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31 agosto, 2022

Com lançamento da GX4XL, Taurus dá início a uma estratégica e promissora plataforma de pistolas


*LRCA Defense Consulting - 31/08/2022

O lançamento simultâneo da pistola microcompacta Taurus GX4 no Brasil e nos EUA, ocorrido em maio de 2021, foi um enorme sucesso, com a esta arma se transformando na primeira opção para porte oculto de milhares de consumidores americanos e brasileiros desde então, dada à inovação e à tecnologia embutida, assim como também a um imbatível custo/benefício.

Ontem, nos Estados Unidos, foi lançada a GX4XL, primeiro modelo de outros que comporão a Plataforma de Pistolas GX4 (saiba mais abaixo).

O novo modelo traz um ferrolho mais longo, adicionando uma polegada de comprimento quando comparado ao da GX4, aumentando a velocidade na boca do cano e o raio de visão, bem como facilitando a manutenção da precisão do tiro.


O cano é fabricado em aço inoxidável revestido com a inovadora tecnologia DLC (diamond-like carbon - carbono semelhante ao diamante), garantindo um atrito reduzido e uma maior resistência ao desgaste e à corrosão, independente dos elementos presentes, aumentando assim a precisão e o desempenho geral.

São disponibilizadas duas opções de punho. Enquanto o perfil padrão apresenta uma leve ondulação na palma da mão, aqueles que preferem uma posição de pulso mais alta, para um ponto de mira natural, podem instalar a alça traseira de alta ondulação que vem incluída.


A arma vem com três opções de carregador: 10, 11 ou 13 cartuchos, possibilitando maior versatilidade e tranquilidade.


A GX4XL já pode ser adquirida no modo T.O.R.O., ou seja pronta para óptica. Para uso sem red dot, a mira traseira serrilhada, feita em aço blackout, tem desvio ajustável, enquanto que a dianteira é fixa (ponto branco).


O gatilho, um dos destaques da arma, oferece precisão e previsibilidade, em virtude de sua quebra nítida e precisa, possuindo uma reinicialização agradavelmente curta e tátil que é fundamental para tiros rápidos e diretos no alvo.


O ferrolho, construído em aço carbono, é fácil de manejar com suas serrilhas frontais e traseiras, possuindo um revestimento com nitretação a gás (tratamento térmico que difunde o nitrogênio na superfície de um metal para endurecê-la), o que maximiza a dureza de sua superfície, fazendo com que o atirador possa ter confiança em qualquer situação.


A GX4XL, embora tenha uma polegada de ferrolho a mais que a original, ainda continua sendo uma arma apropriada para o porte velado, sendo também plenamente compatível com coldres da GX4 que tenham o fundo aberto.


Nos EUA, os três modelos da GX4XL tem preço de varejo sugerido pelo fabricante (MSPR) de:
- GX4XL pura: US$ 429,00;
- GX4XL T.O.R.O.: US$ 459,00;
- GX4XL T.O.R.O. com mira Riton: US$ 549,00.


GX4XL é o primeiro modelo da Plataforma de Pistolas GX4
A GX4, diferentemente das congêneres que a antecederam (Família G: G2c, G3 e G3c), é uma plataforma de pistolas. Desenvolvida com protocolo militar pelo CITE - Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia BR/EUA da Taurus, a arma foi concebida com a estratégia de ser completamente modular.

Isso significa que todo o seu mecanismo interno vai ser sempre o mesmo, mas será possível fazê-la crescer e atender às várias necessidades dos mercados civil, policial e militar.

Assim, ela poderá crescer no tamanho do cano, do ferrolho (caso da XL), da empunhadura e na capacidade de tiros. É uma microcompacta que poderá se transformar numa compacta ou numa full size (tamanho de serviço). Poderá ser uma micro com cano de compacta, uma micro com empunhadura de uma compacta, além de diversas outras variações possíveis.

A nova plataforma GX4 possibilitará aos clientes dispor de um mesmo "miolo" para uma família completa de armas, proporcionando uma enorme flexibilidade, facilidade logística (em suprimentos e manutenção) e grande economia de custos, tanto para os clientes como para a empresa, haja vista que esta poderá "enxugar" e racionalizar suas linhas de montagem.

Apenas como um exemplo de utilização, uma força militar ou policial poderá utilizar uma GX4 full size para uso em serviço e uma microcompacta como arma de backup, entre outras possibilidades, ambas com o mesmo mecanismo interno. 
 
Uma outra opção que está em desenvolvimento é a versão de competição, fechando assim o ciclo de utilizações da arma: uso pessoal, forças militares, forças de segurança e tiro esportivo.

Para tanto, a Taurus continua ultrapassando os seus limites em termos de inovação e tecnologia, já tendo lançado no Brasil a versão da arma com grafeno e anunciado estudos para a utilização do nióbio. Além disso, em um horizonte temporal próximo, a montagem das pistolas da Plataforma GX4 será completamente robotizada, em mais um passo da empresa em direção à Indústria 4.0.

30 agosto, 2022

Taurus lança nova versão do clássico revólver RT 065, com calibre .357 Magnum e duas opções de acabamento


*LRCA Defense Consulting - 30/08/2022

Líder mundial na fabricação de revólveres e reconhecida pelo seu amplo e inovador portfólio, a Taurus segue trazendo mais um novo produto ao mercado. A novidade desta vez é o retorno do clássico revólver RT 065 na versão com calibre .357 Magnum e opção de acabamento em Carbono Fosco ou Inox Fosco.

O modelo, considerado clássico, robusto, portátil e confiável, é voltado ao público saudosista e aos apaixonados por revólver. É ideal para arma de backup e defesa pessoal.

O revólver RT 065 possui capacidade de 6 tiros, calibre .357 Magnum e cano reforçado com comprimento de 4 polegadas. Com cerca de 1Kg, possui alça e massa de mira fixas e empunhadura de borracha.

 As duas versões do revólver RT 065 – em Carbono Fosco ou Inox Fosco – serão comercializadas no Brasil a partir de 30 de agosto nas lojas revendedoras e no portal de vendas, voltado a militares, policiais, CACs e civis que integram categorias autorizadas a adquirir este produto, conforme legislação vigente.

Destaque mundial na fabricação de revólveres
A Taurus é reconhecida por sua longa história e confiabilidade no segmento de revólveres, sendo que o primeiro modelo em calibre .38 SPL foi projetado e fabricado em 1941. Hoje, a marca ocupa um lugar de destaque no mercado global. A cada 10 revólveres vendidos no mundo, 6 são da Taurus.

Inovação, pioneirismo e tecnologia
A empresa também é uma das maiores produtoras de pistolas e a maior vendedora de armas leves do mundo, além de ser a marca mais importada no exigente e competitivo mercado dos Estados Unidos.

O pioneirismo é destaque entre as qualidades que levaram a Taurus a ocupar um lugar destaque na indústria. A empresa desenvolveu e lançou recentemente a primeira arma com grafeno, a GX4 Graphene, que marcou o início da terceira geração mundial de pistolas, uma tecnologia desenvolvida em território nacional para o resto do mundo.

E está desenvolvendo outros projetos inovadores, adicionando ao portfólio armas cada vez mais leves e resistentes, como a aplicação de nano partículas de nióbio em ligas de metais –, nacionalização da tecnologia de aplicação de DLC (Diamond Like Carbon) – que aumenta a dureza superficial do aço, e uma parceria de transferência de tecnologia com uma empresa norte-americana para desenvolver polímeros com fibras longas – material que proporciona maior resistência e robustez ao produto.

A inovação faz parte hoje do DNA da Taurus e os importantes investimentos da empresa em novas tecnologias geram não apenas contribuições a indústria, em produtos e processos, mas também para o país e o mundo, com produtos inovadores e de qualidade.

Para alavancar o crescimento de segmentos da empresa, WEG anuncia reestruturação


*LRCA Defense Consulting - 30/08/2022

A WEG S.A. comunicou hoje seus acionistas e mercado em geral que o Conselho de Administração, em reunião realizada em 23 de agosto de 2022, aprovou a seguinte reestruturação, com efeito a partir de 01 de setembro de 2022.

