systems e SAMI Advanced Electronics. ‎Também se concentra em aumentar as exportações e trazer investimento estrangeiro para o setor das indústrias de defesa do Reino.

Eve Air Mobility e flynas assinam memorando de entendimento para impulsionar avanços do eVTOL na Arábia Saudita


*LRCA Defense Consulting - 29/11/2023

Eve Air Mobility e a flynas, a principal companhia aérea de baixo custo do mundo e do Oriente Médio, anunciaram hoje a assinatura de um Memorando de Entendimento (MoU) para explorar o futuro das operações de aeronaves elétricas de decolagem e pouso verticais (eVTOL) na Arábia Saudita. Os parceiros explorarão a possibilidade de iniciar operações eVTOL em Riade e Jeddah em 2026.

“Esta parceria representa não apenas um marco na nossa visão partilhada para viagens aéreas sustentáveis, mas também um compromisso para moldar um cenário de transporte mais eficiente, ecológico e acessível”, disse Johann Bordais, CEO da Eve. “Estamos ansiosos para embarcar nesta jornada inovadora com a flynas à medida que unimos forças para promover o futuro da mobilidade aérea na Arábia Saudita.”

Bander Almohanna, CEO e Diretor Geral da flynas, disse: “Temos o prazer de explorar as soluções sustentáveis ​​com a Eve Air Mobility como uma empresa pioneira neste campo, em linha com a estratégia da flynas de adotar iniciativas com impacto sustentável no meio ambiente, na sociedade e economia em paralelo com os objetivos nacionais de neutralizar as emissões de gases com efeito de estufa até 2060”.

O acordo contribuirá para a indústria da aviação da Arábia Saudita, construindo e apoiando o futuro ecossistema local para voos elétricos. A parceria também contribuirá para os objetivos de sustentabilidade da Visão 2030 e para as metas ambiciosas no setor da aviação.

A flynas opera mais de 1.500 voos semanais para mais de 70 destinos nacionais e internacionais. Este esforço colaborativo entre Eve e flynas e a introdução de voos eVTOL para a Arábia Saudita proporcionarão aos viajantes outra opção de transporte urbano, ao mesmo tempo que afirmarão o compromisso das empresas em moldar o futuro da aviação elétrica e fornecer transporte eficiente, seguro e sustentável para a região.

28 novembro, 2023

Em avaliação técnica, imprensa grega destaca vantagens do Embraer C-390 sobre o C-130

 


*Defence Review, por Anastasios Papandreou - 12/08/2023

O incidente com a imobilização de outro C-130 que transportaria a equipa da EMAK para as zonas afetadas pelo terremoto na Turquia, no início de Fevereiro de 2023, trouxe à luz o problema cronico da disponibilidade de aeronaves de transporte de PA. As intenções iniciais de comprar aeronaves C-130J usadas de nova geração de aeronaves aposentadas do tipo das forças aéreas italiana e britânica não prosseguiram devido às condições dessas aeronaves e ao custo geral que precisava ser gasto. O status atual da frota grega de C-130 é de dois a três em condições de voo e outros três que serão atribuídos ao P.A. nos próximos seis meses, desde que o cronograma de manutenção seja cumprido sem maiores atrasos. Então, em meados de 2024, o P.A. terá aproximadamente seis aeronaves em condições de voo, ou seja, 40% de sua frota.

A realidade é que os C-130B/H gregos, embora tenham passado há relativamente pouco tempo por um programa de modernização dos seus equipamentos eletrônicos, são aeronaves muito antigas, com milhares de horas de voo nas asas. Portanto, é fato que eles precisam ser substituídos. Isto, juntamente com o dispendioso regresso à condição de voo de várias aeronaves da frota, mobilizou o Ministério da Defesa e a liderança da AP. resultando no envio de um LOR para a compra da americana Lockheed de um número C-130J de nova construção. Este movimento específico foi perfeitamente lógico pelas seguintes razões.

O C-130 é uma aeronave conhecida pela AP, conhecida por pilotos e técnicos, e comprovadamente robusta e confiável. O modelo C-130J possui a mesma eletrônica e motores do C-27J, já que este último foi construído como seu irmão mais novo. Reduzindo os custos da cadeia de suprimentos devido ao compartilhamento de peças. Eles compartilham a mesma configuração de cabine, aumentando assim a uniformidade e reduzindo os custos de treinamento da tripulação de voo.

No início de agosto, foi relatado que o custo para comprar seis C-130J novos e dois C-130 usados ​​de um modelo mais antigo custaria cerca de US$ 1,8 bilhão. Considerando a LOA correspondente da Austrália para 24 aeronaves C-130J-30 em US$ 6,35 bilhões, que inclui equipamento eletrônico completo, sistemas Link 16, pacote completo de sistema de autoproteção, radar, rádios, sistema MX-20HD E/O, pacote de peças sobressalentes, literatura, formação e outros serviços, a LOA grega parece, à primeira vista, muito cara. A realidade é que não conhecemos quaisquer outros detalhes sobre o conteúdo da LOA grega e que normalmente nestas LOAs o lado americano tem o cuidado de incluir muitos sistemas em número suficiente para evitar o demorado processo de aprovação pelo Congresso. Como resultado, o custo da comissão pode acabar sendo muito menor que a LOA inicial.

Por outro lado, vemos que há uma dinâmica na Europa com a seleção do C-390 brasileiro pela EMBRAER, que também foi demonstrado recentemente no GEETHA. A aeronave média brasileira de transporte tático venceu a licitação da Força Aérea Holandesa para substituir os C-130H holandeses ao conseguir atender às necessidades holandesas com menores custos operacionais.

Neste contexto faremos uma análise comparativa dos dois tipos de aeronaves puramente numa base técnica e operacional uma vez que os dados financeiros não são suficientes para a análise financeira das ofertas.

C-130J
O Hercules da Lockheed é talvez a aeronave de transporte tático médio de maior sucesso desde o lendário Dakota. Foi fabricado desde 1956 até o presente em muitas centenas de unidades e diversas variantes e está em uso por mais de 60 usuários em todo o mundo. O mais recente modelo C-130J já conta com mais de 500 unidades desde que entrou em serviço em 1996. O C-130J é uma versão digital atualizada da aeronave com novos componentes eletrônicos, novos sistemas, glass cockpit e motores mais potentes. Comparado aos modelos mais antigos, o C-130J tem velocidade 21% maior, o tempo de subida é reduzido em 50%, o teto de cruzeiro e o alcance são 40% maiores.

