Taurus vende fuzis e pistolas para país africano, com possibilidade de maiores quantidades

 

*LRCA Defense Consulting - 12/05/2021 (atualizada em 04/06, 12h48)

No último dia 07, durante as lives em que a Taurus participou, o seu CEO Global, Salesio Nuhs, declarou que "a companhia soube ontem que venceu mais uma importante licitação na África e fornecerá o fuzil T4 para um país cujo nome não pode ser ainda divulgado por questões de contrato, mas que é estratégico para a empresa".

Hoje, a Taurus confirmou a venda de 1.850 unidades do fuzil T4 automático, com cano de 14,5 polegadas e no calibre 5,56x45mm, além de 550 unidades da pistola 9mm PT92, para as Forças Armadas de um país da África Subsaariana, confirmando ainda não poder divulgar qual por questões contratuais. A entrega está prevista para o 3º trimestre. 

Após as Filipinas, esse país africano será o segundo no mundo a usar o fuzil T4 em uma força armada militar, representando assim um marco importante na história da arma e da Taurus.

Adicionalmente a esse primeiro contrato confirmado, já existem negociações em andamento com esse mesmo país, para fornecimento, à sua força policial, de uma quantidade ainda superior à já confirmada às forças armadas.

Esta Consultoria estima, de forma preliminar, que essa venda tenho uma valor superior a  1,5 milhão de dólares.

Os Estados-membros da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental - CEDEAO são: Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Côte d’Ivoire, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Serra Leoa, Senegal e Togo.

Taurus PT92 - uma pistola clássica e confiável

A pistola Taurus PT92 derivada da antiga Beretta 92, é uma clássica arma em tamanho full size, em uso desde os anos 80, tendo sido adotada pelo Exército Brasileiro e por polícias militares e civis do país, devido às características de confiabilidade, rusticidade, precisão e simplicidade de operação/manutenção. É uma arma semiautomática de ação dupla e simples em 9mm, com carregador bifilar de 17 tiros, especial para uso militar e policial. 

A Taurus PT92 passou por muitas revisões no projeto, uma vez que foi originalmente produzida no começo da década de 1980. Mais recentemente (a partir de 2005), a Taurus começou a fabricar a PT92 com um guarda-mato mais grosso e trilho de acessórios embutidos sobre a carcaça, uma característica encontrada na mais recente Beretta M9A1, um modelo militar de atualização da Beretta 92, a partir do qual a PT92 é derivada. 

Além do Brasil, a PT92 (ou uma de suas 10 variações) também foi usada pela Polícia Civil Israelense do Distrito de Jerusalém, pela Polícia da Província de Buenos Aires (AR) e pelas forças especiais peruanas.

Fuzil T4 vem ganhando espaço no mercado militar e policial do mundo
O fuzil Taurus T4 vem tendo uma importante e crescente aceitação no mercado policial e militar mundial, vencendo disputas contra armas similares produzidas pelas mais afamadas marcas internacionais. 

O fuzil brasileiro, além de dotar as principais polícias civis e militares do Brasil, hoje está presente:

- Nas Filipinas, onde venceu duas históricas licitações internacionais e passará a ser adotado pelo exército desse país asiático, que se caracteriza pelos duríssimos testes a que submete o armamento antes de aprová-lo.

-  No Senegal, onde dota a Gendarmeria Nacional Senegalesa, que importou 1.000 unidades em 2020.

- Em Omã, onde, desde o segundo semestre de 2017, foi adotado como arma padrão pela Polícia Real desse país, que importou 10 mil unidades.

Dimensão das vendas do T4 pode obrigar a Taurus a tomar um novo rumo
O sucesso crescente do fuzil T4 entre forças armadas e policiais mundiais - especialmente da Ásia, da África e do Oriente Médio (onde há outras boas possibilidades de vendas) - pode fazer com que a Taurus tenha que replanejar sua estratégia de produção da arma, pelo menos enquanto a ampliação na unidade brasileira e a fábrica da Índia não estiverem plenamente operacionais, haja vista que eventuais pedidos de grandes dimensões terão que ter o suporte fabril necessário.

Neste cenário, é possível que a empresa possa já estar estudando uma solução futura, seja por meio de uma aquisição estratégica, seja pela formação de uma nova joint venture internacional.