O ritmo de crescimento das operações da WEG, principalmente em conta da internacionalização e ingresso em novos negócios, demanda uma estrutura focada em lidar com os desafios, não somente na venda de equipamentos tradicionais de drives & controls, mas também nas soluções digitais, voltadas à indústria 4.0, assim como também no segmento de mobilidade elétrica, todos estes atualmente alocados na Unidade de Negócio WEG Automação.

Com o objetivo de alavancar o crescimento nestes segmentos, especialmente as ações de mercado e desenvolvimento tecnológico, o conselho de administração aprovou a divisão da Unidade de Negócio WEG Automação, em duas Unidades distintas:

WEG Automação: responsável pelos PRODUTOS de automação e eletrificação para indústria e building & infrastructure, com objetivo de acelerar a internacionalização do negócio de drives (inversores de frequência) e continuar expandindo a oferta de produtos. O Diretor Superintendente desta Unidade de Negócio permanece sendo o Sr. Manfred Peter Johann, que já ocupa esta função deste 2013. Formado em Engenharia Elétrica pela faculdade de Engenharia de Joinville e com Especialização em Administração de Marketing pela Faculdade de Administração e Ciências Econômicas Santana / SP, o Sr. Manfred atua na companhia desde 1997.

WEG Digital & Sistemas: nova Unidade de Negócio, responsável por SOLUÇÕES DIGITAIS e SISTEMAS para indústria, setor de energia, infraestrutura e mobilidade elétrica. Como Diretor Superintendente desta nova Unidade de Negócio será nomeado o Sr. Carlos José Bastos Grillo, executivo formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Rio Grande, pós-graduado em Engenharia de Produção pela Universidade São Judas Tadeu / SP e em Gestão de Negócios, pela Fundação Getúlio Vargas. Na WEG desde 1997, o Sr. Grillo ocupa atualmente a diretoria de Negócios Digitais, possuindo larga experiência em produtos, processos industriais, engenharia e desenvolvimento de software.

WEG amplia parceria com a Grendene S/A no fornecimento de soluções para interfaces de operação (IHMs)


*LRCA Defense Consulting - 30/08/2022

A Indústria 4.0 já é realidade para muitas empresas e para atender essa área industrial que requer cada vez mais recursos tecnológicos e maior conectividade, a WEG tem desenvolvido constantemente soluções que integram a comunicação entre os equipamentos e seus operadores, unindo o mundo físico e digital.

Ligada a essas tendências e parceira de longa data da WEG, a Grendene S/A, maior exportadora de calçados do Brasil e uma das maiores empresas de calçados da América Latina, com o objetivo de padronização das operações de fábrica adquiriu novas soluções de interfaces de operação, também conhecidas como Interface Homem-Máquina (IHM) da WEG.

Ao total foram entregues à empresa calçadista 62 Interfaces de Operação WEG cMTX de 15 polegadas, que acopladas aos equipamentos possibilitam a visualização das operações em tempo real e, ao mesmo tempo, permitem traduzir esses dados para exibi-los remotamente, ofertando assim mais flexibilidade e agilidade aos processos de automação do usuário.

As novas Interfaces de Operação WEG, traz o que há de mais moderno em termos de qualidade de imagem, processamento e integração em nuvem com a Plataforma IoT WEGnology, equipadas com processadores Quad-Core, memória RAM de 4GB, tela capacitiva, protocolo MQTT, e programação CODESYS, fazendo com que seus aplicativos fiquem mais rápidos e muito mais robustos.

Além das vantagens descritas, com a nova linha WEG cMTX as portas estão abertas para a Industria 4.0, através da possibilidade de utilização das soluções Digitais WEG como a plataforma IoT WEGnology que é uma plataforma em cloud computing, Low-code e altamente escalável possibilitando a integração das máquinas em um ambiente único alavancando novas experiências e elevando a um mais alto nível a gestão da produção e dos processos.

O novo painel de controle também apresenta uma análise dos principais índices produtivos e operacionais tais como o estado dos equipamentos, consumo de energia, entre outros dados, o que resulta em maior controle e eficiência da operação e consequentemente o aumento da produtividade.

Trata-se de um fornecimento de atualização de equipamentos da Grendene e que demonstra a confiabilidade nas soluções WEG para agregar eficiência ao negócio. É tecnologia da WEG aplicada para o contínuo crescimento da Indústria 4.0.

29 agosto, 2022

Taurus adquire 7 novos centros de usinagem. Um dos objetivos é dobrar a produção dos revólveres Raging Hunter


*LRCA Defense Consulting - 29/08/2022

Perseguindo os objetivos traçados em seu Plano Estratégico Quinquenal, a Taurus Armas continua investindo em tecnologias de última geração para aumentar sua capacidade produtiva e agregar ainda mais qualidade, tecnologia e inovação às armas que produz.

Para tanto, adquiriu sete novos centros de usinagem horizontal de alta precisão junto à Grob do Brasil, sendo:
- 4 centros horizontais de 4 eixos modelo G440;
- 2 centros horizontais de 5 eixos modelo G350 de 2ª geração;
- 1 centro horizontal bi-fuso de 5 eixos G320 de 2ª geração.

A Grob do Brasil é uma empresa com tecnologia Alemã que produz e gera empregos no Brasil, sendo este o direcionamento estratégico do Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia BR/EUA (CITE) da empresa, ou seja, buscar tecnologia de ponta e preferencialmente brasileira, só optando por tecnologia estrangeira quando essa não estiver disponível no País.

Os Centros de Usinagem adquiridos são de última geração e amplamente utilizados pela indústria automotiva para peças que necessitem de elevada precisão, como comandos de válvula e blocos de motor. O investimento da Taurus no maquinário atingiu o montante de R$ 25 milhões.

Centro de usinagem horizontal modelo Grob G440 chegando na Taurus

Das sete máquinas adquiridas, duas foram entregues hoje e se destinam a dobrar a capacidade produtiva dos revólveres da família Raging Hunter (os "canhões" da Taurus), um dos carros-chefes da empresa nos mercados brasileiro e, principalmente, dos Estados Unidos. Tal medida é coerente com a flexibilidade produtiva que a empresa gaúcha adotou desde que sua Inteligência de Mercado percebeu os novos rumos do mercado americano, o que a fez priorizar a produção de revólveres, haja vista que lidera o mercado desse tipo de arma nos EUA e que a demanda por ela continua elevada.

Embraer apresenta, pela primeira vez, a aeronave C-390 Millennium no Air Power na Áustria


*LRCA Defense Consulting - 29/08/2022

A Embraer apresentará a aeronave multimissão C-390 Millennium pela primeira vez no maior show aéreo da Áustria, o Air Power, nos dias 2 e 3 de setembro em Zeltweg. Durante o evento, a Embraer também irá divulgar seu portfólio completo para os mercados de defesa e segurança com produtos e soluções inovadoras que estão presente em mais de 60 países.

“Estamos satisfeitos por ter esta oportunidade de apresentar o C-390 neste renomado airshow e compartilhar com os participantes do evento as capacidades da aeronave”, disse Jackson Schneider, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança. “A entrada do C-390 Millennium no mercado ocorre em um momento crucial, no qual forças aéreas e governos buscam incorporar em suas frotas de transporte aéreo aeronaves de nova geração. Vemos o C-390 operando com taxas de disponibilidade incríveis, resultado de um design moderno com foco em confiabilidade, facilidade de manutenção e na seleção dos melhores fornecedores do mundo.”

O C-390 Millennium e sua configuração de reabastecimento aéreo, o KC-390, são a nova geração de aeronaves multimissão de transporte militar que oferecem mobilidade e capacidade de carga incomparáveis, rápida reconfiguração, alta disponibilidade, conforto aprimorado e segurança de voo, bem como gerenciamento otimizado de custos operacionais reduzidos ao longo de seu ciclo de vida, tudo em uma única plataforma.

Desde a primeira entrega à Força Aérea Brasileira (FAB), o KC-390 Millennium tem comprovado sua capacidade, confiabilidade e desempenho. A atual frota de KC-390 da FAB é composta por cinco unidades e já ultrapassou 5 mil horas de voo em operação, com uma taxa de 97% de conclusão de missão, demonstrando excelente disponibilidade e produtividade em sua categoria.

