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31 julho, 2023

Novas tecnologias: Avibras firma parceria com empresa saudita SCOPA Defense


*LRCA Defense Consulting - 31/07/2023

Com mais de 60 anos de atuação nos setores de Defesa e Aeroespacial, a Avibras, empresa brasileira de tecnologia e inovação, assinou nesta segunda-feira, dia 31/07, memorando de entendimento com a empresa saudita SCOPA Defense durante o Fórum de Investimentos Brasil-Arábia Saudita realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em São Paulo.

A parceria tem por objetivo desenvolver e fabricar equipamentos de Defesa avançados, trazendo importantes capacidades, criando novos empregos e garantindo a soberania do Reino da Arábia Saudita especialmente na área de Defesa.

Para o presidente da Avibras João Brasil Carvalho Leite, a cooperação agrega ainda mais valor aos negócios da Avibras, reforçando a parceria de longa data entre a empresa e a Arábia Saudita.

Um dos objetivos da SCOPA é contribuir para o setor de defesa, identificando formas de investir no setor privado e criar oportunidades de emprego para os cidadãos sauditas. Para tal, a empresa acredita que o estabelecimento de indústrias de defesa privadas estimulará outros setores: equipamento industrial, comunicações e tecnologia da informação.

A SCOPA quer estabelecer parcerias com empresas líderes em nível mundial para fornecer soluções avançadas de defesa com ênfase na fabricação local.


O CEO de Defesa e Segurança da SCOPA Defense, Fawaz Fahad Alakeel, postou em uma rede social, às 20h30 de hoje, o seguinte texto:

"SCOPA e Avibras assinam acordo histórico no Fórum de Investimentos Brasil-Arábia Saudita
A SCOPA teve a grande honra de assinar um acordo com a Avibras, renomada empresa brasileira de defesa. Este significativo evento ocorreu à margem do Fórum de Investimentos Brasil-Arábia Saudita, na estimada presença de Sua Excelência, Dr. Khaled Al-Falih, Ministro do Investimento.

A Avibras, com sua excelente reputação e vasta experiência na indústria de defesa, traz uma riqueza de conhecimento para a mesa.

Por meio dessa colaboração, a SCOPA busca aproveitar os avanços da Avibras em sistemas de mísseis, pesquisa espacial e tecnologia de defesa para reforçar a segurança nacional e impulsionar os objetivos estratégicos do Reino da Arábia Saudita".


Sobre a SCOPA Defense

Estabelecida como a principal empresa de defesa da Arábia Saudita, a SCOPA tem por objetivo contribuir para o programa Visão 2030 através da criação de indústrias militares orgânicas. Ao fornecer sistemas e serviços de defesa inovadores que satisfazem as necessidades e requisitos das Forças Armadas Sauditas, a SCOPA irá expandir e melhorar as capacidades e o ecossistema de defesa do Reino, bem como alcançar os mercados globais de defesa e segurança.

A SCOPA foi fundada por Mohammad bin Abdulaziz Alajlan, o Vice-Presidente do Grupo Ajlan & Bros, fundado em 1979, que detém participações em mais de 75 empresas e emprega cerca de 15 mil funcionários em 25 países, sendo um conglomerado ativo em muitos setores estratégicos.

CEO de Defesa e Segurança da SCOPA comenta o acordo assinado hoje com a Taurus


*LRCA Defense Consulting - 31/07/2023

O CEO de Defesa e Segurança da SCOPA Defense, Fawaz Fahad Alakeel, postou em uma rede social, às 16h30 de hoje, sua visão e a de sua empresa sobre o acordo assinado com a Taurus Armas para estudar a fabricação de armas leves na Arábia Saudita.

Embora hoje tenha sido assinado somente o Memorando de Entendimento (MoU) para, em até 12 meses, estudar a viabilidade, o plano de negócios e a participação de cada empresa, esta Consultoria chama a atenção para a marcante agilidade negocial saudita, haja vista que, pelos termos que usa, o CEO da SCOPA praticamente já considera o negócio como concretizado, como pode ser visto na postagem reproduzida abaixo.

"Tenho o prazer de anunciar que, durante o Fórum de Investimentos Saudita-Brasileiro, nossa empresa, a SCOPA, teve a honra de assinar um acordo de parceria inovador com a Taurus, líder mundial com a maior participação de mercado em armas de pequeno porte.

Esta ocasião importante foi agraciada com a presença de Sua Excelência o Ministro do Investimento, Dr. Khaled Al Faleh, enfatizando ainda mais a importância desta colaboração.

Nossa parceria com a Taurus é um marco notável para a SCOPA e o Reino da Arábia Saudita. Com este acordo, estamos dando um passo significativo em direção à fabricação local para contribuir para o desenvolvimento da indústria de armas do Reino.

A aliança estratégica entre a SCOPA e a Taurus tem um imenso potencial para o avanço e crescimento de ambas as empresas. Com a experiência inigualável da Taurus e o amplo alcance de mercado, combinados com o compromisso da SCOPA com a inovação e a visão do Reino de diversificar seu portfólio industrial, estamos prontos para causar um impacto substancial no cenário de fabricação de armas na Arábia Saudita.

Como SCOPA, temos orgulho de estar na vanguarda da promoção do desenvolvimento da indústria local e da transferência de conhecimento. Esta parceria se alinha perfeitamente com nossa missão de impulsionar o crescimento econômico, criar oportunidades de emprego e aumentar a autossuficiência na fabricação de defesa dentro do Reino.

Estendemos nossa gratidão a Sua Excelência o Dr. Khaled Al Faleh por sua estimada presença e apoio nesta ocasião importante. Também expressamos nosso sincero agradecimento à Taurus por sua confiança em nossas capacidades e nossa visão compartilhada para o avanço da indústria de defesa da Arábia Saudita.

Estamos ansiosos pelas oportunidades que temos pela frente e pelo impacto positivo que nossa colaboração criará. Juntos, vamos forjar maiores possibilidades, capacitar talentos locais e contribuir para o crescimento sustentável do ecossistema de defesa da Arábia Saudita". 

Saiba mais:
- Taurus e SCOPA firmam acordo para avaliar criação de fábrica de armas na Arábia Saudita

CEO da Embraer Serviços & Suporte irá assumir como CEO da Eve Air Mobility

 


*LRCA Defense Consulting - 31/07/2023

A Embraer anunciou hoje que Johann Bordais deixará o cargo de Presidente e CEO da Embraer Serviços & Suporte para assumir como CEO da Eve Air Mobility a partir de 1º de setembro. A nova liderança de Serviços & Suporte será anunciada nas próximas semanas.

“Agradeço muito ao Johann pela liderança excepcional, foco incansável na experiência do cliente e excelentes resultados alcançados em seus 23 anos dedicados à área de serviços e suporte da Embraer”, disse Francisco Gomes Neto, Presidente e CEO da Embraer. “Tenho certeza de que ele irá adicionar muito valor ao time da Eve nessa nova fase da companhia e consolidar a Eve como uma das líderes do novo setor de mobilidade aérea urbana.”

Na Embraer desde 2000, Bordais teve um papel fundamental para transformar a área de serviços em um negócio global, de alto crescimento e lucratividade. Na sua gestão, Serviços & Suporte se tornou a área mais lucrativa e maior crescimento da empresa, com receita de US$ 1,27 bilhão em 2022, respondendo por 28% da receita total da Embraer.

Desde a criação da unidade de Serviços & Suporte em 2016, Bordais foi responsável por integrar as diversas atividades de serviços, estruturar uma rede global de suporte e fornecer um amplo portfólio de soluções para clientes de Aviação Comercial, Aviação Executiva e Defesa, com mais de 2.300 pessoas dedicadas a atender nossos clientes e suas mais de 5,7 mil aeronaves em todo o mundo.

