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09 novembro, 2021

Taurus: lucro líquido em 9 meses já é 62,4% maior que em todo o exercício de 2020


*LRCA Defense Consulting - 09/11/2021 (atualizado em 10/11, às 07h29)

A Taurus Armas S.A. divulgou hoje os seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2021 (3T21), mostrando a solidez e a força que passaram a caracterizar a empresa após o turnaround iniciado em 2018 sob a atual administração.

A estratégia adotada, que redesenhou toda a operação, permitiu a melhora dos fundamentos da empresa em níveis surpreendentes, o que se deu em ritmo bastante acelerado. Trimestre após trimestre, está sendo comprovado que a “virada” da Taurus não é apenas uma onda, mas uma realidade enraizada, parte da nova Taurus, e que veio para ficar. 

A atual fotografia da empresa apresenta não só o seu vigor no atual momento - uma empresa sólida, forte geradora de caixa, com baixa alavancagem financeira e em fase de franco crescimento, mas também representa a garantia de um futuro consistente e promissor para seus acionistas.

Destaques


A empresa continuou superando os recordes dos períodos anteriores e, seguindo a longa sequência de resultados muito positivos, apresentou nesse 3T21 resultados ainda mais impactantes, materializando o seu atual padrão de desempenho.

A receita acumulada até setembro foi de R$ 1,9 bilhão, com aumento de impressionantes 51,3% em relação ao mesmo período do ano passado; a margem bruta no trimestre atingiu 51,6% e o Ebitda R$ 294,7 milhões, com margem de 41,0%.

Com a forte geração de caixa, a Taurus é hoje uma companhia com baixa alavancagem financeira: o indicador dívida líquida/Ebitda está em apenas 0,5x.

A produção e as vendas continuam em alta e a companhia tem uma carteira de pedidos (backorder) de 1,3 milhão unidades, equivalente a sete meses de produção.

Produção de armas tem novo recorde
A produção de armas da Taurus atingiu 615 mil unidades no 3T21, mais uma vez quebrando marca histórica da Companhia. Assim, nos nove primeiros meses de 2021, foram produzidas 1,7 milhão de armas, volume 53,7% superior ao do mesmo período de 2020, com ritmo de produção de 9,6 mil armas/dia no 3T21. 
 
Na unidade de São Leopoldo, o incremento no volume de produção foi de 14,2%, na comparação entre o 3T21 e o 3T20, e de 26,3%, ao considerar os 9M21 ante aos 9M20. Nos EUA, o crescimento do volume de armas produzidas é ainda mais relevante, pois o aumento de produção dessa fábrica foi de 103,2% e, no acumulado até setembro, de 140,6%.
 
O aumento se deve ao ramp up da fábrica dos EUA e à maior produtividade da fábrica de São Leopoldo - RS, resultado dos investimentos que estão sendo feitos na modernização do parque fabril, haja vista que os investimentos em P&D e em máquinas e equipamentos dotados da mais avançada tecnologia, assim como em processos de aumento de eficiência operacional, são prioritários no planejamento estratégico da empresa.
 
Vendas fortes - 3ª maior empresa mundial do setor de armas curtas
No 3T21, o volume de vendas foi de 619 mil unidades, alta de 27,1% em relação ao 3T20, com o número de armas vendidas no mercado nacional atingindo 107 mil unidades, pela primeira vez na história da Companhia ultrapassando a marca de 100 mil. Nos 9M21, as vendas totalizaram 1.735 mil armas, superando em 34,6% o registrado no mesmo período de 2020. 

O crescimento se deu nas três regiões geográficas nas quais a Taurus divide suas vendas: EUA (+26,9% na avaliação trimestral e 30,6% nos 9M), Brasil (+18,9% no trimestral e 38,0% nos 9M) e no resto do mundo (+85,7% no trimestral e 193,3% nos 9M). 
 
Ainda que com volume absoluto reduzido – 26 mil no 3T21 e 68 mil nos 9M21 –, a exportação para outros países apresentou crescimento percentual relevante, evidenciando a retomada das licitações e remessas internacionais, após o período inicial da pandemia. Destaque no trimestre para as vendas realizadas para o Paquistão e para as Filipinas.

