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09 maio, 2022

Delegação de Defesa e Negócios da Índia visitará o Brasil para explorar oportunidades no setor de Defesa


*Financial Express - 09/05/2022

No final deste mês, uma grande delegação oficial e empresarial está indo para a nação sul-americana Brasil para explorar as possibilidades de produção conjunta, desenvolvimento conjunto de várias armas e plataformas de defesa.

Confirmando isso ao Financial Express Online, um oficial sênior disse: “Uma delegação de altos funcionários liderada por Sanjay Jaju, Secretário Adicional (Produção de Defesa), Ministério da Defesa (MoD) e representantes de várias empresas públicas e privadas da área de defesa viajará sob a égide da FICCI.”

“Haverá cerca de 10 a 12 empresas, incluindo os setores público e privado, bem como start-ups do setor de defesa”, confirmou um alto funcionário do órgão da indústria FICCI (ver *NOTA).

Quais empresas estão indo?
Armoured Vehicles Nigam Limited; Bharat Dynamatics Limited; Bharat Electronics Limited; C2C DB Systems; Centum Electronics; Dhruva Aerospace; GRSE; Larsen & Toubro Limited; Maharashtra Minerals Corporation Limited; Mazagon Dock Shipbuilders; MKU Limited; Ocean Marine Environment Coatings Pvt Ltd; Pushkak Products Pvt Ltd; SMPP Pvt Ltd; SSS Defence e outras.

Qual é a agenda das delegações que vão ao Brasil?
A delegação segue para Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo. A delegação oficial, segundo fontes, se reunirá com a alta liderança das forças brasileiras e outros altos funcionários e as apresentações serão feitas pelas empresas indianas antes de viajar para outras localidades.

No dia 2 de junho, todas as empresas do setor público e privado visitarão São José dos Campos, onde estão localizadas todas as Indústrias de Defesa, e também o Parque Tecnológico, onde as empresas indianas farão apresentações.

A delegação também visitará diferentes instalações da Embraer, uma em São José dos Campos e outra localizada em Gavio Peixoto.

América do Sul e Central estão procurando por:
Exército:  Lançadores de Foguetes; Viatura Blindada de Transporte de Pessoal; Coletes Balísticos e Capacetes; Miras Telescópicas e IR; Dispositivos de Visão Noturna; Mísseis superfície a superfície.

Marinha : Helicópteros ASW; Submarinos; Capacidade de Defesa Cibernética; Aeronaves de RM e Vigilância; Navios Anfíbios; Modernização de Fragatas e Navios Patrulha OffShore.

Força Aérea: AWACS; Aeronaves Leves de Combate; Helicópteros de Combate Leve.

Já existe uma política governamental que tem uma nova estratégia de exportação de plataformas de defesa e armas para nações amigas.

Como foi relatado anteriormente pelo Financial Express Online, há muitos países na região, incluindo o Brasil, que estão em processo de modernização de suas forças militares e policiais. E isso abriu oportunidades para as empresas indianas explorarem o mercado e identificarem parceiros para joint ventures.

Quantas empresas indianas de defesa estão presentes no Brasil?
Até agora, apenas uma empresa indiana esteve presente em quase todos os países da região e é a MKU, com sede em Kanpur, líder global em soluções de defesa e segurança interna. Esta empresa executou diversos contratos no Brasil – Polícia Militar, Exército e Polícia Federal.

Eles também ganharam um grande contrato em uma competição para fornecer cerca de 14.500 peças de colete balístico para a Polícia Militar do Estado de São Paulo, e também o monóculo de visão noturna para o Exército Brasileiro.

BrahMos
Ambos os lados estão em discussão para a versão BrahMos-NG (Nova Geração) do míssil de cruzeiro supersônico ramjet de curto alcance.

Em recente interação com o Financial Express Online, Atul Dinkar Rane DG BrahMos DRDO& CEO & MD BrahMos confirmou que vários países da região buscaram mais informações sobre o míssil.

Embora ele não tenha nomeado especificamente os países, o Financial Express Online informou anteriormente que vários países da região manifestaram interesse no Indo-Rússia BrahMos.

Cooperação Índia-Brasil em Defesa
Em 2020, os dois países assinaram o Plano de Ação para a parceria estratégica Brasil-Índia, ao final das conversas entre o primeiro-ministro Narendra Modi e o presidente brasileiro Bolsonaro, que visitou a Índia como principal convidado do desfile do Dia da República.

E neste Plano de Ação, a defesa e a segurança são os principais componentes, pois ambos os países são complementares nesta área.

Interesse em fazer na Índia (Make in India)
Altos diplomatas e altos funcionários do Brasil manifestaram interesse em participar de joint ventures no setor de defesa.

Para as empresas indianas há muito escopo na abordagem “Triple-Helix” do Brasil, que é focada em P&D, Inovação para todos as três Forças – Exército, Força Aérea e Marinha, explicou o embaixador da Índia Suresh K Reddy anteriormente.

Alguma joint venture entre empresas indianas e brasileiras?
Sim. A brasileira Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), segunda maior fabricante de munições do mundo, e a Stumpp Schuele & Somappa India (SSS Defence) estão em uma joint venture para produzir munições para todos os calibres como: 9 mm, 7,62×39 mm,7,62× 51 mm, .338 Lapua e 12,7 mm. E, de acordo com os termos da joint venture, pode exportar para um terceiro país após cumprir os requisitos da Índia.

Outra empresa brasileira, Taurus Armas SA, se associou à Jindal Defense para a fabricação de armas pequenas.

*NOTA da LRCA Defense Consulting: a FICCI é a maior e mais antiga organização empresarial de ponta na Índia. Sua história está intimamente entrelaçada com a luta da Índia pela independência, sua industrialização e seu surgimento como uma das economias globais de mais rápido crescimento.

Caracterizando-se como uma organização não governamental e sem fins lucrativos, a FICCI é a voz dos negócios e da indústria da Índia. De influenciar políticas a incentivar o debate, envolvendo-se com os formuladores de políticas e a sociedade civil, a FICCI articula os pontos de vista e as preocupações da indústria. Atende seus membros dos setores corporativos privados e públicos indianos e empresas multinacionais, extraindo sua força de diversas câmaras regionais de comércio e indústria em todos os estados, alcançando mais de 2.500.000 empresas.

A FICCI fornece uma plataforma para networking e construção de consenso dentro e entre setores e é o primeiro porto de escala para a indústria indiana, formuladores de políticas e a comunidade empresarial internacional.

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