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03 fevereiro, 2021

Taurus e Imbel firmam inédito e importante memorando de entendimentos


*LRCA Defense Consulting - 03/02/2021

A Taurus Armas S.A., por meio de um Fato Relevante divulgado hoje, informou aos seus acionistas e ao mercado que, na data de 02 de fevereiro de 2020, foi assinado o memorando de entendimentos (MoU) não vinculativo com a IMBEL - Empresa Estratégica de Defesa (EED), visando o trabalho em conjunto para estabelecer as bases técnicas e comerciais de possíveis instrumentos no futuro.

O Memorando de Entendimentos (MoU) tem por objetivo estabelecer entre as partes bases técnicas e comerciais iniciais para celebração de possíveis instrumentos específicos, nos quais serão definidos termos e condições de execução, visando possível contratação de serviços de industrialização por encomenda (IPE) de produtos e serviços do portfólio da IMBEL®, implantação e operação, em conjunto, ou isoladamente, de um Órgão de Acreditação e Certificação; pesquisa, desenvolvimento e produção de novos produtos; e, ainda, a comercialização conjunta de produtos e serviços de ambas as empresas.

O prazo inicial do MoU assinado será de 5 (cinco) anos, podendo ser prorrogado de forma sucessiva por igual período, desde que haja manifestação expressa e por escrito, que deverá ser formalizada mediante aditivo contratual.

A Taurus finaliza o documento afirmando que a celebração desse Memorando de Entendimentos é mais um importante passo no processo da Taurus no desenvolvimento de tecnologia, principalmente, quando envolve duas Empresas Estratégicas de Defesa (EED).

Ao noticiar o fato em sua página no Facebook, a IMBEL afirmou que as duas empresas "firmaram um Memorando de Entendimento versando sobre o estabelecimento de uma parceria não acionária para o desenvolvimento, a industrialização e a comercialização conjunta de produtos e serviços de ambas as empresas" e que "somaram seus esforços a fim de fortalecer e impulsionar a Base Industrial de Defesa e Segurança do Brasil, em consonância com a Política e a Estratégia Nacional de Defesa".

A assinatura da parceria aconteceu na Sede da IMBEL em Brasília (DF), e contou com as presenças do Diretor-Presidente da Indústria de Material Bélico do Brasil, General de Brigada R/1 Aderico Visconte Pardi Mattioli, do Presidente e CEO Global da Taurus Armas, Salesio Nuhs, além de Diretores das duas empresas. 

General Aderico Visconte Pardi Matiolli, Presidente da IMBEL, e Salesio Nuhs, Presidente e CEO Global da Taurus Armas

A IMBEL
Para que se possa dimensionar os frutos de uma parceria entre a Taurus (leia-se Grupo CBC/Taurus) e a IMBEL, é necessário conhecer um pouco sobre esta última empresa, sua situação atual e seus importantes planos já em execução (onde se insere o MoU firmado ontem), haja vista que se trata dos dois principais grupos do Setor de Defesa na área de armamento e munições.

A Indústria de Material Bélico do Brasil (IMBEL) - considerada a primeira e mais estratégica empresa de defesa do País e vital para a sua sobrevivência em caso de conflito externo - foi constituída nos termos da Lei nº 6.227, de 14 de julho de 1975. É uma estatal dependente e controlada pelo Exército Brasileiro.

Atualmente, a companhia atravessa a mais delicada fase de sua longa vida empresarial iniciada em 1808, por ocasião da criação da Fábrica de Pólvora da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro (RJ).

A empresa tem sua sede instalada em Brasília (DF) e suas Unidades de Produção localizadas nas cidades de Piquete (SP), Rio de Janeiro (RJ), Magé (RJ), Juiz de Fora (MG) e Itajubá (MG).

Os principais produtos fabricados e comercializados pela IMBEL são fuzis, pistolas e carabinas (inclusive as que são padrão do Exército); munições de artilharia, de morteiros e de carros de combate; pólvora, explosivos e acessórios; equipamentos de comunicações e eletrônica; e sistemas de abrigos temporários de campanha, humanitários e de defesa civil.

