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14 setembro, 2020

No mês da "Revolução Farroupilha", a gaúcha Taurus Armas poderá ter importantes vitórias

*LRCA Defense Consulting - 14/09/2020

O mês de setembro é particularmente especial para o Rio Grande do Sul, pois é nele que estão concentradas as comemorações da Revolução Farroupilha, epopeia de 10 anos em que os gaúchos pegaram em armas contra a tirania imperial que privilegiava o Centro e o Nordeste do país, e até mesmo os países vizinhos, sufocando sua economia por meio de impostos escorchantes e discricionários. O ápice dessas comemorações se dá no dia 20, data oficial do início da Revolução.

Para a empresa gaúcha Taurus Armas S.A., a segunda metade deste mês poderá também trazer a comemoração de importantes vitórias empresariais.

Joint venture com empresa do setor automotivo
A empresa divulgou, em 29 de maio, um "Fato Relevante" onde relata que assinou um memorando de entendimentos (MoU) não vinculativo com uma importante empresa brasileira do ramo automotivo atuante no mercado nacional, visando a constituição de uma joint venture no Brasil para fabricação de acessórios para armas leves.

O objetivo da joint venture, se obtidas todas as autorizações estatutárias e legais, será a fabricação e a comercialização de acessórios de componentes metálicos de alto valor agregado para armas leves para os mercados nacional e internacional. A partir da assinatura do MoU, as partes terão até 30 de setembro de 2020 para concluir os estudos de viabilidade da criação da joint venture e o plano de negócios a ser desenvolvido, bem como estabelecer as condições necessárias à efetivação do novo negócio.

Nas lives realizadas após a divulgação dos resultados do 2T20, Salesio Nuhs, Presidente e CEO Global da empresa, divulgou que a joint venture será anunciada em meados de setembro. Segundo o executivo, será um negócio muito estratégico para a empresa e "surpreenderá positivamente o mercado", afirmando ainda que "o parceiro tem grande capacidade tecnológica e está agregando muito à engenharia da Taurus".

Licitações para a venda de 12.412 fuzis T4 para o Exército das Filipinas
A Taurus está participando de duas grandes licitações para o Exército das Filipinas visando à compra total de 12.412 fuzis automáticos para entrega em 2021. A data da apresentação das ofertas está programada para o dia 30 de setembro.

A empresa está totalmente habilitada junto às autoridades filipinas e participará das duas ofertas com o seu fuzil T4. O orçamento previsto pelo Exército Filipino para as duas licitações totaliza US $ 11.969.215,00 ao câmbio de hoje.

A Taurus tem obtido grande sucesso em sua participação no mercado filipino, onde já entregou mais de 20.000 unidades de pistolas e submetralhadoras para a forças policiais nos últimos anos. No mercado civil desse país é uma das três principais marcas importadas.

Encerramento do 3T20
O mês de setembro também é importante para a empresa pelo fato de encerrar o terceiro trimestre de 2020. Como a demanda por seus produtos continua muito aquecida no Brasil e, principalmente, nos EUA (para onde exporta cerca de 85% de sua produção), é bastante razoável esperar que os números deste período possam ser tão bons ou até melhores que os do 2T20, especialmente no que diz respeito à produção, lucro bruto e Ebitda.

Curiosidade: o sentimento de brasilidade na Revolução Farroupilha
Como curiosidade sobre a Revolução Farroupilha, a afirmação do general farrapo David Canabarro, em resposta ao oferecimento de apoio militar do ditador argentino Rosas, é bastante sintomática sobre o sentimento de brasilidade presente nos revolucionários:

Senhor. O primeiro soldado de vossas tropas que atravessar a fronteira fornecerá o sangue com que será assinada a paz de Piratini com os imperiais. Acima de nosso amor à república colocamos o nosso brio de brasileiros. Quisemos a separação. Hoje, queremos a integridade da Pátria. Se puserdes agora vossos soldados na fronteira, encontrareis ombro a ombro os soldados republicanos de Piratini e os soldados monarquistas do Sr. D. Pedro II”.


Um comentário:

  1. Hoje, é possível importar qualquer arma, desde que esteja habilitado.
    Quanto à fabricação no Brasil, basta apenas que as indústrias estrangeiras queiram aqui se estabelecer. Como terão que pagar cerca de 70% em impostos por cada arma produzida e esperar cerca de dois anos para que o órgão normativo aprove um novo projeto de arma, até hoje nenhuma quis.
    Preferem exportar para o Brasil, pois assim fogem desses problemas. Com isso, não produzem aqui, o que faz com que não gerem empregos e renda para o Brasil e para os brasileiros, beneficiando apenas o povo do seu país de origem.

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