“Tem sido um privilégio liderar a área de Serviços & Suporte desde a sua criação e estou muito orgulhoso do que nós da Embraer conquistamos ao longo desses anos”, disse Johann Bordais. “Este é um momento especial para estar na Eve e estou entusiasmado em fazer parte desta equipe super qualificada, focada em oferecer um novo modo de transporte eficaz e sustentável”.

Taurus e SCOPA firmam acordo para avaliar criação de fábrica de armas na Arábia Saudita


*LRCA Defense Consulting - 31/07/2023

Em Fato Relevante divulgado hoje ao mercado, a Taurus Armas S.A. informou que celebrou, nesta data, um Memorando de Entendimentos (MoU), não vinculante, para permitir o estudo de viabilidade da constituição de uma joint venture no Reino da Arábia Saudita (KSA) com a empresa SCOPA DEFENSE TRADING LLC.

O objetivo da joint venture será a fabricação de armas Taurus no Reino da Arábia Saudita e comercialização em toda a região do GCC - Cooperation Council for the Arab States of the Gulf (Conselho de Cooperação do Golfo), que tem como membros: Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Omã.

A futura parceria também busca atender uma série de programas e plataformas do projeto Saudi Vision 2030 (www.vision2030.gov.sa), que objetiva uma posição abrangente e ambiciosa para o Reino da Arábia Saudita (KSA) até o ano de 2030, com várias frentes estratégicas para promover o desenvolvimento econômico e social da região, principalmente na área de defesa.

A partir da assinatura do MoU, as partes terão até 12 meses para concluir os estudos de criação da joint venture e o plano de negócios a ser desenvolvido, bem como será definida a participação de cada uma das partes envolvidas e as demais condições para efetivação da nova empresa. Durante este período, a SCOPA DEFENSE TRADING LLC. atuará como agente e distribuidora da TAURUS para explorar oportunidades de negócios para as Forças Policiais e Militares em toda a região do GCC.

Segundo a Taurus, a celebração desse Acordo é mais um passo importante na estratégia global da empresa como líder mundial na fabricação de armas leves e transferência de tecnologias, tendo como base, rentabilidade sustentável, qualidade e melhoria dos indicadores financeiros e operacionais, além do forte investimento no desenvolvimento de tecnologias de novos produtos, processos e materiais.

A cerimônia formal de assinatura do MoU está prevista para ocorrer hoje, como um dos eventos da programação do dia do Fórum de Investimentos Brasil – Arábia Saudita, com transmissão ao vivo pelo canal da FIESP no YouTube.


O Fórum faz parte dos esforços da Arábia Saudita para estabelecer parcerias de investimentos com o setor privado de países de todo o mundo, diversificar sua economia e fortalecer sua posição como um centro de comércio internacional. No Brasil, serão discutidos os interesses dos sauditas nos produtos e serviços brasileiros, bem como as possibilidades de investimentos em alguns setores do país.


A importância do Fórum pode ser aquilatada pela participação do ministro de Investimentos do Reino da Arábia Saudita, Khalid Al Falih (foto), liderando a maior delegação saudita que o Brasil já recebeu, bem como pelas presenças do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e do prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes, além de outras autoridades governamentais e lideranças empresariais de importantes entidades e companhias brasileiras.


Modelo de negócios
Embora o modelo de negócios ainda não tenha sido definido pelas duas parceiras, é bastante provável que se dê em termos de ToT - Transfer of Technology, de ToP - Transfer of Production ou de ambos.

No primeiro caso, a operação seria feita à semelhança do que já acontece com a Taurus na Índia, onde a brasileira entra com a tecnologia e a parceira com os recursos. Na ToP, haveria a transferência da produção de bens e/ou serviços da Taurus para a joint venture. Isso pode incluir a transferência de linhas de produção, maquinário, instalações, pessoal e outros recursos necessários para a produção das armas no KSA.

No último cenário, ToT e ToP podem ser combinadas, com a Taurus transferindo tecnologia e movendo os meios necessários à produção.

Agilidade negocial saudita é diferencial importante
O CEO da Taurus, Salesio Nuhs, destacou que os sauditas são extremamente ágeis e estão totalmente  comprometidos com o Programa Visão 2030. Colocou que a Taurus está trabalhando com a possibilidade de muito rapidamente avançar nos objetivos do Memorando de Entendimento e concluir o estabelecimento da joint venture.

Salesio observou que a Taurus é uma empresa experiente e competente em transferência de tecnologia, pois já teve um processo semelhante na Índia, caracterizando-se por ser uma companhia ágil, haja vista o modelo de administração que a atual equipe dirigente imprime.

Afirmou ainda que a SCOPA tem uma característica de administração também muito ágil e está totalmente voltada para cumprir os objetivos do Programa Visão 2030. Sendo assim, o CEO da Taurus entende que a conclusão dos estudos de viabilidade do MoU agora assinado possa acontecer de maneira célere, até mesmo bem antes do prazo previsto.

Esta Consultoria ressalta que o projeto conjunto está andando em velocidade realmente surpreendente, haja vista que as negociações se iniciaram em março, foi assinado um contrato de representação comercial no início de julho e, hoje, já está sendo firmado o MoU.

SCOPA Defense: a empresa de defesa predominante do Reino
A SCOPA Defense é uma ágil, experiente e renomada empresa privada de defesa do Reino da Arábia Saudita (KSA), onde está 100% de seu capital.

Estabelecida como a empresa de defesa predominante do Reino, o objetivo da SCOPA é contribuir efetivamente para o ambicioso programa Visão 2030, criando indústrias militares orgânicas, fornecendo sistemas de defesa e serviços avançados e inovadores que atendam às necessidades e requisitos das Forças Armadas sauditas, ampliando assim as capacidades e o ecossistema de defesa do Reino, bem como alcançando os mercados globais de defesa e segurança.

Um de seus objetivos mais importantes é contribuir para o processo revolucionário de defesa, encontrando maneiras de investir no setor privado e criando oportunidades de emprego para a juventude saudita. Para tanto, a empresa também acredita que o estabelecimento de indústrias privadas de defesa estimulará uma ampla gama de outros setores dentro do Reino, como equipamentos industriais, comunicações e tecnologia da informação, o que, por sua vez, criará mais oportunidades de trabalho para os cidadãos sauditas.

Mohammad Bin Abdulaziz Al-Ajlan (foto) é o fundador, proprietário e Presidente da SCOPA Industries Corp. Além disso, é também o Vice-Presidente do Conselho de Administração do poderoso grupo industrial Ajlan & Bros. A SEPHA Industries, agente e distribuidora da Taurus no KSA desde 04 de julho deste ano, é também controlada pelo grupo Ajlan & Bros. Holding. Em seu papel como presidente da SCOPA, Al-Ajlan vê a empresa como um player global que estabelece parcerias estratégicas, contribuindo ativamente para os objetivos de defesa do Reino e reforçando sua posição na indústria de defesa internacional.

A SCOPA está em parceria com algumas das principais empresas dos EUA e do Ocidente para fornecer uma ampla gama de avançadas soluções de defesa que incluem: Armas e Munições com foco na fabricação local para contribuir com o objetivo da Visão 2030 de localizar no Reino mais de 50% dos gastos militares; Sistemas Terrestres; Sistemas Navais; Sistemas de Aviação; Sistemas Integrados de Defesa Antimísseis; Sistemas C5ISR (Comando, Controle, Comunicações, Computadores, Cibernética, Inteligência, Vigilância e Reconhecimento) em todas as plataformas de defesa; Sistemas de Proteção e Detecção CBRNE (Químicos, Biológicos, Radiológicos, Nucleares, Explosivos) de classe mundial; Tecnologia da Informação; Logística; e Serviços Gerenciados em operações estratégicas, operacionais e táticas.
 
