Mísseis SIATT estão perto da produção enquanto novos projetos surgem

MANSUP

*EDR Magazine, por Paulo Valpolini - 12/04/2023

Fundada em 2017 por uma equipe de pessoas com experiência considerável em armas inteligentes, a SIATT está localizada em São José dos Campos, no estado de São Paulo, e recentemente forneceu dois mísseis para avaliação aos militares brasileiros - MSS 1.2 AC e MANSUP, o que poderá gerar contratos de produção em um futuro próximo.

MANSUP
O míssil antinavio MANSUP, que pôde ser visto no estande da Marinha do Brasil, tem alcance de 70 km e voa sob orientação inercial, sendo seu radar homing seeker ativado na fase terminal do ataque. Lançado por navio, um primeiro teste já foi realizado, enquanto um segundo está agendado logo após a LAAD. Também pode ser lançado por baterias costeiras terrestres.

MSS 1.2 AC
Com um sistema de alcance superior a 3 km, o MSS 1.2 AC é um míssil anticarro de segunda geração guiado por laser, com carga de míssil mais canister de 24 kg, sendo o mesmo peso da unidade de disparo. Esses primeiros sistemas de mísseis estão sendo fornecidos ao Exército e à Infantaria Naval para testes.

MSS 1.2 AC

MSS 12 AC na Chivunk
Uma nova proposta é a integração do MSS 12 AC na Chivunk, viatura leve 4×4 desenvolvida para atender às exigências das Tropas de Ação Rápida do Exército Brasileiro. Desenvolvida pela Columbus, empresa brasileira com sede em São Paulo, o veículo também é conhecido pela sigla VLEGA Chivunk (Viatura Leve de Emprego Geral Aerotransportável) e é movido por um motor de 135 cv que permite uma velocidade máxima de 120km/h. O posto de tiro é instalado sobre a barra de rolagem, dois mísseis sobressalentes sendo montados nas laterais. A carga útil total é de 500 kg, sendo a tripulação habitual composta por três pessoas.

MSS 12 AC na viatura Chivunk

Embora dois dos três projetos que se seguirão tenham sido revelados no final de 2022, na LAAD foram fornecidos mais detalhes, surgindo um terceiro novo projeto.

GBSN
A GBSN, uma pequena bomba guiada com peso total de 18 kg, sendo 6 kg a ogiva de alto explosivo e pré-fragmentada. O seu kit de navegação pode ser composto por um sistema de navegação inercial (INS) e um receptor GNSS, ou por um buscador a laser semiativo (SALS) e um INS. Dependendo das condições de lançamento, o alcance varia de 5 a 18 km, sendo o CEP inferior a 10 metros para a bomba GNSS-INS e 4 metros para a versão SALS-INS. Totalmente livre de ITAR, pode ser lançado por drones, bem como por meios de ataque leve de asas fixas ou rotativas. Com 127 mm de diâmetro e 880 mm de comprimento, possui quatro asas cruciformes em dois terços do corpo que se desdobram após o lançamento, assim como as quatro superfícies de controle na parte traseira do GBSN, a seção traseira também hospedando a eletrônica alimentada por baterias localizadas no centro da bomba, a frente hospedando a ogiva HE em um corpo pré-fragmentado, com o fusível na ponta. Um tubo pitot fornece dados de velocidade do ar para o computador de bordo, enquanto a antena GNSS está localizada na parte traseira.

GBSN

SGM-120
O SGM-120 é a proposta da SIATT para uma bomba de morteiro guiada, que também estará disponível com dois kits de orientação diferentes, GNSS-INSS ou SALS-INS. É claro que a empresa tentou explorar as semelhanças tanto quanto possível, embora aqui o SALS CEP seja declarado em menos de 1 metro, enquanto a precisão do GNSS permanece em 10 metros. O alcance típico é de 10 km, e a SIATT propõe seu sistema tanto para argamassas lisas quanto para raiadas. As quatro asas canard estão localizadas na seção intermediária e giram para trás após o lançamento; essa seção também hospeda baterias, enquanto o buscador está na seção frontal, que também hospeda o computador de bordo e o módulo de comunicação.

SGM-120

SGH70
Por último, mas não menos importante, o SGH70 é um kit de orientação SALS-INS que transforma foguetes de voo livre em munições guiadas de precisão. De trás para a frente, encontramos o pacote de bateria, as asas canard dobráveis ​​​​para a frente e a eletrônica, que se acopla à seção da ogiva, que na frente é equipada com um fusível M427 padrão. O alcance declarado é de 10 km, enquanto a precisão do SALS permanece abaixo de 1 metro. O SGH70 pode ser equipado com motores de foguete Mk40 ou Mk66.

SGH70

Todos esses três sistemas, atualmente em desenvolvimento, garantirão danos colaterais reduzidos, estão livres de embargos e a SIATT está pronta para produzi-los nos países clientes.

De acordo com o que EDR On-Line apurou na LAAD 2023, a SIATT está definindo os requisitos finais em discussões com as Forças Armadas do Brasil e planeja alcançar o status de testes de protótipo em cerca de 18 meses.

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