*LRCA Defense Consulting - 05/02/2021
Dois fatos acontecidos no último dia 03 de fevereiro estão "sacudindo" a Indústria Brasileira de Defesa, em virtude das possíveis consequências futuras que poderão trazer.
O primeiro foi a divulgação de um Fato Relevante onde a Taurus Armas informou aos seus acionistas e ao mercado que, na data de 02 de
fevereiro de 2020, foi assinado o memorando de entendimentos (MoU) não
vinculativo com a IMBEL - Empresa Estratégica de Defesa (EED), visando o
trabalho em conjunto para estabelecer as bases técnicas e comerciais de
possíveis instrumentos no futuro. Segundo a empresa, o Memorando de Entendimentos (MoU) tem por objetivo estabelecer entre as partes bases técnicas e comerciais iniciais para celebração de possíveis instrumentos específicos, nos quais serão definidos termos e condições de execução, visando possível contratação de serviços de industrialização por encomenda (IPE) de produtos e serviços do portfólio da IMBEL®, implantação e operação, em conjunto, ou isoladamente, de um Órgão de Acreditação e Certificação; pesquisa, desenvolvimento e produção de novos produtos; e, ainda, a comercialização conjunta de produtos e serviços de ambas as empresas. (Leia aqui a análise completa).
O segundo, foi uma publicação do site Relatório Reservado (https://bit.ly/3oT8Pv0) dando conta que a parceria entre a SIG Sauer e a IMBEL teria fracassado, haja vista que empresa americana teria recuado devido à precária situação financeira da estatal brasileira. O site adverte, no entanto, que não teria conseguido uma confirmação do Exército até o fechamento da edição.
Com base nas duas notícias, Roberto Caiafa, um dos maiores especialistas brasileiros em assuntos de Armamento e Defesa, em vídeo publicado em seu canal "Caiafa Master" no YouTube, trouxe à luz algumas instigantes especulações sobre a possibilidade de a Taurus Armas adquirir a divisão de armamento leve da IMBEL, tratando também do importantíssimo tema da criação, pelas duas empresas, de um novo laboratório de avaliação e certificação para produtos controlados pelo EB (PCE), proporcionando assim rapidez e flexibilidade na homologação de novos armamentos e
outros PCE, destravando o setor e aumentando a competitividade da indústria brasileira em relação aos seus pares internacionais.
Além disso, Caiafa também trata de outros temas relevantes, como:
- a demora no desenvolvimento e homologação do Fuzil IA2, arma que o Exército Brasileiro pretende que seja o fuzil padrão para o Exército;
- o novo laboratório de avaliação, certificação e homologação da PMSP, que já obteve importantes êxitos por meio de uma rápida e eficaz avaliação e certificação de material bélico adquirido para seus quadros e para o Ministério da Justiça recentemente.
Veja o vídeo:
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