Visão 2030 - o grande plano saudita de 15 anos
O Plano Visão 2030, anunciado pelo governo saudita em 2015, mudou economicamente a Arábia Saudita nos últimos anos e é esperado que continue mudando.

Até 2015, o petróleo respondia por cerca de 75% das receitas orçamentárias, 40% do PIB e 90% das receitas das exportações. O "vício do ouro negro" acostumou os sauditas a comprar tudo o que precisavam, pois sempre houve dinheiro farto e era muito mais barato importar do que produzir localmente.

No entanto, o atual governo vislumbrou que o país não poderia manter a dependência da renda petroleira e o enorme gasto público diante de um cenário de grandes mudanças que estão acontecendo no mercado energético internacional (variações enormes nos preços do petróleo, surgimento de fontes alternativas não poluentes e política mundial contra o uso de combustíveis fósseis) e de tendências demográficas que indicam aumento significativo no número de sauditas em idade produtiva até 2030.

A ascensão do príncipe Mohamed Bin Salman (foto) no cenário político saudita e o declínio dos preços do petróleo em 2014 incentivaram o desenvolvimento do plano como meio de abandonar ou, pelo menos, diminuir grandemente essa dependência e diversificar a atividade econômica, abrindo amplamente as portas para o envolvimento de um setor privado ativo e facilitando a entrada dos investimentos estrangeiros no país. Assim, um dos pilares do Visão 2030 é justamente transformar a Arábia Saudita em um centro de investimentos globais.

Desde 2015, o PIB saudita cresceu 66% e, atualmente, é a economia que cresce mais rápido entre as dos países que compõem o G20.

Em todo o mundo, o produto interno bruto 2022 foi de 12.025 dólares per capita. Em contraste, o PIB da Arábia Saudita atingiu 31.855 dólares por habitante, ou 1,052 trilhão de dólares para o país como um todo, prevendo chegar a 1,6 trilhão de dólares em 2030. A Arábia Saudita é, portanto, uma das grandes economias do mundo e ocupa atualmente a 17ª posição.

Segundo análises sauditas, a elevação de produtividade por meio da reforma econômica permitirá ao país duplicar seu PIB e criar até 6 milhões de novos empregos até 2030. Com as reformas, Riad pretende elevar sua renda não petroleira, de US$ 43,6 bilhões em 2015 para US$ 267 bilhões em 2030. 


Mercado de Defesa saudita
Para que seja melhor entendido o que significa esse país em termos de mercado de defesa para os produtos brasileiros, a LRCA Defense Consulting realizou um levantamento sobre aspectos importantes da Arábia Saudita, especialmente aqueles que podem influenciar os negócios em andamento com a Taurus Armas, objetivo desta matéria.

Em termos desse mercado, o foco do Programa Visão 2030 é a fabricação local de armamentos e demais materiais de Defesa em parceria com renomadas empresas estrangeiras,  possibilitando que mais de 50% dos gastos militares do Reino sejam destinados ao seu próprio parque industrial.

Gastos com Defesa

Historicamente, a Arábia Saudita gastava, em média, 6% a 7% do PIB ao ano, ou seja, algo próximo a 70 bilhões de dólares com seu setor de defesa. Com 7,4% em 2022, o Reino gastou mais de seu produto interno bruto (PIB) em defesa do que qualquer outro país, exceto a Ucrânia, atingindo cerca de 75 bilhões de dólares. Somente os gastos recorrentes com armas e munições, perfazem um total estimado de US$ 1 bilhão por ano. Tais números tornam o país um dos que mais investem em defesa, sendo o 5º no ranking mundial.

Toda a região do Oriente Médio viu seus gastos com defesa chegarem a US$ 184 bilhões em 2022.

Efetivos militares e de segurança
As Forças Armadas da Arábia Saudita têm um efetivo total de cerca de 258.000 integrantes ativos, sendo aproximadamente 125.000 sob o Ministério da Defesa e Aviação, dos quais 75.000 nas Forças Terrestres, 15.000 nas Forças Navais (incluindo cerca de 3.000 fuzileiros navais) e 35.000 na Força Aérea, Defesa Aérea e Forças de Mísseis Estratégicos. Além disso, há 130.000 militares na Guarda Nacional (SANG).

A Guarda Nacional, também conhecida como Exército Branco, é uma força terrestre separada do Ministério da Defesa, e é responsável pela segurança interna, proteção da família real e ameaças externas. A Guarda Real é uma estrutura separada das Forças Armadas cuja principal responsabilidade é a segurança e proteção da família real saudita. A Guarda Real também fornece segurança e proteção às delegações e autoridades convidadas durante as visitas oficiais ao Reino. A Guarda Nacional, a Guarda Real e a Guarda de Fronteira estão sob a tutela do Ministério da Guarda Nacional.

As funções de polícia, investigações e manutenção de ordem pública são de responsabilidade do Ministério do Interior, estando sob seus cuidados as forças de segurança especiais e as forças de proteção às infraestruturas (refinarias de petróleo, portos, aeroportos). São cerca de 50.000 policiais, equipados com armas leves e recrutados em todas as regiões do Reino.

Em 2017, através de um decreto real, foi criada a Presidency of State Security (PSS), um órgão de segurança que combina os serviços de contraterrorismo e inteligência doméstica sob um mesmo comando. A PSS é responsável pelos assuntos relacionados à segurança de estado e é supervisionada pelo rei. Os integrantes da PSS são oriundos das demais forças de segurança e agências existentes.


O serviço militar não é obrigatório na Arábia Saudita. Em 2018, as mulheres foram autorizadas a se alistar nas forças armadas. No entanto, seus trabalhos não envolviam combate, mas lhes davam a oportunidade de trabalhar na segurança e no controle de passaportes. No ano seguinte, foi permitido às mulheres ingressar nas forças armadas como combatentes e, em 2021, as primeiras recrutas do país se formaram no Centro de Treinamento de Quadros Femininos das Forças Armadas.

A mudança para permitir que mulheres entrassem no exército saudita veio como parte da iniciativa Visão 2030 do reino, que busca reformar quase todos os aspectos da vida e do governo. Um aspecto é o empoderamento das mulheres e a igualdade de gênero em todos os campos.


Fabricação local de armamento leve e sua munição
A Military Industries Corporation (MIC) é uma empresa estatal fundada em 1953 e controlada pelas Forças Terrestres, sob a tutela do Ministério da Defesa. Em 2017, a MIC tornou-se uma subsidiária da Saudi Arabian Military Industries (SAMI), após a criação desta. Por mais de vinte anos, as empresas europeias tiveram forte influência e acesso ao mercado local, estabelecendo parcerias com a MIC para fabricação de armas leves (H&K) e munições de pequenos calibres (a FN montou diversas linhas na MIC). Porém, pelo passado recente de decisões dos governos europeus contrárias aos interesses sauditas, o governo local tem procurado outros fabricantes que possam minimizar o risco de não-fornecimento e acesso à tecnologia.

M
eta de nacionalizar mais de 50% dos gastos militares do país até 2030

Em 2017, foi criada a GAMI - General Authority for Military Industries (Autoridade Geral das Indústrias Militares), uma entidade governamental criada pelo Conselho de Ministros. A GAMI é a autoridade para as indústrias militares e para a centralização de aquisição de produtos de defesa, sendo o órgão regulador do setor e o principal fomentador das indústrias militares sauditas.

Cabe à GAMI desempenhar um papel fundamental na consecução das metas estabelecidas pelo plano desenvolvimentista denominado Visão 2030, que inclui uma meta de nacionalizar mais de 50% dos gastos militares do país até 2030. A GAMI é responsável por orientar o setor das indústrias militares, estabelecendo seus regulamentos, monitorando seu desempenho, desenvolvendo os recursos necessários e gerenciando a aquisição militar (sistemas militares, equipamentos e serviços para todas as entidades militares) para garantir o crescimento e a sustentação das indústrias militares locais.

