A LRCA Defense Consulting é uma entidade sem fins lucrativos que se dedica a produzir e divulgar notícias e análises sobre as Empresas de Defesa. Não somos jornalistas e nem este é um blog jornalístico.
A Taurus Armas S.A. divulgou hoje que, após o fuzil Taurus T4 ser aprovado nos rigorosos testes qualificatórios de resistência realizados nas Filipinas, a empresa oficialmente fechou a venda de 12.412 unidades dessa arma para suprir o Exército Filipino.
Para a Taurus, a transação é significativa, tanto pela quantidade envolvida, como pelo fato de ser a primeira força militar do mundo a adotar o fuzil T4, já que, até então, a arma só era adotada por forças policiais no Brasil e em outros países.
A entrega de todo o lote será realizada durante o primeiro semestre de 2021.
O preço ofertado pela fabricante brasileira foi de 590,78 dólares por unidade, o que
significará um significativo ingresso de mais de 35 milhões de reais
nos cofres da companhia.
O fuzil T4, produzido na planta da Taurus no Brasil, deverá ser o primeiro fuzil automático no calibre 5.56 produzido fora dos Estados Unidos a ser adquirido pelo Exército Filipino. Em todas as licitações internacionais anteriores, o Exército das Filipinas adquiriu esse tipo de armamento de fabricantes norte-americanos.
A arma é baseada na consagrada plataforma M4/M16, amplamente empregada pelas Forças Armadas em todo o mundo e, principalmente, pelos países membros da OTAN, por ser considerada extremamente confiável, leve e de fácil emprego e manutenção.
A adoção do Taurus T4 pelo Exército das Filipinas comprova, mais uma vez em nível mundial, a excelente qualidade das armas produzidas pela Taurus, decorrente do exigente protocolo de desenvolvimento de produtos do Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia da empresa.
Parceria com empresa filipina A Taurus estabelecerá uma parceria com a empresa filipina Trust Trade, que prestará serviços de pós-venda nesse país (assistência técnica e reposição de peças). Esta empresa é a responsável pela distribuição exclusiva dos produtos das brasileiras Taurus Armas, CBC/Magtech e Condor Tecnologias Não-Letais, além de importadora e distribuidora internacional líder em armas de fogo, munições e acessórios nesse país asiático, atendendo às necessidades da polícia, agentes da lei, militares e civis para transações individuais, no atacado e institucionais.
Filipinas e Índia credenciam a Taurus no imenso mercado asiático O fornecimento de fuzis e pistolas para as forças armadas e policiais das Filipinas e a joint venture com a indiana Jindal Defense estabelecem um cenário promissor para a Taurus Armas, pois credenciam a empresa junto ao imenso mercado asiático, pressupondo novos e significativos negócios no maior e mais inexplorado mercado mundial para armamentos leves.
Como exemplo, recentemente a Índia solicitou 10 unidades do Fuzil T4 para submetê-los a testes, haja vista que pretende fazer uma licitação que poderá variar entre 350.000 e 500.000 fuzis CQB (Close Quarters Battle - arma mais curta que o fuzil de assalto, destinada ao combate aproximado) para suas unidades de Infantaria, especialmente as que atuam nas regiões da fronteira com o Paquistão.
O pioneirismo da Taurus e da CBC, sendo parceiros de primeira hora do Primeiro-Ministro indiano Narendra Modi em seu Programa Make in India (concretizado por meio das joint ventures já firmadas com a Jindal Defence e com a SSS Defence, respectivamente), poderá pesar favoravelmente na balança das negociações para a escolha do novo fuzil CQB indiano.
Além desse fator, poderão também pesar também no negócio a afinidade ideológica e os interesses comerciais mútuos entre o PM Modi e o Presidente Jair Bolsonaro, bem como a ambição geopolítica da Índia nas Américas, tendo o Brasil como epicentro. Correndo por fora, há ainda o fato (noticiado pela imprensa indiana) de o governo desse país asiático ter grande interesse em firmar uma parceria com a Embraer, visando sua divisão de jatos comerciais.
Resistentes
e acessíveis, as câmeras de visão noturna em cores SIONYX são
essenciais para todos os caçadores, atiradores e entusiastas de
atividades ao ar livre.
Depois de usar um equipamento de visão noturna de qualidade, você nunca mais vai querer ficar sem essa tecnologia. Existem
vários usos para a visão noturna - tudo, desde navegar a pé ou de barco
na escuridão total até a defesa pessoal em casa ou no interior. O
problema com a maioria das câmeras de visão noturna, no entanto, é que
tradicionalmente tem sido difícil encontrar uma que ofereça imagens
nítidas e de alta qualidade a um preço acessível.
A SIONYX está mudando isso, oferecendo câmeras de visão noturna a preços acessíveis equipado
com uma longa lista de recursos antes relegados a câmeras que custam
centenas ou milhares de dólares a mais. Ou seja, todas as câmeras SIONYX
Aurora oferecem visão noturna em cores, uma inovação neste mercado.
Além de suas capacidades de visão noturna colorida, essas câmeras são
equipadas com recursos de alta tecnologia que permitem aos proprietários
conectar suas câmeras a seus telefones ou tablets Apple ou Android, e
os proprietários de SIONYX podem personalizar suas configurações.
Com
três configurações diferentes para diferentes condições de luz (dia,
crepúsculo e noite), a linha Aurora de câmeras NV funciona 24 horas por
dia para gravar vídeo e fotos. Talvez a melhor parte da linha Aurora
seja o custo de propriedade: com modelos a partir de apenas US $ 599, a
família Aurora permite que você aproveite os benefícios da visão noturna
por muito menos dinheiro do que os fabricantes concorrentes.
Como funciona a visão noturna
Ao contrário da tecnologia térmica, que depende de sensores para identificar gradientes de temperatura, as câmeras digitais de visão noturna como a família Aurora usam a luz ambiente de entrada para criar um sinal digital por um sensor de imagem na câmera. É a mesma tecnologia usada em câmeras digitais. No
entanto, as câmeras SIONYX Aurora aprimoram a imagem várias vezes antes
de ela ser visualizada no visor e, ao fazer isso, as câmeras aprimoram
as cores para o que de outra forma nos pareceria escuridão total. As
câmeras SIONYX utilizam luz infravermelha e, embora deva haver alguma
luz ambiente para que as câmeras Aurora funcionem, essas demandas de luz
são mínimas. Na minha experiência, a luz das estrelas ou da lua era mais do que suficiente para ver claramente através da câmera.
As câmeras SIONYX apresentam tecnologia patenteada que permite a utilização de luz infravermelha próxima ou NIR. Junte
isso aos sensores CMOS de última geração da empresa e a família Aurora
oferece desempenho incomparável em baixa luminosidade, especialmente em
sua classe de preço.
Começando
As
câmeras SIONYX Aurora são fáceis e intuitivas de operar e, se você usar
uma câmera digital ou controlar as configurações do seu telefone
celular, provavelmente não terá problemas para dominar os controles
básicos do Aurora. Para começar a operar a câmera, você precisará primeiro carregar a bateria através da porta USB. O visor traseiro deve ser removido para acessar o cartão SD e a bateria. A remoção do visor requer pressionar a guia abaixo dele e puxar para trás na parte traseira do visor.
Quando a Aurora estiver totalmente carregada (cerca de duas a três horas), você estará pronto para usar a câmera. Comece
ajustando o anel da cena para dia, crepúsculo ou noite e ligue a câmera
girando o seletor de modo (no lado esquerdo do corpo da câmera) para a
configuração apropriada. Existem cinco opções de configuração, incluindo câmera, vídeo, loop, reprodução e WiFi / configurações. As
configurações avançadas podem ser ajustadas usando o teclado na parte
superior da unidade, e há também um botão do obturador para tirar fotos e
parar e iniciar o vídeo. Há um dial de dioptria no lado direito do visor e um anel de foco na lente frontal da câmera.