Apesar de suas características únicas para o Setor de Defesa nacional, a empresa se encontra em uma grande encruzilhada, onde precisa produzir, suprir as necessidades das Forças Armadas e ter lucro para reinvestir, mas, como empresa estatal ligada ao Exército e dependente do Tesouro Nacional, está totalmente amarrada pela lei que a criou e pela "Lei do Teto", não tendo autonomia e nem espaço orçamentário sequer para adquirir insumos e pagar impostos. Com isso, embora tenha alta demanda para seus produtos, quase não consegue produzir.

Presidentes e diretores das duas empresas presentes na solenidade de assinatura do MoU

No dia 14 de agosto de 2020, o  General de Exército Décio Luís Schons, atual Chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) do EB, integrante do Alto Comando do Exército e Presidente do Conselho de Administração (CA) da IMBEL, proferiu um discurso intitulado "IMBEL: Indústria de Defesa e Soberania Nacional". Em suas palavras, o Gen Schons fez uma análise da empresa e anunciou grandes mudanças para ela.

No dia 03 de setembro, coube ao Presidente da empresa, General de Divisão R/1 Aderico Visconte Pardi Mattioli, fazer um pronunciamento através de um podcast gravado e publicado pelo Exército Brasileiro.

Abaixo, está a síntese das palavras de ambos:

- A IMBEL é vital para a sobrevivência do País em caso de conflito externo.

-  A IMBEL vinha trilhando a passos firmes o caminho para passar à situação de não dependência, com o planejamento ajustado para atingir tal situação, de forma não traumática, em 2026. Para isso, as dívidas foram quitadas, as pendências em grande parte sanadas...

- Na situação atual, a empresa não consegue produzir, apesar de ter demanda e a despeito de ter numerário na conta única do Tesouro Nacional, pois lhe falta espaço orçamentário para adquirir insumos e pagar impostos.

- Como não há produção, não há faturamento. Em consequência, não há lucro.

- ...por vermos a IMBEL ir aos poucos perdendo a capacidade estratégica, incluindo as competências para produzir materiais e sistemas de emprego militar.

- A meta principal do Conselho de Administração da empresa neste momento é passá-la à situação de não dependência. Mais que isso, a empresa precisa ter autonomia para gerar recursos próprios e ter a liberdade de ação para empregá-los na modernização...

- A alternativa por vezes aventada seria a pura e simples privatização da empresa, algo absolutamente impensável.

- Anteriormente, a IMBEL tinha uma matriz que lhe permitia, ano a ano, reduzir o nível de dependência econômica. Com o advento da Lei do Teto isso se tornou mais difícil, porque nenhum recurso pode ser aportado para a área produtiva e isso faz com que a empresa esteja perdendo a capacidade de produção ano após ano.

- O Plano Nova IMBEL, preparado pela empresa, previa a não dependência em 2026. Agora, em virtude da nova situação, a previsão foi adiantada para 2021.

- O Exército e o Ministério da Defesa são favoráveis ao Plano. Falta a área econômica estabelecer como fazer essa transição.

- O Plano prevê que, ao invés de o Estado bancar a folha de pagamento e os custos fixos, a empresa compensaria essa manutenção de capacidade estratégica com as encomendas do Exército. Hoje, a empresa recebe para ficar de "braços cruzados". No futuro, quer receber com que o que estará entregando, ou seja, a ativação das encomendas viria em substituição ao aporte de recursos para os custos fixos.

- A não dependência abriria o escantilhão [as possibilidades], pois:

  • passaria a trabalhar com interveniência técnica, ou seja, como viabilizadora de exportação governo para governo. Esses países demandam soluções, não apenas produtos, e a IMBEL poderá explorar o arranjo produtivo brasileiro, organizá-lo e oferecê-las;
  • passaria a trabalhar como Instituto de Ciência e Tecnologia, e a empresa está se habilitando para isso;
  • como empresa gerencial, trabalhando o arranjo produtivo nacional, poderia melhor atender as demandas da Força Terrestre nas áreas de alimentação, uniformes, equipamentos de campanha, produtos e soluções de Saúde, que hoje não fazem parte da área fabril; 
  • passaria a atuar como órgão de avaliação e de certificação de produtos controlados (armamento, munição e explosivos) e comunicações.