O mandato do GAMI abrange tanto as entidades de defesa como de segurança em matéria de aquisições/parcerias. Em síntese, é a GAMI que pode definir os padrões e centralizar todo o processo de aquisição e de parcerias das forças militares e de segurança no Reino, otimizando os recursos e estimulando a indústria local.
Production).


Armamento leve e munições
O armamento leve padrão presente nas Forças Terrestres, Força Aérea, Marinha e Defesa Antiaérea & Forças de Mísseis Estratégicos inclui os seguintes modelos e marcas:

1) Pistolas: FN (High Power), SIG Sauer (P226), Heckler & Koch (H&K P9) e Glock (17 e 19) são as fabricantes mais presentes nas FFAA e forças de segurança. O calibre padrão é 9mm. Há dezenas de outros fabricantes e plataformas em uso, uma vez que, até um passado recente, cada usuário poderia definir sua compra. O calibre de escolha, em geral, é o 9mm Parabellum. Não há produção local de pistolas.

2) Fuzis de Assalto/Carabinas: H&K G3 (fabricado localmente sob licença alemã, porém a unidade está atualmente inoperante e obsoleta), H&K G36 (fabricado localmente sob licença alemã), H&K 33E, FN SCAR-H, FN P90, FN FAL, Kalashnikov (AKM, AKMS e AK 103; este último é fabricado sob licença e amplamente empregado pelo Joint Forces, em operações no conflito ao sul do país), Colt M16A2, Colt M4 e Steyer AUG A3. O calibre padrão é 7,62x51mm para os fuzis (exceto para os Kalashnikov, que usam o 7,62x39mm) e 5.56x45mm para as carabinas e M16.

3) Submetralhadoras: H&K MP5 (era fabricada localmente sob licença alemã, mas a unidade está hoje inoperante e obsoleta) e Beretta M12. O calibre padrão é 9mm.

4) Munições para armas leves: o país produz munições para os calibres 9x19mm (pistolas e submetralhadoras), 5.56x45mm (carabinas e M16) e 7.62x51mm (fuzis de assalto, exceto os AK).


Informações relevantes sobre o mercado saudita
A informação mais relevante é que o governo alemão, país de origem das armas Heckler & Koch (HK), não autorizou a renovação da licença de fabricação e, portanto, a MIC somente poderá fabricar armas enquanto durarem os estoques de peças e matéria-prima. De forma semelhante, a empresa belga FN Herstal também está impossibilitada de realizar novas vendas ou produção no país, uma vez que o parlamento belga, seguindo a decisão do governo alemão, cerceou o acesso saudita às armas e munições leves fabricadas pelas empresas de seu país.

Em resumo, além de não haver produção local de pistolas,  a Arábia Saudita não conseguirá manter sua produção de fuzis de assalto, carabinas e submetralhadora, haja vista as questões políticas e geopolíticas envolvidas.

A estimativa é de que, nos próximos três anos, o mercado potencial somente de pistolas 9mm seja de 30 a 50 mil armas por ano e de 20 a 30 mil fuzis de assalto e carabinas por ano, podendo tais números serem fortemente majorados com o estabelecimento da joint venture entre a Taurus e a SCOPA, haja vista que essa nova empresa passará, então, a ter o apoio e o fomento do governo saudita, pois a GAMI oferece preferência de compra ao material produzido localmente. Não está inserido nessas estimativas o consumo anual do mercado civil de pistolas 9mm, que é pouco expressivo, perfazendo aproximadamente 5 mil armas por ano.

No entanto, a ideia dos sauditas é, além do mercado local, explorar oportunidades no mercado externo, principalmente nos países em que possui forte influência política e/ou econômica. Como a Taurus escreveu no Fato Relevante: "O objetivo da joint venture será a fabricação de armas Taurus no Reino da Arábia Saudita e comercialização em toda a região do GCC (Cooperation Council for the Arab States of the Gulf), que tem como membros os seguintes países: Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Omã".

Além disso, o ministro saudita declarou hoje que as iniciativas da Arábia Saudita visam também a grande região MENA, composta por 19 países do Oriente Médio e do Norte da África

Assim, embora a motivação principal da Taurus seja a de fornecer seus produtos para um dos maiores compradores de armas do mundo, o fato de poder usar a Arábia Saudita como base de exportação para mercados hoje inacessíveis a ela, pode se tornar uma estratégia de grande sucesso.

Região MENA

Conclusão
Em síntese, um dos países mais ricos do mundo e que mais gastam em Defesa não possui, em termos operacionais, uma indústria própria de armamento leve e quer estabelecê-la com urgência. Assim, a SCOPA Defense - sua empresa predominante de Defesa - assinou hoje um Memorando de Entendimento para estudar uma parceria com a Taurus Armas para esse fim, haja vista o elevado conceito mundial da multinacional brasileira em produzir armas modernas que embutem um alto nível de inovação, tecnologia e confiabilidade.

Se tudo for acertado, a joint venture a ser criada poderá passar a ser a fornecedora oficial de armamento leve do Reino da Arábia Saudita, podendo ainda exportar seus produtos para os países do Conselho de Cooperação do Golfo e da Região MENA, aos quais não tem acesso atualmente.

Para além disso, a concretização do negócio tende a levar a Taurus para um  patamar ainda mais elevado no universo das fabricantes internacionais de armamento leve, capaz de viabilizar novos e importantes negócios nos mercados militar, policial e civil de outros países.

Saiba mais:

30 julho, 2023

Investidores da City de Londres colocam a segurança do Reino Unido em risco por ESG, alertam ministros

 - “A paz precisa de defesa e a defesa precisa de uma base industrial".


*Financial Times, por Sylvia Pfeifer - 30/07/2023

A segurança de longo prazo da Grã-Bretanha está em risco por causa dos investidores da City de Londres, que se recusam a apoiar a indústria de armas por causa de preocupações éticas generalizadas, alertaram ministros.

Andrew Griffith, ministro da cidade, e James Cartlidge, ministro de aquisições de defesa, disseram que é “perverso” que as instituições evitem ou se desfaçam de empresas de defesa e segurança em tempos de guerra na Europa.

Escrevendo no Mail on Sunday e citando a extensa ajuda militar da Grã-Bretanha à Ucrânia, os ministros disseram: “A paz precisa de defesa e a defesa precisa de uma base industrial.

“Portanto, é perverso que, à medida que a guerra avança à nossa porta continental, haja um universo paralelo onde o setor de defesa está sendo evitado.”

Eles acrescentaram: “Há um mal-entendido preocupante nas preferências dos investidores e no setor de defesa – que inclui empresas como BAE Systems, Babcock e Qinetiq – que corre o risco de privar a indústria de capital em avaliações competitivas”.

O setor de defesa do Reino Unido, disseram eles, adotou considerações sobre questões ambientais, sociais e de governança (ESG) de várias maneiras, seja por causa de “discriminação deliberada ou consequências não intencionais de uma abordagem ampla, as empresas de defesa são varridas no pensamento de grupo de investimento ESG”.

Citando uma pesquisa recente, mas sem entrar em detalhes, os ministros disseram que cerca de 60% dos investidores institucionais disseram ter desinvestido ou considerado o desinvestimento de empresas envolvidas em defesa ou segurança por questões ESG.

No entanto, o desinvestimento dessas empresas prejudica a segurança e as liberdades democráticas da Grã-Bretanha a longo prazo, acrescentaram: “Não há muitas empresas ESG na Rússia ou na Coreia do Norte”.

Os comentários vêm após uma reunião entre os ministros e executivos da BAE, Babcock e Qinetiq no mês passado para discutir o impacto das diretrizes ESG no setor. Eles destacam o desafio enfrentado pelo setor, que continua a lidar com as preocupações de investidores e bancos sobre suas credenciais ESG.