As Forças Armadas de Portugal e as Forças de Defesa da Hungria irão iniciar as operações com o K-390 em 2023 e 2024, respectivamente. Tanto a frota portuguesa quanto a húngara serão configuradas para realizar o reabastecimento aéreo e serem totalmente compatíveis com as operações da OTAN, não apenas em termos de hardware, mas também em aviônica e comunicações. A frota das Forças de Defesa da Hungria será a primeira do mundo a contar com a configuração de uma Unidade de Terapia Intensiva, característica essencial para a realização de missões humanitárias.

Recentemente, em junho, o Ministério da Defesa da Holanda anunciou a seleção de uma frota composta por cinco aeronaves C-390 Millennium, destacando seu desempenho e a produção operacional, para substituir sua atual frota de C-130 Hercules.

28 agosto, 2022

Bem mais barato do que voar de helicóptero: entenda por que em breve você vai embarcar num carro voador da Eve, spin-off da Embraer


*Projeto Draft - 18/08/2022

Se você pensa que carro voador ainda é coisa de ficção científica e desenho animado futurista, é melhor pensar de novo. Estudiosos e fabricantes especializados no assunto já preveem que esse tipo de meio de transporte deve tomar os céus ainda nesta década.

A Europa, aliás, acaba de aprovar uma regulamentação específica para o funcionamento desses veículos aéreos, questão que já vem sendo discutida inclusive aqui no Brasil.

Em julho, a Eve Air Mobility — empresa subsidiária da Embraer, criada para desenvolver novos modelos de aeronaves de mobilidade aérea urbana — revelou no evento Farnborough Airshow, na Inglaterra, um mock-up apresentando pela primeira vez o design interno da cabine de seu veículo elétrico de pouso e decolagem vertical, o eVTOL.

Com a meta de trazer um veículo aéreo muito mais acessível às grandes cidades brasileiras, com passagens custando a partir de 99 reais, a Eve pretende iniciar sua operação oficialmente já em 2026 e ter pelo menos mil aeronaves voando pelo Brasil até 2035.

No momento, já são dois mil veículos encomendados, 150 deles para o uso no mercado de defesa e segurança (mas sem armamentos), numa parceria entre a Embraer e a britânica BAE Systems.

Na Embraer desde 2006, Flavia Ciaccia, hoje vice-presidente de Experiência do Usuário e Inteligência de Mercado da Eve, embarcou no projeto desde o primeiro momento, “quando éramos menos de seis pessoas na sala”, lembra.

Lançada oficialmente em 2020 como um empreendimento separado da Embraer, a Eve vem contando com a experiência da executiva — que tem formação em mecatrônica e engenharia industrial — em áreas como jornada do usuário, acessibilidade e inovação dentro da própria Embraer.

“Um dos desafios mais relevantes é o da aceitação da comunidade”, diz Flavia. “Não adianta nada ter um veículo seguro e com preço acessível sem pessoas interessadas em voar ou comunidades dispostas a recebê-lo.”

Em entrevista ao Draft, Flavia Ciaccia fala sobre os desafios de mercado, design e tecnologia desse setor, e como vislumbra o futuro da mobilidade aérea no Brasil.

Você tem uma carreira de 14 anos na Embraer, antes de virar vice-presidente de Experiência do Usuário da Eve. Como essa trajetória ajudou a te qualificar para os desafios do cargo atual?
Estou na família Embraer desde 2006. Entrei no Programa de Especialização em Engenharia, que a Embraer tem até hoje, para recém-formados da área. São 18 meses de curso e, nesse tempo, passamos por várias aulas com especialistas da Embraer e professores do ITA [Instituto Tecnológico de Aeronáutica] para ter um aculturamento aeronáutico. A primeira fase é geral, depois somos divididos por carreiras.

No final, fui trabalhar na área de design e estúdio, com ergonomia de produto. Foi um casamento muito bacana da minha experiência na faculdade de engenharia mecatrônica com esse olhar humano do desenvolvimento centrado em pessoas.

Trabalhei com isso por alguns anos, até que fui convidada para participar de um projeto de pesquisa com outras universidades, quando comecei a trabalhar com desenvolvimento tecnológico e inovação.

Aí aprendi sobre experiência do usuário e a importância de conhecer o antes e o depois da jornada, não pensando só no voo, mas em tudo que influencia a viagem: a preparação, compra da passagem, o aeroporto, a chegada ao destino. Tudo isso influencia a percepção de conforto e satisfação

Também fizemos projetos com foco em acessibilidade, pessoas com deficiência ou mobilidade
reduzida, para entender como a gente poderia minimizar as dores e constrangimentos desse público. Isso abriu meu leque de possibilidades.

Durante os oito anos em que trabalhei na área, ganhei uma noção de como tratar a inovação dentro de uma empresa e atuar com diferentes stakeholders, universidades, institutos de pesquisa e empresas parceiras.

Orquestrar todos esses players foi muito importante para a minha carreira. Por puxar várias frentes relacionadas à inovação, experiência do usuário e desenvolvimento centrado nas pessoas – fui ficando conhecida por isso.

Quando esse modelo do eVTOL entrou no radar da companhia? Você participou desses bastidores desde o início?
Quando o projeto Sky – que era o nome antes de virar Eve – ia começar, fui chamada. Trabalhei num grupo muito seleto que deu início a esse projeto. Claro que teve um anteprojeto na inteligência de mercado da Embraer, antes de virar uma ideia mais concreta.

Quando se estabeleceu o foco, participei desde o kick-off [do projeto], éramos menos de seis pessoas na sala… Diziam que, um dia, a gente iria virar uma empresa separada da Embraer e construir tudo isso juntos… Cinco anos depois, fomos para a Bolsa de Nova York

Hoje, somos uma empresa listada e independente. Foi muito gratificante fazer parte de tudo isso.

Por que transformar a Eve em um spin-off, em vez de mantê-la como um braço da Embraer?

A Eve foi lançada como uma empresa nova e independente em outubro de 2020, dedicada a desenvolver o ecossistema de mobilidade aérea urbana, depois de ser incubada por quase quatro anos dentro da EmbraerX, a aceleradora de mercado da Embraer.

Nesse modelo, a empresa se beneficia de uma maior velocidade e agilidade, permitindo que a inovação e execução de projetos aconteçam num ritmo acelerado para aproveitar as oportunidades globais do mercado.

Em que grau as duas companhias permanecem conectadas?
A Embraer tem mais de 80% do capital da Eve, que conta com um suporte abrangente da Embraer, da engenharia à certificação, e sustentação e suporte de produtos numa base global.

A parceria estratégica das empresas é uma vantagem competitiva fundamental para o negócio, que inclui uma licença isenta de royalties para os mais de 50 anos de experiência de propriedade intelectual da Embraer e acesso a milhares de engenheiros qualificados

Esse alinhamento estratégico oferece importantes vantagens de custo e execução, pois a Eve busca a certificação e entrada em serviço de seu eVTOL, além de escalar sua solução para a mobilidade aérea urbana de forma global.

Qual a importância dos anúncios que a Eve fez no Farnborough Airshow?
O principal foi o nosso mock-up de interiores. Todo trabalho que a gente vem desenvolvendo ao longo dos últimos cinco anos é pautado em conversas com a comunidade, os potenciais usuários e operadores. Então, temos dado voz a todos os stakeholders para garantir que estamos entregando uma solução de valor.

Acreditamos num serviço mais acessível, sustentável e seguro. Se você olhar para nossas escolhas de materiais, de design interior, tudo ali tem motivo para existir. Não queríamos que o eVTOL parecesse um veículo para pessoas VIP, o que acontece hoje com os helicópteros

A gente não consegue ter a escala que espera com helicópteros porque o custo de operação [do helicóptero] é muito alto, além de ser um veículo muito ruidoso — algumas regiões não toleram esse tipo de operação —, e ainda tem a questão de segurança.  

O interior do eVTOL traz o conceito de um veículo que é para todos. Usamos materiais sustentáveis, como cortiça para isolamento térmico e acústico e piso 98% feito de borracha reciclada. São elementos que traduzem nossa visão.

Fizemos um trabalho com os operadores para capturar o que funciona. Tem vários fatores, desde o deslocamento entre dois pontos da cidade, como do aeroporto ao centro, até voos de turismo.