As
operações básicas são bastante simples e mesmo as configurações
avançadas da câmera não são difíceis de manipular, graças a um manual do
usuário online extenso e fácil de seguir, bem como um catálogo de
vídeos tutoriais que a SIONYX disponibilizou em seu site. Testei os modelos Aurora (US $ 799) e Aurora Black (US $ 699) , que oferecem recursos semelhantes, embora o Aurora venha com GPS, bússola e acelerômetro. Há também um modelo básico do Sport ($ 599) e o inovador Aurora Pro ($ 999). O modelo Pro oferece recursos especiais como capacidade de realidade aumentada e capacidade opcional de cartão de 256 GB. Todas
as câmeras Aurora operam usando WiFi e baixar o aplicativo SIONYX torna
a alteração das configurações e a visualização de vídeos e fotos rápida
e fácil. A SIONYX também oferece planos de pagamento na compra de suas câmeras para que você não precise pagar adiantado para ter uma.
Além
de seus controles fáceis de usar, as câmeras Aurora e Aurora Black vêm
com uma longa lista de recursos adicionais que as tornam opções
especialmente atraentes no mercado de câmeras de visão noturna. Para
começar, ambos vêm com bases roscadas de ¼-20 que podem ser montadas em
placas de câmera convencionais no estilo Arca-Swiss. Também
há uma opção para um acessório de trilho Picatinny pesado (US $ 49)
para montar o Aurora em uma arma de fogo, e ambas as câmeras são
avaliadas para resistir a pelo menos 4.000 tiros de 5,56 recuo. As
câmeras Aurora e Aurora Black medem 4,6 polegadas de comprimento, 2,5
polegadas de largura e 2,1 polegadas de altura e pesam menos de 10
onças, o que significa que podem ser carregadas no bolso de um casaco de
caça ou colete de tiro com bastante facilidade. Um exterior durável ajuda a proteger as câmeras Aurora contra os elementos, e são classificadas como à prova d'água IP67.
No campo
Montei
a câmera Aurora atrás de uma mira reflexo Steiner DRS 1X em uma pistola
AR. Tão equipada, esta combinação ótica / arma oferece talvez o que há
de mais moderno em proteção pessoal 24 horas por dia. O DRS 1X vem com
três configurações compatíveis de visão noturna que funcionaram bem em
uníssono com a SIONYX Aurora, permitindo uma visão clara do ponto ao
fotografar com pouca luz ou escuridão. Não houve problemas com o recuo
e, depois de disparar 50 cartuchos de munição, o ponto de impacto
permaneceu o mesmo. Como observação lateral, a equipe da SIONYX é muito
experiente e prestativa, portanto, se você tiver dúvidas sobre como
configurar sua arma de fogo, ligue para eles. Eles me enviaram uma foto
que detalhava exatamente onde eu deveria colocar a câmera com minha
visão para melhor clareza e desempenho.As câmeras Aurora seriam uma
ótima escolha para predadores diurnos ou noturnos e caças de varmint
quando montadas em seu rifle AR favorito, e o custo de possuir uma
câmera SIONYX é consideravelmente menor do que comprar uma luneta
térmica.
A
Aurora é uma luz eficaz para armamento, mas essa dificilmente é a
extensão das capacidades desta câmera. Cada proprietário e entusiasta de
atividades ao ar livre aprenderá rapidamente a apreciar tudo o que o
Aurora oferece, seja uma câmera fotográfica / de vídeo leve e funcional
para fotos diurnas e noturnas ou um dispositivo de navegação pessoal
portátil com bússola e GPS integrados.
A Aurora também é uma câmera de
segurança pessoal ideal, esteja você no interior ou no seu próprio
quintal. Quando você ouvir algo bater durante a noite, você pode
desligar as luzes em sua casa para ficar fora de vista, mas ainda assim
você pode pesquisar a área circundante em busca de sinais de intrusos e
em áreas urbanas o Aurora permite que você examine rapidamente o
estacionamento escuro lotes e becos.
A visão noturna é um investimento
inteligente para quem passa o tempo ao ar livre e eu gostaria de ter uma
das câmeras Aurora em minha mochila quando estava caçando caribus no
Alasca este ano. Ter uma câmera SIONYX certamente teria tornado as
viagens para atender ao chamado da natureza à noite menos tensas, porque
eu poderia ter observado a paisagem e identificado ursos errantes.
A
visão noturna em cores do SIONYX também mudará a maneira como você busca
animais selvagens e, se você for um proprietário de barco, a capacidade
de navegar de volta para a doca na escuridão total usando a visão
noturna do SIONYX é crucial. Simplesmente sentar na varanda de trás à
noite e observar guaxinins, gambás, gatos vadios e corujas é uma grande
diversão para qualquer pessoa.
Ter uma câmera SIONYX certamente teria
tornado as viagens para atender ao chamado da natureza à noite menos
tensas, porque eu poderia ter observado a paisagem e identificado ursos
errantes. A visão noturna em cores do SIONYX também mudará a maneira
como você busca animais selvagens e, se você for um proprietário de
barco, a capacidade de navegar de volta para a doca na escuridão total
usando a visão noturna do SIONYX é crucial. Simplesmente sentar na
varanda de trás à noite e observar guaxinins, gambás, gatos vadios e
corujas é uma grande diversão para qualquer pessoa.Ter uma câmera SIONYX
certamente teria tornado as viagens para atender ao chamado da natureza
à noite menos tensas, porque eu poderia ter observado a paisagem e
identificado ursos errantes.
A visão noturna em cores do SIONYX também
mudará a maneira como você busca animais selvagens e, se você for um
proprietário de barco, a capacidade de navegar de volta para a doca na
escuridão total usando a visão noturna do SIONYX é crucial. Simplesmente
sentar na varanda de trás à noite e observar guaxinins, gambás, gatos
vadios e corujas é uma grande diversão para qualquer pessoa.
Raramente aparecem produtos que satisfaçam as necessidades de tantos. Atiradores,
caçadores, entusiastas da natureza, caminhantes e proprietários de
casas se beneficiarão com o uso das câmeras SIONYX Aurora porque
oferecem excelentes recursos de visão noturna com tecnologia moderna e
fácil de usar a um preço mais baixo do que as marcas concorrentes. Nunca houve melhor momento para ver o que você está perdendo.
Para obter mais informações sobre a linha completa de câmeras e acessórios SIONYX, visite o site sionyx.com .
Armas letais e não-letais, munições, coletes, granadas e similares fabricados no Brasil são produtos controlados pelo Exército Brasileiro, sendo objeto de uma legislação própria sob responsabilidade dessa Força Armada.
Para serem colocados à venda no mercado nacional, tais produtos necessitam ser avaliados e homologados por meio de um Relatório Técnico Experimental – RETEX, expedido pelo Centro de Avaliações do Exército (CAEX), localizado no antigo Campo de Provas da Marambaia, em Guaratiba, Rio de Janeiro (RJ).
Em uma recente live, o CEO da Taurus - uma das empresas que dependem de obter RETEX para todos os seus produtos fabricados no Brasil - lembrou que, há apenas dois anos, devidos às restrições de calibre até então existentes, sua empresa lançava somente cerca de oito novos modelos de armas por ano, quantidade suficiente para que o Exército pudesse avaliá-los e liberá-los com oportunidade, sem prejuízos para a companhia.
