*Expresso 50, por Vitor Matos - 08/07/2023
Tudo encaixa nos Super Tucano da brasileira Embraer, que assim encaixa mil milhões de euros desde 2019 em Portugal. Mas há dúvidas entre os militares sobre se aviões de ataque ao solo devem ser uma prioridade. O segredo está nos negócios: Portugal vai co-produzir estas aeronaves e abrir a porta do mercado da NATO ao Brasil.
O Ministério da Defesa já tinha a decisão tomada quando, no passado dia 24 de abril, em Alverca, nas instalações da OGMA, António Costa e o Presidente brasileiro Lula da Silva assinaram um memorando de entendimento para “o desenvolvimento de tecnologias relacionadas com o avião A-29 Super Tucano, na sua recém-lançada versão A-29N voltada para responder às necessidades dos países da NATO” — segundo a descrição oficial no site do Governo. Nesse momento, a proposta de Lei de Programação Militar (LPM), ainda em elaboração, já previa a compra de uma “aeronave de apoio aéreo próximo”, de asa fixa (como os Super Tucano) para suporte de forças terrestres, como os comandos e os paraquedistas na missão da ONU na República Centro-Africana.
Segundo um documento anexo à proposta de revisão da LPM, da autoria do gabinete de Helena Carreiras, ministra da Defesa, a proposta de revisão da lei prevê €206,04 milhões para estas aeronaves “aptas a operar em ambientes instáveis, mas também em muitas regiões de África”, pois “proporcionam uma proteção armada ao movimento de forças terrestres, que efetuem ações de reconhecimento e de vigilância, com rapidez e em profundidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário será submetido ao Administrador. Não serão publicados comentários ofensivos ou que visem desabonar a imagem das empresas (críticas destrutivas).