O novo cockpit é um glass cockpit com quatro telas LCD multifuncionais, dois HUDs holográficos, um para o capitão e outro para o copiloto, instrumentos de voo digitais e iluminação compatível para uso de dispositivos de visão noturna. Apresentando um barramento de dados digital MIL-1553, dois computadores de missão e dois módulos de interface de barramento redundantes fornecem redundância dupla para sistemas de aeronaves. Além disso, os computadores fornecem um sistema de diagnóstico abrangente que monitora e registra as condições, a estrutura e os sistemas da aeronave.

A versão Basic da aeronave possui dimensões, comprimento 29,79m, altura 11,84m e envergadura 40,41m. peso vazio 34,2 toneladas, carga máxima transportada 19 toneladas e velocidade de cruzeiro 355 nós. A versão C-130J-30 é alongada em 4,58 m, permitindo transportar carga adicional.

O C-130J é movido por quatro novos motores turboélice Rolls Royce AE2100D3 de 4.591 HP, cada um acionando uma hélice composta Dowty R391 de seis pás.

Após teste e avaliação operacional e aceitação de OT&E pela USAF em 2006, diversas melhorias foram desenvolvidas, certificadas e incorporadas à configuração básica da aeronave. Esses incluem:

- Terrain Awareness and Warning System (TAWS), um sistema para maior consciência situacional em vôo. O TAWS funciona em conjunto com o existente Sistema de Prevenção de Colisões no Solo (GCAS) como sistemas independentes, mas complementares, que fornecem avisos de voz à tripulação (VWA) sobre obstáculos.

- Sistema IFF Modo S aprimorado, expansível para Modo 5 para uso com comunicações civis, navegação e vigilância/gerenciamento de tráfego aéreo (CNS/ATM).

- Atualização de software comum de comunicação, navegação e identificação (CNI) desenvolvida para todos os clientes, incluindo tabelas balísticas de paraquedas atualizadas e rehospedagem de dados de decolagem e pouso (TOLD) do CNI para o Mission Computer (MC).

- Reintrodução do TOLD no Programa Operacional de Voo (OFP) do computador da missão, permitindo recursos adicionais e aprimorados relacionados a mapas e cálculos para decolagens quentes/altas, peso de pouso, comprimento de campo de esforço mínimo de decolagem modificado, gradientes de subida, correções de vento e extensão do desvio de temperatura em ISA +/-45°C.

- Melhorar a estrutura do núcleo da asa, fortalecendo peças estruturais, como longarinas e longarinas, conectores de asa e suportes de motor.

- Módulo de transferência de sistema e interface de diagnóstico (DTADS) para gerenciamento de manutenção de sistemas críticos de aeronaves usando um sistema operacional Windows. O DTADS inclui análises em voo e pós-voo, processamento de manutenção em solo, monitoramento da integridade estrutural e gerenciamento da vida útil do motor.

C-390
O ano de 2015 foi marcado pelo primeiro voo do protótipo brasileiro C-390 Millennium. O C-390 é um avião a jato de transporte médio com novo design e tecnologia, construído com a filosofia de facilidade de manutenção e múltiplas missões. Nesse contexto, a Embraer integrou diversos sistemas de missão na aeronave básica, fazendo com que a versão básica contenha sistemas que em outros projetos são considerados extras, aumentando o custo.

A Força Aérea Brasileira no âmbito da substituição dos C-130 teve nas suas fileiras investido no desenvolvimento da aeronave e foi o seu primeiro cliente com 22 aeronaves, Portugal também participou no desenvolvimento e encomendou cinco aeronaves. Em 17 de novembro de 2020, a Hungria encomendou duas aeronaves e, em 16 de junho de 2022, os Países Baixos decidiram adquirir 5 mais 1 aeronave e equipamento conexo.

A aeronave tem dimensões de 35,2m de comprimento, 11,84m de altura e 35,05m de envergadura, carga útil máxima de 26 toneladas e velocidade de cruzeiro de 470 nós.

A empresa decidiu desde o início usar turbinas de ar em vez de motores heli-turbinas. Possui dois motores turbofan Turbofan IAE V2500-E5 de alta taxa de bypass com potência de 31.330 HP cada. O V2500-E5 é baseado no sucesso comercial V2500-A5, transportado por toda a linha de aeronaves de passageiros Airbus A319/320/321, com milhões de horas de operação e otimizado para alto desempenho e baixo consumo de combustível.

O cockpit é o Pro Line Fusion totalmente digital da Rockwell Collins com cinco telas LCD coloridas multifuncionais de 15 polegadas e HUD para o capitão e copiloto com sistema de visão aprimorado (EVS/SVS). O sistema EVS/SVS é utilizado para uma melhor consciência situacional em condições de baixa visibilidade e em território desconhecido. O sistema integra o banco de dados terrestre com informações de voo em tempo real, permitindo que as tripulações operem como se estivessem sempre em VFR. Os auxílios eletrônicos incluem o sistema Flight By Wire que auxilia e facilita o trabalho dos pilotos e o radar italiano Leonardo Gabbiano T20 que opera na banda X e é capaz de vigilância em qualquer condição climática no ar, mar e terra.

Os módulos de missão do C-390 Millennium são verdadeiramente impressionantes. O conceito de "uma aeronave com muitas capacidades" permite a rápida reconfiguração para abastecimento aéreo, assalto aéreo, reabastecimento ar-ar (a variante KC-390), combate a incêndio aéreo, busca e salvamento (SAR), ajuda humanitária, evacuação médica e operações especiais. apoiar. O C-390 também pode ser equipado com uma torre EO/IR removível para aprimorar as capacidades de SAR, Patrulha Marítima e Operações Especiais. Também possui câmeras diurnas/noturnas pré-instaladas para reabastecimento aéreo e pode ser facilmente convertido em um avião-tanque, instalando o sistema de reabastecimento aéreo (2 rotores Cobham 912E) nas asas e os tanques de combustível de 12 toneladas na área de carga. O fluxo de transferência de combustível é de 400 galões por minuto. Para convertê-lo em carro de bombeiros, é utilizada a coleção MAFFS II, que tem capacidade para transportar 11 mil litros de líquido retardador. Aqui o sistema FBW confere excelente manobrabilidade à aeronave estando em baixa altitude e em baixa velocidade durante a missão de combate a incêndios. O que impressiona é a rápida mudança entre configurações que não ultrapassa as 3 horas.

Resumo: o C-390 tem nítidas vantagens
Então, para resumir, o C-390 comparado ao C-130J tem a capacidade de transportar 37% mais carga ou transportar 15 toneladas de carga 50% mais longe, voando a uma velocidade 32% mais rápida. Também tem a possibilidade de rápida reconfiguração e mudança de missão, sendo a mais importante a do avião-tanque voador. Finalmente, muitos sistemas, como o cockpit e os motores, são feitos de materiais COTS/MOTS, resultando na facilidade de encontrar peças sobressalentes a preços baixos em comparação com materiais militares puros.

