*Financial Express, por Huma Siddiqui - 22/03/2022 (atualizado às 16h26)
A Cooperação em Defesa é um elemento importante da parceria estratégica entre Brasil e Índia. O governo do Brasil possui um Plano de Ação para sua parceria com a Índia em que defesa e segurança são os componentes centrais.
Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) Brasil, o segundo maior fabricante de munições do mundo, já está na Índia e trabalhando com Stumpp Schuele & Somappa India (SSS Defence).
Em interação exclusiva com o Financial Express Online, o embaixador André Aranha Corrêa do Lago disse: “Pouquíssimas pessoas sabem que a CBC é a segunda maior produtora de munição do mundo. Assim como em outras joint ventures, saudamos a parceria entre empresas privadas brasileiras e indianas, especialmente em uma área crítica como a defesa. A joint venture entre a CBC e a SSS Defense vem progredindo bem. Pelo que fui informado, a produção na fábrica de Anantapur, Andhra Pradesh, está programada para começar em meados de 2022. As perspectivas são positivas e a iniciativa conjunta pode ser ampliada já em 2025.”
Até agora, nenhuma empresa indiana do setor privado fabricou munição de nível militar para as armas pequenas. Sob a joint venture com a empresa brasileira, os planos são para fabricar várias munições para diferentes calibres, incluindo 9 mm, 7,62×39 mm, 7,62×51 mm, .338 Lapua e 12,7 mm. Estes serão tanto para o mercado doméstico (militar e policial) quanto para exportação para um terceiro país.
Além disso, outra empresa brasileira, Taurus Armas SA, se associou à Jindal Defense para a fabricação de armas pequenas.
Oficiais da Marinha do Brasil na Índia
Na semana passada, uma delegação brasileira de três membros liderada pelo Almirante Flávio Augusto Viana Rocha, Secretário Especial (Assuntos Estratégicos), Presidência e Assessor da Presidência do Brasil, visitou a Sede do Comando Naval Ocidental.
Houve interação entre o Almirante Rocha e o Vice-Almirante Ajendra Bahadur Singh, Flag Officer Comandante-em-Chefe do Comando Naval Ocidental. A interação foi focada em desafios e estratégias de mitigação no domínio marítimo, bem como questões de interesse mútuo.
Convidando os navios da Marinha do Brasil quando implantados na Região do Oceano Índico (IOR), o FOC-in-C (Oeste) para visitar os portos indianos, ele também falou sobre os Estaleiros Indianos que estão bem equipados para ajudar no suporte técnico às unidades implantadas fora dos portos de origem por mais tempo.
Ele também destacou a visão do PM da SAGAR (Segurança e Crescimento para Todos na Região) – e a visão marítima da Marinha Indiana durante as discussões.
Mais sobre Plano de Ação
Como foi relatado anteriormente no Financial Express Online, isso foi assinado em 2020 durante a visita do presidente Jair Bolsonaro à Índia como convidado principal nas celebrações do Dia da República.
O país também manifestou interesse em participar de joint ventures no setor de defesa, pois tais colaborações ajudarão a chegar a outros países por meio de exportações.
Em uma interação anterior com o Financial Express Online, o embaixador da Índia no Brasil, Suresh K Reddy, mencionou a abordagem “Triple-Helix”. Essa abordagem já está sendo seguida no Brasil e está focada em P&D e inovação para todas as três Forças – Exército, Marinha e Aeronáutica.
Há muito espaço para as indústrias de defesa de ambos os lados trabalharem juntas, não apenas em joint ventures, mas também na parceria tecnológica.
Até agora, há apenas uma empresa indiana MKU, com sede em Kanpur, que está presente no Brasil. Possui diversos contratos de defesa com a Polícia Militar, Exército e Polícia Federal. Também conquistou outro grande contrato de fornecimento de cerca de 14.500 peças de coletes para a Polícia Militar do Estado de São Paulo e, para o Exército Brasileiro, o monóculo de visão noturna.
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