*LRCA Defense Consulting - 04/12/2021
No dia 03 de dezembro, o Tenente-General Andres Centino, Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas das Filipinas (AFP) presidiu a cerimônia militar de entrega dos recém-adquiridos fuzis de assalto Taurus T4 5,56mm para os militares do 99º Batalhão de Infantaria do Exército das Filipinas (99IB - Batalhão Patriótico), sediado no Forte Magsaysay, em Nueva Ecija.
O Exército emitiu o contrato para a fabricante brasileira de armas em janeiro deste ano para que seus antigos fuzis M16 fossem substituídos. Não foi divulgado o custo desse projeto de aquisição, embora Centino tenha dito que foi financiado por meio de dotações de 2019 do Exército.
Cerca de 6.000 unidades dos fuzis Taurus T4 serão distribuídos para a estratégica 11ª Divisão de Infantaria (11ID) com base em Jolo, Sulu - o reduto do grupo extremista islâmico Abu Sayyaf (ASG). O restante será entregue a outras unidades do Exército.
Filipinas e Índia credenciam a Taurus no imenso mercado asiático
O Fuzil T4 foi o escolhido para dotar o
Exército das Filipinas após ter vencido duas históricas licitações internacionais onde concorreu com armas fabricadas pelas
grandes empresas mundiais do setor. São históricas porque foi a primeira
vez que o Exército Filipino adquiriu um fuzil fabricado fora dos
Estados Unidos para o seu exército; também foi a primeira venda do
Fuzil T4 para um exército.
O fornecimento de fuzis e pistolas para as forças armadas e policiais das Filipinas e a joint venture com a indiana Jindal Defense estabelecem um cenário promissor para a Taurus Armas, pois credenciam a empresa junto ao imenso mercado asiático, pressupondo novos e significativos negócios no maior e mais inexplorado mercado mundial para armamentos leves.
O pioneirismo da Taurus e da CBC, sendo parceiros de primeira hora do Primeiro-Ministro indiano Narendra Modi em seu Programa Make in India (concretizado por meio das joint ventures
já firmadas com a Jindal Defence e com a SSS Defence, respectivamente),
poderá pesar favoravelmente na balança das negociações para a escolha
do novo fuzil CQB indiano.
Além desse fator, poderão também pesar também no negócio a afinidade ideológica e os interesses comerciais mútuos entre o PM Modi e o Presidente Jair Bolsonaro, bem como a ambição geopolítica da Índia nas Américas, tendo o Brasil como epicentro. Correndo por fora, há ainda o fato (noticiado pela imprensa indiana) de o governo desse país asiático ter grande interesse em firmar uma parceria com a Embraer.
*Com informações e imagens das Forças Armadas das Filipinas (AFP)
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