Ultimamente vemos que a maioria das opções de apoio aos DEA são através de atribuições diretas. Isto faz com que o lado grego perca a vantagem do comprador de obter um preço melhor e maiores benefícios. Neste caso, independentemente de o lado norte-americano nos oferecer FMS ou FMF para o C-130J, através da aquisição direta perdemos o nosso poder de negociação e a capacidade de baixar o preço com os resultados conhecidos em primeiro lugar.
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Saiba mais:
- Grécia faz nova reunião com a Embraer sobre aeronaves de transporte C-390 Milennium

Documento da Holanda detalha os motivos da escolha do Embraer C-390

 

*Defence Review - 17/02/2023

Um documento muito interessante (ver aqui) do Parlamento Holandês ao Ministro da Defesa do país, datado de 16 de junho de 2022, regista os resultados da pesquisa de mercado holandesa, no contexto do novo programa de aeronaves de transporte tático, ou seja, o programa para substituir as quatro aeronaves C-130H/H-30 Hercules.

Vale ressaltar que um dia depois, em 17 de junho, o Ministério da Defesa holandês anunciou que o substituto do C-130H/H-30 será o C-390 Millennium da Embraer e não o C-130J Super Hercules da Lockheed Martin.

Lembramos que em outubro de 2020 a Holanda anunciou que se aposentaria mais cedo e substituiria os C-130H/H-30 em serviço por novas aeronaves mais rapidamente. Inicialmente, a intenção dos Países Baixos era atualizar parcialmente as aeronaves para que permanecessem operacionais até 2030 e depois substituí-las (no período 2031-2033), mas no final prevaleceu o cenário de retirada e substituição imediata. Das quatro (4) aeronaves, duas (2) são C-130H (recebidas em uso em 2005) e duas (2) são C-130H-30 (recebidas em segunda mão em 1992).

A principal razão para a decisão de adquirir uma nova aeronave de transporte tático, como afirma o documento, é que “as evacuações para o Afeganistão em 2021 e a mudança drástica da situação de segurança na Europa Oriental no ano passado sublinharam a importância da disponibilidade garantida dos nossos próprios capacidade de transporte tático e estratégico para as Forças Armadas Holandesas .' A nova aeronave “deve ser capaz de transportar diversos tipos de equipamentos, incluindo munições, ou pelo menos 60 paraquedistas. Também deverá ser capaz de transportar cargas acima de 2.000 milhas náuticas”, afirma o documento.

Razões para a escolha do Embraer C-390

Na categoria “fase de pesquisa”, o documento afirma que a Holanda apresentou dois candidatos potencialmente adequados, o C-130J e o C-390M.

Na categoria "resultados", o documento afirma: "A fase de pesquisa mostra que o C-390M é o único candidato dentro do orçamento alvo que pode atender aos requisitos comerciais/militares prontos para uso (COTS/MOTS)." "Atende quase todos os requisitos e pode ser entregue e certificado dentro do prazo especificado. Comparado ao C-130J, o C-390M tem maior disponibilidade e requer significativamente menos manutenção. Como resultado, mais horas de voo podem ser alcançadas com o mesmo número de aeronaves."

“O C-390M tem pontuação superior ao C-130J em vários requisitos operacionais e técnicos e atende às necessidades operacionais. O C-130J pode atender às necessidades operacionais holandesas, mas precisa ser equipado com vários componentes de missão especializados que não estão disponíveis na configuração que necessitamos para COTS/MOTS. O C-390M requer menos manutenção e pode fornecer mais horas de voo por aeronave do que o C-130J. Com base nas informações recebidas na Fase B, o C-390M pode atender ao requisito mínimo de 2.400 horas de voo com quatro aeronaves. Cinco aeronaves podem atender ao requisito de 4.000 horas de voo. Por outro lado, com base nas informações recebidas durante a fase de pesquisa, são necessários pelo menos cinco C-130J para 2.400 horas de voo, enquanto cinco C-130J são insuficientes para cumprir o requisito de 4.000 horas”, continua o documento. 

Na categoria “custo vitalício” , o documento afirma: “O custo estimado do ciclo de vida do C-390M está dentro do orçamento alocado. Em contraste, o custo estimado da vida útil do C-130J está errado."



Golaço: Taurus Helmets lança capacetes nas cores do Grêmio e do Internacional


*Máquina do Esporte - 28/11/2023

Grêmio e Internacional ganham linha licenciada de capacetes da Taurus Helmets

A Taurus Helmets, empresa especializada em capacetes para motociclistas, criou uma linha de capacetes especiais para os torcedores do Grêmio e do Internacional. O acordo foi feito sob intermediação da Fama Licensing e tem como público-alvo os cerca de 19 milhões de fãs da dupla Grenal.

“Este projeto inovador nasceu com o objetivo de criar um produto que se conecta emocionalmente com seguidores das marcas. Através dessa relação afetiva, buscamos gerar um apelo que vai além do convencional, combinando desejo, utilidade e satisfação. Essa é a essência do que chamamos de ‘licenciamento de impacto’, uma fórmula que aplicamos para criar produtos que verdadeiramente ressoam com o público e fazem a diferença para os clientes”, explicou Fabiano Veronezi, CEO da Fama Licensing.

Com a iniciativa, a Taurus Helmets tem como objetivo estreitar os laços entre os aficionados por futebol e motociclismo, alavancando as vendas da marca, que já superam um milhão de capacetes no Brasil anualmente. Para a empresa, o projeto permite aos torcedores expressarem a paixão pelo clube do coração de uma forma única.

“Este lançamento redefine os padrões de produtos licenciados de futebol e motociclismo. É uma oportunidade singular para os torcedores mostrarem apoio a seus times com muito estilo e segurança”, disse Maurício Sepulveda, diretor de criação e marketing da Taurus Helmets.

Confeccionados em ABS de alto impacto, os capacetes têm como principais características a resistência e a durabilidade, além de um tratamento antibacteriano e uma viseira de cristal antirrisco para garantir a melhor experiência possível.

“Nossos produtos licenciados são pensados para fazer parte do dia a dia dos motociclistas e colecionadores. Com este lançamento, eles poderão vivenciar a emoção do seu time do coração com grande estilo”, afirmou Renato Lagden, gerente de novos negócios da Taurus Helmets.