Com a liberação de calibres havida desde 2019 e com o estabelecimento de seu Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia BR/EUA, a Taurus já desenvolveu cerca de 300 novos modelos. Somados com os produzidos pelas demais empresas do segmento de produtos controlados, compreensivelmente esse número ultrapassou em muito a capacidade do órgão técnico do Exército, causando uma lentidão de meses ou até anos na necessária homologação.
Para complicar o problema, uma legislação ultrapassada determina que mesmo uma simples alteração estética no produto (como a mudança do material ou da
cor do cabo de uma arma) já requeira todo um novo e demorado processo de homologação.
Como muitos desses produtos concorrem no dinâmico e disputado mercado internacional, essa demora traz grandes prejuízos às indústrias nacionais, que perdem em inovação, oportunidade e competitividade por não poderem comercializar no País produtos já disponíveis ou com similares no mundo.
Além disso, os produtos importados, que concorrem diretamente com os nacionais, não precisam ter RETEX para serem comercializados no Brasil, gerando uma situação de concorrência predatória, já que podem ser lançados aqui e em seus países de origem simultaneamente.
A nova IMBEL poderá desafogar as avaliações e homologações A Indústria de Material Bélico do Brasil - IMBEL, dentro de sua proposta de reestruturação e inovação para 2021, está se credenciando para ser um órgão de avaliação e de certificação, cumprindo também a missão que hoje é reservada apenas ao CAEX.
A inciativa, a cargo da Diretoria de Inovações da IMBEL (criada neste ano), prevê que a certificação será terceirizada e controlada pelo Inmetro e pelo Exército de uma maneira muito mais ágil e ampla do que é feito atualmente.
Quando estiver em pleno funcionamento, o novo órgão deverá desafogar significativamente o CAEX, podendo resolver parte da assimetria regulatória que emperra os fabricantes nacionais de armamento, de munição e de outros produtos controlados, e os faz ter severas perdas em relação à concorrência internacional, que não é sujeita a esses entraves técnico-burocráticos.
Trecho da live DefesaNet com a alta direção da IMBEL em 26/11/2020
Sugestões para reduzir o prazo de homologação e tornar a indústria nacional mais ágil Com base nos procedimentos adotados na maioria dos países mais adiantados e mais ágeis, esta Consultoria renova algumas das principais sugestões para reduzir o prazo de homologação de armamentos pelo Exército Brasileiro:
1. Não homologar armas destinadas somente ao uso civil, como faz a maioria dos demais países, ficando o fabricante como responsável total pelos produtos. Assim, somente armas destinadas às forças militares e de segurança teriam a obrigatoriedade de serem homologadas pelo órgão certificador.
2. Homologação por família de produtos. No caso de armas, por plataformas de armas. Assim, o Fuzil IMBEL IA2, por exemplo, seria uma plataforma ou uma família. Caso não haja alteração em itens que afetem a segurança da arma, não seria necessária uma nova homologação.
3. Aceitar homologação em laboratórios de certificação estrangeiros credenciados, como o Brasil já faz atualmente com a imensa gama de armas e de outros produtos controlados que importa de diversos países do mundo. A reciprocidade isonômica desse processo teria um impacto bastante benéfico na indústria nacional. Esta é, talvez, a sugestão mais simples e oportuna de ser adotada, pois caberia ao fabricante nacional encarregar-se de todo o processo e respectivos custos, ficando com a obrigatoriedade de registrar a certificação estrangeira no órgão homologador brasileiro, obtendo assim a rápida liberação do produto para poder comercializá-lo.
Uma das principais empresas de Montenegro (RS), a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) assinou um protocolo de intenções com o Governo do Estado para investir 20 milhões de reais na ampliação de sua fábrica no município, devendo gerar cerca de 600 empregos.
Só para ter uma idéia da importância da fábrica da CBC, situada na margem da BR 470, perto da JBS (Frangosul), a empresa está entre as cinco maiores de Montenegro em retorno de ICMS (valor adicionado). Além disso, gera um grande número de empregos.
Inaugurada em 1998, produz armas longas, coletes balísticos, carabinas de pressão, cartuchos de caça e de competição.
No mesmo dia, a fabricantes de munições, que é controladora da Taurus, lançou a pedra fundamental da construção de um complexo industrial em São Leopoldo, num investimento de cerca de R$ 110 milhões.
Em seu relatório relativo ao 3º trimestre de 2020, a multinacional Taurus Armas S.A. divulgou que o mercado está muito aquecido no Brasil, onde as vendas dos nove primeiros meses de 2020 foram 132,7% acima do mesmo período de 2019, e que os indicadores apontam que a tendência é de o mercado continar fortemente demandante.
A empresa anunciou também que estava, na época, com backorders (pedidos em carteira) fortes, de cerca de 128 mil armas no Brasil e confiante de que as novidades que está preparando em seu portfólio continuarão surpreendendo os consumidores nacionais.
Para que o público possa entender os motivos dessa demanda tão aquecida no mercado brasileiro, o CAC e atleta de Tiro Esportivo Thyago Almeida publicou em seu canal no YouTube "Diário do Atirador" (com 313 mil inscritos) um esclarecedor vídeo sobre como foram sentidos os efeitos dos decretos de armamento e munição publicados pelo governo do Presidente Bolsonaro a partir de 2019.
Fabricante brasileira de armas amplia sua presença em um novo e
promissor cenário de países asiáticos como Bangladesh, Índia e Filipinas
*LRCA Defense Consulting - 24/12/2020
Na mira, países com expressivo crescimento e grande potencial Seguindo
firme com a estratégia de avançar no mercado internacional,
principalmente em países com expressivo crescimento, a Taurus Armas S.A. está
ampliando a diversificação geográfica de suas vendas e passando a ter uma
posição de proeminência em mercados com grande potencial, onde seu
diferencial é oferecer soluções completas de alta tecnologia.
Bangladesh A República Popular do Bangladesh (localizada na fronteira Leste da Índia) tem registrado um enorme crescimento nos últimos anos, mesmo num momento em que as economias dos gigantes asiáticos estão estagnadas ou perdendo força. O país deve registrar neste ano uma taxa de crescimento em torno de 8% e superar a China, que prevê um crescimento de quase 6%. Ainda segundo um relatório de competitividade do Fórum Econômico Mundial de 2019, Bangladesh foi o segundo país asiático que mais subiu nesse ranking.
Desde 2017, período em que a Taurus passou por uma forte transformação e iniciou seu turnaround, motivado pelo processo de reestruturação e reengenharia iniciado pela nova administração, a fabricante brasileira vem conquistando este importante mercado e fornecendo milhares de produtos, entre pistolas, espingardas e submetralhadoras, para a Polícia Nacional, para as Forças Auxiliares de Segurança e para as Forças Armadas de Bangladesh. O país asiático é um dos com maior adensamento populacional do mundo, com 162 milhões de habitantes em 147.570 quilômetros quadrados, o que evidencia também o potencial mercado consumidor.
Índia Outro país promissor e que está entre os que mais crescem mundialmente é a Índia, onde a Taurus assinou no início deste ano uma joint venture dentro do programa do governo local na área de defesa “Make in Índia”, que permitirá a fabricação e comercialização de armas no país. Existe uma expectativa de o governo indiano adquirir, em cinco anos, meio milhão de fuzis CQB (armas menores, para o combate aproximado, como o Taurus T4). A poderosa parceria com o Jindal Group, maior fabricante de aço da Índia e um dos dez maiores do mundo, abrirá o grande mercado indiano aos produtos da Taurus.
