*LRCA Defense Consulting - 28/03/2021
O Conselho de Administração da Taurus Armas S.A., em reunião realizada em 25 de março, deliberou, entre outros assuntos, pela aprovação da proposta do plano de remuneração baseado em ações (stock options ou opções de compra de ações), a ser examinado, discutido e votado em Assembleia Geral Extraordinária a se realizar no dia 26 de abril.
Como essa é uma iniciativa inédita na Taurus, esta Consultoria procurou analisar as circunstâncias que a cercam para, no final, concluir se serão positivas ou não para a empresa e para seus acionistas.
O incentivo remuneratório variável conhecido como stock options representa uma forma de “remuneração” relacionada com a performance empresarial, permitindo que o beneficiário somente venha a ter eventual ganho caso o preço das ações suba, ou seja, são opções de compra de ações que visam garantir o direito de que administradores ou empregados de uma determinada entidade possam exercer a compra por um valor predeterminado.
Do ponto de vista jurídico, a opção pode ser entendida como um contrato financeiro, que confere ao titular o direito, mas não a obrigação, de executar determinada operação em data futura, de modo que o exercício da opção pode ser realizado ou não no futuro, a depender da conveniência de tal exercício para seu titular.
Na hipótese em que o valor de mercado do ativo, a ser adquirido mediante o
exercício da opção, seja superior ao strike price (preço de exercício), há um grande
incentivo ao exercício dessa opção, uma vez que se estará adquirindo esse
ativo por um valor menor do que vale. Por isso, uma
empresa que opta em seguir por esse caminho, tende a observar uma
melhora nos resultados e na performance dos profissionais abrangidos pelo benefício.
Um detalhe a ser observado é que as stock options são pessoais, não sendo negociáveis ou transferíveis, de modo que não há como se falar de preço e nem de valor de mercado para tais opções.
Enquanto que eventuais bonificações são mais adequadas para objetivos de curto prazo, as stock options atendem mais aos objetivos de longo prazo. No Brasil, algumas das maiores empresas já adotam o sistema, assim como startups e outras empresas de porte variável que tenham potencial de grande crescimento à vista.
Contextualizando para o momento atual e para instrumentos familiares aos acionistas, seria como se os membros da Diretoria Executiva recebessem Bônus de Subscrição da Taurus (TASA13, TASA15 e TASA17), só que com preços e prazos de exercício diferentes, além de custo zero para os beneficiados.
A remuneração com Stock Options seria positiva para a Taurus Armas?
Ao escolher adotar um sistema complementar de remuneração variável via stock options, o Conselho de Administração (CA) da Taurus objetiva envolver e engajar ainda mais sua já operosa Diretoria Executiva (do Brasil e dos EUA) no
crescimento da empresa, bem como melhorar o desempenho da companhia no
mercado acionário, pois quanto mais os preços de suas ações subirem, mais todos ganharão, incluindo, por vias de consequência, o quadro de acionistas.
Motivando sua Diretoria Executiva dessa forma, o CA da Taurus também estimula seus membros a permanecer na empresa, ou seja, oferece-lhes uma remuneração adicional como parte de um projeto de retenção desses talentos, haja vista o excelente e ímpar trabalho que realizam (muitos desde 2018) sob a liderança global de Salesio Nuhs.
Nesse cenário, as stock options se tornarão mais um dos vários instrumentos pelos quais o Conselho de Administração da Taurus possibilitará uma sintonia ainda mais fina entre os interesses dos administradores e os da empresa (e consequentemente os dos acionistas), ou seja, funcionarão como um mecanismo de governança corporativa que diminuirá os potenciais e eventuais conflitos entre administradores e detentores de ações.
Por outro lado, o aumento do número de ações causado pelo exercício das stock options será, na prática, muito pequeno frente à quantidade total de ações da empresa, podendo ser plenamente compensado pelo incremento (upside) que poderá proporcionar ao valor das ações preferenciais e ordinárias, gerando um almejado benefício ao quadro de acionistas da companhia.
Os excepcionais balanços do 4T20 e do ano de 2020 evidenciaram que a Taurus realmente realizou um "turnaround de livro". Assim, após se reinventar, dar a volta por cima, crescer e aparecer, agora ela se projeta para o futuro como uma empresa que apresenta um potencial que impressiona, capaz de catapultá-la para voos mais altos e de torná-la a maior fabricante de armamento leve do mundo, tal como objetivam seu CEO e sua Diretoria.
Entre diversas outras análises positivas publicadas recentemente sobre a empresa, no programa BM&C News, da Sara Invest, edição da tarde de 26/03/21, o estrategista e gestor de clube de investimentos Fábio Bacha comenta sobre o momento atual da Taurus Armas, mostrando-se bastante entusiasmado com a empresa e afirmando que ela poderá ser uma "máquina de distribuir dividendos em 2022".
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