*ADN - Air Data News, por Ricardo Meier - 27/03/2023
A Embraer realiza encontros periódicos com a mídia aeronáutica e um desses eventos aconteceu na semana passada no Brasil.
Representantes da mídia alemã estiveram com executivos da fabricante de aviões brasileira, que revelaram alguns planos e possibilidades para o futuro da empresa.
A Aero Telegraph destacou a declaração de Francisco Gomes Neto, CEO da Embraer , que cogita lançar um jato comercial maior que o E195-E2 . Segundo o executivo, “essa pode ser uma oportunidade para o futuro”.
A versão maior da família E2 pode ser configurada com até 146 assentos, mas já foi utilizada com 130 a 136 assentos. Alongar a aeronave parece, no entanto, improvável, pois a própria fabricante de aviões chegou a cogitar e desistiu logo em seguida.
O cenário agora, porém, é outro. Há pouco mais de uma década, sua principal concorrente era a Bombardier, com a Série C. Nesse ínterim, a Boeing tentou comprar a divisão comercial, mas mudou de planos. Com isso, a Embraer passa a disputar encomendas com a ex-parceira e a Airbus, que assumiu a Série C, atual A220.
Foco na Lufthansa e na LOT
A Embraer também comentou sobre a concorrência por novos pedidos do grupo Lufthansa e da LOT , ambos clientes da primeira geração de E-Jets.
A companhia aérea polonesa foi a primeira cliente da nova família de jatos regionais em 2004 e atualmente opera 39 aeronaves da Embraer. No ano passado, porém, surgiram rumores de que a Airbus teria fechado um pedido do A220 com a companhia aérea, o que não se confirmou.
Acredita-se que a LOT fechará um pedido de 50 novos jatos em breve.
A Lufthansa, por sua vez, possui 34 E195 em suas subsidiárias, enquanto a Swiss é cliente do A220. A Embraer teria sugerido um pedido com 170 E195-E2 e 40 E190-E2 para substituir não apenas os atuais E-Jets como o CRJ900 e o Airbus A319.
Linha de montagem E2 na China
Gomes Neto também foi entrevistado pela Aviation & Week e admitiu que uma grande encomenda do E2 poderia viabilizar uma linha de montagem final na China.
A Embraer faria parte de uma visita oficial do presidente brasileiro Luiz Lula da Silva à China nesta semana, mas que foi cancelada por motivos médicos.
De acordo com veículos do país, era esperado um pedido de 20 jatos E2, o primeiro em mais de cinco anos sem novos acordos de companhias aéreas chinesas.
A empresa brasileira já tinha uma linha de jatos no país asiático, mas que foi fechada em 2016 após 13 anos de atividade. Na ocasião, a Embraer firmou uma joint venture com a AVIC para montar o ERJ 145 e sua versão executiva, o Legacy, na China.
A parceria conseguiu entregar cerca de 50 aeronaves anos até ser dissolvida.
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