*LRCA Defense Consulting - 09/05/2023
A Embraer e a Saab inauguraram hoje a linha de produção do caça Gripen E no Brasil na unidade da Embraer em Gavião Peixoto, em São Paulo. Este é um importante marco do programa de transferência de tecnologia e no compromisso das empresas em trabalharem juntas em novas oportunidades de negócios. O evento contou com a presença do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o Ministro de Estado da Defesa, José Mucio Monteiro Filho, e o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, além de autoridades civis e militares e representantes de diversos setores da sociedade brasileira.
A inauguração da linha de montagem final, que é a única do Gripen E fora da Suécia, marca a entrega de uma das contribuições mais significativas para o ecossistema do caça no Brasil. Com o Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen (Gripen Design and Development Network - GDDN), o Centro de Ensaios em voo do Gripen (Gripen Flight Test Center - GFTC), e agora a linha de montagem, a fábrica da Embraer em Gavião Peixoto abriga os estágios de desenvolvimento, produção e testes da aeronave.
Desde a assinatura do contrato para o fornecimento de 36 caças, sendo 28 Gripen E (versão monoposto) e oito Gripen F à Força Aérea Brasileira, em 2014, a Embraer e a Saab trabalham juntas no maior projeto de transferência de tecnologia em curso no país. Recentemente, com a assinatura de um Memorando de Entendimento entre as empresas, a linha de produção também se tornou uma oportunidade para novos negócios.
“Celebramos hoje não só a inauguração da linha de produção do caça Gripen, mas o sucesso da colaboração entre a Saab e a Embraer, que se fortalece a cada dia com o objetivo comum de servir ao nosso cliente, a Força Aérea Brasileira. Desde o início a Embraer tem tido um papel relevante no programa Gripen, participando, por exemplo, do desenvolvimento da versão brasileira da aeronave biposto. Como uma evolução natural dessa relação, esperamos que em breve possamos juntos expandir nossos negócios em novos mercados”, disse Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.
“O início das operações da linha de produção do Gripen marca o nosso compromisso com a transferência de tecnologia e de conhecimento para a indústria brasileira. Aqui, produziremos 15 das 36 aeronaves atualmente contratadas pela Força Aérea Brasileira. O objetivo também é produzir aqui quaisquer pedidos futuros de Gripen para o Brasil, bem como de outros países. Queremos que o Brasil se torne um centro de exportação para a América Latina e, potencialmente, para outras regiões”, disse Micael Johansson, presidente e CEO da Saab.
“O início da produção da aeronave F-39 Gripen no Brasil simboliza a concretização de um ambicioso projeto que se traduz em transferência de tecnologia, geração de empregos e o
consequente desenvolvimento do setor aeroespacial do Brasil. Graças a uma sólida parceria entre a Força Aérea, Saab e Embraer, entramos agora no seleto grupo de países que detêm a capacidade de construir aeronaves supersônicas. Parabéns a todos os envolvidos!”, disse o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno.
A linha de produção na Embraer recebe as aeroestruturas dos caças produzidas na fábrica da Saab de Linköping, na Suécia, e de São Bernardo do Campo, em São Paulo. Na linha de montagem, o avião de combate será produzido com a junção dessas aeroestruturas, a instalação de cablagens, equipagem de vários sistemas, trens de pouso, aviônicos, equipamentos táticos, canopi, assento ejetável e motor. Depois que a montagem do caça é concluída, são realizados testes funcionais e voos de produção para preparar a aeronave para a entrega final. A fábrica da Embraer será responsável pela produção de 15 caças Gripen E. As unidades montadas no Brasil serão entregues a partir de 2025.
Para adquirir as habilidades necessárias para a produção de caças supersônicos no Brasil, técnicos da Embraer realizaram treinamentos teóricos e práticos – os chamados on-the-job training – na Saab em Linköping. Lá, eles trabalharam lado a lado com funcionários suecos para produzir as aeronaves que já foram enviadas para o Brasil.
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