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19 julho, 2023

Marrocos conta com o Brasil na indústria militar

A publicação marroquina cita a Taurus Armas e divulga que o Marrocos quer fabricar submarinos tipo "Riachuelo", o avião Embraer Super Tucano, mísseis brasileiros antinavio guiados por radar, a aeronave multimissão Embraer C390 Millennium e o lançador de mísseis brasileiro Astros.


*Hespress, por Tawfik Boufartih - 19/07/2023

O Parlamento brasileiro, nas suas duas câmaras, ratificou o Acordo-Quadro de Cooperação em Defesa com o Reino de Marrocos, assinado pelos dois países durante a visita de Nasser Bourita, Ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Africana e Marroquinos no Estrangeiro, à capital, Brasília, em 13 de junho de 2019, no quadro do reforço da parceria de Marrocos com este país latino, em linha com a estratégia de Rabat que assenta na diversificação das suas parcerias securitárias e militares face às mudanças que o mundo atravessa experimentando nas arenas política e militar.

Parcerias confiáveis ​​no Marrocos para localizar uma indústria militar local e reduzir a dependência da importação de armas, especialmente porque o Brasil está classificado entre os países emergentes que fabricam armas, já que a empresa brasileira “Forjas Taurus” (Taurus Armas) é uma das maiores fabricantes militares do continente sul-americano, e um grupo de exércitos tem em seus arsenais militares armas e equipamentos militares fabricados neste país.

Nesse sentido, o site “Defesa Árabe”, especializado em notícias militares, revelou uma lista de cinco armas brasileiras que provavelmente serão fabricadas no Reino do Marrocos, no âmbito da parceria deste último com o governo de Brasília.

A lista referida pela mesma fonte incluía o submarino “Riachuelo”, que se inspira no submarino “Scorpene” de fabrico francês, que tem mais de 71 metros de comprimento, podendo atingir uma profundidade de 300 metros abaixo do nível do mar, a uma velocidade de 20 nós náuticos, e caracteriza-se pela capacidade de transportar vários tipos de mísseis de guerra. Esse submarino, desenvolvido desde 2018 em parceria franco-brasileira, entrou em serviço no exército brasileiro no ano passado.

A segunda arma da lista é a aeronave de ataque leve “Super Tucano”, conhecida como “A-29 Super Tucano”, projetada para missões de ataque e reconhecimento, com turboélices, que entrou em serviço em 2003, com um preço de cerca de US$ 14 milhões.

Prevê-se ainda que Marrocos venha a fabricar localmente o avião militar de carga “Embraer C390 Millennium”, que se caracteriza pela sua elevada velocidade e capacidade de transporte de cargas pesadas, não exigindo custos de manutenção muito elevados, para além da sua eficácia em operações de salvamento aéreo e reabastecimento aéreo de aeronaves.

A mesma fonte informou que o Marrocos também é candidato à fabricação de mísseis brasileiros antinavio "Man Saab" guiados por radar, que têm alcance de até 100 quilômetros, e também podem ser lançados de navios de guerra e submarinos.

Além disso, o Marrocos deverá fabricar o lançador de mísseis brasileiro “Astros”, cuja bateria é composta por seis veículos de lançamento, seis veículos de abastecimento de mísseis e um veículo de controle e orientação de radar.

Vale ressaltar que o Marrocos tem se voltado nos últimos anos para a fabricação local de armas, já que um grupo de empresas internacionais líderes neste campo expressaram o desejo de abrir filiais no Reino, semelhantes à empresa israelense “Elbit Systems”, enquanto especialistas militares esperam que o Reino entre no clube dos países exportadores de armas nos próximos anos.

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