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15 maio, 2021

Taurus poderá ter um trimestre histórico

Parte da futura planta da Taurus em S. Leopoldo, após a expansão

*LRCA Defense Consulting - 15/05/2021

Após ter sido adquirida pela CBC no final de 2014, ter iniciado seu turnaround no final de 2017 e, principalmente, depois de estar sobre a dinâmica administração do CEO Global Salesio Nuhs e de sua competente equipe a partir de 2018, a multinacional brasileira Taurus Armas vem colecionando resultados positivos e recordes em todos os seus números.

Os balanços do 4º trimestre de 2020, do ano de 2020 e do primeiro trimestre de 2021 não deixam dúvidas de que a empresa está sólida, produzindo e gerando caixa como nunca, além de mostrar uma margem de lucratividade sem paralelo entre as companhias mundiais similares que divulgam seus dados ao público. Como se não bastasse, resolveu de forma brilhante seu endividamento e voltou a ter patrimônio líquido positivo, preparando-se agora para remunerar seus acionistas com dividendos e/ou, quem sabe, investir o capital em uma aquisição estratégica ou numa nova joint venture.

Confira os resultados passados nessas matérias:

- Taurus tem recorde de Ebitda, de Margem Ebitda e de produção no 1º trimestre 

- Em turnaround  "de livro", Taurus registra Patrimônio Líquido positivo e lucro de R$ 263,6 mi em 2020

No entanto, uma empresa não progride somente "olhando para o espelho retrovisor" e se vangloriando de seus sucessos anteriores.

Na mira, o futuro
Salesio Nus não tem economizado palavras para afirmar, nas diversas lives em que participou neste ano, que o planejamento de longo prazo da Taurus visa torná-la a maior empresa de armamento leve do mundo. Para tanto - além de estar modernizando e ampliando em 50% sua fábrica no Brasil, e expandindo a produção na nova unidade americana - a multinacional brasileira está avançando a passos largos no mercado internacional, visando, principalmente, países com expressivo crescimento. Com isso, a empresa pratica a estratégica diversificação geográfica de suas vendas e passa a ter uma posição de proeminência em mercados com grande potencial, onde seu diferencial é oferecer soluções completas de alta tecnologia.

No bojo desse cenário é possível entender a joint venture com o poderoso grupo Jindal na Índia (mercado capitalista com o maior potencial mundial de vendas de armas), bem como (somente em 2021) as duas vitórias históricas para o fornecimento do fuzil T4 para as Forças Armadas das Filipinas, a venda de fuzis T4 e pistolas PT92 para um estratégico país africano (com possibilidade de uma grande ampliação), a provável venda de uma expressiva quantidade de fuzis T4 e submetralhadoras SMT9 para as Forças Armadas da Malásia e para a Polícia Real deste país, e a participação em uma milionária licitação para fornecer 93.985 mil fuzis T4 à Índia, além de outros grandes negócios internacionais que estão em tratativas no Oriente Médio, no Leste Europeu, na Ásia e na África.

Segundo trimestre de 2021
Aproximando bem mais esse futuro e o trazendo para o trimestre em curso (Abr/Mai/Jun), alguns analistas que a cobrem estão firmando o consenso de que a empresa poderá mostrar um destaque ímpar em seu próximo balanço, haja vista estar havendo uma conjunção de fatores positivos.

Em termos de produção, o CEO da Taurus afirmou que a companhia está produzindo 9.510 armas por dia (a partir de abril), um recorde histórico, com tendência a aumentar ainda mais, pois a unidade americana está em pleno ramp up de produção, enquanto que a brasileira vai aumentando a produtividade por meio da otimização e racionalização de processos, aguardando a concretização de sua expansão de 50% no final do ano. O objetivo da empresa é produzir mais de dois milhões de armas em 2021, o que será facilmente alcançado mantendo-se os números atuais.

A Taurus confirmou ter um backorder (pedidos firmes em carteira) de quase 2,5 milhões de armas, o que se traduz por mais de 18 meses de produção à frente já garantida. Além disso, a demanda americana continua fortemente aquecida e os indícios são de que essa tendência continue firme, como demonstram os últimos números do FBI (NICS).

A companhia também afirma que, a partir do trimestre em curso, a fabricação da pistola GX4 vai aumentar ainda mais o volume da unidade nos EUA. Como esta pistola tem custo de produção muito próximo ao dos modelos atuais, isso significa também um aumento no ticket médio de venda e uma ampliação das margens.  

Salesio também declarou que a GX4 terá uma versão Toro, ou seja, pronta para ótica, assim com já existe na TX22, G3 e G3c. No dia 13 passado, faltando ainda seis dias para seu lançamento conjunto BR/EUA (19 de maio), a GX4 já tinha um backorder de 160.000 armas, o que dá a dimensão do sucesso de vendas que a espera.

Modelos como a GX4, as demais pistolas da linha Toro, os revólveres 460 RH e Heritage 14” e 15”, todos com excelentes vendas no mercado americano, são posicionados em uma linha “premium”, para clientes que buscam um produto diferenciado e estão dispostos a pagar por esse diferencial. Esses modelos incorporam maior valor agregado e, portanto, trazem maiores margens para a Companhia.

Além do esperado aumento nas vendas, o caixa da empresa será engrossado neste trimestre com o produto do fornecimento de 13.530 fuzis T4 para as Forças Armadas das Filipinas e de 4.500 pistolas TH9 para a Polícia Nacional de Burkina Faso, o que poderá representar o ingresso de um valor em torno de 45 milhões de reais.

Por outro lado, caso seja mantido o atual cenário de valor da moeda americana, poderá se repetir algo semelhante ao que aconteceu no 4T20, quando este iniciou com um valor alto do dólar e finalizou com um valor mais baixo. Essa variação cambial ativa impactou positivamente na dívida em moeda estrangeira e gerou um lucro contábil de quase 120 milhões de reais no referido período.

Corroborando a hipótese da possibilidade de um trimestre "histórico", veja abaixo a análise de Marco Saravalle, Analista Certificado (CNPI) e Estrategista-chefe da casa de análises Sara Invest, com data de 10 de maio. Saravalle tem a autoridade de estar acompanhando de perto a Taurus há mais de dois anos, quando identificou o turnaround da empresa e passou a analisá-la e recomendá-la.


Marco Saravalle, da Sara Invest

 

Além da Sara Invest, as casas de análise Eleven Financial Research, Nord Research e Suno Research também conhecem profundamente a empresa, como pode ser conferido nos vídeos abaixo, realizados após a divulgação dos dados referentes ao primeiro trimestre de 2021.


Analista Raphael Figueiredo (Eleven)

 


Analista Bruce Barbosa (Nord)



Live com a Eleven


Live com a Nord


Live com a Suno

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