De acordo com relatório do Fundo Monetário Internacional, a perspectiva de crescimento econômico da Índia é de 7,1%, superior ao da China que é de 5,9%. O segundo país mais populoso do mundo (1,37 bilhão de pessoas), que deve ultrapassar a China nos próximos 10 anos, é considerado também uma das maiores potências militares do planeta, atrás apenas dos EUA, Rússia e China.
Com mais de 1,3 milhão de homens e mulheres a serviço da nação, a Índia possui a quarta maior força militar do mundo em termos de efetivo, segundo levantamento da Global Firepower. Na área de segurança pública, o número de agentes e policiais armados impressiona. A Índia possui 1,4 milhão de policiais e cerca de 7 milhões de agentes de segurança particulares.
O governo e empresários brasileiros, inclusive, realizaram uma visita diplomática ao país asiático, no mesmo período da assinatura da joint venture pela Taurus. A aproximação brasileira se deve ao fato da Índia ter um forte apelo comercial e oferecer oportunidade para impulsionar objetivos estratégicos do Brasil na relação bilateral, tais como a ampliação e diversificação da pauta exportadora para o mercado indiano, a atração de investimentos indianos e o melhor aproveitamento das potencialidades da cooperação bilateral em defesa, entre outras áreas.
Filipinas A Taurus também vem conquistando o exigente mercado filipino, comprovando a qualidade, a confiabilidade e a resistência de seus produtos. Recentemente, a empresa recebeu a confirmação de que seu fuzil T4 calibre 5.56 foi vitorioso em todas as fases da licitação internacional para o fornecimento de 12.412 dessas armas ao Exército das Filipinas. Segundo a Taurus, a confirmação oficial e a assinatura do contrato deverão acontecer ainda neste ano.
Em 2018, a companhia venceu um grande contrato para o fornecimento de pistolas striker modelo TS9 para Polícia Nacional das Filipinas. As armas passaram por um dos mais rigorosos testes de avaliação, incluindo teste de resistência de 20.000 disparos, onde as amostras foram plenamente aprovadas sem nenhuma falha. Os testes aplicados superaram em vários requisitos os testes da Norma NATO AC-225. Os lotes foram entregues à corporação em 2019.
Assim como Bangladesh e Índia, as Filipinas possuem uma economia dinâmica e também em rápida expansão. Projeta-se que a economia desse país seja a 5ª maior da Ásia e a 16ª maior do mundo até 2050. Sendo um país densamente povoado, com mais de 108 milhões de habitantes em 300.000 quilômetros quadrados de área (um pouco maior que o estado brasileiro do Rio Grande do Sul), seu grande mercado interno tem potencial para se expandir ainda mais.
Rumo a se tornar a maior empresa de armamento leve do mundo As profundas transformações efetuadas na empresa, a operação e o ramp-up da nova fábrica nos Estados Unidos, a ampliação e modernização da unidade brasileira, o estabelecimento de uma fábrica na Índia e a agressiva conquista de alguns dos mais importantes e promissores mercados internacionais são fatores que evidenciam o excepcional turnaround da Taurus Armas.
Tais fatores têm tudo para proporcionar um futuro de expressivas vitórias para a companhia e para seus acionistas, tornando cada vez mais possível a concretização de seu objetivo maior: tornar-se a maior e mais poderosa empresa de armamento leve do mundo.
A fábrica da Iveco Defence Vehicles, em Sete Lagoas, alcançou o nível bronze no programa World Class Manufacturing (WCM), um dos mais altos padrões da indústria de manufatura no mundo. O reconhecimento representa uma importante conquista para a planta na busca constante por melhorias de processos e excelência de produção.
Inaugurada em 2013, a estrutura tem 30 mil m², sendo 18 mil de área coberta (produção e logística), e foi a primeira a fabricar produtos de defesa fora da Europa. O primeiro produto nacional foi a Viatura Blindada de Transporte de Pessoal (VBTP-MR), mais conhecido como Guarani, fruto da parceria da empresa com o Exército Brasileiro. Mais de 450 unidades foram entregues aos militares até agora.
“Essa conquista é resultado do esforço e da competência de toda a nossa equipe de Sete Lagoas. A planta de defesa é extremamente complexa e tem um processo 100% manual, que depende de muita qualificação e dedicação de todos os operadores. Temos ainda uma área de solda de aço balístico, que demanda uma expertise muito específica”, afirma o diretor Industrial da planta, Izidro Penatti.
Com capacidade para transportar até onze pessoas, o Guarani pesa 18 toneladas, possui tração 6X6, pode chegar a 110 km/h e tem função anfíbia. Além de ar-condicionado, apresenta uma série de inovações tecnológicas, como sistema automático de detecção e extinção de incêndio e baixa assinatura térmica (o que dificulta sua localização), entre outros.
“Temos feito um trabalho consistente em todo o nosso complexo industrial, não apenas na fábrica de defesa, mas também na de veículos comerciais e, também, na de motores, que completaram 20 anos em 2020. Seguiremos com as melhores práticas do WCM, aperfeiçoando cada vez mais os nossos processos e a produção industrial”, completa Penatti.
Guarani – As unidades entregues ao Exército Brasileiro são usadas em missões de pacificação e em operações de combate ao crime organizado nas regiões fronteiriças do país. A plataforma do blindado pode ser usada como base para o desenvolvimento e a produção de uma família de blindados em diferentes versões, entre as quais viaturas de reconhecimento, socorro, posto de comando, porta-morteiro e ambulância.
O blindado conta com o motor Cursor 9 Euro V, da FPT Industrial. O Cursor “militar” foi configurado para entregar 380 cv. Especialmente para aplicação no Guarani, o motor recebeu reforços para atender as exigências da aplicação militar. A começar pela blindagem no alternador, responsável por gerenciar as fontes de energia elétrica como a bateria, e no módulo eletrônico de injeção de combustível. Além de estar blindado, o módulo foi montado em uma área mais protegida do veículo. As tampas do cabeçote do motor, originalmente de plástico, foram trocadas por tampas de ferro fundido.
Forte aceleração e respostas rápidas. Essas características marcam o desempenho do motor Cursor 9, e são resultantes das altas pressões de injeção de diesel do sistema eletrônico do motor, que favorecem a pulverização do combustível na câmara de combustão, e, consequentemente possibilitam uma queima mais eficiente. Para se ter uma ideia, a pressão de injeção de um motor a gasolina convencional em um carro popular chega a três bar, enquanto o motor da FPT Industrial entrega 1.800 bar. Além de potente e forte, o motor tem uma vida útil de 8 mil horas.
Recentemente, a Guarda Civil Municipal de quatro cidades recebeu armamentos produzidos pela Taurus Armas e pela CBC, a fim de dotar seus efetivos com meios de dissuasão e de resposta mais eficazes contra ações criminosas:
- Mogi das Cruzes (SP): 10 espingardas CBC Pump Military calibre 12;
- Santo André (SP): sete CTT 40 e cinco espingardas CBC Pump Military calibre 12;
- Araras (SP): 80 pistolas Taurus PT 100 e seis carabinas CTT40 Taurus, todas no calibre .40;
- Viana (ES): pistolas PT100 calibre .40 e espingardas Pump Military no calibre 12.
A Taurus Armas S.A. está desenvolvendo novos modelos de fuzis nos calibres 7,62 x 51mm (NATO), 5,56 x 45mm e 7,62 x 39mm visando, principalmente, o mercado internacional. Estas armas, nos dois primeiros calibres, foram apresentadas por Samuel Cout em vídeo recente realizado quando de sua visita à empresa e publicado em seu canal no YouTube.
