Pesquisar este portal

02 janeiro, 2023

Conheça a arma antidrone usada pela PF na posse do Presidente da República

Policial federal carrega arma antidrone no local da chegada do Presidente da República para a posse
WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO


*LRCA Defense Consulting - 02/012022

Durante a posse do novo Presidente da República, chamou a atenção dos presentes a arma antidrone usada por um policial federal. Segundo a imprensa, essa arma teria sido acionada para derrubar um pequeno drone que invadiu o espaço aéreo do local, que estava restrito.

Em setembro de 2021, esta editoria publicou que a DroneShield, empresa autraliana fabricante de sistemas anti Aeronaves Remotamente Pilotadas (C-UAS: Counter-unmanned aircraft system), após receber aprovação formal da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações - responsável por emitir a concessão de novas radiofrequências), vendeu um número não revelado de rifles DroneGun Tactical para o governo brasileiro, informou a empresa.

O CEO da DroneShield, Oleg Vornik, disse que a empresa não poderia comentar sobre quais serviços ou agências utilizarão as novas armas, mas entende que o Exército Brasileiro provavelmente será um deles.

Entre 29 de junho e 1º de julho daquele ano, a Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea (EsACosAAe) do Exército Brasileiro organizou o II Simpósio de Defesa Anti Sistema de Aeronaves Remotamente Pilotadas (II Simpósio de Defesa Anti SARP), evento que reuniu militares das Forças Armadas (Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira), representantes de empresas como a Israel Aerospace Industries, Rafael Advanced Defense Systems, Rheinmetall, Avibras, Pirâmide Tecnologias (representante da DroneShield), bem como de universidades brasileiras que estudam o tema Defesa.

Rifle DroneGun Tactical em demonstração na Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea

Durante o evento foram debatidos temas sobre a defesa contra os Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARP) no âmbito das Forças Armadas, com destaque para a atuação dos meios de apoio ao combate e de coordenação do espaço aéreo, bem como os estudos referentes à proteção, coordenação e controle do espaço aéreo brasileiro, diante da utilização dos SARP.

“O Brasil é um grande e sofisticado mercado de equipamentos militares e de segurança, e temos o prazer de iniciar presença ativa no país, implantando equipamentos para os clientes”, disse Vornik. “Esperamos aumentar nossa presença no Brasil com os requisitos urgentes de contra-drones refletindo o que estamos vendo em outros países.”

Rifle DroneGun Tactical em uso por policiais belgas

DroneGun Tactical
O equipamento é capaz de afastar uma grande variedade de drones a mais de 1 quilômetro de distância, segundo a fabricante australiana DroneShield, bastando apontar e apertar o gatilho para que sinais de radiofrequência sejam disparados e o drone perca a comunicação com o controlador, sendo derrubado ou forçado ao pouso.

Um recurso complementar da DroneGun Tactical bloqueia a função de retorno do drone, caso este busque realizar um pouso seguro ou retornar para um local já sobrevoado, a fim de tentar recuperar o sinal. Entre as funcionalidades da arma também estão o controle da carga útil, para evitar que drones liberem explosivos, e a derrubada de modelos que fazem filmagens não autorizadas, por exemplo.

A arma é leve o suficiente para ser utilizada por apenas um operador, podendo ser utilizada por até duas horas seguidas com apenas uma única carga.

A invenção não é a primeira da empresa australiana, que conta com outros sistemas bloqueadores de drones. Entretanto, essa foi a primeira a arma homologada desse gênero no Brasil.

Só no último trimestre de 2020, a DroneShield obteve um lucro de 700%. Um dos maiores pedidos, com o valor de US$ 900.000, foi feito pela aliança Five Eyes, constituída pelos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Reino Unido e Nova Zelândia.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário será submetido ao Administrador. Não serão publicados comentários ofensivos ou que visem desabonar a imagem das empresas (críticas destrutivas).

Postagem em destaque