Numa mudança sísmica impulsionada pelo conflito russo-ucraniano, o mercado de munições vagantes (drones kamikases) está preparado para uma explosão sem precedentes de 525% no crescimento entre 2020 e 2024, com gastos anuais previstos para exceder 600 milhões de dólares nos próximos anos, de acordo com um novo relatório.
Encomendado pela Paramount, empresa aeroespacial e de defesa de renome mundial, o relatório Defense Insight sobre o setor de munições vagantes em rápida evolução será apresentado aos delegados durante o DSEI.
«O nosso relatório sobre o mercado de munições vagantes sublinha a necessidade de soluções ágeis e adaptáveis. É por isso que o N-Raven da Paramount é revolucionário – não é apenas um produto, mas uma plataforma completa de transferência de tecnologia. Pode ser produzido internamente dentro de um ano, abraçando totalmente a ideia de produção portátil e local”, disse Steve Griessel, CEO do grupo Paramount.
Principais revelações
O relatório destaca revelações múltiplas, muitas vezes interligadas. As munições vagantes são estrategicamente benéficas devido à sua versatilidade e eficiência econômica, como visto por ambos os participantes da Guerra Russo-Ucraniana, utilizando a capacidade de baixo custo para atingir alvos de alto custo a nível local e nacional.
Com base nessas vantagens, prevê-se que o mercado de munições vagantes se expanda 525% entre 2020 e 2024, com gastos anuais com capacidade previstos para ultrapassar US$ 600 milhões em 2023, 2024 e 2025. Esse crescimento tornou as munições vagantes o terceiro maior Mercado de UAV em 2021 e 2022 e prevê-se que mantenha sua participação de mercado de mais de 8% de todo o mercado de UAV até 2025.
Regionalmente, espera-se que a América do Norte contribua com a maior parte das despesas ao longo da década, mas prevê-se que as despesas da Europa com munições vagantes aumentem em mais de 2.000%, passando de 1,39% para 36% entre 2021 e 2023. A maior parte das despesas do continente pode ser creditada à Guerra Russo-Ucraniana, com muitas nações a tomar medidas de curto ou longo prazo para se armarem para qualquer possível conflito futuro.
Devido ao conflito na Ucrânia, os prazos curtos caracterizam principalmente as aquisições que contribuíram para esta expansão.
No entanto, estão a surgir evidências de que alguns clientes estão a migrar para aquisições a longo prazo, programas atribuídos mais frequentemente a sistemas produzidos internamente, cujos criadores estão a conquistar quota de mercado aos fornecedores estabelecidos. Esta situação está prevista para ocorrer em Espanha, Alemanha e França e já aconteceu em Taiwan, Índia e Emirados Árabes Unidos.
«Este crescimento, especialmente no setor europeu, alinha-se perfeitamente com a nossa direção estratégica. A Paramount tem décadas de experiência em guerra assimétrica e temos moldado as soluções que o mundo procura hoje. Estamos na DSEI porque somos mais que um fabricante; estamos focados em licenciamento de propriedade intelectual e parcerias globais. Os nossos olhos estão voltados para a Europa e o Reino Unido como pioneiros nestas parcerias”, comentou Ivor Ichikowitz, fundador da Paramount.
N-Raven da Paramount: o futuro das munições vagantes
Na sequência destas revelações, o N-Raven da Paramount surge como uma solução crucial.
Um sistema de munição vagante projetado tendo em mente o campo de batalha em evolução, o N-Raven da Paramount preenche a lacuna em cenários de guerra assimétricos e simétricos. O N-Raven foi projetado para rápida transferência de tecnologia, permitindo a fabricação nacional no país do cliente.
Aproveitando a vasta experiência da empresa e aproveitando componentes comprovados de sistemas operacionais, o N-Raven aprimora o reconhecimento aéreo, o engajamento e as capacidades de ataque de precisão, mantendo efetivamente os soldados fora do conflito direto.
'A N-Raven, com seu foco na portabilidade e na produção local, exemplifica nosso compromisso em moldar soluções de defesa colaborativas para os cenários atuais em rápida mudança. Nossa solução de ponta oferece não apenas recursos avançados, mas também vantagens econômicas que se alinham perfeitamente com as conclusões do nosso relatório colaborativo”, concluiu Griessel.
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