Antes da guerra, os executivos começaram a temer que o setor corresse o risco de se tornar “ininvestível” para fundos devido a questões éticas em torno do investimento em defesa.

Embora a guerra tenha mudado a visão de alguns investidores, executivos do setor disseram que é preciso fazer mais para garantir o acesso ao financiamento para investimentos - tanto para ajudar a continuar abastecendo a luta da Ucrânia contra a Rússia quanto para investir em novas tecnologias.

O ASD, o órgão de comércio da indústria europeia, tem pedido uma mudança na política de empréstimos do Banco Europeu de Investimento para encorajar os investidores privados.

“Se você deseja ver esse aumento de produção [para ajudar no esforço de guerra na Ucrânia], também precisa de acesso ao financiamento privado”, disse Jan Pie, secretário-geral do ASD, ao Financial Times no início deste mês.
 

29 julho, 2023

No 2º Fórum ESG da Indústria Gaúcha, Taurus alinha conhecimentos e fortalece cultura na empresa


*LRCA Defense Consulting - 29/07/2023

A Taurus, Empresa Estratégia de Defesa, participou do 2º Fórum ESG da Indústria Gaúcha, realizado no Centro de Convenções da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), em Porto Alegre, em uma ação conjunta com o SEBRAE-RS, SESI-RS e o Conselho de Meio Ambiente (Codema), nesta quarta-feira (26.jul.2023).

O evento promove o debate sobre as temáticas ESG (sigla em inglês para “ambiental, social e governança corporativa”), visando o fortalecimento dos setores produtivos industriais gaúchos, com painéis e palestras focados em boas práticas de governança, sociais e ambientais, e potencial de proporcionar maior perenidade e saúde para as organizações no longo prazo.

Estiveram presentes no evento Patricia Schacker dos Anjos, coordenadora de ESG da Taurus, e Marielen Cozer Ribas, analista de ESG da empresa. A participação no fórum agrega mais conhecimento e contribui para a continuidade das ações da Taurus de comprometimento na área.

“Atualmente, a Taurus conta com uma equipe multidisciplinar envolvida na construção da política ESG da companhia, focada em aprimorar o sistema de gestão dos indicadores ESG e na avaliação das metas relevantes ao negócio, empenhada para fortalecer ainda mais a cultura ESG na empresa. O Fórum ESG da Indústria Gaúcha traz ainda mais alinhamento entre as empresas e a certeza de que estamos no caminho certo”, afirma o CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs.

Pioneirismo
A Taurus é pioneira na área de segurança e defesa no mundo a adotar a pauta ESG e a divulgar um Relatório de Sustentabilidade, visando trazer impactos positivos para a sociedade, para o meio ambiente e para os negócios.

A empresa criou em 2022 um setor específico voltado ao assunto que atua no mapeamento de oportunidades e melhorias, bem como um Comitê ESG, constituído pela diretoria executiva e gestores de áreas estratégicas.

Responsabilidade social comunitária
A Taurus, porém, já vinha adotando uma postura ESG em diversas ações, como as realizadas durante a pandemia da Covid-19, em que passou a produzir as face-shields (escudo facial para proteger contra o contágio pelo coronavírus), em parceria com o Exército Brasileiro, e realizou a distribuição para todo o Brasil. Também foi responsável por duplicar a capacidade de UTIs na cidade de São Leopoldo (RS) com respiradores e bombas de infusão.

Capacitação e desenvolvimento contínuo das pessoas
Além disso, a Taurus está comprometida na capacitação e desenvolvimento contínuo das pessoas, com o intuito de contribuir efetivamente para o crescimento pessoal e profissional de seus colaboradores, e em ter um papel ativo no desenvolvimento e uso de tecnologia, construindo um ambiente de colaboração entre a equipe, a empresa e a sociedade. Assim, tem como pilares para a consolidação do conceito ESG: o desenvolvimento de pessoas; investimento em tecnologia e inovação; e ambiente colaborativo.

Neste contexto, conta com o Programa Taurus de Educação Continuada, que inclui uma plataforma de treinamento para qualificação profissional de toda sua operação, além de incentivos aos colaboradores para se qualificarem nos cursos de graduação, mestrado e doutorado em renomadas instituições de ensino.

Inclusão
A empresa também promove a inclusão de pessoas com deficiência no ambiente de trabalho, por meio do projeto Taurus do Bem, possibilitando o desenvolvimento pessoal e profissional por meio de capacitações técnicas. A primeira turma se formou em dezembro de 2022, com 11 alunos, e três deles efetivados pela empresa. Além disso, promove cursos em Libras com mais de 60 colaboradores, como forma melhorar a comunicação com pessoas surdas.

Pesquisa & desenvolvimento
Fator chave na estratégia da Taurus, a Companhia se dedica fortemente à pesquisa & desenvolvimento, reforçando a diferenciação de seus processos de produção e de seus produtos a partir do uso de tecnologia, novos materiais e da crescente eficiência industrial, fornecendo produtos e serviços alinhados às práticas ESG.

Os projetos na área de tecnologia e inovação são fomentados pelo Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil Estados Unidos (CITE) da Taurus, que conta com mais de 200 engenheiros voltados à pesquisa e ao desenvolvimento de novos produtos, tecnologias e processos, que visam também a redução de emissões de gases poluentes, o consumo de energia elétrica, água, entre outros.

Sustentabilidade
Em relação à sustentabilidade e mitigação dos impactos ambientais, a Taurus realiza o mapeamento das emissões de gases de efeito estufa e projeto para redução desses impactos; tratamento da totalidade dos efluentes gerados no processo; aplica a logística reversa em grande parte de suas embalagens de produtos químicos; monitora e faz a gestão de resíduos para melhor aproveitamento e destinação, tanto para reuso interno, quanto para a reciclagem, coprocessamento, rerrefino e compostagem, o que representou, em 2022, 94,76% de desvio de aterros na destinação de seus resíduos.

Atualmente, a Taurus conta com dois protocolos globais utilizados para mensurar as práticas ESG, o Global Reporting Initiative (GRI) e o Conselho de Padrões Contábeis de Sustentabilidade (SASB). 

Royal Air Maroc vai adquirir e arrendar 20 aeronaves, inclusive dois Embraer E190


*Scramble Dutch Aviation Society - 29/07/2023

A CH-Aviation e o site de notícias marroquino TelQuel estão relatando que a Royal Air Maroc está pronta para adquirir e alugar vinte aeronaves para expandir e renovar a frota.

De acordo com a TelQuel, a companhia aérea comprou dois Embraer ERJ190, quatro Boeing B737-8, dois B787-8 e dois B787-9. A entrega dessas aeronaves deve ocorrer entre setembro de 2023 e janeiro de 2024. A Royal Air Maroc também está em negociações para comprar sete B737-8 adicionais, bem como três Dreamliners, mas nenhum acordo foi fechado para eles.

As aeronaves adicionais fazem parte dos ambiciosos planos de expansão da companhia aérea até 2027 e lideram o caminho para quadruplicar a frota até 2038.

Atualmente, a frota das companhias aéreas nacionais é composta por 28 B737-800, dois B737-8, um B767-300ERBCF, cinco B787-8, quatro B787-9 e quatro Embraer ERJ190. A subsidiária Royal Air Maroc Express está voando com seis ATR72-600s.

Protegendo os interesses nacionais: o papel crítico da indústria de defesa em meio a uma agenda política


*LinkedIn, por Luís Henrique Unterleider - 29/07/2023

Em meio aos desafios globais em curso, particularmente no contexto da guerra na Ucrânia e suas repercussões de grande alcance, considero fundamental destacar a importância do setor de defesa, especialmente diante de certos países com agendas políticas que visam enfraquecê-lo em benefício próprio.

Ainda que a indústria de defesa seja a base da segurança e uma das engrenagens para a prosperidade de uma nação, ela tem sido objeto de discussão ideológica em muitos países, à medida que algumas entidades políticas buscam minar sua força.