No gráfico acima, do lado direito, fica evidente o aumento do volume das vendas da Taurus nos EUA em relação à evolução do NICS, confirmando o sucesso da marca no mercado norte-americano.

Com esse volume de vendas, a Taurus galgou uma posição no ranking mundial, sendo agora a 3ª maior empresa do setor de armas curtas. Nos EUA, o aumento das vendas foi de 30,5% no período, totalizando 1,4 milhão de unidades nos 9M21. A Taurus segue na liderança do segmento de revólveres, com participação superior à 40% do mercado norte-americano.

Ticket médio em alta e com muito espaço para ampliação
Além do aumento do volume de vendas, a Taurus vem também agregando valor à sua linha de produtos. Com isso, o preço médio de venda (ticket médio) vem subindo, sem afetar a demanda pelos produtos, que se mantém aquecida. E ainda há muito espaço para ampliação, conforme mostra o gráfico abaixo, que apresenta o preço médio, em dólares, das armas Taurus em relação a concorrentes internacionais, empresas que também são listadas em bolsa de valores e, portanto, divulgam suas informações.

Considerando o aumento do volume de vendas, o mix de produtos alinhado com o mercado e de maior valor agregado, além de novos preços – reajuste em julho, em média, 10% em dólares nos EUA, e 17% em agosto no Brasil –, a Taurus obteve a receita líquida de R$ 718,0 milhões no trimestre, com alta de 39,6% sobre o resultado do 3T20, quando a demanda mundial esteve em um dos seus momentos mais altos da história. Evidenciando a relevância dos lançamentos, do total da receita obtida com a venda de armas & acessórios nos 9M21 – de R$ 1,8 bilhão –, 29,0% foram provenientes da comercialização de novos produtos.

Margem bruta sem precedentes de 51,6%, superior a todas as congêneres
Em consequência desses fatores, o lucro bruto de R$ 370,5 milhões, com uma margem bruta sem precedentes de 51,6% no 3T21, recorde absoluto na história da empresa e entre as companhias do setor que também são de capital aberto, superando em 5,4 p.p. o desempenho já forte registrado no 3T20. Nos 9M21, o aumento do lucro em relação aos 9M20 foi de 73,0%, totalizando R$ 921,5 milhões, com margem bruta de 48,0%.

Endividamento equacionado propicia investimentos com recursos próprios
O endividamento da Companhia foi completamente equacionado, assunto que hoje já é página virada. A geração de caixa tem permitido à Taurus não apenas cumprir com todos os seus compromissos financeiros, como ainda realizar investimentos financiados com recursos próprios.

Ao final de setembro, a dívida líquida era de R$ 443,5 milhões, tendo sido reduzida em R$ 331,9 milhões em relação à posição registrada no encerramento do exercício de 2020. Ainda que o endividamento, em sua maior parte, seja registrado em dólares (92,1% do total, em 30/09/21) e a moeda nacional tendo se desvalorizado em 4,7% entre as datas. 

A mudança do perfil, de uma empresa onde o endividamento era uma questão de grande preocupação, para o atual perfil de alavancagem bastante baixa fica evidente no gráfico apresentado abaixo, que mostra a queda do indicador dívida líquida/Ebitda de 11,2x para o atual 0,5x.


A Companhia conta, ainda, com “créditos potenciais” que serão destinados ao abatimento da dívida, representados pelo terreno da antiga fábrica em Porto Alegre e a fábrica de capacetes que estão à venda, além do saldo dos bônus de subscrição a vencer. Simulando o saldo da dívida líquida em 30/09/2021 reduzida desses valores, que somavam R$ 206,1 milhões na data, a dívida seria de R$ 237,4 milhões, o que reduziria o grau de alavancagem de dívida líquida/Ebitda para 0,3.

Receita operacional líquida é recorde e tem alta firme sobre 2020
No 3T21 a receita operacional líquida apresentou alta de 39,6% na comparação com o 3T20, atingindo R$ 718,0 milhões. Com esse resultado, a receita nos nove primeiros meses de 2021 totalizou R$ 1.920,1 milhões, superando em 51,3% o resultado apurado nos 9M20. Mais uma vez, a Taurus atinge receitas recordes para os períodos em questão.