Uma das novidades é o Taurus T10, um fuzil no calibre 7,62 baseado na conceituada plataforma AR-10, o que lhe permite beneficiar-se de um eventual intercâmbio de peças e acessórios com outros modelos desenvolvidos na mesma plataforma.
Fabricado com reforçado protocolo militar, o T10 é um típico fuzil de assalto com cano de 20 polegadas, mas que também poderá ser fabricado com um de 16 polegadas. Esta arma está sendo planejada para disputar os mercados militar e de segurança com outros fuzis similares existentes no mundo.
A outra novidade são os fuzis T4 em três tamanhos, sendo um com o calibre .300, e cano de 14 polegadas; outro, com cano de 11,5 polegadas e calibre 5,56; e um menor ainda, com cano de apenas 9 polegadas e no calibre 5,56, podendo este último ser lançado também no calibre .300. Além desses modelos, a empresa ainda mostrou um T4 tradicional que foi parcialmente customizado, bem ao gosto de caçadores, atiradores esportivos e colecionadores (CACs).
T4 com calibre .300
T4 com cano de 11,5 polegadas
T4 com cano de apenas 9 polegadas
T4 customizado
A multinacional gaúcha também está desenvolvendo um rifle de ferrolho nas versões de ação curta e ação longa, com três calibres em canos rosqueados intercambiáveis: 308, .243 e 6,5, destinando-se à caça de javalis e outros animais de médio e grande portes, bem como a atiradores de escol (snipers). A coronha será intercambiável com o rifle Remington.
Protótipo incial do novo rifle de ferrolho
T4 no calibre 7,62 x 39mm Por
fim, embora tenha sido apenas comentado no vídeo, é relevante
ressaltar que a Taurus também está desenvolvendo um fuzil T4 (plataforma AR-15) com calibre 7,62 x 39mm, calibre este que é usado pelos países do
antigo Pacto de Varsóvia e alguns outros situados na Ásia, entre os quais a
Índia. Será produzido com protocolo militar e com cano nos cumprimentos de 11,5, 16 e 20 polegadas.
A
propósito, vale lembrar que a Índia passará a contar com dois calibres
padrão de fuzis de assalto: 7,62 x 51 (NATO) e 7,62 x 39 (URSS). O
primeiro é usado pelo SIG Sauer 716 G2 Patrol com cano de 16 polegadas, do
qual já foram comprados 144.000 unidades para ser usadas pelas tropas indianas nas operações de contra-terrorismo e nas funções de linha de frente fronteiriça, chamada de Linha de Controle (Line of Control, LoC). O restante das forças armadas indianas será suprido com os fuzis Kalashnikov AK-203 (versão mais moderna do AK-47), no calibre 7,62 x 39mm, os quais serão produzidos em conjunto (joint venture) pela Índia e pela Rússia na fábrica de munições Amethi.
Considerando o exposto acima, é razoável supor que, além dos 500.000 fuzis CQB (T4, nos calibres 5,56 x 45 e 7,62 x 39) que pretende vender à Índia por meio da JV com Jindal Defense, a Taurus também esteja mirando o imenso mercado indiano de fuzis de assalto nos dois calibres, especialmente por saber que o SIG é importado (e essa não é mais a ideia desse país) e que a JV com a Rússia ainda está "patinando" em questões de preço e burocráticas, enquando sua unidade fabril nesse país começará a produzir já no primeiro trimestre de 2021.
Produção no exterior? Estas armas, bem como todas as demais, são planejadas e desenvolvidas no Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil/EUA, localizado na unidade fabril de São Leopoldo (RS).
Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil/EUA
A fabricação de tais armas no Brasil, onde a Taurus tem as linhas de montagem especializadas, poderá ser feita desde que os produtos visem somente a exportação, já que para venda no mercado nacional necessitam ser submetidos ao Exército para a devida homologação, em um processo que pode demorar dois anos ou mais.
No entanto, é preciso considerar que o mercado nacional está ávido por fuzis de qualquer tamanho e calibre, desde que tenham um preço de acordo com o bolso do consumidor médio, o que afasta as opções importadas hoje existentes.
Assim, para que a empresa possa comercializar os novos fuzis também no Brasil, mas com a agilidade que hoje não tem devido à burocracia regulatória, a opção da Taurus seria produzir as armas fora do País e lançá-las simultaneamente aqui e no exterior.
A fábrica da Georgia (EUA), embora não possua as linhas de montagem necessárias, é uma opção, mas talvez não seja interessante para a unidade brasileira deslocar algumas linha de montagem do Brasil ou lá construir novas.
Neste cenário, volta à baila a possibilidade já comentada pelo CEO da empresa no press release do balanço do 3T20 e na reunião na Apimec: a aquisição estratégica de uma empresa estrangeira.
Para melhor contribuir com o core business e com a hipótese que está sendo construída, esta aquisição teria que ser concretizada em uma empresa que já produza armas similares, cujas linhas de montagem só precisem das necessárias adaptações.
No entender desta Consultoria, uma aquisição deste tipo, além de viabilizar a hipótese proposta, agregaria um grande valor à Taurus Armas e, consequentemente, aos seus acionistas.
A 10ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo anulou um procedimento administrativo instaurado pelo governo do estado contra a empresa Taurus, que fornecia armas de fogo à Polícia Militar. O procedimento culminou com a proibição da Taurus de contratar com o poder público e de participar de licitações, por dois anos, além do pagamento de multa de R$ 12 milhões.
Consta dos autos que o procedimento foi aberto para apurar eventual inadimplemento contratual da Taurus em decorrência do fornecimento de armas de fogo fora das especificações técnicas, cujos defeitos apontados pela Polícia Militar (incluindo disparos acidentais) não teriam sido corrigidos com a revisão das armas.
A empresa entrou na Justiça alegando que os contratos foram cumpridos e que prestou serviços de assistência técnica sem custos adicionais. A Taurus também argumentou que não foram observados o contraditório e a ampla defesa no procedimento administrativo. Em primeira instância, a ação foi julgada improcedente. No entanto, o TJ-SP deu provimento ao recurso da Taurus, por maioria de votos.
Para o relator, desembargador Antonio Carlos Villen, houve cerceamento de defesa na via administrativa. "As circunstâncias em que foi produzida a prova pericial no procedimento administrativo implicam inegável a ofensa à disposição constitucional que assegura aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral, o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes (artigo 5º, LV)", disse.
O magistrado lembrou que a Lei Estadual 10.177/98, que regulamenta o procedimento administrativo em São Paulo, prevê em seu artigo 63, V, alínea "c", a possibilidade de indicação de assistentes técnicos e apresentação de quesitos pelo acusado em procedimento sancionatório, o que não foi observado no caso presente.
"Até mesmo a capacidade técnica do IPT (empresa que coordenou a perícia, a pedido da PM, para verificar defeitos nas armas) para a perícia necessária à solução do procedimento é duvidosa, pois as testemunhas afirmam que não teriam condições técnicas para avaliação das armas e indicação de seus possíveis defeitos, e, de fato, as falhas constatadas nos testes de queda não tiveram suas causas apuradas", completou.
Assim, havendo dúvidas acerca da perícia e configurado o cerceamento de defesa, uma vez que a Taurus não pode indicar assistente técnico para acompanhar o ato, Villen concluiu que não se pode afirmar que os problemas nas armas decorreram de defeitos de fabricação. E, dessa forma, afirmou, não haveria como punir a Taurus na esfera administrativa.