Disponíveis a preços que variam entre R$ 249 e R$ 299, os capacetes estarão à venda em lojas especializadas e marketplaces a partir de 27 de dezembro. A ideia é que o modelo de negócio seja expandido para incluir outros grandes clubes do futebol brasileiro em breve.
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Sobre a Taurus Helmets
A Taurus Helmets, empresa 100% controlada pela Taurus Armas S.A., é pioneira e líder na fabricação de capacetes no Brasil, possuindo hoje, além do Graph-X (capacete com grafeno), mais cinco marcas em seu portfólio: San Marino - a marca de capacetes mais vendida do Brasil, Urban Helmets, Joy23, Zarref e Wind.

A empresa utiliza toda a experiência e o rígido padrão de qualidade da Taurus Armas S.A., líder mundial na venda de armas leves, para a fabricação dos capacetes. Possui cobertura de vendas nacional com mais de 12 mil pontos de vendas, além de e-commerce, atuando ainda em exportação de larga escala para América Latina e EUA .

Números robustos e possibidade de venda

A operação de capacetes é historicamente rentável e lucrativa. No ano de 2022, a Taurus Helmets teve uma participação de 4,1% na receita líquida consolidada da Taurus Armas, correspondendo a cerca de R$ 105,1 milhões.

A Taurus permanece avaliando propostas para a venda de sua operação de capacetes, já que ela não faz mais parte do seu core business. No entanto, como não está mais pressionada a realizar ativos para suprir demandas de seu caixa e como a operação permanece em atividade e lucrativa, só considerá aquelas que trouxerem o retorno do valor que realmente o negócio possui.

Eve Air Mobility e Jeju Air lançam Conceito de Operações para mobilidade aérea urbana na Coreia do Sul


*LRCA Defense Consulting - 28/11/2023

A Eve Air Mobility e a Jeju Air Co., Ltd., a primeira e maior companhia aérea de baixo custo da Coreia do Sul, anunciaram o lançamento de um novo Conceito de Operações (CONOPS) para voos com aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL) na Ilha de Jeju. As duas empresas trabalharam juntas para produzir o estudo, que busca avaliar os requisitos para viabilizar a Mobilidade Aérea Urbana (UAM) na Coreia do Sul. 

"Estamos dando um passo fundamental rumo à implementação de futuras operações de UAM com voos de eVTOL na Coreia do Sul", destacou David Rottblatt, Vice-Presidente de Vendas, Marketing e Assuntos Governamentais da Eve. "A parceria entre a Eve Air Mobility e a Jeju Air nos permitiu realizar uma análise detalhada das necessidades, oportunidades e desafios envolvidos na implantação segura de futuros voos de eVTOL na Ilha de Jeju.”

"Como uma companhia aérea líder, queremos contribuir para o desenvolvimento de um ambiente operacional seguro para a mobilidade aérea urbana, com base em nosso conhecimento e experiência no setor aeronáutico, agregando valor para a indústria da aviação", afirmou Taeha Park, líder da UAM Business Task Force da Jeju Air. "Assim como a Jeju Air popularizou as viagens aéreas na Coreia, buscamos fazer o mesmo para a indústria de UAM."

O estudo colaborativo aborda os aspectos operacionais e comerciais para a implantação de serviços de UAM na Ilha de Jeju. Isso engloba análises e resultados da pesquisa de opinião dos clientes da Jeju Air realizada neste ano. 

A Coreia do Sul é um dos primeiros países a iniciar a construção das bases para a mobilidade aérea urbana. Estabelecer um conceito de operações é um dos primeiros passos em direção à futura Mobilidade Aérea Urbana. Nesse sentido, a Eve tem colaborado com diversas cidades, países e autoridades regulatórias para estabelecer conceitos de operações nos EUA, Brasil, Reino Unido e outras regiões ao redor do mundo. 

Estamos adotando uma estratégia cuidadosa e estratégica para analisar as demandas, oportunidades e desafios específicos de cada região", ressaltou Augustine Tai, líder de Desenvolvimento de Negócios (APAC) na Eve. "Este projeto oferece uma referência valiosa para todos os stakeholders interessados no progresso do ecossistema de UAM na Coreia do Sul.".

O CONOPS estará disponível no site da Eve para que toda a comunidade possa entender como o ecossistema de UAM possibilitará um novo meio de transporte acessível, seguro e sustentável na Ilha de Jeju. A Eve espera que o CONOPS incentive todos os responsáveis por esse ecossistema a evoluir juntos, permitindo que a indústria, agências reguladoras, entidades civis e governamentais e a comunidade continuem investindo, desenvolvendo e integrando esse novo modelo de transporte.

27 novembro, 2023

27 Nov - Minha continência ao Capitão de Infantaria Danilo Paladini


*Leonardo RC Araujo - Coronel de Infantaria

Era véspera de 27 de novembro de 1935...

O jovem 1º Tenente de Infantaria Taltibio Araujo, meu pai, servia no 3º Regimento de Infantaria, no Rio de Janeiro, e estaria de serviço como Oficial de Dia, no dia seguinte, 27, no 1º Regimento de Aviação (do Exército), localizado no Campo dos Afonsos. Não sabia ele que estava marcado para ser assassinado...

Como era solteiro, um companheiro seu, o 1º Ten Inf Danilo Paladini, solicitou-lhe que trocasse de serviço, ficando em seu lugar, já que era casado e Zelina, sua esposa, estava grávida e teria uma consulta médica no dia 28, quando ele estaria de Oficial de Dia.

Trocada a escala, Paladini assumiu e cumpriu suas tarefas normalmente pela manhã e pela tarde. A noite desse dia estava muito escura e a chuva caia a cântaros.

Em certa hora, o 1º Ten Paladini pegou a viatura para realizar uma ronda externa. Ao chegar no Corpo da Guarda, o 1º Ten Ivan Ramos Ribeiro, seu companheiro até o dia anterior, simplesmente levantou a janela de lona da viatura e, de imediato, desferiu um tiro de revólver calibre 45 nas costas do 1º Ten Paladini, sem ao menos verificar quem era. Não sabia ele que o serviço havia sido trocado... e que assassinara o Oficial errado.

Enquanto isso, diversos militares, alguns ainda dormindo, foram mortos a facadas ou a tiros em quartéis do Rio de Janeiro, principalmente no 3º RI e no Campo de Aviação dos Afonsos, onde esse Regimento também fazia a segurança. Era o início, no RJ, de uma tentativa de revolução armada liderada por Luis Carlos Prestes, Agildo Barata e outros líderes comunistas, mais tarde conhecida como a Intentona Comunista de 1935.

Jornal O Globo - final de Nov 35


Prestes, Capitão do Exército e líder tenentista convertido ao comunismo, passou a estudar marxismo na Bolívia, para onde havia se transferido no final de 1928, quando a maioria dos integrantes da Coluna Miguel Costa / Prestes lá se exilara. Nesse país, travou contato com os comunistas argentinos Rodolfo Ghioldi e Abraham Guralski, este último dirigente da Internacional Comunista (IC).

