*Breaking Defense - 22/06/2023
Mesmo enquanto busca comercializar seu A-29 Super Tucano para nações em toda a Europa, a gigante brasileira de defesa Embraer não tem discussões em andamento com a Ucrânia sobre a venda do avião de ataque leve para Kiev, de acordo com o CEO do braço de defesa da Embraer.
“Eles estavam muito interessados em nosso avião no passado, mas para ser honesto com você, não estamos mais em contato com eles”, disse Bosco da Costa Junior ao Breaking Defense durante o Paris Air Show. “Não tenho nenhum tipo de conversa aberta com eles.”
A Ucrânia tem procurado em todos os lugares por alguém para fornecer-lhes poder aéreo e, pelo menos no papel, o A-29, um avião a hélice que pode realizar missões ISR e de ataque, pode ser adequado. (Funcionários dos EUA e da Ucrânia criticaram a postura do governo brasileiro em relação à Ucrânia depois que seu líder, Luiz Inácio Lula da Silva, disse em abril que o Ocidente estava “encorajando” a guerra ao fornecer armas a Kiev.)
Certamente, no entanto, da Costa disse que a região europeia é onde a Embraer espera ver crescimento.
“Temos estudado muito esse mercado. Discutimos essa configuração da OTAN em linha aberta com nossa força de trabalho de engenharia, nosso cara de inteligência de mercado e ouvimos os clientes. E é por isso que lançamos” o A-29N, que é comercializado especificamente para membros da aliança.
Otimismo com o C-390 Millennium
Em outras partes da Europa, da Costa disse estar otimista com as chances do avião de transporte C-390 Millennium. Portugal, Hungria e Holanda se comprometeram a comprar o Millennium, enquanto a Embraer e a gigante sueca Saab têm um acordo para ajudar a comercializar o avião para os países europeus.
“Estamos vendo um momento muito bom para este avião aqui na Europa. Acreditamos que este avião pode agregar valor e trazer capacidades adicionais para as forças aéreas, especialmente de custos de ciclo de vida e taxas operacionais, como disponibilidade e capacidade de despacho”, disse ele. “Acho que é por isso que o avião está chamando a atenção aqui na Europa, mas não só na Europa, temos conversas muito sérias na Ásia, Oriente Médio, América do Sul também.”
O executivo da Embraer identificou a Polônia como um futuro cliente “potencial”, embora não seja um cliente que esteja buscando ativamente, e expressou confiança de que a República Tcheca decidirá adquirir o C-390.
A empresa brasileira fez parceria com a L3Harris para comercializar o Millennium como o KC-390 nos EUA, como um “tanque tático” com a esperança de chegar à Força Aérea dos EUA. Da Costa disse que a L3 recebeu e respondeu a uma RFI do governo dos EUA em março e que as empresas “esperam novas fases no final deste ano”.
Ele se recusou a entrar em detalhes sobre o que essas “novas fases” podem significar, mas enfatizou que eles querem disponibilizar o avião para a Força Aérea dos EUA “experimentar” enquanto o serviço busca mais informações sobre a oferta.
O executivo também observou que, embora a empresa atualmente entregue de três a quatro C-390 por ano, eles têm capacidade de produção para poder aumentar para 18 por ano rapidamente.
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