A Embraer realizou a primeira conversão de um jato Legacy 450 em um Praetor 500 na Europa para um cliente não divulgado. A conversão foi executada no Centro de Serviço de Jatos Executivos da Embraer no Aeroporto Internacional de Le Bourget, em Paris, na França.
“Este tipo de conversão só é possível graças à experiência de especialistas em estruturas e aviônica, mecânicos, equipes de logística e engenheiros de operações da Embraer em todo o mundo”, disse Johann Bordais, Presidente e CEO da Embraer Serviços & Suporte. “Dentro da estratégia da Embraer para o futuro, estamos sempre investindo e expandindo nosso portfólio com o objetivo de oferecer aos nossos clientes os melhores serviços e suporte da indústria.”
Localizado em um dos aeroportos mais movimentados da Europa, a 20 minutos do centro de Paris, desde 2012 o centro de serviços da Le Bourget pode realizar verificações de rotina, manutenção programada e não programada, além de estar preparado para enviar equipes de resgate em toda a Europa oferecendo suporte e manutenção especializada em jatos executivos.
O processo completo de conversão de um Legacy 450 (com 2.900 milhas náuticas de alcance) em Praetor 500 (com 3.340 milhas náuticas de alcance) pode ser realizado nos Centro de Serviços próprios da Embraer: Le Bourget, na França, Bradley, em Windsor Locks, Connecticut, e Fort Lauderdale, na Flórida, ambos nos Estados Unidos, e em Sorocaba, no Brasil. No total, a Embraer já realizou a conversão de 11 jatos Legacy 450 em Praetor 500.
Para obter a impressionante melhoria no alcance, um sinônimo do Praetor 500, a fiação com sensor de nível nos tanques de combustível foi substituída, as portas de abastecimento por gravidade em cima da asa foram movidas, o sistema de medição de combustível foi realocado e as nervuras das asas foram reforçadas para suportar o peso adicional. Estes ajustes incluíram atualizações nos sistemas de controle de voo, com uma nova carga aviônica para a aclamada cabine Collins Aerospace Pro Line Fusion.
Foram também instalados os icônicos winglets do Praetor e as placas e os logotipos foram substituídos para converter oficialmente o Legacy 450 em um Praetor 500. Com a atualização para o Praetor 500 vem uma combinação incomparável de tecnologia, conforto e desempenho. Em termos de tecnologia, o Praetor 500 apresenta o primeiro E2VS da indústria – um painel frontal que combina visão sintética e aprimorada. Além disso, é o único jato executivo de médio porte com controles completos de voo fly-by-wire e capacidade de redução de turbulência.
A cabine de passageiros do Praetor 500 oferece muito conforto – é o único jato executivo de médio porte que possui piso plano com 1,83 metro de altura, piso de pedra, galley completa, toalete a vácuo e o melhor espaço para bagagem da categoria. Quanto ao desempenho, a conversão para um Praetor 500 oferece um alcance intercontinental de 3,340 milhas náuticas (6.186 km) com quatro passageiros e reservas NBAA IFR.
Com o compromisso da Embraer de melhorar continuamente cada um dos quatro jatos executivos do portfólio, líderes de categoria, foram realizadas recentes atualizações nos Praetors que incluem aprimoramentos na segurança da cabine – tornando padrão o filtro de ar HEPA, aprovação do uso do sistema de revestimento de limpeza MicroShield360™ e a certificação da nova porta elétrica do lavabo –, além da certificação do Sistema de Orientação por Visão Sintética, do inglês Synthetic Vision Guidance System (SVGS).
Os Jatos Praetor O Praetor 500 e o Praetor 600, ambos tendo sido homologados pela ANAC, EASA e FAA menos de um ano depois de terem sido anunciados na NBAA-BACE 2018, são jatos executivos tecnologicamente mais avançados de suas categorias. O Praetor 500 ultrapassou as metas de certificação, obtendo um alcance intercontinental de 3.340 milhas náuticas (6.186 km) com quatro passageiros e reservas NBAA IFR. O Praetor 500 é o jato médio mais veloz e de maior alcance, capaz de voos sem paradas entre o extremo sudeste e extremo noroeste da América do Norte, a exemplo de Miami a Seattle ou de Los Angeles a Nova York. O Praetor 600 é jato supermédio de maior alcance do mundo, capaz de voos sem paradas entre Paris e Nova York ou de São Paulo a Miami. Com quatro passageiros a bordo e reservas NBAA IFR, o Praetor 600 tem alcance intercontinental de 4.018 milhas náuticas (7.441 km).
O Embraer DNA Design de interior eloquentemente explora cada dimensão da cabine de passageiros dos jatos Praetor, que têm altura de 1,83m, piso plano, granito e manutenção do lavabo a vácuo, na mesma aeronave. Os recursos exclusivos da Embraer, como a tecnologia de redução de turbulência e a mais baixa altitude de cabine com 5.800 pés (1.768 m), numa cabine muito silenciosa, têm elevado os padrões de experiência do cliente em ambas as categorias de jatos médios e supermédios. O maior compartimento de bagagem nas duas categorias é complementado por um generoso armário dentro de um lavabo traseiro privativo completo.
A tecnologia avançada na cabine de passageiros é outra característica do Embraer DNA Design, começando pelo Upper Tech Panel, um painel que exibe informação de voo e oferece controle da cabine, exclusivo na indústria, também disponível em celulares e dispositivos portáteis, por meio da tecnologia Honeywell Ovation Select. Conectividade de alta capacidade e de alta velocidade para todos a bordo estão disponíveis por meio de banda Ka da Viasat, com velocidades de até 16Mbps e capacidade para streaming de vídeo, outro recurso exclusivo em jatos médios na indústria.
No final da semana que passou, Marco Saravalle @marcosaravalle (Sarainvest) e Bruce Barbosa @BruceBarbosa88 (Nord Research), dois conceituados e reconhecidos analistas brasileiros, destacaram, em outras palavras, o turnaroundvivenciado pela empresa Taurus Armas S.A. nos últimos anos, após ter sido adquirida pela Companhia Brasileira de Cartuchos - CBC no final de 2014 e, especialmente, depois que passou a ter seus destinos conduzidos pela competente equipe de executivos liderada por Salesio Nuhs, Presidente e CEO Global da empresa.
Sem deixar de reconhecer e comentar os problemas passados que assombravam os investidores, como o alto nível de endividamento e questões relativas à qualidade entre 2011 e 2014, os analistas focaram na forte e sólida recuperação que a Taurus apresenta desde 2018, quando os números de seus balanços, com ênfase na geração de caixa, passaram a refletir a pesada reengenharia feita em todos os processos e sistemas da empresa desde 2016, vindo a culminar com a quebra de oito recordes no 3T20.
Qualidade Os problemas de qualidade não existem mais, tanto que a empresa é hoje a maior produtora mundial de revólveres, a quarta marca mais vendida nos EUA e também a marca mais importada por este país, para onde dirige cerca de 85% de sua produção. Além disso, a convite da indiana Jindal Defense, formou uma joint venture com esta empresa e começará a produzir armas para o maior e mais inexplorado mercado mundial de armas leves no 1T21, tendo grandes chances de vir a ser a fornecedora das imensas forças armadas e policiais indianas em fuzis CQB no calibre 5,56mm (T4) e em pistolas 9mm (TS9).
Ainda no quesito qualidade, recentemente venceu uma licitação do Exército das Filipinas para o fornecimento de 12.412 fuzis T4, estando no aguardo da assinatura do contrato. Entre 2017 e 2019, já havia vencido outra licitação, desta vez da Polícia Nacional das Filipinas, fornecendo 20.000 pistolas TS9 para essa instituição. Vale lembrar que as forças de segurança e militares filipinas têm um dos mais exigentes padrões de qualidade do mundo.