Em 1931, mudou-se para a União Soviética, a convite deste país, continuando seus estudos marxistas-leninistas. Por pressão do Partido Comunista da União Soviética, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) o aceitou como filiado em agosto de 1934. Sendo eleito membro da comissão executiva da Internacional Comunista, voltou como clandestino ao Brasil em dezembro, acompanhado pela alemã Olga Gutmann Benário, também membro da IC. Na época, a URSS criara em Montevidéu, Uruguai, o Secretariado Latino-Americano, que operava clandestinamente e tinha por objetivo aproximar de Moscou as organizações comunistas da América Latina. Olga e Prestes eram apoiados financeira e logisticamente através dessa organização.

Sob a capa de uma coligação denominada Aliança Libertadora Nacional, ALN, o Partido Comunista tentou deflagrar um golpe militar. Foi Prestes quem dirigiu o levante, em articulação direta com a direção da Internacional Comunista, que mantinha junto a ele um grupo de militantes comunistas internacionais, composto por sua companheira, a alemã e agente soviética Olga Gutmann Benário, o argentino Rodolfo Ghioldi, o alemão Arthur Ernest Ewert, Ranieri Gonzales e alguns outros militantes ligados ao Comitê Executivo da Internacional Comunista.

Militares comunistas ocuparam algumas unidades militares em Natal (23 e 24 Nov), em Recife (24 Nov), tendo, inclusive, assassinado companheiros desarmados. Depois, distribuíram armas e munições para simpatizantes civis. O movimento resultou em saques, furtos e depredações, e na ocupação de instalações governamentais e militares naquelas capitais.

Os combates mais intensos ocorreram no Rio de Janeiro, a partir do dia 27, no 3º Regimento de Infantaria, na Praia Vermelha (histórico prédio da antiga Escola Militar), e no Regimento de Aviação. Ao final, os rebelados foram rapidamente derrotados, ao custo de 28 mortos legalistas (até 33, segundo outras fontes) e um número incerto de revoltosos, além de feridos e muita destruição. Dos três levantes comunistas de 1935, foi o de Pernambuco o mais sangrento, recolhendo-se 720 mortos só na operação na frente de Recife (Glauco Carneiro, em Histórias das Revoluções Brasileiras).

As próprias lideranças duvidavam do sucesso da rebelião, mas foram obrigadas pelo dever de obediência ao Comintern (Internacional Comunista), de Lenin. O governo chamou o movimento de “intentona”, ou “intento louco”, nome com o qual passou à História.

Em síntese, meu pai viveu, felizmente, mas o 1º Ten Danilo Paladini e outros tantos militares tombaram, alguns deles da mesma maneira covarde por aqueles que deveriam ser “irmãos de armas”, somente porque não professavam a mesma ideologia e representavam perigo para a "revolução comunista".

Matar um companheiro de armas dormindo, ainda sonâmbulo ou pelas costas não é combate, não é luta… é traição e covardia.


Monumento no Rio de Janeiro aos militares e civis mortos pelo comunistas em 1935


Em 1989, Irma Paladini Azevedo da Silveira, a filha do capitão Paladini, deu o seguinte depoimento: “Vi, tive em mãos, cuidadosamente guardada para mim por minha mãe, a farda que meu pai vestia quando foi morto. Ali estava nítida a marca do tiro que, pelas costas, lhe penetrara o pulmão, saindo pelo coração.”As famílias dos mortos pelos comunistas, tanto civis como militares, jamais receberam qualquer indenização. Danilo Paladini foi promovido post mortem a Capitão.

Assim, a cada 27 de novembro, presto a minha mais emocionada continência ao Capitão de Infantaria Danilo Paladini. Se não fosse por esse herói, minha família não existiria...

Na foto acima (da esquerda para a direita e de cima para baixo), algumas da vítimas da ação comunista: Tenente-Coronel Misael Mendonça, Capitão Armando de Sousa e Mello, Capitão João Ribeiro Pinheiro, Primeiro-Tenente Danilo Paladini, Primeiro-Tenente Benedicto Lopes Bragança e Primeiro-Tenente Geraldo de Oliveira.


 

Embraer C-390 & Saab Gripen: avançam as negociações entre Brasil e Suécia


*Airspace-Review, por RNS - 26/11/2023

O governo brasileiro, o governo sueco e dois fabricantes de aeronaves de cada país, nomeadamente Embraer e Saab, estão atualmente negociando a aquisição do caça F-39 Gripen e da aeronaves de transporte multifuncional KC- 390 Millennium.

As delegações de ambos os países ainda estão na fase de conclusão das discussões sobre os mecanismos e acordos que serão alcançados.

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu nesta quinta-feira (23/11) uma delegação de autoridades e empresários suecos.

Discutiram a compra pelo Brasil do segundo lote de caças F-39 Gripen e a venda da aeronave de transporte multifuncional KC-390 para a Força Aérea Sueca (Flygvapnet).

A reunião, realizada no Palácio do Planalto, contou com a presença do presidente da Saab, Micael Johansson, e do mais importante executivo da Suécia, Marcus Wallenberg, que lidera o grupo AB Investors.

A CNN Brasil informou que se a compra de quatro aeronaves KC-390 pela Suécia for concluída, o governo brasileiro terá que comprar um segundo lote de 14 caças Saab Gripen (F-39 Gripen). Como se sabe, o Brasil comprou 36 jatos Gripen E/F da sueca Saab, sendo 28 F-39E e 8 F-39F. Diz-se que o valor do contrato entre as duas empresas não pode ser o mesmo.

Anteriormente, um aditivo ao contrato assinado em 2014 pelo Brasil com a Saab era garantido por financiamento do governo sueco. Isso permite até 25% mais caças de segunda onda sob as mesmas regras de aquisição. Segundo os negociadores, o número de 14 das 36 aeronaves foi acertado.

A aquisição de quatro KC-390 pela Suécia aumentará a capacidade de aeronaves de transporte da Flygvapnet.

A Força Aérea Sueca opera atualmente 5 C-130H Hercules. Enquanto isso, os planos de aquisição do C-130J Super Hercules via Itália não foram concluídos. A decisão final será tomada pela Suécia.

A colaboração entre a Suécia e o Brasil, bem como a Saab e a Embraer abre perspectivas mutuamente benéficas na venda de aeronaves produzidas por cada país.

26 novembro, 2023

Necessidades de artilharia podem tornar o Brasil um importante produtor de munição 155 mm


*Bulgarian Military, por Boyko Nikolov - 24/11/2023

À medida que potenciais compras de veículos blindados obuseiros no valor de R$ 1 bilhão [204 milhões de dólares] de países como Israel, França e China estão a ser consideradas pelo comando militar (brasileiro), surgem questões: deveria este capital ser investido na promoção do desenvolvimento nacional?