Tais medidas serão fundamentais para que a IMBEL cumpra um de seus grandes propósitos: fomentar a Base Industrial de Defesa. É um novo viés gerencial muito forte: explorando o arranjo produtivo, contribuindo com a exportação de produtos e soluções e certificando esses produtos.

No dia 11 de setembro, em uma interessante e esclarecedora live do portal DefesaNet sob o título "Inovação e Tecnologia em Sistemas de Defesa e Segurança", conduzida por Nelson Düring, especialista em assuntos de Defesa, foi entrevistado o Gen Mattioli e seus chefes de unidades fabris.

Durante o evento, o Gen Mattioli e seus subordinados se mostraram muito entusiasmados com o nível técnico, com a motivação dos funcionários da "família IMBEL" e com as possibilidades futuras da empresa. Além de comentar e reforçar pontos já citados anteriormente pelo primeiro e pelo Gen Schons, trouxeram à luz informações importantes sobre a empresa, com destaque para as seguintes:

- Na área de Comunicações, é única na América Latina e, talvez, ao Sul do Equador. Em determinados campos, está entre as cinco ou seis do mundo, com produtos de fronteira tecnológica, como o rádio definido por software (Rádio Rondon), o osteofone, rádios em forma de onda e equipamentos para telemedicina, mas ainda depende de insumos internacionais. Fez parcerias com diversos grupos nacionais e internacionais do setor das áreas de defesa e segurança que procuram a empresa por conta da capacidade adquirida. 

- Fornece toda a gama de rádios para os combatentes do EB, além do Rádio Mallet. 

- Fabrica o Sistema de Controle de Tiro Gênesis para a Artilharia, totalmente nacional, que está dando a esta Arma uma nova dimensão.

- Infraestrutura química de 1ª linha para produzir explosivos e propelentes. Tudo 100% nacional.

- Na área de munições pesadas, produz quase tudo o que o EB precisa. O que não produz, tem condições e conhecimento para fazê-lo.

- Quadro de trabalho conta com os engenheiros formados no IME.

- A montagem de algumas munições já está sendo robotizada. Insumos serão todos nacionalizados até o final do ano.

- Está trabalhando a munição 105mm M795 para os obuseiros autopropulsados M109A5 Plus.

- Está desenvolvendo munição insensível a choque.

- Está automatizando grande parte dos processos perigosos da área química, sem afastar colaboradores.

- Prioridade em armamentos é completar a família de fuzis e carabinas IA2 (padrão do EB) nos calibres 5,56 e 7,62mm.

- Está trabalhando em um novo fuzil de precisão, que deve estar pronto em 2021.

- Como as polícias procuram uma pistola "striker", está trabalhando na parceria com a SIG Sauer, que deve ser oferecida em muito pouco tempo.

- Automatização de processos na fabricação de armamentos, passando a fábrica para a versão 4.0.

- Possibilidade de produzir armamentos coligados com instrumentos de mira e com instrumentos de designação de alvos.

- Está trabalhando um sistema de Internet por ondas curtas.

- Salários são baixos, mas trabalhadores são entusiasmados e motivados, permanecendo por amor à IMBEL.

- Há boas tratativas com a Taurus Armas, parcerias com a CBC e SIG, e bom diálogo com a Delfire Arms; Springfield já foi parceira. Não tem exclusividade com ninguém, todos são parceiros.

- A parceria com a SIG Sauer para a  (nacionalização e) produção de suas pistolas no Brasil se deveu ao fato de estas armas serem usadas pelo exército americano. (Atualização de 03/02/2021: o boletim Relatório Reservado desta data noticiou que a SIG teria desistido do negócio em virtude da precária situação financeira da estatal, mas ainda sem confirmação)

- O Brasil está buscando quebrar a assimetria tributária e regulatória no Setor de Defesa, tanto que a empresa está se credenciando para ser órgão de avaliação e de certificação. Essa certificação será terceirizada e controlada pelo Inmetro e pelo EB de uma maneira muito mais ágil e ampla.

- Exportação é muito pequena, mas não pelo potencial, e sim pela limitação orçamentária. Há boa demanda, mas não há teto orçamentário para produzir.