Endividamento / alavancagem Com relação à dívida, desde que a nova equipe assumiu, estabeleceu um rígido controle de despesas e do custo final, que começa já no Departamento de Engenharia, quando novos produtos são planejados e desenvolvidos. Aliando este fato a toda uma reengenharia financeira, o que se vê hoje é que a alavancagem da companhia caiu de um índice de 11,2 (em 2014) para apenas 3,1 em setembro último, o que é uma situação considerada tranquila para qualquer empresa. Com a inevitável subscrição dos bônus em poder do mercado e a venda dos ativos em processo de alienação (um grande terreno em Porto Alegre e a lucrativa fábrica de capacetes), diminuirá mais esse índice, trazendo-o para o patamar de 1,9, possivelmente ainda em 2021. Vale acrescentar que, de dezembro de 2019 para setembro de 2020, a dívida da Taurus foi encolhida 47% em reais e 11% em dólares.
Outro fator que está aumentando as expectativas dos analistas é que, com o equacionamento do endividamento, a empresa voltará a ter patrimônio líquido positivo, o que também poderá acontecer ainda em 2021, com todas as importantes e consequentes implicações deste fato: pagamento de dividendos anuais aos acionistas (35% pelo Estatuto); acesso a financiamentos nacionais e internacionais em condições vantajosas; eventuais aquisições e/ou novas joint ventures estratégicas; possibilidade de investimento em suas ações por grandes fundos e gestoras de capital nacionais e internacionais, hoje impedidos de fazê-lo; e, por que não, listagem de seus títulos em uma bolsa de valores norte-americana.
Trecho do programa "Dica de Hoje" de 17/12/20: As melhores Small Caps para 2021, com Marco Saravalle https://bit.ly/3amy4SS
Comparativo com empresas americanas do setor / valor das ações Foi comentado também que, em relação aos demais players mundiais de armamento com ações em bolsas
de valores, o múltiplo Valor de Mercado / Ebitda da Taurus está disparadamente mais atrativo que o de empresas como Ruger e Smith & Wesson, que
foram antigos parâmetros para ela e que hoje mostram números
inferiores aos seus. Esse fato, aliado aos de a companhia ter conquistado uma
governança corporativa superior à exigida pelo Nível 2 da B3, aos robustos números operacionais e financeiros que vem
apresentando e às perspectivas para curto, médio e longo prazo,
evidencia que o valor de suas ações está muito descontado, ou seja,
estão baratas e podem ainda se valorizar bastante.
Perante tais considerações, vale acrescentar ainda que, embora tenha causado surpresa e até incredulidade para muitos o fato de a casa de análises internacional Simply Wall St estar projetando hoje um valor justo de R$ 142,35 para as ações preferenciais da Taurus Armas, esse valor é, teoricamente, possível de ser alcançado se forem mantidos ou melhorados os robustos resultados que a empresa vem apresentando, especialmente com relação à geração de caixa.
No entanto, é forçoso entender que tal possibilidade é prevista dentro de um horizonte de médio ou longo prazo, como propõe seu método de análise, e em linha com o acontecido em 2007, quando a companhia estava em seu auge e suas ações chegaram a valer mais de 30 dólares.
Aquisição estratégica? Por fim, embora o assunto não tenha sido comentado pelos analistas, esta Consultoria lembra que a Taurus, aproveitando-se do fato de ter um caixa reforçado no presente momento, pode estar em vias de realizar uma aquisição estratégica que possa vir a contribuir para o seu core business, haja vista que esta possibilidade já foi aventada tanto na live realizada na Apimec, como no próprio balanço do 3T20.
Maior empresa de armamento leve do mundo Lembra-se também que a intenção da equipe dirigente da companhia é torná-la, em um horizonte de médio a longo prazo, a maior empresa de armamento leve do mundo, como seus dirigentes têm, orgulhosa e publicamente, afirmado em lives e entrevistas ocorridas após os resultados do último trimestre.
A Embraer entregou à Força Aérea Brasileira (FAB) o quarto avião de transporte multimissão C-390 Millennium, de um total de 28 unidades encomendadas pela FAB. Assim como as unidades já entregues e em operação, esta será operada pelo Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1° GTT). Todas as aeronaves encomendadas pela FAB estão preparadas para realizar missões de reabastecimento aéreo, com a designação KC-390 Millennium.
“Recebemos com grande satisfação mais uma aeronave KC-390 Millennium que está sendo incorporada à nossa frota. Em breve, ela também será operada nas mais diversas missões em diferentes regiões do Brasil e até no exterior, a exemplo das outras três que já demonstraram sua grande capacidade, principalmente no transporte de insumos e materiais durante a Operação COVID-19”, ressaltou o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez.
“Estamos muito satisfeitos com a entrega do quarto C-390 Millennium à Força Aérea Brasileira, pois o avião tem cumprido um papel extremamente relevante em uma série de missões humanitárias dentro do território brasileiro e até mesmo no exterior”, disse Jackson Schneider, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança. “O C-390 está se estabelecendo por mérito próprio como o avião de transporte tático deste século, abrindo novos mercados, o que é extremamente importante para a estratégia da Embraer nos próximos anos”.
Desde o início da pandemia da COVID-19, a FAB tem empregado as aeronaves KC-390 Millennium em missões de transporte aéreo logístico movimentando toneladas de suprimentos essenciais ao combate à pandemia no Brasil. Além disso, a FAB operou uma das aeronaves em missão humanitária à República do Líbano em apoio à população de Beirute, em agosto deste ano.
No último dia 17 de novembro, o governo da Hungria assinou um contrato com a Embraer para a aquisição de duas aeronaves C-390 Millennium na configuração de reabastecimento aéreo (KC-390 Millennium). A aquisição é parte do processo de fortalecimento das Forças Armadas da Hungria, especificamente nas funções de transporte aéreo tático, reabastecimento de outras aeronaves e evacuação médica, bem como em outras missões de interesse nacional. As entregas para a Hungria estão programadas para começar em 2023.
As aeronaves serão as primeiras do mundo com a opção de configuração para Unidade de Terapia Intensiva, recurso essencial para o desempenho de missões humanitárias. Também permitirão o reabastecimento do JAS 39, Gripen húngaro, bem como outras aeronaves que usam a mesma tecnologia. Esses KC-390 Millennium serão totalmente compatíveis com as operações da OTAN, não apenas em termos de hardware, mas também em sua configuração de aviônica e de comunicações.
No final de outubro, equipes das Forças Armadas de Portugal (FAP) e da Embraer concluíram o “Critical Design Review – CDR” dos KC-390 Millennium encomendados por Portugal. Esta etapa definiu os requisitos técnicos da aeronave de acordo com as demandas da FAP, possibilitando à Embraer configurar as aeronaves. O governo de Portugal e a Embraer assinaram um contrato para aquisição de cinco aeronaves multimissão que terão como objetivo apoiar as operações das Forças Armadas de Portugal e aumentar a prontidão em missões de interesse nacional. As entregas estão programadas para começar em 2023.
Projeto conjunto da FAB com a Embraer, o C-390 Millennium é um jato de transporte tático militar projetado para estabelecer novos padrões em sua categoria. Alguns dos pontos fortes da aeronave são a mobilidade, design robusto, maior flexibilidade, tecnologia comprovada de última geração e manutenção mais fácil.