O comando do Exército brasileiro concluiu recentemente seu processo de aquisição para aquisição de novos 36 veículos blindados de combate, transação que está avaliada em R$ 1 bilhão. O financiamento para esta compra originou-se do novo projeto PAC. Essa iniciativa destinou R$ 6,7 bilhões [US$ 1,3 bilhão] para os planos estratégicos do Exército a serem concretizados entre 2024 e 2027.

Do jeito que as coisas estão, o cronograma planejado pelo Exército prevê uma lista finalizada de candidatos a ser divulgada até dezembro. Fontes internas da Sputnik Brasil revelam que os modelos preferidos vêm de Israel, França e China. A brasileira Avibras também está na disputa, oferecendo um modelo que repete o Tatra indiano para atender às necessidades do Exército.

Necessidades urgentes

Sandro Teixeira Moita, professor da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, acredita que o arsenal de artilharia do Brasil precisa urgentemente de uma reformulação.

“Acontecimentos recentes na Ucrânia demonstraram que a artilharia rebocada tradicional é suscetível a ataques de drones e disparos de contra-bateria”, revelou Moita durante bate-papo com a Sputnik Brasil. “O Exército Brasileiro está atualmente explorando obuseiros autopropulsados ou canhões de rodas, que oferecem disparo eficiente e capacidade de retirada rápida de uma posição de combate.”

Atualmente, a frota de artilharia do Brasil é composta por veículos obtidos durante a Segunda Guerra Mundial. Mesmo com atualizações contemporâneas, estas máquinas têm uma vida útil limitada. Prevê-se que outro salto na modernização seja a transição do atual calibre 105 mm para o calibre 155 mm, reconhecido como o “padrão NATO”. (veja Nota ao final da matéria)

“O Brasil depende fortemente de equipamentos militares de origem ocidental que se alinhem aos padrões da OTAN. Por isso, pode ser difícil operar com outro calibre além deste”, opina Moita. “Notavelmente, até mesmo a empresa rival chinesa, Norinco, revelou seu veículo no formato 155 mm, explicitamente para satisfazer as exigências do exército brasileiro.”

Uma chance de aumentar a produção

O Brasil fabrica munição 155 mm, embora a escala de produção seja relativamente pequena. Um professor da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército prevê que o advento das novos obuseiros levará a um aumento na demanda por munições produzidas internamente.

Uma das condições desta competição é que uma empresa local como a IMBEL [Indústria de Material Bélico do Brasil] tenha capacidade para produzir munições 155mm em maior escala, abrindo caminho para uma maior autossuficiência do Brasil”, disse Moita.

Ele destacou que a competição é “educativa” porque o Exército Brasileiro delineou explicitamente as características desejáveis ​​dos veículos, juntamente com as especificações sobre os recursos nacionais.

“O Exército documentou meticulosamente suas necessidades operacionais, referindo-se ao tipo de arma, especificações de tiro, aspectos de desgaste e procedimentos de manutenção”, garante o professor. “Por exemplo, um dos critérios é que os veículos sejam transportáveis ​​através de aeronaves C-390 Millennium [fabricadas pela brasileira Embraer].”

Despesa ou investimento?
Alguns especialistas expressaram insatisfação com o pedido do comando do exército para uma grande compra, apresentando pontos de vista críticos. O analista militar e oficial da reserva da Marinha do Brasil, Robinson Farinazzo, sugere que, em vez de gastar fundos substanciais em produtores externos de veículos de artilharia, o Brasil deveria recorrer às suas capacidades de produção doméstica.

“Há um consenso sobre a necessidade indispensável de atualizar a nossa frota de artilharia. Porém, se nosso novo Programa de Aquisições [PAC] injetar dinheiro na compra internacional de equipamentos militares, especialmente de países que se intrometem em nossos assuntos na Amazônia, estará simplesmente desperdiçando recursos”, lamentou Farinazzo.

Farinazzo prevê um cenário ideal onde projetos estrangeiros sejam adquiridos e implementados em nível local. Além disso, defende um processo de seleção mais rigoroso na escolha de parceiros internacionais.

“Devemos ter cuidado com os erros do passado. Veja o exemplo da Argentina. Eles compraram mísseis franceses, mas durante a Guerra das Malvinas contra o Reino Unido; quando precisaram de substitutos, a França, aliada do Reino Unido, tornou-se um obstáculo”, advertiu o oficial naval reformado.

O cerne do argumento reside na forma como os fundos destinados a compras no exterior poderiam, em vez disso, reforçar a base industrial de defesa do Brasil, conhecida como BID.

Estamos negligenciando nossa própria indústria e terceirizando empregos. A má gestão dos fundos públicos desta forma não é sustentável”, criticou Farinazzo. “A legislação para melhorar os gastos com a defesa também deve concentrar-se no fortalecimento da nossa indústria nacional.”

Sando Moita, professor da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, apoia Farinazzo na questão do recebimento de recursos pelo BID. No entanto, aponta a lamentável ausência de um projeto nacional que possa satisfazer as necessidades de artilharia do país.
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Notas da LRCA Defense Consulting
26/11/2023

Material 155mm
Apesar de a matéria parecer sugerir que o parque de artilharia brasileiro seja restrito a armas da 2ª Guerra Mundial no calibre 105mm, o Exército Brasileiro possui material de 155mm, como o obus rebocado M114 e os obuseiros autopropulsados sobre lagartas de fabricação norte-americana M109 A3, comprados do exército belga e modernizados pela empresa Sabiex Internacional S/A (entre 1999 e 2001) e M109 A5+ BR, doados pelo Exército Americano, modernizados pela empresa BAE Systems, com as últimas unidades sendo entregues em 2019.

Obuseiro autopropulsado sobre lagartas M109 A5+ BR modernizado e entregue em 2019

Munição 155mm
No Brasil, além da IMBEL, a Mac Jee e a CSD - Componentes e Sistemas de Defesa SA também produzem munição 155mm.

Munição CSD


Munição Mac Jee


Munição IMBEL

Taurus & CBC: Ao completar um ano, loja AMTT de SP deverá ser emblemática na retomada do mercado


*LRCA Defense Consulting - 25/11/2023

A loja AMTT (Armas, Munições, Tiro e Treinamento) na cidade de São Paulo (SP) é o maior empreendimento brasileiro voltado ao mercado do setor e está completando um ano, desde sua inauguração. O estabelecimento faz parte do programa de franquias da Taurus e da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), Empresas Estratégicas de Defesa e duas das principais fabricantes de armas e munições do mundo. 