Neste texto, proponho uma reflexão sobre a natureza indispensável de uma indústria de defesa robusta e nas implicações de seu possível enfraquecimento no contexto dos interesses nacionais e da segurança global.

O primeiro e mais importante dever de qualquer governo é garantir a segurança de seus cidadãos. Uma indústria de defesa bem desenvolvida desempenha um papel central para atingir esse objetivo, fornecendo as ferramentas, tecnologias e capacidades necessárias para dissuadir potenciais adversários e proteger contra ameaças internas e externas. Desde a pesquisa e desenvolvimento de armamentos de ponta até a produção de sistemas avançados de vigilância, a indústria de defesa está na vanguarda da preparação de qualquer nação para a defesa.

A indústria de defesa tem sido há muito tempo uma força motriz por trás do progresso tecnológico. Muitas inovações pioneiras que tiveram origem no setor encontraram aplicações em áreas civis, impulsionando o crescimento econômico e melhorando nossas vidas. As iniciativas de pesquisa e desenvolvimento dentro da indústria de defesa têm aberto caminho para avanços em inteligência artificial, ciência dos materiais, cibersegurança, setor aeroespacial e inúmeros outros campos.

Uma indústria de defesa próspera contribui significativamente para o crescimento econômico de uma nação. Ela gera inúmeros empregos, muitos deles altamente qualificados que fortalecem a força de trabalho e impulsionam a inovação. Além disso, os investimentos em pesquisa e desenvolvimento estimulam a demanda de um amplo ecossistema, fomentando uma base industrial sólida que aumenta a resiliência econômica geral.

A indústria de defesa capacita as nações a alcançar uma maior autossuficiência em termos de segurança e capacidade de defesa própria. Ao fomentar a produção nacional e reduzir a dependência de fornecedores estrangeiros para sistemas críticos, um país pode proteger sua soberania e autonomia estratégica. Essa resiliência garante que a nação esteja bem preparada para enfrentar quaisquer desafios, independente das mudanças geopolíticas globais ou interrupções nas cadeias de suprimentos internacionais.

A colaboração e cooperação com nações aliadas são essenciais para enfrentar os constantes desafios globais de segurança. A indústria de defesa desempenha um papel crucial ao fomentar alianças e parcerias estratégicas por meio de programas conjuntos de desenvolvimento, compartilhamento de tecnologia e acordos comerciais de defesa. Essas alianças não apenas fortalecem as capacidades militares, mas também promovem a estabilidade internacional e os laços diplomáticos.

Ao contrário do que se pensa, a contribuição da indústria de defesa vai muito além das capacidades tradicionais de guerra. Muitas empresas de defesa se engajam ativamente em esforços humanitários e apoiam missões de paz em todo o mundo. Seja por meio de operações de auxílio em desastres naturais, entrega de ajuda humanitária ou outras iniciativas, a indústria de defesa está pronta para ajudar em tempos de crise e promover a segurança e estabilidade global.

Em conclusão, a indústria de defesa não é apenas um pilar fundamental da segurança nacional, mas também um catalisador para o avanço tecnológico, o crescimento econômico e a estabilidade global. Ela fortalece a resiliência de um país, apoia alianças estratégicas e capacita nossas forças armadas a proteger e defender nossa nação de forma eficaz. Conforme avançamos em um mundo em constante mudança, investir em uma indústria de defesa forte e capaz permanece primordial para garantir um futuro seguro e próspero para nosso país e seus cidadãos.

Sob esta perspectiva, torna-se evidente que as políticas públicas desarmamentistas, presentes em muitas nações, produzem um impacto negativo significativo, resultando em consequências desastrosas para a segurança e bem-estar da população.

A imposição de medidas restritivas ao acesso às armas de fogo tem como pretexto a redução da violência, mas, na prática, se mostra uma abordagem ineficiente e até mesmo contraproducente. O desarmamento da população enfraquece a capacidade de defesa pessoal e cria um ambiente propício para o crescimento da criminalidade, uma vez que os criminosos não têm sua atividade cerceada por leis restritivas. Fato que pode ser observado através do aumento alarmante dos casos de violência, assaltos e até mesmo homicídios em nações onde o acesso às armas legais foi limitado.

Nesse sentido, é fundamental que políticas de segurança sejam revistas, buscando abordagens mais abrangentes e equilibradas, que visem à proteção dos direitos e segurança da população.

*Este texto tem apenas a intenção de fornecer informações gerais e não se destina a apresentar uma visão definitiva sobre o assunto. O conteúdo não reflete nenhuma visão política particular e não deve ser interpretado como tal. Qualquer semelhança com eventos reais é mera coincidência. As opiniões expressas neste texto pertencem exclusivamente ao autor e não representam, de forma alguma, a opinião de qualquer organização, empresa ou grupo.

28 julho, 2023

WEG é destaque internacional no Relacionamento com Investidores


*LRCA Defense Consulting - 28/07/2023

A WEG foi o grande destaque do setor de Bens de Capital em conceituado ranking do mercado financeiro internacional. A premiação escolheu os melhores conselhos, CEOs, CFOs, programas, equipes e profissionais de Relações com Investidores (RI), assim como o melhor programa de ESG (Environmental, Social and Governance) e evento com analistas (WEG Day).

Harry Schmelzer Jr., Presidente da WEG, ficou com o título de Melhor CEO, André Luis Rodrigues foi o Melhor CFO, André Menegueti Salgueiro foi o melhor profissional de RI e Felipe Scopel Hoffmann ficou com o segundo lugar de melhor profissional de RI da categoria.

A companhia ainda ficou com a 6ª colocação no ranking geral, que engloba mais de 360 empresas de todos os setores na América Latina.

A pesquisa reflete as opiniões de mais de 1.100 profissionais de investimento e aproximadamente 500 empresas de serviços financeiros em todo o mundo.

Confira a lista completa
Melhor Conselho de Administração – 1º lugar
Melhor CEO – Harry Schmelzer Jr. – 1º lugar
Melhor CFO – André Luis Rodrigues – 1º lugar
Melhor Profissional de RI – André Menegueti Salgueiro – 1º lugar
Melhor Profissional de RI – Felipe Scopel Hoffmann – 2º lugar
Melhor Equipe de RI – 1º lugar
Melhor Programa de RI – 1º lugar
Melhor Programa de ESG – 1º lugar
Melhor Evento de Analistas (WEG Day) – 1º lugar

Operando com Embraer E175, primeira companhia aérea de bandeira das Bermudas foi certificada


*Aerotime Hub - 28/07/2023

A BermudaAir parece prestes a se tornar a primeira transportadora de bandeira do arquipélago, tendo recebido a aprovação da Autoridade de Aviação Civil das Bermudas (BCAA) e recebendo seu Certificado de Operação Aérea (AOC).

Nesse caso, o AOC certifica que uma companhia aérea comercial com sede nas Bermudas é competente para operar sua aeronave com segurança de acordo com os regulamentos e padrões prescritos do país.

O BCAA só concede um AOC se estiver convencido de que uma companhia aérea atende aos padrões em uma variedade de elementos operacionais, desde o gerenciamento de segurança até equipamentos e manutenção, experiência anterior até organização e pessoal.

“Estamos gratos pelo trabalho da BermudAir de estabelecer uma companhia aérea de classe mundial nas Bermudas ter sido validado por meio do rigoroso processo de avaliação do AOC”, disse Adam Scott, CEO da BermudAir. “Este é um marco importante para nossa equipe no lançamento completo da companhia aérea e poder atender a esse mercado. As equipes BCAA e BermudAir dedicaram muitas horas para chegar até aqui e agradecemos o comprometimento de todos durante o processo.”

A BermudAir planeja operar duas aeronaves Embraer E175 em rotas entre as Bermudas e os Estados Unidos (EUA).

