*Noticiário do Exército - 17/09/2020
No dia 15 de setembro, o 6º Grupo de Mísseis e Foguetes (6º GMF), sediado em Formosa (GO), realizou duas missões de tiro real, com o objetivo de neutralizar uma base do exército oponente. Foi o primeiro tiro com o sistema de lançadores múltiplos ASTROS em ambiente amazônico. O exercício militar é parte da Operação Amazônia, uma simulação de guerra em ambiente de selva. Além do ASTROS, a missão de tiro real envolveu disparos dos mísseis antiaéreos RBS-70 e IGLA-S.
Considerado o maior exercício de adestramento militar realizado na região, a operação reúne 3.600 integrantes de seis Comandos Militares de Área. O disparo do ASTROS ocorreu numa base do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), no quilômetro 61, às margens da AM-010, que liga Manaus ao município de Rio Preto da Eva (AM).
O desafio das missões de tiro começou antes mesmo da própria execução. De Goiás a Belém, de Belém a Manaus, percorrendo mais de 3.600 quilômetros, o 6º GMF deslocou o efetivo por uma distância quase como de Paris (França) a Moscou (Rússia). "Fazer o deslocamento estratégico, fazer essa concentração aqui é muito importante para dominarmos certos dados médios de planejamento, para fazermos a coisa certa quando preciso for", disse o General de Brigada Valério Luiz Lange, Comandante da Artilharia do Exército Brasileiro.
Acompanharam o exercício militar o Ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva; o Comandante do Exército, General de Exército Edson Leal Pujol; e o Comandante Militar da Amazônia, General de Exército Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira. "Realmente, fiquei impressionado com a concentração estratégica dos meios, particularmente do Exército Brasileiro, que cerraram para a Amazônia para essa operação, o que já é um exercício muito bom", ressaltou o Ministro da Defesa.
"A presença do ASTROS aqui na Amazônia simboliza que as Forças Armadas e que o Exército Brasileiro são capazes de estar presentes em todo o território nacional e em condições de defender a nossa democracia, a nossa soberania e as nossas fronteiras", destacou o Comandante do Exército.
Potencial de fogo
O Astros 2020 é um sistema para a saturação de área, com o objetivo de lançar grande quantidade de fogos em um curto espaço de tempo. Os foguetes são de grande profundidade, com um tiro de rigoroso controle de precisão e inteligência. É uma arma eficiente e precisa, com munição de altíssima capacidade de destruição.
Os foguetes têm a capacidade de destruir uma área de 16 km² e o seu alcance varia entre 30 e 80 km. A tecnologia do ASTROS é toda de fabricação nacional. A empresa Avibras desenvolve esse sistema desde a década de 1980 e já trabalha num foguete com alcance de 300 km.
Os mísseis IGLA-S são considerados de curto alcance. Podem ser operados por um único homem e possuem alcance de seis quilômetros e altitude máxima de 3.500 metros.
Já o RBS-70 é um míssil de superfície, portátil, que pesa 15 quilogramas e que tem a finalidade de suprir as necessidades de defesa antiaérea à baixa altitude.
Pesquisar este portal
17 setembro, 2020
Pela primeira vez, Artilharia do Exército dispara com o Sistema ASTROS em ambiente operacional amazônico
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário será submetido ao Administrador. Não serão publicados comentários ofensivos ou que visem desabonar a imagem das empresas (críticas destrutivas).