Salesio Nuhs, CEO Global da Taurus Armas, recebe alunos de uma turma do Programa de Instrutores Credenciados Taurus & CBC em visita técnica à Taurus, em 12/01/2022. |
*LRCA Defense Consulting - 11/04/2022
Os recentes problemas envolvendo pistolas estrangeiras adquiridas pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) materializam os alertas que esta Consultoria vem fazendo desde 2020 sobre a aquisição de armamentos que, embora sejam reconhecidos no exterior como de ótima qualidade, não têm a necessária e imprescindível logística de pós-venda, seja no local de utilização, seja em território brasileiro.
Guardadas as devidas
diferenças e proporções, adquirir armamento importado se passa como se a instituição pública adquirente resolvesse dotar seus efetivos com veículos
estrangeiros, ao invés dos produzidos pelas maiores empresas
automobilísticas sediadas no Brasil. Na hora do conserto ou da substituição de
peças, não haveria mecânicos próprios, lojas ou oficinas especializadas na cidade
ou nas redondezas, tendo a administração pública que recorrer a um grande centro onde esse suporte esteja disponível, caso exista no País. Se não existir, a instituição teria então que deslocar uma equipe de mecânicos para o exterior, a fim de que estes fizessem o treinamento inicial e, posteriormente, passassem os conhecimentos para os demais mecânicos e, também, para os utilizadores. Isso sem falar na questão da reposição normal de peças.
Certamente, este tipo de alternativa significaria um maior tempo para resolver os problemas e um custo muito mais elevado, redundando em perdas na questão da pronta resposta que a segurança sempre requer.
Tipos e necessidade de manutenção
Em questões de armamento, é necessário entender que há diferentes tipos de manutenção. Os principais, a grosso modo, consistem nas seguintes ações:
- 1º Escalão: é realizada pelo detentor da arma, via de regra após o uso em qualquer tipo de serviço ou instrução. Consiste na desmontagem sumária, inspeção, limpeza e lubrificação.
- 2º Escalão: é realizada pelo armeiro da instituição onde a arma está "aquartelada". Consiste em uma desmontagem mais aprofundada, inspeção, limpeza e lubrificação, bem como eventuais substituições de peças e pequenos ajustes. É feita periodicamente, mediante um calendário estabelecido conforme orientação técnica.
- 3º Escalão: é a reparação corretiva realizada por organização de manutenção centralizada da própria instituição ou por empresa civil especializada (fabricante ou não), consistindo em trabalhos mais complexos não cometidos ao armeiro. Visa reparar, substituir peças e realizar calibragens que estejam além das possibilidades do 2º Escalão.
- Pode haver ainda um 4º e até um 5º Escalão (como há nas Forças Armadas, com os Parques de Manutenção, Arsenais e Fábricas), onde são realizados trabalhos bem mais complexos.
Com isso, fica claro que, além da necessidade de a instituição ter uma mentalidade de manutenção bastante arraigada entre seus integrantes (o que muitas vezes não acontece), os usuários e armeiros devem dominar completamente os respectivos escalões de manutenção. Além disso, é necessário que a instituição disponha de uma entidade própria para realizar o 3º Escalão ou, então, que o fabricante disponibilize esse serviço em território nacional.
De forma semelhante, caberá à corporação decidir se quer ter um grande e custoso estoque de peças de reposição ou se prefere adquiri-las no (ou por meio do) fornecedor mais próximo, à medida que forem sendo necessárias. Para ilustrar, tome-se um caso comum no interior do País, contextualizado pela figura abaixo, que mostra o representante de duas empresas nacionais de armamento na cidade de Alta Floresta D'Oeste, situada a 528 km da capital de Rondônia. Se uma arma pública local dessas marcas apresentar problema que não possa ser resolvido por um armeiro devidamente treinado (2º Escalão), o representante poderia agir, seja para solucioná-lo (se for possível), seja para encaminhá-lo à fábrica ou a um outro representante com maiores recursos. O importante é que a solução estaria no território nacional, com dispêndio de tempo e de recursos muito inferiores do que ter que recorrer ao exterior.
Representante Taurus/CBC em Alta Floresta D'Oeste (RO), a 528 km de Porto Velho |
Logística de pós-venda e opção pela Taurus/CBC
Embora
hoje tenham acesso ao arsenal internacional de pistolas, carabinas e
espingardas que têm sua importação permitida, a polícia militar, a polícia civil e a polícia penal de muitos Estados, bem como quase todas as cidades que
possuem uma Guarda Municipal, fazem a opção pelo armamento da
Taurus Armas, pois, desde 2017, esta empresa oferece produtos que,
pela qualidade e inovação que passaram a embutir, hoje competem em igualdade de
condições com as grandes empresas do setor no mercado mundial, onde tem
vencido diversas licitações internacionais e conquistado importantes
prêmios de qualidade.
Embora a Lei que disciplina as Licitações e
Contratos no âmbito da Administração Pública favoreça a empresa
nacional em casos de materiais similares, quando os representantes públicos pesam os custos e benefícios entre o material importado e
o nacional, um dos itens que mais avulta de importância (ou deveria avultar), além da
qualidade e dos requisitos específicos, é a logística de pós-venda.
Devido ao alto padrão de qualidade e tecnologia que caracteriza o moderno armamento da Taurus e da CBC, a opção por armas dessas empresas embute uma completa logística de pós-venda, haja vista que não adianta adquirir um produto se a empresa vendedora não puder, com oportunidade, oferecer suporte, manutenção e assistência técnica, seja na própria região onde as armas estarão em serviço, seja em local relativamente próximo ou seja, no mínimo, em território nacional.
Ao contrário do que entenderam alguns administradores públicos, muitos comandantes estaduais de Polícia Militar e chefes de Polícia Civil/Penal, assim como a maioria dos prefeitos brasileiros, estão focados em realmente prover a segurança de seus cidadãos, de forma prática e objetiva, oferecendo às respectivas corporações (PM, PC, PP e GCM) equipamentos e armamentos modernos, tecnológicos, de custo mais acessível e com uma eficiente logística de pós-venda, a fim de que o órgão possa cumprir sua missão da maneira mais eficaz possível.
Via de regra, quando uma corporação adquire um grande lote de
armamentos, o contrato também estabelece as cláusulas que regem o
pós-venda em termos de treinamento de pessoal e de manutenção.
Diferentemente do que acontece com empresas que
apenas exportam para o Brasil ou somente têm escritório no País, a
Taurus e a CBC investem pesadamente na qualificação dos armeiros das
entidades de segurança pública e privada, bem como no treinamento
técnico de sua equipe de representantes, que está capilarizada por todo o
país, o que lhes permite resolver rápida e oportunamente os eventuais
problemas que surjam.
Além disso, o grupo oferece ao consumidor
uma ampla e ágil rede de distribuidores, pontos de venda e assistência
técnica treinada em todo o território nacional, além de uma equipe de
instrutores credenciados e peças de reposição rapidamente acessíveis.
Tratamento justo e isonômico
Torna-se importante esclarecer que não se está defendendo nenhum tipo de
privilégio às empresas nacionais. Pretende-se apenas que as instituições de
segurança do País e de seus entes federativos ofereçam um tratamento
justo e isonômico às empresas genuinamente brasileiras, permitindo-lhes concorrer em igualdade de condições com
as indústrias estrangeiras.
A propósito, estas últimas também geram empregos e riqueza, só que unicamente para seus respectivos países de origem, limitando-se a apenas exportar para o Brasil, sem que nenhuma delas tenha qualquer compromisso com o bem-estar e com o progresso do nosso povo.
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