A próxima etapa no desenvolvimento da nova companhia aérea deve ser a aprovação do Departamento de Transporte dos Estados Unidos.

De acordo com a publicação local, Royal Gazette, Scott disse aos participantes e à imprensa na inauguração do novo escritório local da transportadora que a aprovação dos EUA era “iminente”.

A Bermuda Air voará de e para a costa leste dos EUA, com voos começando no final do verão de 2023, dependendo da aprovação regulatória.

Em 26 de julho de 2023, o Ministro dos Transportes das Bermudas, Wayne Furbert, disse: “Como governo, temos imenso orgulho em testemunhar um marco significativo para as Bermudas, o lançamento iminente da primeira companhia aérea estabelecida localmente nas Bermudas - BermudAir. Isso marca um passo fundamental para a expansão do setor de aviação de nossa ilha e simboliza o potencial de crescimento, progresso e autossuficiência dentro de nossas fronteiras. Estendo nossos parabéns à equipe da BermudAir por sua visão e tenacidade. Desejo-lhes muito sucesso ao lançar a companhia aérea.”  

 

WEG adquire totalidade das ações da BirminD


*LRCA Defense Consulting - 28/07/2023

A WEG S.A. anunciou ontem um acordo para a aquisição da BirminD, empresa de tecnologia atuante no mercado de inteligência artificial para processos industriais. A WEG já detinha participação controladora de 51% na empresa e agora assume a integralidade das ações.

A aquisição faz parte da estratégia da WEG de crescimento dos negócios digitais, que desde 2020 conta com a tecnologia da BirminD em suas soluções, incluindo produtos e serviços como o B-WISE e Motion Drive Operation Center (MDOC), que é um serviço de monitoramento de ativos industriais com emprego de sensoriamento de dados e diagnósticos baseados em insights de inteligência artificial e algoritmos de machine learning. Este movimento está alinhado com a estratégia de desenvolvimento de novos produtos e serviços para otimizar a gestão dos ativos, gestão de energia e gestão de execução das operações de clientes da empresa.

“Com a conclusão desta transação, vamos seguir com os desenvolvimentos dos produtos que já estavam em curso na BirminD, bem como promover uma integração ainda maior dos times de Sorocaba com as demais equipes da companhia, se associando a outras frentes de Inteligência Artificial da WEG e de desenvolvimento de produtos de software. A operação será mantida em sua totalidade, o que inclui também os colaboradores e prestadores de serviços”,afirma Carlos José Bastos Grillo, Diretor Superintendente da WEG Digital e Sistemas.

Fundada em 2015, em Sorocaba/SP, a BirminD nasceu como provedora de soluções de otimização industrial focada em trazer os conceitos mais avançados de industrial analytics, um dos pilares da indústria 4.0. A empresa atende clientes de médio e grande porte oferecendo soluções avançadas utilizando técnicas de machine learning e inteligência artificial.

 

27 julho, 2023

Fórum de Investimentos Brasil – Arábia Saudita: oportunidade para a Indústria de Defesa


*LRCA Defense Consulting - 27/07/2023

A Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP) está promovendo o Fórum de Investimentos Brasil – Arábia Saudita, a acontecer entre os dias 31 de julho e 02 de agosto na sede da entidade. O convite foi enviado às entidades associadas e aos possíveis interessados.

O evento faz parte dos esforços da Arábia Saudita para estabelecer parcerias de investimentos com o setor privado de países de todo o mundo, diversificar sua economia e fortalecer sua posição como um centro de comércio internacional. No Brasil, serão discutidos os interesses dos sauditas nos produtos e serviços brasileiros, bem como as possibilidades de investimentos em alguns setores do país.

A importância do Fórum pode ser aquilatada pela participação do ministro de Investimentos do Reino da Arábia Saudita, Khalid Al Falih (foto), liderando a maior delegação saudita que o Brasil já recebeu, bem como pelas presenças do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e do prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes, além de outras autoridades governamentais e empresários de importantes companhias brasileiras.

Segunda a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, o evento é uma oportunidade única para promover investimentos e explorar potenciais parcerias em diversos setores.

Em março, uma delegação saudita também de alto nível visitou a Alemanha, quando os dois países lançaram em Berlim o Fórum de Investimentos Arábia Saudita - Alemanha, com a participação de governantes e empresas privadas, registrando a assinatura de vários acordos de investimento.

A transmissão do congresso será feita através do canal do YouTube da Federação das Indústrias de São Paulo.

 

A Indústria Brasileira de Defesa e a Arábia Saudita
A Indústria Brasileira de Defesa tem grandes interesses no Reino da Arábia Saudita e, nos dois últimos anos, já foram fechadas diversas parcerias com empresas desse país. De forma similar, a Arábia Saudita tem demonstrado forte interesse por produtos e serviços brasileiro desse setor.

De acordo com o portal Tactical Report, especializado em relatórios de defesa com ênfase em países árabes, em edição publicada no final de abril, espera-se que o Ministério da Defesa saudita inicie negociações com várias empresas brasileiras de defesa para diversificar o fornecimento de armas do Reino da Arábia Saudita. Além disso, segundo a fonte, o Reino considera prioritária a cooperação militar-industrial com o Brasil.

Em virtude desses fatos e da grande importância que a FIESP e a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira estão atribuindo ao  Fórum de Investimentos Brasil - Arábia Saudita, é possível esperar que outras parcerias possam ser anunciadas, à semelhança do que ocorreu na Alemanha em março.

Veja abaixo uma síntese das principais empresas brasileiras de Defesa presentes ou com interesses na Arábia Saudita.

Akaer
Na LAAD 2023, a Akaer, empresa brasileira com mais de 30 anos de atuação no desenvolvimento de tecnologias de ponta para os setores de Defesa e Aeroespacial, além de uma parceria com o Grupo Edge, promoveu uma outra com a empresa saudita Intra Defense Technologies para o desenvolvimento de drones naquele país.  As duas companhias estabeleceram um contrato para o desenvolvimento de veículos aéreos não tripulados (UAVs, na sigla em inglês) de grande porte para, inicialmente, atender as necessidades da Arábia Saudita. O projeto, no entanto, poderá se estender para outros países e regiões. Atualmente, a Intra opera UAVs na Arábia Saudita com grande sucesso, acumulando mais de 4 mil horas de voo em diferentes missões. A empresa parceira desenvolveu dois UAVs VTOL (que realizam pouso e decolagem /verticais), um dos quais foi exposto na LAAD Defense & Security.

Akaer estabelece parceria com empresa da Arábia Saudita para desenvolvimento de drones

Avibras
A Avibras exportou o Sistema Astros II para a Arábia Saudita em meados dos anos 80. Em novembro de 1985, a empresa fechou contrato para o fornecimento de dez baterias Astros II em um negócio de US$ 389 milhões, e esse país chegou a utilizá-lo na 1ª Guerra do Golfo contra as forças iraquianas, sob comando da coalizão liderada pelos Estados Unidos, com grande sucesso.

Enfrentando agora uma delicada situação financeira, um pesado investimento saudita poderia ser muito bem-vindo para a Avibras.

Militares brasileiros integrantes do Projeto Estratégico ASTROS 2020 em um intercâmbio com o Exército Saudita em 2014

Avionics Services
Durante a IDEX 2023 em Abu Dhabi, a empresa brasileira Avionics Services e a Arab Organization for Industrialization (AOI) firmaram um MoU (Memorando de Entendimento).

“O MoU que assinamos com a Organização Árabe para a Industrialização prevê o fechamento de contrato para prover serviços de manutenção especializada em helicópteros, bem como integração de sistemas embarcados, entre outros”, explicou João Vernini, Diretor Presidente da Avionics Services.

Atuando pelo desenvolvimento da indústria de defesa árabe no Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Qatar, a AOI busca  intensificar a cooperação e ampliar as parcerias com instituições e empresas internacionais na área de defesa.