- Quando um cliente nacional paga por um produto, o dinheiro vai para a União e não para a empresa. Daí a demora para entregar, pois tem que aguardar ter o recurso para poder produzir. Esse é o ciclo que deverá ser quebrado quando for uma empresa não dependente.

- As propostas da empresa foram ouvidas pelo EB, que criou um grupo de trabalho no seu Estado-Maior para estudá-las. Após este GT concluir pela viabilidade, foram submetidas ao Comandante do Exército e ao Ministro da Defesa, que as aprovaram. Agora, estão em tratativas com outros órgãos da área governamental.

- Fatura cerca de 120 milhões de reais por ano, com efeito multiplicador mínimo de 400 milhões de reais, fora os empregos gerados.

- Espera que esse faturamento, com a não dependência, passe para 340 milhões já em 2021, com um teto conservador estimado de 420 milhões em 2023, essencialmente com as demandas nacionais reprimidas (EB, Segurança e mercado privado). Não incluiu nesse valor as possibilidades de exportação por não poder estimá-las.

- A IMBEL é herdeira da marca ENGESA e quer ativar o cluster ENGESA, que englobará uma gama extensa de produtos.

- Com explosivos que compõem mísseis e foguetes, participou da exportação de uma quantidade expressiva de foguetes terra-ar vendidos a um país asiático recentemente.

- Um aspecto muitas vezes não tomado em consideração é a ação da IMBEL como núcleo do cluster de material de defesa, gerador e indutor de empregos, exportações, pesquisa, desenvolvimento e inovação no âmbito do Exército e da iniciativa privada.

- Além disso, mantendo a condição de empresa estatal, a IMBEL pode, em curto prazo, passar a facilitar as exportações de produtos de defesa, exercendo o papel de interveniente em transações governo a governo.

A IMBEL e o Grupo CBC/Taurus - antecedentes
A IMBEL e a CBC são parceiras de longa data. Até abril de 2004, a IMBEL detinha  28,12% (correspondente a 306.128 ações ordinárias) do capital votante da CBC, então uma companhia com capital aberto. Em 24 de abril daquele ano, a PCDI (Participações em Negócios e Administração), sediada em Ilha de Guaratiba (RJ), adquiriu a maior parte dessas ações, ficando a IMBEL apenas com uma ínfima participação residual.

No dia 21 de agosto, na cidade de Piquete (MG), a IMBEL e a CBC firmaram um acordo para distribuição de pólvoras IMBEL pela rede de revendedores da CBC. Tal acordo permitirá maior flexibilização e economia à IMBEL, pois poderá utilizar, a baixo custo, a grande rede de distribuição da CBC, capilarizada por todo o País. Por sua vez, a CBC passará a agregar mais um produto complementar ao seu extenso portfólio, beneficiando seus clientes.

A propósito, a produção de nitrocelulose de guerra da IMBEL (para a fabricação de pólvora especial) somente foi viabilizada após essa empresa ter firmado uma parceria com a CBC. Hoje, esta companhia compra a matéria prima para a IMBEL industrializar pólvora de vários tipos e, depois, a adquire e a distribui em sua rede com a marca IMBEL.

Além da parceria na distribuição da pólvora fabricada pela IMBEL, as duas empresas têm uma relação empresarial bastante profícua, e é natural que assim seja, pois há muitos interesses comuns entre ambas.

Paulo Ricardo Gomes (Diretor Comercial & Marketing CBC) e General Aderico Visconde Pardi Matiolli (Presidente da IMBEL) assinam o acordo de parceria entre CBC e IMBEL em Ago 20
 

A Nova IMBEL poderá desafogar as avaliações e homologações de produtos controlados
Com a liberação de calibres havida desde 2019 e com o estabelecimento de seu Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia BR/EUA, a Taurus já desenvolveu mais de 300 novos modelos. Somados com os produzidos pelas demais empresas do segmento de produtos controlados, compreensivelmente esse número ultrapassou em muito a capacidade do Centro de Avaliações do Exército (CAEX), causando uma lentidão de meses ou até anos na necessária homologação.

Para complicar o problema, uma legislação ultrapassada determina que mesmo uma simples alteração estética no produto (como a mudança do material ou da cor do cabo de uma arma) já requeira todo um novo e demorado processo de homologação.

