*LRCA Defense Consulting - 17/06/2021
A Taurus Armas S.A. informou hoje que um fuzil T4 Calibre 5,56mm com cano de 14,5 polegadas foi o primeiro PCE (Produto Controlado pelo Exército) a ser certificado por um Organismo de Certificação de Produto (OCP) privado no Brasil.
O fato é histórico e muito importante para a Taurus e para as demais empresas da Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS), pois sinaliza que o entrave regulatório a que estavam sujeitas até agora, dependendo somente dos demorados testes nos laboratórios do Exército para certificar seus produtos, está chegando ao fim.
O OCP em questão é a empresa T&A Brasil, contratada pela Taurus, que recebeu designação para exercer, em nome da Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército (DFPC/EB), as funções de Organismo de Certificação Designado (OCD). Como o OCP contratado não tem um laboratório próprio, está utilizando o que foi montado para este fim dentro das instalações da Taurus, contando com funcionários específicos e não envolvidos com as atividades de desenvolvimento dos produtos, a fim de que haja total independência e lisura no processo de certificação.
Dois produtos poderão ser certificados a cada semana
Segundo a Taurus, a partir de agora será possível certificar dois produtos por semana. Na prática, isso significa que a empresa não necessita mais submeter seus novos produtos, ou modificações em outros já existentes, à certificação nos laboratórios do Exército Brasileiro, podendo fazê-lo no seu próprio por meio do OCP contratado, cabendo à DFPC apenas a homologação final do processo após a aceitação dos certificados de conformidade emitidos pelo OCP.
Com isso, a empresa ganhará muito em agilidade e flexibilidade no desenvolvimento e no lançamento de produtos, equiparando-se às demais grandes empresas do setor com as quais concorre nos mercados nacional e internacional.
Com indisfarçável orgulho e entusiasmo, Salesio Nuhs, CEO Global da Taurus, comentou o histórico fato: "A nossa expectativa é certificar dois produtos por semana. Evidentemente que a gente ainda continua dependendo da DFPC para o apostilamento do Retex [Relatório Técnico Experimental], que é esse relatório técnico do OCP privado. Mas, pela estrutura que foi montada nos laboratórios da Taurus com a supervisão, a aprovação e a homologação do OCP T&A, a gente tem condições de realizar a certificação de dois produtos por semana. Evidentemente, nós continuamos dependendo da DFPC para fazer o apostilamento (que é a palavra correta) do relatório técnico de homologação. É somente após receber a apostila que a gente pode comercializar o produto certificado".
Fábio Sianga, Gerente Geral da T&A Brasil, assim se posicionou: "Sentimo-nos honrados, mas acima de tudo, conscientes da responsabilidade que a T&A Brasil possui por ser um organismo de certificação designado pela DFPC. A certificação de PCE por OCD propicia maior celeridade na operacionalização da avaliação da conformidade, contribuindo junto às empresas que integram a BIDS. Contudo, é importante enfatizar que tornar o processo mais ágil não significa deixar de cumprir as exigências normativas que focam a segurança e desempenho desses produtos. A aderência na íntegra às regras de certificação é requisito mandatório para a obtenção do certificado e é responsabilidade do OCD cobrá-las dos fabricantes. Outro aspecto positivo da certificação é a possibilidade de inovação e melhoria dos produtos no Brasil, que certamente ocorrerão e beneficiarão os consumidores brasileiros".
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário será submetido ao Administrador. Não serão publicados comentários ofensivos ou que visem desabonar a imagem das empresas (críticas destrutivas).