Avionics Services firma Memorando de Entendimento com a árabe AOI na IDEX 2023

Embraer
Em entrevista ao portal Defense Here, em 26/04/2023, o CEO da Embraer Defesa e Segurança, Bosco da Costa Junior, falou sobre os mercados de interesse da Embraer onde destacou a região do Oriente Médio, dizendo “Temos nosso escritório em Dubai desde 2009. Então vemos esta região, a região do Oriente Médio, como uma região muito importante e muito estratégica para a Embraer”. Ele também afirmou que a Embraer está buscando fortalecer suas parcerias com os países da região e ajudá-los a localizar tecnologias, acrescentando que “estamos buscando oferecer nossas soluções para a Arábia Saudita e também para os Emirados”.

Em julho de 2022, a Embraer Defesa & Segurança celebrou acordos de cooperação com a BAE Systems por meio de dois memorandos de entendimento (MoUs, na sigla em inglês) que visam ampliar a atuação das empresas no mercado global de defesa. O primeiro é voltado para promover o C-390 nos mercados do Oriente Médio (inicialmente no Reino da Arábia Saudita) e o outro confirma uma intenção de criar uma joint venture para desenvolver uma variante de defesa do veículo elétrico de decolagem e aterrissagem vertical (eVTOL) da Eve.

Embraer C-390 pousando em pista não preparada, similar a de um deserto

IMBEL
A Indústria de Material Bélico do Brasil - IMBEL, participou da World Defense Show (WDS), uma das maiores feiras globais do setor, inaugurada no dia 6 de março em Riad, na Arábia Saudita. A participação da IMBEL decorreu do convite formulado pela empresa saudita Life Shield para, juntamente com a empresa brasileira NRS Defence Solutions Ltda., expor seu portfólio de produtos na feira, especialmente munições pesadas (mock-up) e materiais de comunicações e eletrônica.

Imbel e NRS Defence Solutions participam na World Defense Show na Arábia Saudita

Mac Jee
O Grupo Mac Jee instalou na Arábia Saudita uma moderna planta de material energético com capacidade de produção de 2 mil toneladas de TNT e 120 toneladas de RDX, onde tem tecnologia para adaptar a capacidade de fabricação de acordo com a necessidade de cada cliente. A estrutura montada na Arábia Saudita possui aproximadamente 500 mil metros quadrados e está localizada dentro da Saudi Chemical Company Limited (SCCL), a maior empresa de produção de energia civil e militar do país.

No início de 2022, um dos protótipos do Armadillo foi avaliado na Arábia Saudita. Trata-se de um dos lançadores de foguetes mais leves, compactos e rápidos do mercado global, projetado e desenvolvido para condições extremas de operação.

Durante a participação na World Defense Show, em março de 2022,  a Mac Jee anunciou a assinatura de um acordo de parceria com o Ministério de Investimento da Arabia Saudita, passando a integrar um seleto grupo de empresas brasileiras aptas a cooperar no fomento das tecnologias de fabricação e desenvolvimento de sistemas, transferência de tecnologia, entre outras colaborações importantes para indústria de defesa.

Mac Jee firma parceria com o Ministério de Investimento da Arábia Saudita

Ocellott
A Ocellott assinou, em outubro de 2022, um MoU (Memorandum of Understanding) com a MISA (Ministério do Investimento da Arábia Saudita). O objetivo do acordo é a aplicação de investimentos no desenvolvimento de baterias de propulsão para aeronaves elétricas, os eVTOLs (Electric vertical take-off and landing). Essa iniciativa está alinhada com o foco de investimentos da Arábia Saudita em aviação e eletrificação, assim como no desenvolvimento de uma cadeia de suprimentos de altíssimo padrão para o país.

Sobre a assinatura do acordo, o CEO Ocellott, Henrique Lemos, comentou: “A assinatura desse acordo é um passo importante na relação entre Ocellott e a Arábia Saudita, mas também um estreitamento da relação entre a Arábia Saudita e o Brasil, principal país da América Latina. Oferecemos uma colaboração tecnológica robusta e tecnologia aeroespacial de ponta que está alinhada a visão da Invest Saudi em desenvolver uma cadeia de suprimentos de altíssimo padrão no Reino da Arábia Saudita.”

Ocellott assina acordo com o Ministério do Investimento da Arábia Saudita

Taurus Armas e CBC
Em 30 de dezembro de 2021, a Taurus Armas S.A. celebrou um contrato para constituição de joint venture com sua coligada Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), como parte das estratégias de internacionalização de suas operações visando fomentar negócios e oportunidades na Arábia Saudita. Com o nome de Companhia Brasileira de Cartuchos Taurus Arabia Holding, LLC., a  joint venture tem como principal objetivo possibilitar a busca e antevisão mais eficiente de oportunidades de negócios neste mercado relevante, especialmente considerando os planos do governo do país para estabelecer uma base industrial de defesa local, no âmbito da estratégia denominada “Visão 2030”.

Após a abertura de um escritório regional da empresa na Arábia Saudita em 2022, a Taurus Armas S.A. deu mais um importante passo no país, assinando um contrato com a empresa SEPHA Military Industries Company no dia 04 de julho. O contrato prevê a distribuição e o agenciamento das armas leves da Taurus para os mercados Militar e Policial no território da Arábia Saudita. 

A SEPHA Industries Co. LLC é uma proeminente empresa de defesa no Reino da Arábia Saudita que contribui diretamente para o plano estratégico Vision 2030 criando indústrias militares orgânicas, modernizando as Forças Armadas Sauditas e alcançando a defesa global e o mercado de segurança em parceria com empresas líderes mundiais.

A SEPHA é controlada pelo poderoso grupo Ajlan & Bros. Holding, fundado em 1979 (como holding, em 2017), que  detém participação em mais de 75 empresas que empregam cerca de 15.000 colaboradores em mais de 25 países e possui ativos que ultrapassam 15 bilhões de dólares, sendo um conglomerado atuante em diversos setores estratégicos, além de ter parcerias com mais de 100 empresas ao redor do mundo.

O estabelecimento de uma subsidiária na Arábia Saudita e o interesse da Taurus e da CBC na região estão em consonância com os planejamentos estratégicos das duas empresas, haja vista que o mais rico, poderoso e estratégico país do Oriente Médio passou a desenvolver uma política industrial de defesa bastante similar à da Índia, onde ambas já possuem fábricas.

HE Khalid A. Al-Falih, Ministro do Investimento da Arábia Saudita, visita o estande da CBC e Taurus durante o World Defense Show, na Arábia Saudita

WEG
Foi inaugurado no dia 31 de março de 2022, na Arábia Saudita, a maior planta de dessalinização de água marinha do mundo, a Rabigh 3, da qual a WEG participou como fornecedora de motores e inversores de frequência. O êxito do projeto foi homenageado e reconhecido pelo Guinness World Records como “maior instalação de dessalinização por osmose reversa do mundo”.

Tida como um dos subsegmentos em crescimento dentro da plataforma de Alimentos e Bebidas, a aquicultura dá à WEG a possibilidade de utilizar seus produtos nas mais diversas aplicações. Prova disso é o fornecimento feito pela Operação Comercial da WEG no Equador, em parceria com a fabricante equatoriana de bombas Delta Delfini, para um projeto de fazenda de camarão na Arábia Saudita.

WEG participou como fornecedora da maior planta de dessalinização do mundo na Arábia Saudita

Saiba mais:
- Arábia Saudita está priorizando a cooperação militar-industrial com o Brasil? Akaer, Avibras, CBC, Embraer, Taurus...

- Taurus assina contrato de distribuição na Arábia Saudita

- Taurus poderá fechar importante negócio na Arábia Saudita e Emirados

- Taurus e CBC no rumo da Arábia Saudita

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