Como muitos desses produtos concorrem no dinâmico e disputado mercado internacional, essa demora traz grandes prejuízos às indústrias nacionais, que perdem em inovação, oportunidade e competitividade por não poderem comercializar no País produtos já disponíveis ou com similares no mundo.

Além disso, os produtos importados, que concorrem diretamente com os nacionais, não precisam ter um Relatório Técnico Experimental (RETEX) para serem comercializados no Brasil, gerando uma situação de concorrência predatória, já que podem ser lançados aqui e em seus países de origem simultaneamente.

Assim, a Nova IMBEL, dentro de sua proposta de reestruturação e inovação para 2021, agora reforçada pela parceria com a Taurus, está se credenciando para ser um Órgão de Acreditação e de Certificação, cumprindo também a missão que hoje é reservada apenas ao CAEX. 

A inciativa, a cargo da sua Diretoria de Inovações (criada em 2020), prevê que a certificação será terceirizada e controlada pelo Inmetro e pelo Exército de uma maneira muito mais ágil e ampla do que é feito atualmente.

Quando estiver em pleno funcionamento, o novo órgão deverá desafogar significativamente o CAEX, podendo resolver parte da assimetria regulatória que emperra os fabricantes nacionais de armamento, de munição e de outros produtos controlados, e os faz ter severas perdas em relação à concorrência internacional, que não é sujeita a esses entraves técnico-burocráticos.
 
Parceria poderá reforçar e dinamizar as duas empresas
A provável parceria entre a Taurus e a IMBEL poderá reforçar e dinamizar as duas empresas, especialmente no que se refere à pesquisa, desenvolvimento e produção de novos produtos; à comercialização conjunta de produtos e serviços; e à contratação de serviços de industrialização por encomenda (IPE) de produtos e serviços do portfólio da IMBEL.

Para tanto, a Taurus poderá oferecer:
- Os serviços do Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil/Estados Unidos, com o que há de mais moderno no mundo em tecnologias para armamento leve.
- Acompanhamento constante dos desejos do mercado consumidor, nacional e internacional.
- Capacidade financeira para viabilizar o desenvolvimento e a fabricação de produtos de interesse comum.
- Um imensa rede nacional e internacional de distribuição e assistência técnica.
- Acesso ao mercado americano de armas leves (o maior do mundo) e a outros mercados internacionais.
- Industrializalização por encomenda (IPE) de armamento e munições do porfólio da IMBEL.

Por sua vez, a IMBEL poderá oferecer:
- Rapidez e flexibilidade na avaliação e certificação de novos armamentos e outros produtos controlados pelo Exército, destravando o setor.
- Atuação como Interveniente Técnica Governamental, ou seja, como viabilizadora de exportações governo-a-governo (G2G), pois há países que demandam soluções, não apenas produtos, preferindo realizar as tratativas em nível de governo. Para tanto, a IMBEL, como estatal, poderá explorar e organizar o arranjo produtivo brasileiro, no qual a Taurus e a CBC estão inseridas, oferecendo as soluções buscadas. A atuação como Interveniente Técnica Governamental permite também à IMBEL atuar nas atividades de acompanhamento técnico de contratos e na verificação do cumprimento de prazos, metas e padrões de qualidade contratualmente estabelecidos entre governos, trazendo maior garantia e confiabilidade às negociações.
- Novos produtos a serem agregados ao mix hoje ofertado pela Taurus nos mercados nacional e internacional, mediante retribuição financeira compatível.
- Maior respaldo para a Taurus junto ao Exército e ao governo brasileiro, já que a parceria agregará interesses de todas as partes.

Ao fim e ao cabo, esta Consultoria acredita que uma parceria efetiva entre as duas maiores empresas fabricantes de armamento leve no Brasil poderá lançar as bases de um inédito empreendimento nacional, com benefícios significativos para a IMBEL, para a Taurus, para uma grande parte do setor de produtos controlados e para o País.
 
Especificamente para a Taurus Armas, além dos benefícios já citados, essa parceria poderá se constituir em mais um importante passo para a multinacional gaúcha atingir seu objetivo de se tornar a maior fabricante mundial  de armamento leve.

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