Para celebrar a data, será realizada, neste sábado (25), das 10h às 18h, uma comemoração especial no local, com coffee break para os clientes e workshops ministrados por instrutores credenciados.

Retomada do mercado
A loja AMTT de São Paulo deverá se constituir em um emblemático local de facilidades para o enorme mercado paulista de armas, munições, acessórios e treinamento que está para ser retomado, haja vista que, após a publicação dos calibres oficialmente permitidos, provavelmente ainda neste mês seja também publicada a portaria que definirá os parâmetros para o comércio desses produtos.

Em estimativas feitas por integrantes do mercado, há uma grande demanda que foi reprimida durante todo o ano de 2023 e que deverá começar a ser atendida após a publicação dessa portaria, perfazendo mais de 200 mil armas.

Loja AMTT
A AMTT é um espaço que reúne todo o portfólio de produtos Taurus e CBC, soluções e serviços, com conceito de loja baseado nos melhores comércios e experiências existentes no mundo. 

O estabelecimento, com 1.674m² de área construída e dois andares, foi projetado para ser um ambiente integrado, com acessibilidade em todas as áreas, onde os clientes encontram tudo o que necessitam para a defesa, esporte do tiro e lazer. 

O local também proporciona uma maior proximidade dos investidores/acionistas com o setor, possibilitando que conheçam pessoalmente os produtos oferecidos ao mercado. 

Além da linha completa de armas e munições Taurus/CBC e dos produtos de marketplace das marcas, entre eles acessórios, coldres, mochilas, cofres para armas curtas e kit para limpeza de armas, a loja possui serviços de despachante, assistência técnica, pós-venda, cursos de qualificação e atividades relacionadas ao segmento. Conta também com salas de reunião, negócios e treinamentos, espaço de café, lounge Vip, dois stands de tiro contemplando 7 linhas de 25 m² e 1 linha de 10 m² para Air Gun, além de jardim de inverno e estacionamento. 

A loja conceito AMTT em São Paulo é a segunda no Brasil e segue a mesma proposta da primeira unidade inaugurada em novembro de 2021 em Brasília (DF), pensada para proporcionar uma experiência de compra especial em um ambiente que atenda todas as necessidades dos clientes, sendo ponto de relacionamento, onde atendimento, qualidade e conveniência são essenciais.

Aniversário de 1 ano da AMTT SP
- Data: 25/11/2023
- Horário: das 10h às 18h
- Local: Loja AMTT – Rua Umberto Caputi, 139 – Distrito Jardim Caravelas, São Paulo – SP.

25 novembro, 2023

Grécia faz nova reunião com a Embraer sobre aeronaves de transporte C-390 Milennium


*fimotropo - 24/11/2023

A aeronave C-390 Millennium da Embraer está mais uma vez no centro das atenções da Força Aérea, que continua em busca de soluções para reforçar sua frota de aviões de transporte.

“Na quarta-feira, 22 de novembro de 2023, o Estado-Maior da Aviação Geral (GAA), reunião de representantes da empresa Embraer, Sra. Carla Salleron (Diretora, Business&Sales Europe) e o Sr. Manuel Borges (Customer Account Manager), com quadros relevantes do GEA (Estado-Maior Geral da Força Aérea) e do Comando de Apoio Aéreo", refere o comunicado do Ministério da Defesa Nacional.

“O objetivo da reunião foi a apresentação da empresa sobre as capacidades da aeronave de transporte C-390 Millennium”, acrescenta o comunicado.

Recorde-se que, no passado mês de junho, a aeronave aterrou na 112ª Ala de Caça, na Base Aérea de Elefsina, com o objetivo de demonstrar as suas capacidades aos competentes quadros da GEA. A demonstração incluiu procedimentos de carregamento e realização de voos.

Leia mais:
- C-390 Millennium, da Embraer, na Grécia para testes e demonstrações

Na Arábia Saudita, presidente brasileiro ajudará a promover aeronaves da Embraer


*LRCA Defense Consulting - 25/11/2023

Segundo informa a Agência Brasil, o presidente brasileiro retoma sua agenda de viagens oficiais internacionais na próxima semana.

Antes de desembarcar nos Emirados Árabes, onde participará da 28ª Conferência de Mudanças Climáticas (COP28), da Organização das Nações Unidas (ONU), que começa no próximo dia 30, o presidente visitará a Arábia Saudita e o Catar.

Segundo o embaixador Carlos Sérgio Sobral Duarte, secretário do Itamaraty para África e Oriente Médio, o presidente e seus acompanhantes devem permanecer um dia na Arábia Saudita e outro no Catar.

O governo brasileiro decidiu aproveitar a ida do presidente à COP28 para incluir uma escala na Arábia Saudita e, assim, atender a um convite do rei Salman bin Abdulaziz Al Saud. 

C-390 Millennium
No país, o mandatário brasileiro se reunirá com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, que cumpre as funções de chefe de Estado. Ele também participará de um encontro com empresários sauditas e de um evento de promoção de produtos da Embraer. A intenção é reforçar a posição da gigante brasileira do setor aéreo em seus esforços para vender aeronaves de defesa a Arábia Saudita, especialmente o avião multimissão C-390 Millennium, que é objeto de grande interesse do país árabe.

“Há a possibilidade de incremento dos investimentos sauditas no Brasil. Já houve [em outubro de 2019] um anúncio da intenção de se investir [no Brasil] algo em torno de US$ 10 bilhões, parte dos quais já vêm sendo investidos, mas há ainda uns bons passos para se desenvolver mais esta relação”, disse Carlos Duarte.

Saiba mais:
- O Embraer C-390 pode estar próximo de aterrisar na Arábia Saudita...

24 novembro, 2023

AEL Sistema recebe o prêmio Top Ser Humano 2023, da ABRH-RS


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No dia 22 de novembro a AEL Sistemas recebeu o prêmio Top Ser Humano 2023, da ABRH-RS, pelo case "A Jornada da Excelência". 

O prêmio celebra o compromisso das organizações em promover práticas excepcionais de gestão de pessoas e responsabilidade social corporativa.

Segundo a AEL, "Essa conquista reafirma o compromisso com a excelência não apenas em inovações tecnológicas, mas também no desenvolvimento e valorização de nossos times".

Embraer KC-390 na base aérea de Waterkloof: demonstração à Força Aérea Sul-Africana

Um Embraer KC-390 na Base Aérea de Waterkloof em 24 de novembro

*Defence Web, por Cara Martin - 24/11/2023

Um avião-tanque/transporte Embraer KC-390 Millenium da Força Aérea Brasileira pousou na Base Aérea de Waterkloof na manhã de sexta-feira para demonstrações à Força Aérea Sul-Africana (SAAF) e outros departamentos governamentais enquanto a SAAF investiga a futura substituição ou aumento de seu antigo C- Frota Hércules 130BZ.