No evento, também anunciamos a venda de 150 unidades de eVTOL para a Embraer no uso em sistemas de vigilância e defesa – algo que a empresa deve explorar, mas sem armamentos. Nosso veículo não é o mais adequado para isso, e nem é nosso interesse.

O que significa na prática um design centrado no ser humano?
Quando a gente fala nisso, não estamos pensando só no usuário final, mas em todo o ecossistema que existe em torno desse novo veículo: operadores, controladores de tráfego aéreo e funcionários, as partes que vão possibilitar que essa jornada não tenha atritos. Todas as camadas de backstage têm que estar muito bem alinhadas.

Valorizamos bastante a acessibilidade, então pensamos em soluções que facilitem a entrada e saída de pessoas. Na configuração do mock-up, fica uma pessoa de frente para a outra – isso permite que a entrada da cabine seja maior, facilitando o acesso daqueles com dificuldade de mobilidade. O assento tem uma pequena plataforma que ajuda no embarque e desembarque.

Temos essa mentalidade de teste, prototipação e cocriação não só no veículo, mas em outros elementos. No final de 2021, fizemos o Rio Experience. Foi uma simulação, um grande protótipo de operação. Como nossos veículos ainda não podem voar oficialmente, usamos um helicóptero. Foi uma ação envolvendo 14 empresas, desde [setor de] energia até infraestrutura, simulando uma rota da Barra da Tijuca ao Aeroporto do Galeão.

Essa rota não existia antes, então tivemos que desenvolver todo um trabalho com a Anac para entender como fazer a operação partindo do aeroporto. Os eVTOLs são elétricos, então não dá para ficar esperando para pousar, porque a bateria tem um tempo limitado

Todos esses estudos, de como sincronizar aviação comercial com eVTOL, desenvolvemos em simulações. Então, quando a gente fala em desenvolvimento centrado no ser humano, pensa em todos os elementos que vão compor o quebra-cabeça da mobilidade urbana.

Como esse veículo vai ser mais acessível?

Trabalhamos com uma passagem num valor até seis vezes mais baixo do que a de helicópteros. Só assim vamos conseguir que isso escale de forma que faça sentido. A eletrificação traz um benefício muito grande para os novos veículos, algo diferente do helicóptero, que tem aquela grande hélice em cima.

O eVTOL tem motores distribuídos, com cada modelo explorando uma distribuição diferente. Isso traz mais segurança porque, se um motor falha, tem outros para compensar. Por ser elétrico, também é mais eficiente, e sai mais barato. O eVTOL gera até 68% menos emissões que o carro, e 90% menos que um helicóptero

Quando fizemos a simulação no Rio de Janeiro, praticamos valores a partir de 99 reais, muito similares a uma corrida de Uber. A longo prazo, é isso que queremos atingir para sermos competitivos.

Qual impacto positivo o eVTOL deve trazer para o futuro da mobilidade urbana?
Se pensarmos na população que quer se deslocar dentro da cidade, o veículo é uma opção mais rápida e que atinge regiões difíceis de chegar. Não estamos falando em substituir o trânsito do solo, não é isso. Se você está atrasado para uma consulta ou precisa chegar cedo para o aniversário do seu filho, são ocasiões em que vai ter outra opção.

Pretendemos começar a operar em 2026. Na nossa visão, em 2035 devemos ter mil eVTOLs voando em cinco cidades do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Curitiba

É muito pouco: uma montadora fabrica mil carros por dia… Por outro lado, [mil eVTOLs em operação] representa 16 milhões de pessoas voando por ano. Traz uma possibilidade a mais para pessoas que querem se deslocar de forma diferente – seja por diversão ou por querer chegar mais rápido.

Outro lado é abrir novas frentes de trabalho, possibilitar que pessoas tenham acesso a educação e oportunidades usando o veículo. As pessoas [hoje] podem não ter acesso a um emprego melhor porque ficam o dia inteiro no trânsito… Se puderem se deslocar com um preço acessível e de forma rápida, podem ir a um médico melhor, fazer um curso, ter acesso a mais empregos.

Comunidades que vão receber esse serviço também vão ter um crescimento, uma circulação maior de pessoas e mais possibilidades de desenvolvimento.

Como vocês enxergam o futuro do mercado de carros voadores? Devemos ver esses veículos atendendo a outras demandas e funções?

É um mercado até bastante aquecido. São mais de 200 projetos no mundo. Claro que dá para contar em uma mão as empresas que vão trazer uma possibilidade real para as populações de várias cidades. Também vemos um investimento muito alto nessas empresas, em fornecedores e infraestrutura.

Particularmente, acho positivo ter outros players, porque isso nos ajuda a ter força e construir regulamentações em conjunto. Se a gente não conversar e se unir para criar padrões, vamos ter dificuldade com a parte de carregamento das baterias, por exemplo

Vejo que várias cidades do mundo estão se preparando para isso, e órgãos de homologação trabalham em normas para atender essa demanda. Claro que queremos nos posicionar como líderes nesse segmento, mas vemos outros players importantes nessa jornada.

O que vocês esperam desse primeiro momento de lançamento, em 2026?

Estamos vendo com nossos operadores em quais regiões eles têm interesse, ajudando a criar rotas e malhas. Temos buscado entender para onde as pessoas estão se deslocando, pensando em qual a melhor configuração para o início de operação. Cliente a cliente, para garantir que estamos criando a infraestrutura necessária para que ele consiga operar.

Não é só entregar o veículo. Precisa ter um local para pousar, que o grid de energia chegue até ali, [precisa] de mão de obra qualificada. Tudo deve estar preparado para o início de operações. É nisso que a gente tem trabalhado nas simulações. Para realmente montar o cenário para que nossos operadores comecem a operação

Hoje, temos mais de duas mil intenções de compra de unidades do eVTOL. São alguns anos de backlog de veículos para entregar.

Na Europa, a operação de carros voadores já vem sendo regulamentada. Em que ponto estamos aqui no Brasil?
No início do ano, demos entrada no processo de certificação do nosso veículo junto ao órgão de homologação. Optamos pela Anac porque ela tem órgãos bilaterais tanto nos EUA quanto na Ásia e na Europa. Isso facilita.

É esperado que haja diferenças entre as certificações, mas temos a intenção de trabalhar para alcançar todas elas via Anac. Pretendemos estabelecer até o final do ano a base de certificação sobre a qual trabalhar.

Desenvolver um veículo criado num contexto de mobilidade urbana para um uso como o de defesa é um grande desafio?
Não é do nosso escopo, por isso fizemos a venda para a Embraer e a BAE, que juntas vão desenvolver isso. Nosso foco é o uso civil.

Temos trabalhado hoje com o transporte de passageiros como principal foco, mas vemos sim outras possibilidades, como transporte de carga e serviços médicos – mas tudo para uso civil

Conversamos até com alguns hospitais e empresas para entender as necessidades e requisitos, e saber quais são os casos que fazem sentido para o veículo.

Quais os principais desafios para a Eve nos próximos anos?
São vários, afinal estamos criando um serviço e um ecossistema completamente novos. A regulamentação, como falamos, ainda está sendo escrita e desenvolvida, e deve levar um tempo.

Em questão de tecnologia, tem o desafio de serem veículos elétricos, então tem toda a questão de bateria e carregamento… E há o desafio de como operacionalizar o desenvolvimento dessas duas mil unidades. Estamos até desenvolvendo um trabalho junto com a Porsche Consulting para criar nossa estratégia industrial.

Um dos desafios mais relevantes é o da aceitação. Não adianta ter um veículo seguro e com preço acessível sem pessoas interessadas em voar ou comunidades dispostas a recebê-lo. A aviação está aí há mais de 100 anos e ainda tem gente com medo de voar. Conforme as pessoas entenderem os benefícios, isso pode ser contornado

 Precisamos atuar mais próximos das comunidades para criar essa cultura e educar sobre como estamos desenvolvendo esse trabalho, com cuidado e uma segurança gigantesca. Queremos que as pessoas se sintam confortáveis e seguras em voar com o eVTOL.

WEG participa da EXPOSIBRAM 2022

*LRCA Defense Consulting - 25/08/2022

Com um portfólio completo para cada etapa dos diversos processos que envolvem o segmento de mineração a WEG confirmou presença em mais uma edição da EXPOSIBRAM, considerada uma das maiores exposições de mineração da América Latina.