O C-390 Millennium e a variante KC-390 Millennium voam mais rápido e carregam mais carga que outros cargueiros militares de mesmo porte e são as plataformas ideais para os principais cenários de utilização. Exige menos inspeções e manutenção sob demanda, combinado com sistemas e componentes altamente confiáveis, o que reduz o tempo da aeronave no solo e os custos totais da operação, contribuindo para níveis de disponibilidade excelentes e baixo custo do ciclo de vida.
Em outubro de 2019, a aeronave recebeu da revista Aviation Week os prêmios Grand Laureate, na categoria Defesa, e o Laureate Awards, na categoria “Melhor Novo Produto de Defesa".
A busca por parcerias tecnológicas, comerciais e industriais, sem vínculos acionários, é uma constante na IMBEL® - Indústria de Material Bélico do Brasil, tendo em vista o que prevê seu Estatuto Social e seus objetivos estratégicos. A Empresa realiza várias tratativas com diversos players internacionais, no sentido de internar no Brasil novas tecnologias e processos fabris em suas linhas de produção e no seu portfólio de produtos e serviços.
As tratativas com a Sig Sauer/USA teve início na LAAD SECURITY 2018, considerada a maior feira especializada do mercado brasileiro, para Nacionalizar a produção de pistolas SIG SAUER com plataforma P 320, no calibre 9 mm, nas versões básicas (tamanhos full e carry), M17 (tamanho full) e M18 (tamanho carry) e suas respectivas variantes.
A parceria entre as Empresas visa conquistar um mercado que tem se mostrado bastante competitivo no Brasil. Após passar por várias etapas, o Plano de Nacionalização apresentado pela IMBEL® teve a sua anuência concedida pelo Comandante do Exército, Gen Ex Edson Leal Pujol, em DESPACHO DECISÓRIO - C EX Nº 164, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2020, PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO de 17/12/2020 | Edição: 241 | Seção: 1 | Página: 87”.
Torna-se oportuno registrar que o processo de nacionalização de Produtos
Controlados pelo Exército (PCE), por fabricante nacional, segue um rito
de anuências, onde vários entes governamentais participam da atividade.
“DESPACHO DECISÓRIO - C EX Nº 164, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2020
ASSUNTO: Autorização para conceder anuência ao Plano de Nacionalização da Empresa Indústria de Material Bélico do Brasil (IMBEL) para a produção de pistolas SIG SAUER com plataforma P 320, no calibre 9 mm, nas versões básicas (tamanhos full e carry), M17 (tamanho full) e M18 (tamanho carry) e suas respectivas variantes.
1. Processo originário da Indústria de Material Bélico do Brasil (IMBEL), que solicita a anuência do Conselho para Nacionalização de Produtos Controlados pelo Exército (CNPCE) do Plano de Nacionalização da empresa IMBEL, para a produção de pistolas SIG SAUER com plataforma P 320, no calibre 9 mm, nas versões básicas (tamanhos full e carry), M17 (tamanho full) e M18 (tamanho carry) e suas respectivas variantes.
2. Considerando:
a. que compete ao CNPCE emitir pareceres sobre propostas de nacionalização de Produtos Controlados pelo Exército (PCE), analisando as vantagens e desvantagens para o desenvolvimento econômico e para o aprimoramento do parque fabril nacional, tendo em vista uma eventual mobilização industrial do País, na forma do art. 4º, inciso I, da Portaria do Comandante do Exército nº 817, de 7 de junho de 2019;
b. que a Estratégia Nacional de Defesa tem como propósito assegurar que o atendimento das necessidades de equipamentos das Forças Armadas apoie-se em tecnologias sob domínio nacional;
c. que a capacidade tecnológica a ser adquirida pelo País, bem como o incremento da cadeia produtiva de armas de fogo e da capacidade de mobilização industrial, a partir da implementação do Plano de Nacionalização, como apresentado, é considerada significante;
d. que não se vislumbra risco de perda do equilíbrio estabelecido entre o Estado e outros fabricantes nacionais de armamento;
e. que o Estado-Maior do Exército, consoante com o acima descrito, emitiu o Relatório Nº 25-SProD/4 SCh/EME - CNPCE, de 09 de novembro de 2020, onde consta:
1) o parecer favorável à implantação do Plano de Nacionalização apresentado pela empresa IMBEL para a produção de pistolas SIG SAUER com plataforma P 320, no calibre 9 mm, nas versões básicas (tamanhos full e carry), M17 (tamanho full) e M18 (tamanho carry) e suas respectivas variantes; e
2) que o Estado-Maior do Exército, por meio do CNPCE, constitua um grupo de trabalho para acompanhar as fases de implantação da planta, bem como estabeleça parâmetros, requisitos e periodicidade para as inspeções que se fizerem necessárias na planta instalada, a fim de comprovar o cumprimento dos compromissos de nacionalização para a produção de pistolas SIG SAUER com plataforma P 320, no calibre 9 mm, nas versões básicas (tamanhos full e carry), M17 (tamanho full) e M18 (tamanho carry) e suas respectivas variantes.
f. que a importação dos insumos nas quantidades pretendidas pela empresa está condicionada à anuência da Diretoria de Fiscalização e Produtos Controlados/Comando Logístico; e
g. que a Empresa inicie as atividades descritas para a implantação da Planta no Brasil, apresentando um quadro de trabalho, para fins de acompanhamento e controle por parte do Exército dou o seguinte
DESPACHO
1) CONCEDO anuência ao Plano de Nacionalização apresentado pela empresa Indústria de Material Bélico do Brasil (IMBEL), para a produção de pistolas SIG SAUER com plataforma P 320, no calibre 9 mm, nas versões básicas (tamanhos full e carry), M17 (tamanho full) e M18 (tamanho carry) e suas respectivas variantes.
2) Encaminhe-se o presente despacho à Secretaria de Produtos de Defesa (SEPROD), do Ministério da Defesa, para conhecimento.
Assina: GEN EX EDSON LEAL PUJOL
Saiba mais:
Empresa americana apoiada por Eduardo Bolsonaro fará pistolas com o Exército
Com apoio de Eduardo, a SIG Sauer teve o plano de nacionalização de pistolas de calibre 9mm P320, em três modelos e suas variantes, aprovado
Após lobby do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, uma empresa norte-americana recebeu autorização do Exército para fabricar suas pistolas em versão nacional na Imbel, estatal de armas ligada à Força. O decreto do comandante do Exército, general Edson Leal Pujol, foi publicado nesta quinta (17) no Diário Oficial da União.
Segundo o texto, a SIG Sauer teve o plano de nacionalização de pistolas de calibre 9mm P320, em três modelos e suas variantes, aprovado. A negociação teve apoio de Eduardo, um entusiasta de armas que nunca escondeu sua pressão para abrir o mercado nacional e quebrar o virtual monopólio da brasileira CBC/Taurus, uma das líderes mundiais de fabricação de armas leves.
Como o jornal Folha de S.Paulo mostrou em junho, a negociação tocada pelo Exército incomodou alguns setores da Força, que viam uma ingerência indevida do deputado. Ele promoveu a SIG Sauer tanto na internet, com vídeos e postagens em redes sociais, como recebendo representantes da empresa.
Ainda não há um detalhamento de custos da operação. A Imbel (Indústria de Materiais Bélicos do Brasil) é uma empresa pública ligada ao Comando do Exército, dependente de verbas federais -consumiu R$ 152,2 milhões em 2019. Ela produz munições, fuzis e pistolas, basicamente para consumo das Forças Armadas.
Eduardo celebrou o acordo na internet. Em postagem no Facebook, já adiantou que “há expectativa” de produção não só das pistolas, mas também de fuzis e submetralhadoras -algo que não é objeto do decreto de Pujol.