*LRCA Defense Consulting - 09/10/2023
A multinacional brasileira Taurus Armas S.A. - maior vendedora mundial de armas leves e líder em
indicadores financeiros entre suas congêneres - está investindo fortemente em pesquisas de
futuro com foco, principalmente, em novos e disruptivos materiais nos quais o Brasil
tem algumas das principais reservas estratégicas no mundo, como o
grafeno e o nióbio, priorizando assim o desenvolvimento e a riqueza
nacionais, além de se situar na linha de frente das tecnologias de ponta na fabricação de armamento leve.
O uso do grafeno está bastante avançado nas pesquisas e
nas aplicações, com a empresa já tendo desenvolvido diversos produtos
baseados na tecnologia de uso desse mineral:
a família de pistolas GX4 Graphene - primeira pistola do mundo com
grafeno, a família de pistolas TS9 Graphene, a família de pistolas TH380
Graphene, o óleo lubrificante para armas UP1 à base de
grafeno, a tinta de cerâmica Cerakote Graphene presente nas armas e nas
facas, e o capacete para motocliclista Graph-X, além de embalagens plásticas e coldres à base de grafeno.
Segundo Salesio Nuhs, CEO Global da empresa, "é provável que a Taurus, no Brasil, seja a empresa que mais explorou grafeno nos seus
produtos. Agora, está muito fortemente investindo nas pesquisas de
nióbio, inclusive para introdução no sistema MIM de produção. A companhia está desenvolvendo um composto Taurus para produção
de metais injetados, sendo que hoje 25% da produção já é feita com esse composto e,
em laboratório, está sendo testada a introdução do nióbio para a injeção de metais de aço no MIM".
Os
cenários tecnológicos de
aplicação do grafeno e do nióbio são muito promissores e vão além das peças e acessórios das
armas, pois podem ser empregados também nos equipamentos que os
produzem, servindo-se da
tecnologia MIM utilizada na fábrica da Taurus,
o que proporcionará um desgaste menor nos moldes e uma utilização de
máquinas de menor porte, com redução de custos e de investimentos para a empresa.
Como curiosidade, o Brasil detém a 2ª maior reserva mundial de grafita (de onde é extraído o grafeno) e 98% do nióbio do mundo.
Outras tecnologias de ponta: DLC e polímero de fibras longas
Além do grafeno e do nióbio, a empresa gaúcha absorveu também outras tecnologias de ponta existentes no mundo.
A
Taurus negociou um contrato inédito de nacionalização
da tecnologia de aplicação de DLC (material que dá ao aço a resistência do diamante - diamond like carbon). O DLC consiste em um filme fino de carbono com
características físico-químicas próximas ao diamante. É aplicado em
superfícies metálicas para garantir novas propriedades, como altíssima
resistência ao atrito e à corrosão.
A nova fábrica de canos com esta tecnologia será localizada em um dos prédios do Condomínio de Fornecedores, em São Leopoldo (RS).
A Taurus também estabeleceu uma parceria inédita de
transferência de tecnologia com uma empresa norte-americana para
desenvolver polímeros com fibras longas, material que proporciona maior
resistência e robustez ao produto, além de baratear o custo final.
Em síntese, tais tecnologias disruptivas - grafeno, nióbio, DLC e polímeros de fibras longas - visam proporcionar maior resistência, robustez, leveza e durabilidade à arma, tornando-a também praticamente imune ao "câncer dos metais" (corrosão), qualidades estas que são muito valorizadas pelos mercados policiais e militares americanos e que, conforme a empresa, poderão se constituir em um diferencial imbatível nos EUA e no mundo.
Submetralhadora SMG: uma arma revolucionária
No
final deste ano ou no início de 2024, a Taurus lançará a
Submetralhadora SMG (nome provisório) no calibre 9mm - uma inovadora e
disruptiva arma com todas essas tecnologias presentes: grafeno, nióbio,
polímero de fibras longas, DLC e Cerakote Graphene. A SMG não
terá parafusos e apresentará um peso sensivelmente menor quando comparada com suas
congêneres. Com tais características únicas, a SMG poderá revolucionar o
mercado mundial desse tipo de arma.
Mockup provisório da submetralhadora SMG (imagem borrada propositalmente) |
Taurus estará expondo na 2ª Feira Brasileira do Grafeno
A Universidade de Caxias do Sul (UCS), a UCSGraphene e a Zextec Nano realizam, nos dias 13 e 14 de novembro, a 2ª Feira Brasileira do Grafeno, o 1º Simpósio de Materiais Avançados e a 2ª Mostra de Ciência, Tecnologia e Inovação. Os eventos ocorrem no Ginásio 1 da Vila Poliesportiva, no campus-sede da UCS, em Caxias do Sul (RS).
Considerada pela UCS a maior feira temática do Brasil e da América Latina, ela já tem empresas como Taurus, Ford, Aquabios, Empotech e ITM entre os expositores confirmados. A primeira edição teve 12 expositores e. para a desse ano. a capacidade é de 28. A expectativa de público é de 12 mil visitantes.
A Taurus, como empresa pioneira na utilização do grafeno para a fabricação de armas leves e parceira tecnológica da Universidade de Caxias do Sul, da UCSGraphene e da Zextec Nano, estará expondo, principalmente, seu portfólio produzido com a adição desse revolucionário material, ou seja, as pistolas da Linha Graphene (GX4, TS9 e TH380), o capacete para motocliclista Graph-X, o óleo lubrificante para armas UP1, a tinta de cerâmica Cerakote Graphene, coldres e embalagens plásticas.
A pedido dos próprios expositores, as novidades serão apresentadas somente nos dias de feira. Segundo Diego Piazza, coordenador da UCSGraphene, elas não serão antecipadas nem mesmo na Mercopar, que ocorre neste mês.
A planta de grafeno da UCS opera hoje 1 tonelada de grafeno por ano. A capacidade aumenta conforme a demanda do mercado.
Elon Musk
O mega empresário americano Elon Musk foi convidado a participar do evento, haja vista sua forte ligação com tecnologias disruptivas. O convite, assinado pelo reitor da UCS, Gelson Rech, e pelo prefeito Adiló Didomenico, foi enviado ao bilionário dono de grandes empresas como Tesla e X (ex-Twitter). "Se ele vier, faremos uma conferência no UCS Teatro", disse o reitor durante coletiva de imprensa de apresentação da feira na manhã do dia 06.
A vinda de Elon Musk ainda é incerta. Se for concretizada, projetará mundialmente a cidade e a Universidade de Caxias do Sul, com reflexos postivos para todas as empresas envolvidas na produção e na utilização do grafeno.
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