*LRCA Defense Consulting - 15/08/2023
Nas duas lives realizadas hoje, com a SaraInvest e com a Eleven, o CEO Global da Taurus Armas, Salesio Nuhs, e o CFO, Sérgio Sgrillo Filho, trouxeram importantes novidades sobre a fábrica que está em final de montagem na Índia, sobre a megalicitação de fuzis que este país está realizando, e sobre a participação da multinacional brasileira no mercado indiano de armas civis.
Segunda fase da megalicitação
Sobre a megalicitação de 425.000 fuzis CQB para as Forças Armadas Indianas, com ênfase nas tropas de Infantaria do Exército, os executivos informaram que, ainda extraoficialmente, pode ser considerado que a empresa já tenha sido aprovada na primeira fase do certame, haja vista que enviou um pesado documento de cerca de 900 páginas e só recebeu algumas perguntas, mas não sobre a parte técnica, e sim sobre a capacidade financeira. Outro importante fator indicativo de passagem para a segunda fase foi o fato de a Índia ter requerido o envio de 10 fuzis para testes de resistência e performance a ocorrerem na Academia Militar, no deserto e nos Himalaias, o que será feito em outubro vindouro.
Se tudo correr bem, como a empresa acredita, o resultado final da megalicitação deverá ser divulgado no início de 2024.
Com relação à exigência do Programa Make in India (60% de peças fabricadas no país), os executivos informaram que, para os fuzis, já foi conseguido um índice maior do que esse e, para pistolas e revólveres, o índice de peças indianas já chegou a 100%. Sobre este fato, foi ressaltada a alta qualidade dos fornecedores indianos, o que impressionou a direção da empresa.
Propaganda da Taurus PT57 na página da Jindal Defence |
Armas civis
A fábrica indiana da Taurus, em joint venture com o Jindal Group, deverá inciar a produção de armas civis antes do final deste ano. O atraso ocorreu devida à demora no fornecimento (Covid etc.) de duas máquinas para o laboratório de medição, o que já está em fase final de solução.
Assim, a produção de pistolas e revólveres para o mercado civil indiano deverá ocorrer até o final do ano, contando, como já foi escrito, com um índice de nacionalização de 100%.
Os executivos ressaltaram que, embora custo de produção na Índia seja entre 10 e 20% maiores que no Brasil, os preços de comercialização são muito maiores, o que levará o ticket médio a se situar entre 800 e 1.000 dólares americanos por arma, no caso da pistola PT57, por exemplo. Apenas como referência, a mesma arma é comercializada nos EUA por cerca de US$ 300,00.
Arábia Saudita, Estados Unidos e Brasil
As questões que foram comentadas sobre a joint venture para produção de armas na Arábia Saudita e sobre as boas perspectivas para o mercado dos EUA (e também do Brasil) neste segundo semestre, serão tratadas em matéria específica a ser publicada nos próximos dias.
Saiba mais:
- Na Índia, Taurus já está participando de novos certames, além da megalicitação de 425 mil fuzis
- Megalicitação de fuzis CQB na Índia é a maior do mundo. Conheça os detalhes
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