A aeronave (PT-ZNG) da Força Aérea Brasileira (FAB) chegou quinta-feira à África do Sul, pousando no Aeroporto Internacional OR Tambo e ali estacionando durante a noite. Esteve no Médio Oriente no dia 20 de novembro antes de passar vários dias no Ruanda, que é visto como um provável potencial cliente, e partirá para o Brasil no sábado, 25 de novembro.

Após pousar em Waterkloof, o KC-390 foi recebido pela liderança sênior do Departamento de Defesa (DoD), incluindo o Chefe da Força de Defesa Nacional SA (SANDF), General Rudzani Maphwanya; Chefe da SAAF, Tenente General Wiseman Mbambo; e Chefe da Marinha SA, Vice-Almirante Monde Lobese. Após uma coletiva de imprensa, a aeronave decolou para um voo de demonstração com membros da SANDF e vários representantes de departamentos governamentais.

Maphwanya, falando aos meios de comunicação social, disse que a SANDF embarcou numa “Jornada para a Grandeza”, e isto inclui ter a capacidade de projetar forças no teatro africano na busca de trazer paz e estabilidade a áreas problemáticas. A SANDF está ativa na República Democrática do Congo (RDC) com as Nações Unidas (ONU), e em Moçambique com a missão de paz da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, e provavelmente estará envolvida em mais tarefas da ONU, o que significa que “é necessário um impulso estratégico à medida que de ontem.”

“Sempre lutamos com uma frota de aeronaves antiga”, disse ele, destacando que o C-130 voou pela primeira vez em 1954. “Temos esse problema e estamos procurando uma solução para enfrentar nossos desafios. Precisamos planejar agora – falhar em planejar é planejar falhar.”

De olho no futuro, Maphwanya explicou que a SANDF está “fazendo pesquisas completas” para adquirir aeronaves de transporte pesado e médio melhores e voltadas para o futuro. O Chefe da SANDF acrescentou que o mercado é vasto e a SANDF não ficará confinada a um mercado específico.

“Esta é a nossa primeira compreensão do que existe no mercado”, explicou Maphwanya. “Esta é a primeira vez que consideramos a cooperação Sul-Sul e ampliamos a rede.” Disse que como a Embraer é uma empresa brasileira, “começamos com o BRICS”, referindo-se ao grupo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

A visita do KC-390 ocorre após uma visita da África do Sul ao Brasil em abril de 2023 para discutir o transporte do C-390 para testes e demonstração. Maphwanya explicou que a SANDF convidou a Embraer para apresentar suas aeronaves e a SANDF “convidará muitos outros para realizar o sonho de nossa Jornada para a Grandeza”.

Ele não quis se informar sobre os prazos de aquisição nem o número de aeronaves que poderiam ser adquiridas, mas disse que o processo de aquisição é tedioso e que a SANDF está apenas avaliando as opções e “vai brincar com outros brinquedos”.

Em termos do número de novas aeronaves adquiridas, os estudos do projeto determinarão isso, mas algumas aeronaves poderiam ser adquiridas inicialmente enquanto uma frota é desenvolvida, e estas poderiam operar juntamente com a frota de C-130BZ.

Não está claro como a SAAF poderia adquirir novas aeronaves, já que grande parte da frota está paralisada por falta de manutenção devido a cortes orçamentários, mas Maphwanya disse que a discussão sobre preços ocorrerá assim que as aeronaves de transporte concorrentes forem avaliadas.

Uma opção é adquirir C-390 em conjunto com outros departamentos governamentais e, por esta razão, vários representantes estaduais também estiveram a bordo do voo de demonstração de sexta-feira. Maphwanya destacou que o C-390 é uma aeronave multifuncional que pode ser utilizada para combate a incêndios, transporte VIP, reabastecimento ar-ar (está qualificado para reabastecer o Gripen), vigilância marítima etc.

Entretanto, o Tesouro Nacional destinou mil milhões de rands para manter a frota de C-130BZ a voar, mas Mbambo disse que sistemas mais antigos, como o Hércules, estão a tornar-se mais caros de manter e operar. “Estamos num ponto em que os sistemas que temos atingiram o seu auge e é caro manter e operar. Há uma clara diferença entre sistemas novos e antigos.”

A frota Hércules da SAAF entrou em serviço em 1963 e compreende alguns dos exemplos operacionais mais antigos do tipo em todo o mundo. A falta de aeronaves utilizáveis ​​forçou a Força Aérea a contratar fretamentos dispendiosos, incluindo Il-76, para transportar tropas e equipamentos em todo o continente.

Estimativas da Embraer
A Embraer estima que a África precisará de 105 aeronaves na classe C-390 nos próximos 20 anos. No ano passado, o C-390 percorreu dois países da América e oito países do Oriente Médio, alguns dos quais pediram especificamente para ver a aeronave, indicando forte interesse no tipo. O Ruanda, em particular, acredita que o C-390 é um bom candidato para as nações da União Africana que poderiam utilizá-lo para missões humanitárias e outras em todo o continente – possivelmente numa unidade multinacional. Na África, o Egito também manifestou interesse, e a Coreia do Sul, a Colômbia e a Índia também estão considerando fazer pedidos futuros para o tipo.

Os clientes existentes do C-390 incluem Brasil (19), Hungria (dois) e Portugal (cinco). Em Outubro, a República Checa iniciou negociações sobre a potencial aquisição de dois C-390 e em Setembro a Áustria disse que irá adquirir quatro. A Holanda pretende comprar cinco.

Todos os clientes existentes do C-390 estão adquirindo o jato para substituir suas frotas de C-130. Embora o C-130 e o C-390 sejam semelhantes, o C-390 tem um compartimento de carga um pouco maior e transporta 26 toneladas contra 20 toneladas do C-130J. A Embraer afirma que o C-390 pode transportar mais carga útil em comparação com outras aeronaves militares de carga de médio porte e voa mais rápido (870 km/h) e mais longe.

Técnicas digitais de design e fabricação, juntamente com um design aerodinâmico, tecnologia fly-by-wire e propulsão turbofan comprovadamente eficiente, contribuem para alta eficiência e desempenho, redução de custos do ciclo de vida e maior disponibilidade, disse a empresa. Ter dois motores a jato comerciais IAE V2500 prontamente disponíveis (em vez de quatro como o Il-76 ou C-130) significa menos manutenção – usar os mais recentes aviônicos (Rockwell Collins Pro Line Fusion) e sistemas também resulta em menores requisitos de manutenção.

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