A feira acontece de 12 a 15 de setembro de 2022, no EXPOMINAS BH, em Belo Horizonte (MG) e reúne as principais companhias mineradoras com atuação nacional e global, fornecedores, mineradores, entre outros importantes players do setor.

Para os participantes o evento possibilita conhecer em um só lugar as tendências em tecnologias e equipamentos voltados para a área, bem como gerar networking e importantes negócios. Essa é a oportunidade para visualizar de perto algumas das soluções WEG que tornam o segmento mais eficiente, flexível e confiável.

Entre os produtos expostos encontram-se motores de diversas linhas acoplados as soluções para monitoramento Gear Scan e Motor Scan projetadas para tornar os equipamentos prontos para indústria 4.0. Também serão expostas soluções para automação, tais como inversores, CFW900 e monitoramento WDI, etc. e tintas para proteção.

27 agosto, 2022

Kryptus lança o primeiro dispositivo portátil comercial do mundo com Criptografia Pós-Quântica

O KeyGuardian é o primeiro dispositivo portátil comercial do mercado global a oferecer proteção Pós-Quântica (PQC) para sigilo de dados e comunicações.


*Crypto ID - 19/08/2022

A computação quântica vem ganhando cada vez mais espaço não só na mídia, mas também nos orçamentos de pesquisa e desenvolvimento de grandes empresas e governos.

Não é à toa: a teoria da informação quântica permite que problemas antigos e difíceis – a exemplo da simulação de medicamentos e o cálculo de malhas logísticas – possam ser resolvidos rapidamente e de forma precisa por meio de novas classes de algoritmos. Assim a solução de problemas “exponencialmente” difíceis, quando calculados com um computador quântico, passam para o campo dos solúveis, i.e., de complexidade polinomial.

“Porém, justamente esta mudança de paradigma permite com que as bases fundamentais da criptografia empregada hoje virem pó: com computadores quânticos operando, o esforço necessário para a quebra de algoritmos como RSA e de Curvas Elípticas saem do mundo da dificuldade exponencial (“milhões de anos”) para esforços terrenos”, explica o Dr. Roberto Gallo, CEO da KRYPTUS.

Ainda que computadores quânticos não sejam para todos – e as ameaças criptográficas ainda não sejam práticas –, o fato é que pessoas, negócios e governos protegem informação na maior parte das vezes para o futuro: um contrato assinado digitalmente precisa ter a sua validade garantida por anos, uma comunicação sigilosa classificada pode ter de ser mantida assim por décadas.

Além disso, “muitas agências de inteligência já estão coletando dados criptografados para serem lidos quando o computador quântico for uma realidade, em um ataque conhecido como Store-Now-Decrypt-Later (SNDL) attack”, segundo o Dr. Waldyr Benits, head de criptologia da empresa.

Exatamente por este motivo, órgãos reguladores ao redor do mundo, em particular o NIST Americano, têm não só buscado a padronização de algoritmos resistentes a computadores quânticos (chamados de algoritmos Pós-Quânticos), como recomendado que organizações já tenham um plano claro de transição de seus sistemas no presente.

KeyGuardian tem resistência integral a computadores quânticos
Atenta a este movimento, alinhado à sua liderança histórica de inovação, a Kryptus lançou a nova versão de seu cripto computador portátil KeyGuardian (KG) que passa a contar com resistência integral a computadores quânticos tanto em operações simétricas como assimétricas.

Para operações simétricas, o KG suporta PQC tanto por meio de criptografia de sequência única (também chamada de one-time pad – OTP) como a execução de algoritmos de blocos simétricos com chaves de até 512 bits. Já para a operação assimétrica de sigilo, o KG conta com algoritmo selecionado no round 3 pelo NIST, no PQC Standardization Process.

Com isso, o KeyGuardian passa a ser o primeiro dispositivo portátil comercialmente disponível do mercado global a oferecer proteção Pós-Quântica (PQC) integral para sigilo de dados e comunicações.

Usado por clientes dentro e fora do Brasil, o KG pode ser empregado em múltiplos casos de uso, como encriptação e assinatura de documentos, arquivos e pastas, estabelecimento de VPNs, guarda de arquivos on-device em volume encriptado e segundo fator de autenticação. “Com PQC, vemos grande potencial de expansão da solução nos mais diversos segmentos de mercado”, conclui Gallo.

Sobre a Kryptus
A KRYPTUS investe há quase 20 anos no desenvolvimento de tecnologia criptográfica de ponta, mantendo um time de criptólogos (especialistas em criptografia) para o estudo, avaliação e desenvolvimento de soluções que estejam à frente das ameaças cibernéticas atuais e futuras. É pioneira no mercado de HSM com a sua linha ASI-HSM, a primeira a ter o seu protocolo de ciclo de vida de chaves peer-reviewed, a primeira a ser certificada ICP-Brasil, a primeira obter certificação dupla com o FIPS-140, e a primeira a ter a interface KMIP nativa. O kNET HSM é o mais novo membro desta família: um dispositivo multitenant de alto desempenho, preparado para atender os requisitos para a evolução pós-quântica, oferecendo nativamente algoritmos de criptografia simétrica e a garantia de um ambiente seguro para seu processamento dada pela certificação internacional FIPS 140-2 Level 3.

Mais sobre Criptografia OTP

O One-Time Pad, ou OTP, é uma técnica de criptografia em que cada byte dos dados de texto simples é combinado com outro byte de uma sequência verdadeiramente aleatória (o fluxo de chave OTP) para produzir o texto cifrado. Para decifrar uma mensagem, a outra parte deve ter uma cópia exata do bloco OTP para reverter o processo. Como o nome diz, um pad descartável deve ser usado apenas uma vez e depois destruído. Quando aplicado corretamente, a criptografia OTP fornece uma cifra verdadeiramente inquebrável, apoiada pela Teoria da Informação. Portanto, seu uso é altamente recomendado para comunicações militares, diplomáticas e de agências de inteligência.

Descrito originalmente em 1882 pelo banqueiro americano Frank Miller, foi reinventado em 1917 por Gilbert Vernam e Joseph Mauborgne. Seu nome tem origem nas folhas de papel (blocos) em que o fluxo de chave geralmente era impresso. Como a mais recente técnica de segurança, a criptografia OTP protege aplicativos essenciais, como o chamado “Telefone Vermelho”, que liga a Casa Branca ao Kremlin.

Mulheres nas tropas de Operações Especiais

Membros das Equipes de Apoio Cultural do Exército dos EUA no Afeganistão

*Pucará Defensa, por Rodney Lisboa - 26/08/2022

A história das civilizações ocidentais nos apresenta diferentes tipos de mulheres, inclusive aquelas cuja coragem e ousadia as levaram a enfrentar e superar os rigores da guerra. Os mitos característicos do norte da Europa destacam a figura marcial das Valquírias, representadas por um grupo de mulheres com qualidades guerreiras, vestidas com armaduras brilhantes e montadas em cavalos alados, que sobrevoavam os campos de batalha selecionando soldados mortos em combate que entrariam no Valhalla, o majestoso salão de Odin (a principal entidade da mitologia nórdica).

O mito popular da Grécia, por sua vez, destacou a sociedade amazônica, uma cultura composta exclusivamente por mulheres que eram especialistas em lutar contra homens que tentavam dominá-las, e que foram forçadas a sacrificar sua feminilidade mutilando seu seio direito para melhor manejar o arco e atirar flechas.

Também pertencente à mitologia grega, Atena é cultuada, entre outras virtudes, como a deusa da estratégia de batalha. Reverenciada como a antítese de Ares, o deus da guerra, ela possui grande habilidade e sabedoria, enquanto ele prima pela violência e impulsividade, características que muitas vezes o levaram a ser incapaz de distinguir aliados e inimigos no campo de batalha. As vitórias que obteve nos constantes confrontos contra Ares ratificam a submissão da força bruta à soberania e ao equilíbrio.

Embora a guerra seja quase exclusivamente um empreendimento masculino, há poucos exemplos de mulheres que se destacaram no campo de batalha lutando ao lado de homens, muitas vezes forçadas a esconder sua verdadeira identidade. Embora o papel da mulher em papéis de combate seja uma questão controversa, por razões éticas e morais, muitas delas demonstraram o valor do compromisso feminino, combatendo em inúmeros conflitos regulares (convencionais) ou irregulares (guerrilhas) realizados ao longo da história.