Com EBITDA recorde, lucro líquido já supera todo o ano de 2020
Como vem se repetindo trimestre a trimestre, o Ebitda no 3T21 superou os recordes anteriores, atingindo R$ 294,7 milhões, 88,2% superior ao 3T20. Nos 9M21, a Companhia acumulou o Ebitda de R$ 694,8 milhões, resultado que supera em 122,0% o obtido nos 9M20 e, mesmo, em 48,1% o desempenho desse indicador em todo o ano de 2020, quando já teve desempenho sem precedentes para a Taurus.

O aumento do Ebitda foi acompanhado, também, de importante aumento de sua margem, que atingiu a marca de 41,0% no 3T21, com alta de 10,6 p.p em relação ao 3T20. A margem Ebitda acumulada de janeiro a setembro alcançou 36,2%, com aumento de 11,6 p.p. ante aos 9M20. 

A Taurus registrou lucro líquido de R$ 166,4 milhões no 3T21 e, nos 9M21, acumulou R$ 428,1 milhões de lucro líquido, ante o resultado negativo apurado nos 9M21, já superando em 62,4% o lucro de todo o exercício de 2020 (R$ 263,6 milhões).

Despesas em queda
Também a redução das despesas operacionais contribuiu para o melhor resultado operacional da Taurus no período, com maior diluição desses desembolsos no total da receita líquida. No 3T21, as despesas operacionais somaram R$ 83,0 milhões, com redução de 6,1% em relação a igual período do exercício anterior, enquanto nos 9M21, totalizaram R$ 248,4 milhões, com alta de apenas 3,7% ante os 9M20. O desempenho se deve, basicamente, ao registro de receitas não recorrentes contabilizadas como “outras receitas operacionais”.

A Taurus vem diminuindo seu endividamento de forma consistente, conforme cronograma de pagamento, o que se reflete em retração das despesas financeira pois, o menor saldo da dívida diminui também seu custo de manutenção.

No 3T21, a empresa apurou saldo líquido positivo (receita líquida) na conta de “outras despesas/receitas operacionais” de R$ 43,0 milhões, resultado influenciado pelo registro de R$ 38,9 milhões referente à recuperação de IPI e de ICMS presumido.

A participação das despesas operacionais no total da receita líquida manteve a curva decrescente observada nos trimestres anteriores. No 3T21, o total das despesas operacionais representaram 11,6% da receita líquida e, nos 9M21, 12,9%. Comparado a iguais períodos de 2020, houve redução de 5,6 p.p. na evolução trimestral e de 6,0 p.p. na comparação do acumulado de nove meses, o que indica ganho de rentabilidade para a Companhia.

No 3T21, a Taurus registrou despesa financeira líquida de R$ 52,6 milhões, resultado de receitas de R$ 21,5 milhões e despesas de R$ 74,1 milhões. O saldo financeiro do trimestre é 25,8%, ou R$ 10,8 milhões, inferior à despesa líquida do 3T20. Nos 9M20, com saldo de R$ 69,3 milhões de despesa financeira líquida, a diminuição ante ao apurado nos 9M21 foi de 75,8% ou R$ 217,6 milhões.

Dividendos estão próximos
A administração da empresa continua com o firme propósito de maximizar o retorno aos seus acionistas e investidores. É com esse objetivo que, em 30 de novembro, será deliberado pela Assembleia Geral a proposta de redução do Capital Social visando a absorção de partes dos prejuízos acumulados. Aprovada essa operação contábil, em prazo incrivelmente mais curto do que poderia ser esperado, a empresa pretende retomar o pagamento de remuneração aos acionistas.

Mais um resultado portentoso que projeta o futuro
Ao fim e ao cabo, esse resultado portentoso - de causar inveja a qualquer companhia de capital aberto - evidencia o compromisso, a dedicação e o competente trabalho dos dirigentes e de toda a equipe da Taurus, projetando-a em direção ao seu objetivo principal: tornar-se a maior e mais rentável fabricante de armas leves do mundo, gerando ainda mais orgulho e divisas para o Brasil, bem como um alto valor para seus acionistas.






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