*LRCA Defense Consulting - 20/03/2022
Após
ter sido qualificada, em setembro de 2022, como Empresa Estratégica de Defesa que fabrica
Produto Estratégico de Defesa, a DFA Defense
recebeu, na semana passada, uma equipe de militares do Ministério da
Defesa (MD).
O objetivo foi realizar uma Visita de Avaliação
Técnica (VAT), a fim de verificar in loco as condições das instalações e
a situação técnico-gerencial da empresa, avaliando a permanência da
classificação dos seus produtos em consonância com as regras e normas da
Lei 12.598/2012, que rege o tema.
A DFA Defense apresentou à
Comissão do MD as condições que deram
origem ao seu credenciamento como Empresa Estratégica de Defesa e a
classificação de seus produtos como Estratégico de Defesa (PED).
Conforme prescreve a lei, as Empresas Estratégicas de Defesa (EEDs) são aquelas essenciais para a promoção do desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro e fundamentais para a preservação da segurança e da defesa nacional contra ameaças externas, enquanto Produto Estratégico de Defesa (PED) é todo o produto que, pelo conteúdo tecnológico, pela dificuldade de obtenção ou pela imprescindibilidade, seja de interesse estratégico para a defesa nacional.
Ao final da VAT, a equipe do MD declarou-se plenamente satifeita com os resultados e manteve a classificação da empresa.
A equipe do Ministério da Defesa que realizou a visita de avaliação técnica foi composta pelos seguintes militares:
- Capitão de Mar e Guerra Mário Márcio Cardoso Teixeira - Departamento de Produtos de Defesa/MD;
- Coronel Hilton Grossi Silveira - Departamento de Produtos de Defesa/MD;
- Coronel Eng. Mecânico Paulo Murilo Longen - Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico/MD;
- Capitão de Corveta David Ventura Cardoso - Centro de Apoio a Sistemas Logísticos de Defesa/MD;
- 1º Tenente Dorival Alves de Lima - Comando de Operações Especiais.
DFA Defense
A DFA Defense, criada
em 2017, atualmente opera no segmento de defesa e segurança com a fabricação e a comercialização de armas de fogo para instituições civis e
militares, bem como diretamente para o consumidor final.
Inaugurada em maio de 2022 no DAIA - Distrito Agroindustrial de
Anápolis (GO), a fábrica da DFA Defense utiliza a alta tecnologia da Eslovênia para fabricação de
pistolas e rifles da marca Arex.
O foco inicial da empresa é o
mercado civil (caçadores, atiradores e colecionadores), instituições e
forças de segurança, além da venda direta para policiais e militares. As
instalações no DAIA ocupam uma área de 30 mil metros quadrados.
Foi a
primeira vez, em 80 anos, que uma fábrica de armas
leves resolveu, com sucesso, enfrentar os muitos obstáculos tributários e regulatórios e se instalar no Brasil, passando a gerar empregos e divisas para o País.
A fábrica gera 195 empregos diretos e 950 indiretos, tendo uma capacidade instalada de 505 mil armas/ano.
De
acordo com o Governo de Goiás, a DFA estima faturamento de
aproximadamente R$ 2,5 bilhões em cinco anos, a partir de 2023, com a
venda de pistolas Arex e outros armamentos que deverão ser apresentados
em breve pela nova fabricante de armas brasileira.
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Ministério da Defesa apresenta oportunidades de negócios a industriais goianos
*Federação das Indústrias do Estado de Goiás - 17/02/2023
O Comitê da Indústria de Defesa e Segurança de Goiás (Comdefesa-GO) da Fieg promoveu quinta-feira (16/02), na Casa da Indústria, reunião com representantes do Ministério da Defesa para apresentação de oportunidades de negócios com a pasta. Na oportunidade, o capitão-de-mar-e-guerra Mário Márcio Cardoso Teixeira, o coronel-aviador da reserva Hilton Grossi Silveira e o capitão-de-corveta David Ventura Cardoso detalharam o processo de cadastramento de empresas interessadas em se tornar fornecedoras de produtos às Forças Armadas.
Atualmente, somente duas indústrias goianas estão aptas a fornecer produtos para o Ministério da Defesa: a CSA, de serviços de manutenção, reparo e revisão de motores aeronáuticos; e a DFA Defense, que atua com produção de armamentos e munição. "Queremos ampliar essa participação. É um setor com enorme potencial e temos diversas indústrias que possuem produtos e serviços que são contratados pela Pasta. Precisamos é levar informação e sensibilizar o empresariado para cadastrar seu negócio junto ao Ministério da Defesa", explicou Anastácios Dagios, presidente do Comdefesa-Fieg.
Levantamento do Comdefesa mostra que o mercado de defesa e segurança movimenta no Brasil cerca de R$ 7,7 bilhões ao ano. Além de localização competitiva, Goiás conta com três projetos estratégicos das Forças Armadas, em Anápolis, no Centro Goiano, e Formosa, no Entorno do Distrito Federal. Dentre os setores com mais oportunidades de negócio, considerando a vocação da indústria instalada no Estado, estão alimentos, eletrônicos, infraestrutura, química, software, roupas, calçados e medicamentos.
"Uma das coisas que mais me surpreende no setor de defesa e segurança é a empregabilidade de pessoas altamente qualificadas. A consolidação de um polo em Goiás impacta toda a cadeia, aumentando o poder aquisitivo e o desenvolvimento econômico e social de municípios", sustentou Anastácios, ao defender que Goiás tem os pilares necessários para essa mobilização. "Nós temos tudo para criar esse polo. Temos mão de obra qualificada, universidades, área para atrair novos investimentos. Precisamos é de vontade política, com incentivos para a indústria que se enquadra no setor", afirmou.
A reunião do Comdefesa-GO com representantes do Ministério da Defesa foi acompanhada pelos presidentes do Sindicato das Empresas de Extração de Areia do Estado de Goiás (Sindareia), Luiz Carlos Borges; e da Câmara da Indústria da Construção (CIC) da Fieg, Sarkis Nabi Curi; pelo diretor da Associação Comercial e Industrial de Anápolis (Acia), Álvaro Dantas; e pelo assessor executivo do Comdefesa-GO, Baltazar Santos.
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