Especialmente durante a Segunda Guerra Mundial, as mulheres trabalhavam como enfermeiras, pilotavam aviões e atuavam na clandestinidade, transmitindo informações relacionadas à evolução e consequências dos combates.

Em Israel, país cuja tradição prevê o serviço militar obrigatório para ambos os sexos, as mulheres que trabalham em unidades de combate são invariavelmente demitidas após o casamento ou a maternidade, devido ao papel social ocupado pelas mulheres com a família (esposa e/ou esposa). ou mãe).

Mulheres nas Forças de Defesa de Israel

Quebra de paradigmas
Embora a década de 1990 tenha representado uma evolução em termos de participação feminina em campanhas militares, servindo em funções de apoio e inteligência, bem como em atividades navais e de aviação, as cerca de 40.000 mulheres mobilizadas na Guerra do Golfo (1990-1991) permaneceram distantes das missões de combate delegada aos soldados de infantaria. No entanto, a Guerra Global ao Terrorismo, lançada pelo governo do presidente George W. Bush (2001-2009) após a série de ataques ao território norte-americano perpetrados pela Al-Qaeda em 11 de setembro de 2001, promoveu profundas mudanças na forma como os Estados Unidos Os Estados viram seus antagonistas, revelando lacunas significativas em sua estratégia de enfrentamento. Portanto,

Considerado um estudioso das constantes transformações ocorridas durante a guerra, o almirante Eric Thor Olson, comandante do Comando de Operações Especiais dos Estados Unidos (USSOCOM, Comando de Operações Especiais dos Estados Unidos) entre 2007 e 2011, disse que as tropas americanas estavam desequilibradas, preparadas demais para confrontação (Ação Direta), mas insuficientemente capaz de travar a guerra baseada no conhecimento (Ação Indireta). Por estarem envolvidos em um conflito contra um inimigo cujas particularidades socioculturais eram praticamente desconhecidas, o Exército dos EUA carecia de informações relacionadas às especificidades da população afegã. Para o Almirante Olson, porque as mulheres são capazes de exercer grande influência na sociedade local.

Simone Ségouin, conhecida participante da Resistência Francesa, fotografada em 23 de agosto de 1944

A ideia do almirante Olson começou a ganhar força em 2010, quando o almirante William Harry McRaven, comandante do Comando Conjunto de Operações Especiais (JSOC) entre 2008 e 2011, solicitou a presença de mulheres militares para atuarem como "facilitadoras" (realizando interrogatórios táticos com mulheres afegãs ) em apoio às ações de combate conduzidas pelo 75º Regimento de Rangers no Afeganistão. Para o JSOC, o uso de soldados do sexo feminino era essencial, pois a presença de mulheres militares não violaria os códigos culturais e ajudaria a estabelecer relações de confiança entre as tropas e os pachtuns. Respondendo imediatamente ao pedido do JSOC, o Comandante do USSOCOM pediu ao Comando de Operações Especiais do Exército dos EUA (USASOC) Comando de Operações Especiais do Exército dos Estados Unidos) para iniciar um programa de treinamento para mulheres. Dividido em duas Equipes de Apoio à Cultura (CSTs), esse programa foi duplamente dedicado. Enquanto o primeiro grupo se preparava para atuar em ações efetivas de combate com os Rangers, realizando métodos de Ação Direta, o segundo pôde atuar com as Forças Especiais, realizando métodos de ação indireta nas relações das tropas com a população. e seus líderes.

Compostos por três a cinco operadores, os CSTs do Exército dos Estados Unidos serviram na Guerra do Afeganistão (2001 a 2021), prestando apoio às Forças de Operações Especiais, realizando diferentes operações de campo, incluindo ações de combate. Conhecedores da cultura e das tradições locais, esses soldados foram incumbidos da tarefa de interagir com a população feminina afegã, especialmente nas chamadas Village Stability Operations (VSO), realizando programas de assistência humanitária e construção de saúde e relacionamento, além de inteligência reunião.

Membro da Equipe de Apoio Cultural no Afeganistão

A presença do CST permitiu que a Força de Coalizão liderada pelos EUA quebrasse uma barreira cultural intransponível, já que as mulheres afegãs, como observado acima, foram impedidas de entrar em contato com homens em seu círculo familiar. A participação dos operadores no conflito permitiu o acesso direto a uma parte importante da população afegã (50% dos afegãos são mulheres), considerada um elemento central no comportamento do lar e na educação da família, que permitiu o acesso a importantes fontes de informação até então inacessíveis às tropas.

O processo de seleção para CST foi conduzido pelo USASOC, com sede em Fort Bragg, Carolina do Norte. Como em qualquer programa de Operações Especiais para homens, a seleção para mulheres foi constituída durante seis semanas de exigentes testes físicos e intelectuais, aplicados com o objetivo de avaliar as capacidades psicológicas dos candidatos para trabalhar em um ambiente baseado na incerteza, no alto risco e retorno baixo. Cabia aos Supzes Culturais responder igual e prontamente às severas exigências físicas, intelectuais e psicológicas que lhes eram impostas, e se não mostrassem predisposição para tanto, seriam ignorados para missões dessa ordem.

Esquadrão de Caçadores norueguês

Os efeitos da Guerra Global ao Terrorismo possibilitaram a quebra de um paradigma que restringia a comunidade de Operações Especiais ao gênero masculino. A necessidade, motivada por particularidades culturais, permitiu o ingresso de mulheres em unidades militares especiais, fato que melhorou o desempenho das tropas e contribuiu significativamente para a conscientização das novas oportunidades de emprego.

Embora os Estados Unidos tenham se destacado pelo desenvolvimento do programa CST, o emprego de mulheres em tropas especiais não é exclusivo da América do Norte. Ligado ao Forsvarets Spesialkommando (FSK, o Comando de Operações Especiais da Noruega), o Jegertroppen é considerado a primeira Força de Operações Especiais exclusivamente feminina, sendo responsável pela realização de Reconhecimento Especial em áreas urbanas. Assim como os CSTs, o Jegertroppen também foi usado no Afeganistão, basicamente o mesmo que o lado americano.


A realidade brasileira
Países como Inglaterra, Estados Unidos e França começaram a integrar o sexo feminino em suas Forças Armadas (FFAA), respectivamente em 1941, 1942 e 1970. No Brasil, as mulheres tiveram acesso às Forças Armadas apenas em 1980, quando a Marinha do Brasil (MB) constituíram o Corpo Auxiliar Feminino da Reserva da Marinha (CAFRM), empregando-os em atividades técnicas e administrativas, assim como a Força Aérea Brasileira em 1981, quando foi constituído o Corpo Auxiliar de Reserva da Aeronáutica (CFRA). No Exército Brasileiro (EB), embora 73 enfermeiras tenham sido enviadas como voluntárias e excepcionalmente para formar a FEB (Força Expedicionária Brasileira) durante a Segunda Guerra Mundial, somente em 1989 as mulheres passaram a ter permissão legal para treinar pessoal da força terrestre.

Cadete aviadora da Academia da Força Aérea no Primeiro Esquadrão de Instrução Aérea em 2018 (Foto: Cb Feitosa FAB)

O processo de formação de mulheres como oficiais militares de carreira no EB teve início em 2016, quando o gênero feminino foi admitido no concurso da Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), em preparação para o ingresso na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), que ocorreu em 2018, quando os cadetes passaram a compor a Diretoria de Materiais de Guerra e o Serviço de Intendente (o acesso às Armas de Infantaria, Cavalaria, Artilharia, Engenharia e Comunicações ainda é restrito ao gênero masculino). A inserção do gênero feminino na AMAN permite que as mulheres acessem o posto de General de Exército, o mais alto posto da Força Terrestre.

Embora o acesso de mulheres às Forças Armadas brasileiras esteja em franca evolução, a introdução de mulheres na Força de Operações Especiais atualmente é tratada apenas no campo da conjectura.

