*LRCA Defense Consulting - 01/09/2021
Nos Estados Unidos, a procura por armas de fogo segue aquecida, como mostra o número do NICS - National Instant Criminal Background System Checks referente a agosto de 2021, hoje divulgado, que totalizou 2.715.223 consultas para aquisição de armas.
Excetuando-se o ano recorde e atípico de 2020, o número do mês passado supera todos os meses de agosto desde 1999, mesmo com os EUA se encontrando em período de verão, o que tradicionalmente diminui a demanda. Na mesma linha, o somatório dos primeiros oito meses de 2021 já fica somente 2% abaixo de todo o ano de 2019.
As projeções indicam que os 12 meses de 2021 ficarão 36% superiores a 2019 e apenas 2,5% inferiores do recorde absoluto de 2020, o que significa que a demanda por armas de fogo permanece acelerada entre os americanos.
É importante salientar que o NICS de agosto ainda não refletiu o "efeito Talibã", que, segundo alguns especialistas, poderá ocasionar uma procura ainda maior por armas de fogo, como forma de defesa dos cidadãos na eventualidade da ocorrência de atos terroristas no país.
Paralelamente, a queda na popularidade do Presidente Joe Biden e a acusação de ser um presidente fraco, devidas ao fiasco militar e à morte de 13 soldados no Afeganistão, estão fazendo com que muitos americanos passem a temer um recrudescimento dos problemas de segurança interna, especialmente se a isso forem somados novos surtos de Covid-19, como já ocorre em algumas cidades e estados.
Vale lembrar que multinacional brasileira Taurus Armas possui uma carteira de pedidos firmes (backorder) superior a 2,3 milhões de armas, sendo mais de 90% com origem nos Estados Unidos. Desse total, cerca de 190.000 são referentes à pistola microcompacta GX4, lançada em maio. Tal backorder garante a produção da empresa por mais de 12 meses à frente.
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