Para que as Forças Armadas nacionais invistam na formação de operadores especiais, é necessário promover um estudo detalhado sobre diversos aspectos, tais como: a aceitabilidade da sociedade brasileira ao se deparar com mulheres que exercem funções de combate no terreno; as reais demandas do país em relação aos serviços que as mulheres qualificadas em Operações Especiais podem oferecer; o escopo de atuação desse pessoal militar especializado; e o nível de exigência exigido pelos processos seletivos e treinamentos dos candidatos em relação aos seus pares masculinos.

Mesmo agora em que a inclusão de mulheres nas tropas militares especiais figura apenas no campo imaginário, parece-nos certo que a atuação demonstrada pelas mulheres que hoje compõem o corpo de cadetes do 1º e 2º anos da AMAN, especialmente na quanto às exigências físicas e psicológicas exigidas pelos cursos realizados pela Seção de Instrução Especial (SIEsp), incluindo o Curso Básico de Combatente da Montanha (cadetes do 1º ano), o Curso Vida na Selva e Técnicas Especiais (cadetes do 1º ano). ano), Curso de Patrulhamento de Longa Distância com Características Especiais (cadetes do 3º ano), além do Curso de Operações Contra Forças Irregulares (cadetes do 4º ano),Servirá como subsídio essencial para que os pressupostos inerentes a esta matéria sejam mantidos e até devidamente considerados pelas instituições competentes.

Entre os exércitos em que as mulheres podem servir em unidades de combate está o do Canadá. Na foto, a Maj. Chelsea Anne Braybrook no Exercício Artic Anvil 2016, servindo como Comandante da Companhia Bravo da Princesa Patricia, 1º Batalhão, Infantaria Leve Canadense (Foto: Justin Connaher, USAF)

Junto com Entre os exércitos em que as mulheres podem servir em unidades de combate está o do Canadá. Na foto, a Maj. Chelsea Anne Braybrook no Exercício Artic Anvil 2016, servindo como Comandante da Companhia Bravo da Princesa Patricia, 1º Batalhão, Infantaria Leve Canadense (Foto: Justin Connaher, USAF).

Conclusão
Por mais relevantes que sejam, atributos físicos como força muscular e capacidade de suportar cargas de trabalho gerais não são suficientes para o soldado inserido no contexto da guerra contemporânea. Especialmente por convenção social, a história das guerras sempre favoreceu a utilização de recursos humanos masculinos, relegando a mulher a um papel secundário, devido ao estereótipo da fragilidade feminina, considerada incompatível com os rigores do campo de batalha.

Acompanhando a evolução da sociedade, o ambiente militar progressivamente abriu espaço para que as mulheres, na transição do século XX para o século XXI, exercessem funções e ocupassem cargos inimagináveis ​​em períodos anteriores.

Devido às necessidades da situação, o gênero feminino passou a ter acesso à restrita comunidade de Operações Especiais, superando a desconfiança inicial para demonstrar seu valor, atuando nas áreas mais perigosas do mundo com delicadeza e diplomacia, ou lutando obstinadamente e ferozmente.


Sobre o autor:
Rodney Alfredo Pinto Lisboa possui graduação em Educação Física, especialização em História Militar e Mestrado (cursando o doutorado) em Estudos Marítimos pela EGN (Escola de Guerra Naval), instituição de ensino superior responsável por promover altos estudos estratégicos junto à Marinha do Brasil.

Interessado no estudo das Operações Especiais de natureza militar, em 2015 foi convidado a escrever sobre temas relacionados à Guerra Irregular e Operações Especiais para a revista Segurança & Defesa, considerada uma das publicações mais conceituadas da América Latina nos segmentos de Defesa e Segurança. No ano seguinte tornou-se editor de conteúdo do blog FOpEsp (Forças de Operações Especiais), espaço de comunicação destinado a promover assuntos relacionados às unidades militares e policiais de elite.

Foi instrutor convidado no Estágio de Caçador de Operações Especiais (ECOE) e no Curso de Forças Especiais (CFEsp), ambos ministrados pelo Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOpEsp) do Exército Brasileiro.

Em 2018 foi convidado a colaborar com seus textos para a Revista Diálogo Américas, periódico sob responsabilidade do USSOUTHCOM (Comando Sul dos EUA) publicado na forma de um fórum internacional para as forças militares da América Latina e Caribe.

Seus trabalhos e publicações acadêmicas e jornalísticas ganharam notoriedade, levando-o a ser convidado para ministrar palestras em diferentes unidades das Forças Armadas brasileiras. Teve seu nome indicado para ministrar a disciplina "Liderança em Operações Especiais" na AMAN (Academia Militar das Agulhas Negras), passando a trabalhar como professor colaborador junto à instituição de ensino superior do Exército Brasileiro dedicada a formar os futuros oficiais combatentes da Força Terrestre.

Rodney é autor do livro “Guardiões de Netuno”, obra que aborda a historiografia do GRUMEC (Grupamento de Mergulhadores de Combate), unidade da Marinha do Brasil análoga aos SEALs norte-americanos, e co-autor do livro "KID PRETO: Guerra Irregular e a Evolução Histórica das Operações Especiais do Exército Brasileiro" .

Ciente das conformidades existentes entre os ambientes operativo e corporativo, ele estudou os métodos de gestão e liderança empregados pelo JSOC (Comando Conjunto de Operações Especiais dos EUA) durante os conflitos do Afeganistão (2001 até o presente) e Iraque (2003-2011), desenvolvendo a metodologia "Engajamentos de Resultado" que estabelece uma série de correlações entre as Operações Especiais e o mundo dos negócios.

WEG conquista o prêmio Top of Mind de Santa Catarina


*LRCA Defense Consulting - 27/08/2022

A WEG recebeu na noite de ontem (25/8) o prêmio Top of Mind, promovido pelo Grupo de Comunicação NSC, com destaque nas categorias: Grande Empresa Catarinense da Indústria e Empresa Catarinense Destaque em Sustentabilidade e Responsabilidade Ambiental. Além disso, o Presidente do Conselho de Administração da companhia, Décio da Silva, foi o vencedor da categoria Empresário Destaque da Indústria.

Promovido pela NSC em parceria com o Instituto Mapa, o especial Top Of Mind chegou a sua 27ª edição, com o tema “As marcas que estão na cabeça são moldadas no coração”. O propósito desta edição foi reconhecer os negócios que começaram como um sonho para os empresários e, hoje, exercem um impacto expressivo na vida do cidadão catarinense.

Seguindo a metodologia dos anos anteriores, a premiação reconheceu as marcas mais lembradas - do comercio, da indústria ou de serviços - em duas frentes: Top População e Top Executivos. Somadas, foram 39 categorias que premiaram empresas de diversas origens que têm em comum a capacidade de se moldar para o futuro a partir de Santa Catarina.

A cerimônia de entrega dos trofeus foi realizada na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), em Florianópolis/SC. Estiveram presentes no evento o Diretor de Sustentabilidade da WEG, Hilton José da Veiga Faria e o Gerente de Marketing Corporativo, Deisne de Araújo.

26 agosto, 2022

Índia e Brasil estreitam parceria na área de defesa


*LRCA Defense Consulting - 26/08/2022

O Ministro das Relações Exteriores da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, e comitiva foram recebidos em Brasília (DF) pelo Ministro das Relações Exteriores, o chanceler Carlos França, nesta quarta-feira (24). Os dois ministros presidiram a 8ª Reunião da Comissão Mista de Cooperação Política, Econômica, Científica, Tecnológica e Cultural Brasil-Índia.

Com a participação de outros ministérios, a Comissão Mista revisou acordos de cooperação bilateral em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I); espaço exterior e defesa; bioenergia; saúde; agricultura e pecuária, além de comércio e investimentos.

A ABIMDE (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança), representada por seu presidente, Roberto Gallo, participou do encontro. A ABIMDE conta com o apoio da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) para aproximação das Bases Industriais de Defesa e Segurança dos dois países.

“Por meio da ABIMDE, a nossa BIDS teve o privilégio de participar deste importante encontro com a comitiva da Índia, que deverá gerar bons resultados para ambos os países. Essa aproximação vai fortalecer ainda mais as nossas relações e poderá abrir caminhos para novas parcerias, negócios e intercâmbio tecnológico”, ressaltou Gallo após o encontro.


Parceria Estratégica
Brasil e Índia são parceiros estratégicos desde 2006. De acordo com dados do MRE, em 2021, o comércio bilateral atingiu US$ 11,5 bilhões e a Índia foi o quinto maior parceiro comercial do Brasil. Entre janeiro e julho de 2022, o intercâmbio entre os dois países alcançou quase US$ 8 bilhões.

Durante o encontro, Subrahmanyam Jaishankar expressou satisfação com os investimentos brasileiros em segmentos de produtos de defesa, serviços e equipamentos de TI, maquinário, energia, autopeças, fintechs e equipamentos de saúde, principalmente.

De acordo com a nota oficial divulgada após a reunião, ambos os lados expressaram satisfação com os recentes progressos na cooperação bilateral na produção de etanol, pecuária leiteira e espaço exterior. 

Também expressaram firme propósito de intensificar a cooperação em ciência e tecnologia, defesa e áreas relacionadas à saúde. Nesse contexto, o lado brasileiro agradeceu ao governo da Índia pelo fornecimento de vacinas contra a COVID-19 durante a pandemia.

Os dois lados também saudaram a visita da fragata INS Tarkash ao Brasil, que contribuiu para fortalecer os laços no setor de defesa.

ONU, IBAS e BRICS
Em nota, o MRE divulgou que os dois ministros ainda ressaltaram a estreita coordenação entre o Brasil e a Índia no Conselho de Segurança das Nações Unidas em 2022, quando ambos os países coincidem como membros eleitos. Eles também reafirmaram a necessidade urgente de uma reforma abrangente do Conselho de Segurança, especialmente sua expansão nas categorias permanente e não permanente, para torná-lo mais representativo, eficaz e com maior capacidade de resposta aos desafios contemporâneos à paz e segurança internacionais.

Eles concordaram ainda em dar um novo impulso ao IBAS, que congrega Índia, Brasil e África do Sul, três grandes sociedades democráticas, plurais e multiétnicas de três continentes, em favor dos interesses do mundo em desenvolvimento e da cooperação Sul-Sul. Ambos os Ministros também saudaram a cooperação no âmbito do BRICS, que tem gerado resultados significativos para ambos os países desde sua criação.

Ao final, os ministros congratularam-se pelo 75º Aniversário da Independência da Índia (15 de agosto) e pelo Bicentenário da Independência do Brasil (7 de setembro), por conta da proximidade das datas importantes para os dois países. Nesta ocasião, um selo comemorativo especial foi lançado pelos Correios para marcar os 75 anos de independência da Índia.

A próxima Reunião da Comissão Mista será realizada na Índia, em 2024, em data a ser agendada.

Após passar pelo MRE, o Ministro da Índia também foi recebido pelo presidente da República do Brasil, Jair Bolsonaro, e concluiu sua visita com uma palestra no Instituto Rio Branco.

Sistema de tiro inteligente aumentará precisão e letalidade dos fuzis IA2

Imagem: https://www.smart-shooter.com/ (tradução Google)

*LRCA Defense Consulting - 26/08/2022

Com a presença de oficiais do Estado-Maior do Exército e integrantes do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSIPR) foram realizados, no dia 17 de agosto, testes do sistema de controle de tiro SMASH 3000 da empresa israelense Smart Shooter acoplado ao fuzil IMBEL 5,56 IA2 adotado pelo Exército Brasileiro como armamento padrão desde 2013, também adaptável à versão no calibre 7,62 da linha de fuzis e carabinas IA2 por meio de trilhos Picatynni. A rodada de testes foi conduzida pelo Comando de Operações Terrestres (COTER) no estande de tiro General Darcy Lázaro localizado no Setor Militar Urbano da capital federal.

O dispositivo testado maximiza a eficácia do armamento contra alvos inimigos, minimizando baixas amigas e danos colaterais. O “core” do sistema de tiro inteligente reside em seu aparelho de pontaria, cuja composição traz funções presentes em computadores e integra sistemas e equipamentos diversos, tais como: lentes e filmadora infravermelha, filtro que permite executar o tiro sob condições de baixa visibilidade e à noite, sendo todas as informações processadas por um computar interno, além de outros. Além disso, o SMASH 3000 é dotado de alta conectividade e conta com a capacidade de filmar e armazenar os tiros realizados por períodos de até 30 dias, além de realizar cálculos balísticos de forma ágil e confiável.

Para a realização do tiro, basta que o atirador faça a visada no alvo para marcá-lo e deixar que o sistema faça todo o trabalho de cálculo. Em seguida, o atirador, com o gatilho pressionado, leva o ponto de pontaria secundário exibido no display até uma elipse que aparece sobre o alvo selecionado. Assim que esses dois elementos se encontram, a arma dispara de forma autônoma, resultando num tiro extremamente preciso.

A harmonização do fuzil com o SMASH 3000 é realizada uma única vez e o sistema calcula a precessão para os alvos em movimento, bem como avalia a distância com base na imagem do objeto que o atirador selecionou. Caso ocorra alguma mudança na imagem registrada, o sistema é desarmado a fim de prevenir danos colaterais. O tiro noturno é baseado, unicamente, na luz residual, não havendo emissão de nenhum sinal.

A parceria entre a IMBEL e a SmartShooter aumentará significativamente a precisão e a letalidade dos Fz 5,56 e 7,62  IA2  no engajamento de alvos estáticos e em movimento, no solo e no ar, dia e noite, potencializando a eficácia de atuação operacional das Forças Armadas e Órgãos de Segurança Pública.

*Com informações da Imbel.

25 agosto, 2022

Projeto de revitalização no sistema elétrico da costa caribenha conta com soluções WEG


*LRCA Defense Consulting - 25/08/2022

O governo colombiano formalizou em outubro de 2020, a venda da eletrificadora ELECTRICARIBE para as gigantes EPM e Energia de Pereira, renomeadas respectivamente por AIR-E e AFINIA. Juntas as empresas proveem serviço de transmissão e distribuição de energia para mais de 10 milhões de habitantes colombianos, representando cerca de 25% da matriz energética do país.

Para executar os projetos iniciados em 2020 e finalizados em 2022, compostos por 29 ampliações de subestações entregues para 21 cidades em 7 estados diferentes, a WEG forneceu materiais, equipamentos e expertise, além de selecionar um time com múltiplas especialidades, formado por engenheiros especialistas em construções civis, eletricistas, ambientais, segurança do trabalho, com know-how em logística, suprimentos, sistemas de proteção de controle de subestações, comissionamento, e gestão de obras, somando cerca de 70 profissionais WEG, além da geração de emprego local sob demanda, com empreiteiras e demais empresas contratadas, que chegaram a somar aproximadamente 700 pessoas envolvidas no auge dos trabalhos.

Durante este período nas fases de projeto, fornecimento, montagem e comissionamento, contamos com o apoio das equipes de engenheiros especialistas dos nossos clientes Aire e Afinia, os quais proporcionaram grande avanço nos projetos e mantiveram o comissionamento em serviço com os mais altos padrões de qualidade e segurança, reforçando o propósito de tornar a vida de todos melhor a cada dia.

Como parte do escopo de fornecimento, a WEG fabricou 16 transformadores (com potências entre 20 a 60MVA, classe de 110kV) nas plantas do Brasil, e outros 16 transformadores (com potências entre 12 a 20MVA, classe de 13,8KV e 34,5kV) e toda a linha de cubículos e painéis elétricos fabricados nas unidades construtivas da WEG Colômbia. Além disso, forneceu demais equipamentos e serviços para as soluções através do Centro de Negócios de Subestações Colômbia, onde destacam-se 3 soluções com tecnologia GIS (Gas Insulated Substation) tratam-se de subestações encapsuladas em Gás SF6. Vale destacar também as adequações em linhas de transmissão a as muitas interfaces com as instalações já existentes.

Para a WEG esse projeto exigiu diversos desafios, pois foi necessário revitalizar um sistema de transmissão de energia antigo, sem atualização tecnológica, e sem históricos para estudos preliminares e projetos básicos, ficando sob responsabilidade do nosso time de engenheiros criar e estruturar tudo do início. Foram enfrentadas adversidades em relação as questões sanitárias, sociais, com insumos, matéria-prima, logística e cumprimento dos prazos de entrega dos diversos fornecedores, levando em consideração que o projeto foi concebido em meio a pandemia do COVID-19.

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